Eu liguei para Vagner. Apesar de tudo que ele fez, eu o perdoei.

– Alice.

– Oi Vagner.

– Que bom que me ligou. Sabe o que eu achei no baú?

– Não.

– Uma arma - E ele começa a rir.

– Hum. E daí?

– Sabe, eu posso fazer muita coisa com uma arma, sabia?

– Sim.

E ele ri novamente.

– Que bom que sabe.

– Hum, Vagner, eu estava pensando se pudéssemos ser só... - Ele desliga. Eu não entendo a desse cara.

Hoje a Chloe foi ao médico. Quando eu a vi naquela cama me assustei. Estava toda pálida e magra.

– Chloe? O que aconteceu com você?

– Eu estou... Doente.

– Você está péssima.

E o Jonathan aparece com um buquê de flores.

– Oi, maninha, tá doente? - Ele coloca o buquê do seu lado.

– É, eu acho que sim.

– Você vai ficar bem. - Ele segura sua mão. - Oi, Ali!

– Oi, Jonan. Tudo bem?

Ele faz sim com a cabeça.

– Você perdeu uma prova, Chloe.

– Eu sei, eu não queria faltar.

– Por que está doente?

Ela demorou para responder.

– Eu... Peguei chuva.

– Isso é impossível, você está horrível.

– Peguei chuva, vento, ar condicionado... E além disso, eu comi amendoim.

– Amendoim?

– É, eu sou muito alérgica a amendoim. Se eu comer minha garganta fecha até eu morrer. E agora, minha garganta tá mal. Só de eu beber água dói.

– Hum. Você vai ficar bem. - Eu disse desconfiada.

Ela estava escondendo alguma coisa da gente. Eu tinha certeza.

E aparece alguém atrás de nós. O Vagner. Com uma bolsa.

– Que bom que está todo mundo aqui. - Ele tira a arma da bolsa.

– Vagner, o que vai fazer? - A Chloe perguntou assustada.

E então eu não pensei duas vezes e peguei a arma da mão dele.

– Sai, Alice! Não é uma arma de verdade!

– Ah, não? - Eu apontei para a parede e atirei. Fez um barulhão e a bala ficou na pobre parede.

A Chloe grita de susto, e um monte de gente vem na minha direção. Incluindo um médico. Ele quase tem um infarto me vendo com uma arma. E eu solto a arma.

– Mas o que você está fazendo? - Ele me puxa pelo braço, me empurrando para a saída.

– Não quis matar ninguém, calma.

– Calma nada! - Ele começa a gritar comigo e quase me batendo. Por minha causa um monte de gente saiu do hospital por causa de susto. E o Jonathan vem acalmar o homem.

– Calma senhor, ela não fez por mal.

Jonathan é um verdadeiro cavalheiro. Mas não era minha culpa, era do Vagner. Principalmente do Vagner.

E eu e o Jonathan somos expulsos a força.

– Foi mal, Jonan. - Eu o beijei.

– Ah, esquece. Vamos tomar alguma coisa.

E o Vagner ficou lá com a Chloe. Estava morrendo de curiosidade.

– Eu acho que nunca mais vamos para esse hospital.

– Eu também acho.

E entramos em uma loja.

– Garçom, um suco de laranja por favor.

O garçom é todo chique. E tem um biquinho.

Eu estava do lado do Jonathan e uma voz sombria fala nos nossos ouvidos.

– Passa tudo e eu deixo você vivos.

O Jonathan ficou tenso e começou a abrir sua bolsa, procurando a carteira tremendo. Então eu olhei para o homem e sabe o que eu descobri? Era o Juca!

– Juca! - Eu gritei com um sorriso.

– Alice!

– O que faz aqui?

– Ah, eu estava passeando, sabe.

E o Jonathan olha para nós dois com uma cara apavorada.

– Espera aí, vocês são amigos?

– É, esse é o cara que sequestrou eu e a Chloe.

– Prazer. - Juca disse. - E desculpa por te assaltar.

– Sem problema. - Ele disse com a voz falhada.

Foi muito engraçado, o Jonathan todo assustado em quanto eu conversava com Juca.