SÁBADO 09:15 AM – CASA DO SENHOR E SENHORA HOLMES –

Cinco meses depois.

Molly está passando em frente à porta, fechada, do quarto de Sherlock e ouvi a voz dele e de John.

–Não! – Sherlock fala com segurança em sua voz.

–Já se passou mais um ano – John argumenta.

–Não é só porque Mary e você fizeram isso que sou obrigado a fazer o mesmo com Molly.

Molly, que está parada em frente à porta, fica mais atenta após ouvir seu nome.

–A diferença é que a nossa filha veio depois e não antes e faltam apenas quatro meses – John tenta convencer Sherlock.

–Mas não quero, não estou preparado pra isso.

–Sherlock!

–Já disse John. Não!

–E quando pretende fazer isso? – John é direto.

–Não sei! – Sherlock responde naturalmente.

–Acontece que ela está esperando por isso Sherlock. Um dia ela vai se cansar.

–De mim?

–Não sei. – John responde igualmente.

–Quer que fiquemos juntos ou quer nos separar?

–Quero que entenda que vocês já tem um filho juntos e filhos não são passageiros, são para sempre Sherlock. Decida se vai fazer parte da vida dele ou não.

–Não aguento mais essa pressão. Eu amo eles dois só não me imagino casado e com uma família.

–Então para de pensar e faz alguma coisa, e você sabe qual é o primeiro passo.

–Já perdi as contas de quantas vezes me disseram isso.

–É porque... – John para como que desistindo de falar.

–O que? – Sherlock quer saber o que ele ia dizer.

–Nada. Esquece. O que eu queria dizer já foi dito.

–Porque o resto eu já sei não é?!

–Não entendi.

–Não acreditam que eu amo ela. Sei que é isso que todos pensam até mesmo você.

–Sherlock...

–Se ela acredita em mim eu não preciso provar isso pra mais ninguém.

–Precisa provar isso a ela todos os dias – John fala e se despede – Bom, espero que não fique chateado, só vim dizer o que penso a respeito de tudo isso porque sei que gosta dela e estou tentando te ajudar a não erra mais, não duvido que as coisas possam dar certo, não se esqueça disso.

Molly sai rapidamente para que não a vejam.

–Vou procurar Mary – John fala e Sherlock concorda com a cabeça – Até! – John fala e sai.

O dia passou rápido.

21:35PM

Sherlock está em pé no jardim fumando e pensando, desde de cedo que não tira da cabeça a conversa que teve com John.

–Oi – Molly chega por trás e se aconchegando em um abraço que da nele – Porque não apaga esse cigarro?

–Pronto, não precisa falar duas vezes – ele apaga e ela vai pra frente dele.

–O que faz aqui a essa hora? – ela pergunta – Fui te procurar no quarto e estava vazio então vim aqui – ele olha nos olhos dele e ele sente vontade de beija-la e o faz – Não quer entrar comigo? – ela pergunta.

–Só se dormimos juntos todas as noites.

Ela para por um momento surpresa e sem entender o que ele quer dizer exatamente.

–Então? – ele pergunta.

–Não entendi, ou pelo menos não sei se é o que quero entender – ela fica confusa – digo se é o que quer dizer, o que... Se é o que quer que eu entenda, eu...

–Não tenho um anel pra te oferecer agora – ele começa a falar e Molly começa a ficar nervosa – Mas tenho a minha palavra de que se disser sim vou tentar fazer com que nunca acredite que teria sido melhor dizer não.

–Ai meu Deus – ela sussurra sem acreditar se lembrando da conversa que ouviu mais cedo.

–Agora vê se você entende. Aceita me suportar por todos os dias possíveis da sua vida? – ele pergunta com um risinho de leve.

–Ainda passa pela sua cabeça a possibilidade de eu dizer não? Seu bobo, eu te amo, te amo! – ela solta um gritinho.

–Eu sou o único que quer dormir por aqui? – Mycroft põe a cabeça pra fora da janela do quarto, no primeiro andar, e se refere a eles dois.

–Desculpe. – Molly fala e Sherlock apenas ignora - Podemos começar hoje mesmo não acha? – Molly pergunta maliciosa – Quero dormir de conchinha!

–Sim! – ele sussurra e da um selinho nela – Vamos!

07:34AM – DOMINGO

–Bom dia! – Molly chega sorridente na cozinha e encontra todos se servindo, menos alguém – Caiu da cama pra não fazer nada! – ela se referi ao Sherlock e a Sra. Holmes sorri.

–Estranhei! – a mãe de Sherlock comenta – Mas fiquei calada.

–Não se arrependeu não é? – Molly pergunta a ele depois de pensar se seria melhor falar a todos ou não.

Ele olha surpreso pra ela, ele acha cedo de mais pra falar, mas não tem saída.

–Se arrependeu do que? – Mary pergunta e John olha pra Sherlock em busca de uma resposta.

–Sherlock? – Molly pede uma resposta.

–Não. – ele responde sério, mas ela compreende.

–Não conseguiu dormir não foi?! – ela pergunta.

–Gente não me deixe curiosa – Mary fala.

–Ontem ele me pediu em casamento – Molly fala com um pouco de timidez.

–Ouuuw minha querida – a mamãe Holmes fica feliz – Seja bem vinda meu amor! – ela abraça Molly – Que alegria, que alegria, meu William formando uma família.

–Meu Deus! – Mary fica muito feliz – Algo assim não se ouvi todo dia.

–Mais um Holmes! – Mycroft fala e quando Molly o olha ele sorri como desculpas.

O papai Holmes vai abraçar Molly e John sorri para Sherlock.

–E como foi o pedido? – Mary pergunta.

–À la Sherlock! – Molly responde brincalhona.

Todos riem.

–Bom, agora o pequeno Archie vai ter uma família como Deus manda – a mamãe Holmes fala.

–Isso me deixa muito feliz. – Molly comenta.

–Que mal pergunte – Mary fala – pra quando é o casório?

–Ah... – Molly se aproxima de Sherlock que está sentado – Não resolvemos tudo ainda, só demos o primeiro passo – ela fala olhando para John relembrando a conversa, John estranha, mas sorri.

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14:10PM – SALA DE ESTAR- SOZINHOS-

–Archie Holmes! – Sherlock fala – Nem acredito. Meu filho – Molly o olha om carinho – Nosso filho – Sherlock completa.

–É... – Molly começa a falar – Nós que fizemos! – ela brinca – Principalmente você – ele fica um pouco vermelho embaraçado com o comentário – Não vejo a hora de ver o rostinho dele, espero que ele seja tão lindo quanto você.

Ele sorri.

–Eu quero que ele tenha seus cachinhos pra que eu possa embaraça-los assim como eu faço com os seus.

–Você me assanha isso sim.

–Porque você fica lindo todo assanhadinho.

Eles riem.

–Quando vamos nos casar? – ele pergunta indo se sentar ao lado dela.

–Não quero te pressionar, estou feliz por ter feito o pedido.

–Não me sinto pressionado por você, apenas me diga.

–Se é assim, eu queria esperar até Archie completar seis meses – ela fala receosa e ele apenas a observa – sei que falta muito, mas quero que nossa lua de mel seja apenas eu e você em lugar tão lindo quanto o nosso amor. Nem que seja só por um dia – ela o beija – e eu só posso deixar Archie com alguém depois de no mínimo seis meses de amamentação. Me entende?

–Não tem problema, já disse. Só me diga quando – ele afirma e ela sorri.

–Então vai ser assim, Ok?

–Tudo bem! – ele responde e ela o beija.