Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 42
Acredita Em Mim!


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Dessa vez rapidinho hem?! kkk
E voltei com boas novas Haha
Vamos a leitura!



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TERÇA-FEIRA

Molly resolve passar a manha livre na casa de Sherlock, ela havia deixado Sherlock sozinho na sala enquanto tomava banho pra poder almoçar, eles ainda não tomam banho juntos, por tanto ele foi primeiro e ela depois. Porém, quando chega à sala encontra um Sherlock pensativo.

–Oi – ela chega devagarzinho por traz.

–Quero confessar uma coisa – Sherlock diz calmo e de maneira suave.

–O que? – Molly pergunta calmamente se sentando ao lado dele e pondo as pernas sobre as dele.

–Lembra... Lembra-se do dia seguinte ao... Ao que você me levou pra cama pela primeira vez? – Sherlock pergunta o mais natural possível e Molly baixa a cabeça por um momento.

–Como esquecer?! – Ela fala passando a mão no rosto dele se lembrando das tapas que deu nele – Mas porque se lembrar disso agora? Quando não importa mais!

–Importa!

–Pra mim não! É passado Sherlock. – ela fala de maneira carinhosa.

–Mas pra mim importa!

–Sher...

–Molly! – ele a interrompe – Me deixa falar, por favor.

–Tá, tudo bem. O que quer que eu saiba?

–Quando saí do quarto e fui te esperar na sala eu sabia que era errada a maneira como eu estava te tratando – ela o olha compreensiva, porém se lembrando de todas as palavras dele – Tive vontade de voltar lá e te pedir desculpa, mas não pude, não consegui, a sensação de traição e de invasão não permitiu que eu fosse e conforme minha raiva aumentava, aumentava também a minha vontade de joga-la toda em cima de você, tive vontade de... – Molly começa a ficar tensa – de... – ele tenta falar de maneira que não a machuque – de te humilhar e – ele sente um peso enorme ao falar isso e percebe que cai uma lágrima no rosto dela – Molly... – ele quer consola-la.

–Não, não quero me lembrar disso – ela fala com a voz já fraquejando pelo choro que tenta conter.

–Molly...

–Dói te ouvir dizer isso Sherlock, não quero!

–Mas eu preciso falar, por favor, me escuta.

–... – ele enxuga as lágrimas dela.

–Eu tive vontade de te machucar, de fazer você sofrer – ele sofre em dizer isso.

–Paara! – ela ainda chora – Para, por favor!

Ele enxuga novamente as lágrimas dela e ela consegue conter o choro por um instante.

–Me escuta – ela percebe que a voz dele começa a mudar – Eu errei tanto Molly, te machuquei tanto e... – ele baixa a cabeça por instante – Eu sinto até hoje que todo o mal que te fiz permanece feito uma barreira entre nós, eu não mereço essa felicidade Molly, eu não mereço você, eu lutei tanto contra isso e te fiz derramar tantas lágrimas em vão, não consigo entender como consegue conviver comigo, comigo que te tratei tão mal. Parece tão injusto que... – ele mal consegue falar agora – Que eu fique com você – Pela primeira vez Molly vê o rosto de Sherlock ser banhado com uma lágrima e ela sente pena de vê-lo assim, tão frágil.

–Oh Sherlock! – ela não consegue acreditar no que está vendo e ouvindo.

–Eu te tirei dos braços do Lestrade, eu impedi que vocês...

–Não! – ela tapa a boca dele – Não quero ouvir, não fale bobagens, meu futuro é com você, me tirar dos braços do Lestrade foi o melhor que fez por mim.

–Molly...

–Eu te amo.

–Já ouvi isso tantas vezes, não tenha como ofensa, mas... Aos meus ouvidos soa tão falso – ela não compreende – tão longe, tão improvável.

–Fala pra mim, não me ama mais?

–...

Ela fica temerosa, não entende o silencio dele.

–Sherlock?

–...

–O que houve? Porque foi se lembrar de tudo isso? Nós estamos bem! Estamos juntos e felizes e eu te amo amor – ela o beija – eu te amo – ela o beija com carinho – eu te quero, te desejo, eu te adoro, eu aceito que já tenha me feito sofrer, mas eu acreditei em todos os seus pedidos de desculpa e de perdão. Eu confiei que você podia mudar, acreditei que poderia te fazer feliz você a mim– ela segura o rosto dele de frente pro dela – E eu acreditei quando disse que me amava. Acredita em mim também!

–Me ama tanto assim? – Ele pergunta com carinha de cão sem dono. Sherlock nunca se sentiu tão carente, ele nunca havia se sentido carente na realidade, nunca se sentiu tão indigno da mulher a sua frente e tão arrependido de tudo que já fizera.

–É claro que sim – ela faz carinho nele – Eu daria a minha vida por você. Acredita em mim quando digo que te perdoo e que é passado, que não importa mais, acredita em mim quando digo que te amo! – os dois ficam calados por um momento até que ele fala.

–Não vai embora não, fica aqui comigo, por favor! – ele pede com tanta simplicidade.

–Tenho que trabalhar amor.

–Não, fica, por favor, fica. – o olhar dele é impagável.

–Tá bom, depois eu me acerto no trabalho. O que quer fazer?

–Me deitar no seu colo e ficar perto de você o dia todo – ela sorri.

–É? – ela pergunta aproximando o rosto do dele.

–Quero que durma aqui hoje.

–Tá, só vou precisar ir pegar mais algumas roupas no meu apartamento mais tarde, mas prometo que volto rapidinho. Que tal agente ajeitar uma colcha de cama e uns travesseiros no chão como fizemos uma vez?

–Tá!

–Hoje eu vou cuidar de você, eu vou te mimar, te dar carinho, beijinhos e tudo o que você merece – ela enfatiza a palavra e fala enquanto dá vários beijinhos nele – vamos agente ajeita tudo, almoça e depois ficamos juntinhos ok?

–Te amo! – ele fala enfim sorrindo novamente e fazendo Molly abrir um lindo sorriso.

08:26 PM

–Preciso te confessar uma coisa! – Molly fala quebrando o clima de romance entre eles e Sherlock fica apreensivo achando que tomariam o mesmo clima da manha.

–O que?

–Tenho medo da sua reação.

–Fala Molly!

–É que...

–Fala sem medo.

–Me fala, você gosta de crianças?

–Bom... – ele hesita por um instante – Me pegou de surpresa com essa pergunta.

–Sim ou não?

–Não tenho convívio com crianças Molly, não sei o que poderia te dizer.

–Ah! – ela parece calma, mas está desesperada por dentro.

–Mas porque a pergunta? O que quer me dizer?

–O que diria se eu tivesse um filho?

–Que? – ele não compreende – Você tem um filho? Quantos anos ele tem?

–É...

–Onde tá essa criança? Quem é o pai? Porque nunca me disse?

–... – ela está insegura e nervosa com tantas perguntas, suas mãos estão suadas e tremendo de tanto medo da reação dele.

–Molly fala alguma coisa! – ele insiste.

–Ele tem cinco dias de formação – ela fala de cabeça baixa e diante do silencio dele ela levanta a cabeça – Sherlock! – ela percebe que ele mudou – Amor, você tá branco feito papel. Sherlock você tá bem?

–... – ele apenas olha fixamente para o lado pensativo.

–Amor, sua mão tá fria, você tá frio. – ela percebe ao tocar nele – Sherlock? Sherlock??? – ela tenta chamar a atenção dele.

–Que... – ele olha pra ela ainda desnorteado – O que você disse? – ele parece não acreditar no que suas deduções dizem.

–Eu to gravida.

Ele pisca lentamente os olhos como se estivesse tonto.

–Fica calmo! – ela começa a se preocupar – Ai Jesus, eu não devia ter dito assim, nem agora. Sherlock? Tá melhor?

–A Mary ficou grávida antes de ter um bebe certo?

–Sim... Amor você não tá bem.

–Vai... – ele tenta falar – Você... Eu vou...

–Vamos ter um pequeno Sherlock. – ela tenta anima-lo.

–Outro de mim? – ele pergunta inocente.

–É! – ela sorri – Você não quer?

–E se eu fizer tudo errado?

–Você vai ser um ótimo pai.

–Pai... – por fora ele aparenta estar um pouco calmo, mas por dentro está desesperado.

–Papai, vai poder ensinar a ele tudo o que sabe, pode ensina-lo a não fazer nada do que você fez se preferir colocar dessa maneira.

–Você acha?

–Claro, pode fazer dele um grande homem assim como você. Ou uma grande mulher...

–Como você.

–Então? Ainda vai querer ficar comigo? Ou não quer ter esse filho? – ela pergunta temerosa.

–Eu disse que te amo não foi? Que amor seria o meu se eu te abandonasse?

–Fico tão feliz por isso.

–Eu disse que estaria à disposição de John e Mary e protegeria eles e a pequena Sophie sempre, como eu não protegeria a minha mulher e o meu filho?

–Sei que vai gostar de ser pai, se apegou tanto a ideia de ser padrinho da Sophie.

–Essa criança é bem vinda!

–Sim! É sim!

–Pode me passar meu celular? – Sherlock pede já recuperado da noticia.

–Claro, mas pra quem vai mandar mensagem?

–Dessa vez vou ligar.

–Pra quem?

–Para os futuros padrinhos do nosso bebe.

–Sério? – ela pergunta feliz da vida.

–Você concorda?

–Claro que sim!

–Porque não fala a Ms.Hudson? – Sherlock propõe.

Ela começa a beija-lo e fazer-lhe carinho demonstrando toda sua alegria e logo após sai a procura de Ms.Hudson.

–Ms.Hudson! – ela sai gritando de alegria por ela – Ms.Hudson!

–O que houve queria? Está passando mal? – Ms.Hudson aparece preocupada com os gritos de Molly.

–Estou gravida Ms.Hudson! Grávida! – ela sorri feliz da vida e comemora com a outra

–Ah meu Deus! – Ms.Hudson fica surpresa e feliz.

–Sherlock vai ser papai, papai, vamos ter outro Sherlock!!! – Molly grita de alegria dando para Sherlock ouvir.

–Oh Jesus! Sherlock em dobro! – Molly acha graça com o comentário – Parabéns querida!

–Você vai ser vovó! – Molly diz.

–Oh que honra – Ms.Hudson se emociona

–Sorria Ms.Hudson, estou grávida! – Elas comemoram sem parar.


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Notas finais do capítulo

Mais humano que isso, impossível!
Pelo menos o meu Sherlock né?! kkkkk
E aí felizes? Sempre imagino um Sherlock miniatura fofinho, com a inteligencia e beleza do pai e o lado humano da mãe, a mistura perfeita.
Só saberão o nome do pequeno no cap final!
Obrigada a quem leu e até o próximo cap!



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