QUARTA-FEIRA 12:37PM

–O que vai dar a ela?

–Deveria dar algo? - ele pergunta indiferente e insensível e John o olha como se visse uma criança teimosa - Calma - Sherlock se defende antes que John comece a falar - É brincadeira, eu já tenho o que dar a ela.

–E eu posso saber o que é? - John pergunta curioso.

–O que acha que deve ser?

–Vindo de você prefiro não arriscar.

–O que acha que vou dar a ela? - Sherlock pergunta si divertindo com a curiosidade de John.

–Um corpo de alguém que morreu de forma trágica para que ela tenha o prazer de fazer a autopsia e deduções com você?

–Tentador!

John o olha de maneira estranha.

–Não sei porque ainda me surpreendo com você - John fala.

–Mais você errou.

–Não vai dizer?

–É tão difícil assim pensar em algo normal ou comum?

–Você sabe o que é isso?

–Sim ou não? - Sherlock insisti na pergunta.

–Normal? - John ironiza - Vindo de você? Não! Comum? Acho que não estamos falando do mesmo Sherlock.

–Admito que fujo do normal e do comum, mas o que pensa de mim? - Sherlock pergunta curioso - Que sou um louco anormal, psicopata assassino, sem escrúpulos, limites ou sentimentos?

–Você esqueceu de falar arrogante, chato e convencido! - John fala, mas logo adota um tom de brincadeira –

Não, não penso isso de você, claro tirando o que eu disse - John fala brincando e sorrindo.

–Não? É sério? - Sherlock pergunta novamente.

–Não poderia pensar isso de alguém que já se colocou no meio do fogo por mim e que já manchou as mãos de sangue pela mulher que eu amo, mas do que amigos somos quase irmãos e eu valorizo tudo o que fez por mim. Eu estimo o ser humano que há dentro de você e sou grato pela sua amizade Sherlock. E falo sério quando digo que é o meu melhor amigo.

Sherlock fica calado encarando John por um momento, mas depois sorri como forma de agradecimento às palavras do amigo.

–Mas ainda não descobriu o que vou dar a Molly?

–Não sei o que é, mas tenho certeza que não será algo comum. Não, o Sherlock que conheço não cometeria esse erro.

–Elementar, meu caro Watson!

Enquanto isso...

–De novo! - Mary exclama feliz

–Sim? - Molly pede uma confirmação.

–Siim! - Mary responde.

–Ouunwt deve ser ótimo sentir esses pezinhos se mexerem.

–É... Ela tem chutado bastante.

–Hmm não vejo a hora de ver o rostinho dela.

–Acredite não há ninguém mais ansioso que o John ele está ficando louco de tanto ter que esperar

–Mais só falta uma semana! - Molly comenta.

–Pois é, está mais ansioso do que nunca.

–Aiii tomara que essa semana passe voando – Molly fala animada

–É! Mais... – Mary quer mudar de assunto.

–O que? – Molly pergunta.

–E o seu aniversário hmmmm? Já planejou algo envolvendo o Sherlock.

Não! – Molly responde meio que decepcionada

–Como não? Por quê?

–Ele anda tão ocupado nessa semana, mal nos falamos.

–E?

–E que não quero ter todo o trabalho de preparar algo para no fim não dar certo e só me trazer aborrecimentos.

–Se mudar de ideia ainda dá tempo.

–Não, não dá. Já é amanha Mary.

–E não faz ideia se ele está preparando algo?

–Com o pouco tempo que resta para ele mesmo, tenho certeza que não.

–Ah também não assim né Molly, não é possível que ele ao menos não te ligue.

–O que me conforta é esperar essa ligação. E agora tenho que ir o almoço foi ótimo, mas tenho que trabalhar né?!

–Ok! Vou buscar John de táxi no flat do Sherlock. Até!

QUINTA-FEIRA – 16:54 PM

–Parabéns!!! – um coro grita.

–Ah meu Deus!!! – Molly exclama ao entrar na pequena sala de armários e encontra-la toda enfeitada e cheia de colegas de trabalho, ela já ia se arrumar para ir embora – Vocês lembraram! Como?

–Tivemos uma ajuda – um dos colegas fala e na mesma hora Lestrade entra com um bolo e começando a cantar.

–Parabéns pra você... – todos acompanham enquanto Molly olha sem acreditar.

–Feliz aniversário Molly! - todos disseram ao termino da canção e Lestrade foi abraça-la e felicita-la.

–Obrigada – ela fala ainda sem acreditar – Obrigada a todos!

A comemoração durou meia hora, Molly agradeceu e adorou os presentes, depois de finalmente se arrumar foi pra casa.

Quando finalmente chega ao seu andar e já pode ter uma visão da porta do seu apartamento ela encontra uma caixa de madeira consideravelmente grande detalhada em cor de ouro bem em frente a porta.

–Quem mandou? – Molly pergunta a si mesma curiosa e pega a caixa e entra e só lá dentro abre a caixa.

Assim que abriu encontrou um perfume, do mesmo que Molly encontrou certa vez no guarda roupa do Sherlock, com um cartão de Mary, uma caixa de bombons de chocolate por parte de John e um delicioso recipiente com biscoitos de mel feitos por Ms.Hudson que Molly tanto adora.

Já é quase sete e nem sinal do Sherlock, Molly resolve ir tomar banho, comer algo.

Oito horas e nada, ela simplesmente se senta no sofá e fica pensando e falando consigo mesmo.

–Tanto tempo pra no dia do meu aniversário ele sumir! Tão previsível – a voz dela começa a embargar – isso é tão dele meu Deus! – algumas lágrimas caem – O pior aniversário de todos! O que me resta é descansar e acreditar que ele tem um bom motivo pra fazer isso – ela resolve ir se deitar e esperar o sono vir.

SEXTA-FEIRA

...