Como roubar teu beijo escrita por maguilasan


Capítulo 5
Touché!


Notas iniciais do capítulo

PESSOAS!! leiam as notas finais! são importantes dessa vez rsrsrs

Para quem não entender direito a ‘quadrilha’ aqui citada vai, lá embaixo, o link do exemplo.
(E NÃO! Não é quadrilha de festa junina kkkkk, admito ter viajado com isso várias vezes enquanto escrevia hahahahaha)



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Estava ali há quanto tempo mesmo? Duas horas? Três? Vinte e cinco minutos!? Realmente a Velha conseguiu bater seu recorde. Acabara de chegar à festa ridícula da Rainha e já queria escapulir por qualquer fresta de porta que esquecessem aberta. Como se aquele vestido enorme conseguisse passar por uma porta. De onde a bendita Mãe da Inglaterra tinha tirado essa ideia? A velha já tinha usado temas malucos para bailes, mas dessa vez ela se superou. Integra olhou em volta, todas as pessoas mascaradas como se não fosse possível reconhecer aquele egos enormes. ‘Baile de máscaras vitorianas para a noite de São Valentin’ estava escrito no convite, ou qualquer merda parecida. A Hellsing estava inconformada, sua superior já havia dado um baile temático vitoriano, outros, muitos, de máscaras e todo maldito ano dava uma festa no dia de São Valentin, mas a mistura dos três era novidade. E agora? Falta quanto para ir embora? Olhou para o relógio fazendo careta de tédio, suas viagens mentais duraram incríveis dois minutos.

Como se não fosse incomodo o suficiente, aquele maldito vestido de tule e cetim pinicava de uma maneira tão absurda que a mulher poderia ser enterrada em um formigueiro que se sentiria deveras aliviada. Observou a agitação na pista de dança, dessa vez não escaparia, tinha que participar daquela palhaçada. Estava na hora daquelas quadrilhas vitorianas malditas que só a Rainha tinha decorado as sequências. Depositou a taça de cristal em uma mesa e colocou a máscara, suspirou querendo acreditar, nem que por um segundo, que aquele adereço cumprisse sua função de manter o anonimato. Decidiu relatar defeito de fábrica sobre o objeto, mal entrou naquela dança de pompas um rapaz atropelou dois outros para fazer par com a loira.

“É uma honra dançar com a senhora, Sir Hellsing” o ruivo mascarado deu um sorriso amarelo. Integra fechou a cara.

“O objetivo da máscara é manter identidades ocultas” retrucou executando os paços bizarros da quadrilha.

“Sim, e quando o relógio marcar meia noite os amantes se beijam tirando-as” o homem deu um sorriso sugestivo enquanto soltava a mão da Hellsing para pegar a mão da mulher ao lado, assim como Integra agraciada com outro par. Para quem odiava quadrilhas vitorianas até que sabia bem os passos.

Rolou os olhos quando o ruivo voltou a ser seu par ao desenrolar da dança.

“Gostaria de ...” tarde de mais, a sequência exigia a troca definitiva de parceiros. Integra sorriu divertida com a decepção do garoto. Seu parceiro agora era um senhor que mal se aguentava de pé.

Praticamente era a moça que guiava o velhote na seqüência e este, por sua vez, não parava de promover o neto que estava em algum país que Integra nem fez questão de decorar. Fez carranca na hora de trocar, momentaneamente de parceiro. A careta se desfez ao ver o homem moreno de longas madeixas e uma máscara preta e dourada. Abriu a boca para falar qualquer coisa, mas foi interrompida pela dança que a levara para o velho. O homem da máscara dourada deixou escapar um sorriso malicioso ao notar os olhos da moça sobre si até a próxima troca de pares.

A Hellsing ergueu uma sobrancelha quando voltou a ser parceira do homem em questão. Como não tinha notado sua presença antes? Ficou martelando essa dúvida até a quadrilha terminar. Mico pago, voltou a sua posição inicial: encostada em uma coluna de mármore do salão. Agora só tinha que esperar o tempo passar.

O homem, de mais cedo, apareceu a sua frente lhe oferecendo um dos copos com conhaque que carregava. Touché! Acabou por decidir que se ele fosse tentar alguma espécie de cortejo ela não seria tão cruel, só pelo fato dele ter acertado na bebida.

Ela aceitou o copo de bom grado.

“Então, senhor...?” Ela esperou que ele se apresentasse.

“A razão da máscara é manter anonimato, certo?” Ele se curvou vitorioso e ela arqueou uma sobrancelha “Pode passar o tempo comigo, na décima segunda badalada revelo meu segredo” Ele piscou oferecendo uma mão.

Integra levantou o queixo entortando os lábios com suspeita, mas aceitou o convite, não tinha o que fazer mesmo.

Seu copo já estava vazio quando o homem a guiou até a sacada, longe da agitação, se é que pode ser chamada assim, da festa. O moreno debruçou-se na murada observando o jardim.

“Até que é um belo lugar” Ele comentou olhando para o céu noturno.

Integra rolou os olhos cruzando os braços, se tivesse que escutar mais um desabafo ou promessa de amor vomitaria os camarões que comera há pouco.

O relógio do pátio deu a primeira badalada.

“Está sozinha na noite dos amantes, lady?”

A segunda badalada soou.

“Sir!” Corrigiu

Terceira

“Está sozinha na noite dos amantes, Sir?” Corrigiu dando ênfase ao final.

Quarta

“Não aprecio companhia”

Quinta

“Toda via está perante a minha” Ele sorriu virando-se para ela.

Sexta

“É o preço da bebida” terminou

Sétima.

“Creio ser algo barato de mais” sorriu

Oitava

Ela deu de ombros

Nona

“Posso pedir uma coisa mais?” ousou.

Décima.

“Não” Foi bem clara.

Décima primeira.

Ele se aproximou mais do rosto da moça.

Décima segunda.

O homem sorriu vitorioso ao encurralá-la contra a murada da sacada. Aproximou seu rosto ao dela bem devagar, Integra entreabriu os olhos à medida que seus lábios se aproximavam. A menos de um centímetro de distância ela sorriu afastando o rosto com homem com os dedos nos lábios do mesmo.

“Não caio no mesmo truque tantas vezes, Alucard!” Sorriu satisfeita com a cara de decepção do outro. Se desvencilhou de vez dos braços dele rindo com sua careta de perdedor.

“Como sabia?” resmungou notavelmente desgostoso.

“Por favor, foi tão obvio!” Ela deu uma risadinha cínica dando tapinhas no ombro do servo “Se esforce mais da próxima vez!” Estava muito feliz agora, até aturaria mais uma dança maluca, afinal ela ganhou o joguinho dessa vez.

"Me esforçarei!" Alucard deu um sorriso malicioso desaparecendo em uma névoa.

Maldito! Já tinha outro plano!


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Notas finais do capítulo

Acho que aqui se encaixa um: PRIMEIRO DE ABRIL!!! HAHAHA

Apesar de ser mais barroco do que vitoriano acho que esse tipo de dança era mais apropriado para o cenário da fic, não em matem por equívocos históricos XD

O vídeo é só uma idéia, não segui a sequência dele XD
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=r-JEFZCnYa8



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