Um universo diferente escrita por Emily


Capítulo 4
Weasley, Granger, Lovegood, Malfoy, Longbottom


Notas iniciais do capítulo

OIE! ~desvia dos avada~ Pois é, atrasei com o prazo. Me desculpem, sério. Mas para recompensar todos vocês vim com um capítulo enooorme. Um dos maiores que já escrevi em toda minha vida. TEM MAIS DE 1.000 PALAVARAS, MILAGRE.

Enfim, conversamos lá em baixo. Boa leitura ;)



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Harry se sentou na cama de seus novos aposentos em Hogwarts. Esperava ficar na torre da Grifinória, mas Dumbledore achou melhor o colocar no antigo quarto de Pomona Sprout, que estivera desocupado desde a sua morte.

Em alguns minutos Dumbledore apareceria e o levaria para conhecer o castelo. Embora a sua aparência continuasse a mesma, muito coisa estava diferente. Mas ele estava ansioso por outro motivo: Queria conhecer Rony e Hermione de outro universo. Talvez fizesse amizade com eles também, e não precisaria cumprir sua missão totalmente só, estaria na companhia de duas pessoas totalmente conhecidas.

***

– O que vamos fazer? – James Potter perguntou olhando para sua esposa Lily e para seu melhor amigo Sirius.

– Ele é o nosso Harry, tenho certeza! – a ruiva disse, olhando para uma foto de um bebê de dois meses com cabelos negros e bagunçados e lindos olhos verde-esmeralda. – Meu instinto de mãe não falha.

– Mas existe tantos garotos chamados Harry – Sirius falou bebericando uma dose de wisky. – É um nome extremamente comum.

– Mas não é comum um Harry que é minha cópia. – James falou. – E repetindo a pergunta... o que vamos fazer?

Os três ficaram em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos.

***

Harry estava cansado de esperar. Saiu discretamente de seus aposentos, checando se havia alguém no corredor. Por recomendação, Harry não poderia ser visto antes do jantar, onde seria apresentado como um parente distante de James e o ajudante de professor de Defesa contra a arte das Trevas.

Todos os alunos estavam nas aulas, e a próxima troca de aulas seria dali meia hora. Tempo suficiente para Harry tomar um ar e voltar para o quarto.

Ele começou a andar pelos corredores, tomando o cuidado de decorar o caminho de volta. Mas seria fácil voltar, seus aposentos ficavam perto da cozinha.

Toda hora olhava de um lado pro outro, com medo de ser visto. Depois de dez minutos caminhando, sua ansiedade não havia diminuído nem um pouco, ao contrário, aumentara com a perspectiva de poder esbarrar com Ron e Hermione a qualquer momento. Por este motivo, resolveu voltar e esperar Dumbledore.

Quando estava quase chegando, encontrou uma aluna encostada na parede, aparentemente fumando algo suspeito. Não haveria problema chamar a atenção dela, era por um bem maior.

Quando se aproximou o suficiente para ver seu rosto, quase caiu duro no chão ali mesmo. Conhecia aquela garota, e não conseguia acreditar que realmente era ela.

Luna Lovegood estava quase irreconhecível. Seus cabelos loiros estavam curtos, não chegavam nem mesmo aos ombros. Estavam parecidos com o de Harry, porém dava para perceber que Luna os cortara de qualquer jeito. Seus olhos estavam cobertos por uma camada grossa de lápis preto. Usava um batom vermelho fortíssimo. E em vez dos brincos de Rabanete, ela usava uma argola prata. A costumeira saia do uniforme fora substituída por uma legue preta e rasgada nos joelhos.

– Luna? – Harry deixou escapar, assustado. Aquela era a menina que não tinha medo de ser ela mesma, aquela menina que o ajudou a superar a morte de Sirius, aquela menina louca que ele tanto amava?

– O que foi, Professor Potter? – ela falou olhando Harry com uma ligeira raiva, sem nem ao menos se preocupar em apagar o cigarro.

– O que é isso que está fumando? – Harry disse transtornado. – O que aconteceu com você?

– O senhor sabe muito bem que fumo. Mas como quer tanto saber, isso é uma droga trouxa chamada Maconha. Quer experimentar?- Luna perguntou irônica. Harry ficou calado apenas a observando de boca aberta. Após alguns segundos ela revirou os olhos e se afastou, sumindo pouco depois pelo corredor.

***

– Luna ficou assim após o pai ter sido assassinado por Comensais, ano retrasado. – Dumbledore lhe explicava, enquanto andava ao seu lado em direção aos Jardins. – Era uma menina linda, sonhadora. Mas acabou ficando assim.

Quando Dumbledore chegará nos aposentos de Harry, encontrara o garoto em estado de choque. O chamou para caminhar com ele, e depois de alguns minutos começou a lhe explicar o que havia acontecido com Luna.

– Mas... ela é uma viciada em drogas?

– Infelizmente. – o velho falou suspirando tristemente. – Segundo as regras eu deveria expulsa-lá de Hogwarts. Mas a coitadinha é órfã, para onde iria? Estamos no meio de uma guerra, eu não posso simplesmente jogá-la nesse mundo cruel. Esse ano Luna irá se formar, e eu a convidarei para participar da Ordem. Ela é ótima em duelos, e com uma sede de vingança espantosa. Faria qualquer coisa para destruir Voldemort.

Harry e Dumbledore seguiram o resto do caminho em silêncio.

– E Neville Longbottom? – Harry perguntou. Tinha um carinho imenso pelo amigo.

– Os Longbottom são a maior família das Trevas de todo o mundo bruxo. – Dumbledore falou sombrio.

– O que?! – Harry gritou, parando de andar. – Impossível! Neville é meu amigo, sem ele não teríamos ganhado a batalha! E os pais deles foram torturados até a loucura, isso é impossível.

– Mas é a realidade. – Dumbledore disse apertando o ombro de Harry. – Alice e Frank eram temidos em seus tempos de Hogwarts. Ganharam a marca negra quando ainda estudavam aqui, foram um dos primeiros a se unir ao lado das trevas.

– E os Malfoy? – Harry perguntou. – No meu mundo, eles que são a maior família das trevas, como o senhor já sabe. Embora depois da guerra tenham ficado mais amigáveis.

– Os Malfoy são meus espiões de confiança. – Dumbledore falou. Harry teve que sufocar outro grito. Aquilo era tão... surreal. – Ótimos espiões, diga-se de passagem.

Harry decidiu ficar calado. Precisava processar tudo que descobriu naquele dia.

***

– Sr. Weasley, Srta. Granger. – Dumbledore falou se aproximando de dois jovens da idade de Harry usando vestes negras e brancas.

Quando os dois se viraram, o coração de Harry disparou. Eles estavam tão mudados! Rony estava com o cabelo curto, quase totalmente raspado. As vestes se revelaram um uniforme incrível. Hermione estava com uma trança longa jogada nas costas, e parecia ainda mais bela. Ambos pareciam durões, e nos dois uniformes estava bordado duas letras: AD.

– Professor Dumbledore, Capitão Potter. – Rony e Hermione falaram juntos.

– Ah não, esse não é James. – Dumbledore falou sorrindo docemente. Os dois olharam Harry com curiosidade e desconfiança. – Lembram do plano de trazer um herói de outro universo?

Hermione arregalou os olhos e Rony fez uma cara de desdém.

– Mas pensei que era para vir um auror treinado, e não uma criança. – O ruivo disse abafando uma risada.

Harry sentiu o sangue ferver. Aquele com certeza não era seu melhor amigo.

– Até porque você é muito mais velho do que eu. – Harry falou revirando os olhos. Rony o encarou com a sobrancelha erguida e andou até ele, com uma postura que faria qualquer uym encolher de medo.

Mas Harry não era qualquer um. Havia enfrentado coisas bem piores que aquilo. E não tinha medo de Rony.

– Se eu fosse você teria mais respeito, garoto. – o ruivo disse bem baixo, mas alto o suficiente para que todos ouvissem. – Você não vai querer mexer com Ronald Weasley, o melhor guerreiro da Armada de Dumbledore.

Armada de Dumbledore. Harry fez uma nota mental para perguntar sobre aquilo para o diretor depois.

– E você não vai querer mexer com a pessoa que já matou Voldemort. – Harry falou com um rosnado. Não gostava de jogar isso na cara das pessoas, mas quando era desafiado normalmente aquilo fazia a pessoa que estava discutindo com ele perder todos os argumentos.

Rony o encarou com raiva nos olhos, levando a mão até a varinha. Harry fez o mesmo.

– Rony, pare. – Hermione falou empurrando o ruivo para trás. Respirou fundo e sorriu para Harry. – Desculpe o Ron, ele está meio nervoso hoje. Sou Hermione Granger.

– Sou Harry. – o moreno disse apertando a mão da amiga, sob o olhar assassino de Rony.

– Muito bem, vim aqui só para apresentar Harry á vocês. – Dumbledore disse. – E me encontrem hoje no lugar de sempre e no horário de sempre.

Dizendo isso, o diretor deu as costas e começou a caminhar de volta para o castelo, já que estavam no jardim. Harry acenou e acompanhou o diretor. Porém conseguiu ouvir uma última coisa vinda da boca de Rony, e aquilo o machucou profundamente:

– Odiei esse cara. Metido demais pro meu gosto.


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM! Pois é, Rony é um Draco da vida aqui. Primeiro transformei o Remus em Comensal, agora o Ron todo mal humorado e odiando o Harry... vou ter que dormir com um olho aberto, vocês provavelmente vão tentar me matar hoje a noite.

Maaas, foi preciso. E não se preocupem, o Trio de Ouro vai existir. Se não existir de um jeito, existirá de outro ((decifrem esse enigma, que não é do príncipe)).

Obrigada pelos comentários anteriores (que incluíram ameças de morte, ameças de perda de leitores, ameaças de ser jogada no tártaro e outras demonstrações de carinhos por ter feito o Remus virar comensal. Vocês são tão amorosos!)

Beijo, até depois de amanhã, se Merlin quiser!