[Duas semanas depois...]

– Pra onde você está me levando? – perguntou Octavian enquanto eu o puxava pelo braço colina Meio-Sangue a baixo.

– Você não pode mais ficar aqui – disse eu, Octavian parou subitamente e eu quase caí (teria caído se ele não tivesse me segurado). – Você estava à beira de ser descoberto, não pode mais correr esse risco. – O que foi? Vamos!

– Eu não preciso da sua ajuda, fui muito bem até então.

Ergui uma sobrancelha.

– Eu te ajudei durante duas semanas e, agora que eu ainda estou tentando te ajudar você vem me dizer isso? Octavian, sinceramente... – Ele me interrompeu.

– Não, é sério. Me deixe sozinho.

O quê?! Que mal agradecido!

– Simples assim? "Me deixe sozinho"? Qual o seu problema?!

– O meu problema? – ironizou ele. – Rachel, eu simplesmente quero seguir sozinho.

Às vezes eu tinha uma vontade quase que incontrolável de dar uns socos naquela cara dele.

– Então tá – me afastei, estressada e triste ao mesmo tempo. – Siga sozinho, Senhor Independência, e eu acho melhor você não aparecer de novo na minha frente tão cedo, certo? Certo. Adeus. – Saí tempestuosamente, deixando Octavian no vácuo.

Que legal, eu me apego à santa criatura pra depois ela simplesmente fazer isso. Eu não acredito! Será que ele não percebe que eu sou a única esperança?

Não sei porque, mas eu desejei que ele voltasse.