– Como eu vou entrar aí? Todo mundo vai me reconhecer – disse Octavian.

– Se tu continuar tagarelando igual um papagaio, sim, todo mundo vai te reconhecer – revirei os olhos, sacando minha adaga. Ele arregalou os olhos. – Eu não vou te matar, idiota, é só pra disfarçar.

Sem nem deixá-lo falar qualquer coisa eu passei minha adaga na camisa dele, rasgando principalmente a parte do Acampamento Júpiter. Logo em seguida peguei o ursinho de pelúcia dele e...

– Ei, é meu ursinho!

Eu ri com desdém.

– Qualquer pessoa te reconheceria se você estiver com esses seus ursinhos, Octavian. Um assassino psicopata de ursinhos de pelúcia. Oh! Pobres ursinhos!

Joguei o ursinho bem longe e passei a adaga nas bochechas dele.

– Ai – choramingou. – Pra quê isso, hein?

– Pra você parecer um pouco mais novato, quem sabe – ergui as sobrancelhas. – Agora está pronto. Mas, de qualquer jeito, isso é só pro caso de alguém te achar. Venha comigo. – Puxei-o disfarçadamente pelo acampamento, me escondendo em todos os lugares possíveis, até sumir da possível vista de alguém e chegar no Punho de Zeus. Ninguém mais usava aquele lugar desde a tão famosa batalha do labirinto, seria um lugar perfeito para esconder o Octavian.

– Que lugar é esse? – perguntou ele. Eu expliquei resumidamente enquanto fazia alguns cálculos sobre o lugar. – Ahn, certo, mas... Eu... – Ele corou. – Eu estou com fome...

Eu sorri.

– Não se preocupe com isso, daqui a pouco eu dou um jeito de te trazer um lanche. Minha caverna não fica muito longe daqui, e eu vou me esforçar ao máximo para ficar bastante tempo de olho em você, mocinho – disse eu. – Não importa o quão inofensivo você esteja, eu preciso cuidar para que você não se meta em encrenca.

– Hum – murmurou ele, entediado.

– Com licença, vou dar um jeito de achar comida pra você.

– Ahn, Rachel...

Ele me chamou de Rachel!

– Sim?

– Obrigado.