A Honra dos Black escrita por Weirdo


Capítulo 6
Snape ao contrário




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482016/chapter/6

Eles então se dirigiram para as masmorras e tiveram a infeliz chance de constatar que Snape estava mais desagradável do que costume.

Tiveram que fazer uma Solução Emagrecedora, e a poção devia ficar rosa claro. A de Hermione atingira o exato tom de rosinha.

A de Harry e a de Rony não estavam tão perfeitas: atingiram um tom rosa-choque. Pelo menos, estavam melhor que a de Neville, que atingira um azul-índigo e agora desprendia uma fumaça alaranjada.

Mas havia diferente no comportamento de Snape: ele estava nervoso, o que não era normal. No fim da aula, eles arrolharam uma amostra da poção e se dirigiram para o departamento de Transfiguração.

Profª. McGonagall estava tão exigente quanto o possível, ao dar-lhes como matéria do sexto ano a Animagia. Hermione bebia as palavras que Minerva dizia, e parecia cada minuto mais interessada.

Ao fim da aula, Profª. McGonagall pediu 20cm de pergaminho sobre Animagia, coisa que fez Hermione ficar contente, mas desanimou Harry e Rony.

– Já temos os 30cm de Snape sobre a composição da Solução Emagrecedora e agora Profª. McGonagall nos dá mais trabalho! – reclamou Rony. – Só espero que essa tal de Gween não passe deveres hoje!

Rumaram para a sala Defesa Contra as Artes das Trevas, e, acostumados com Umbridge, nenhum aluno se deu o trabalho de tirar a varinha da mochila.

Profª. Gween chegou sorrindo, mas este logo se desfez quando ela passou os olhos pela turma.

– O que vocês acham que estão fazendo? – ralhou ela. – Guardem essas coisas e apanhem as varinhas!

A turma respirou aliviada e pegou as varinhas. Os membros da AD estavam mais contentes ainda: poderiam mostrar como progrediram na matéria. Profª Gween então acenou com a varinha e todas as classes se afastaram.

– Agora, quero que formem duplas com o pessoal das outras casas e pratiquem feitiços estouporantes e de desarmamento.

Ninguém se mexeu.

– Estou vendo que eu mesma terei de fazer as duplas. Então ta. – ela pegou o caderno de chamada e foi dizendo: - Weasley e Crabbe. Granger e Parkinson. Brown e Bulstrode. Longbotton e Goyle. Potter e Malfoy. Vamos, se arrumem!

Assim a lista de duplas foi indo, e os alunos da Grifinória tiveram que se misturar com os da Sonserina.

– Podem começar! – disse a professora.

– Um momento professora. – disse Malfoy.

– Que foi? - perguntou ela, ríspida.

– Estou com Potter!

– E daí?

– E daí que ele tinha um grupo de Defesa Contra as Artes das Trevas ano passado! Ele vai... – gemeu Malfoy.

Malfoy estava com medo, afinal. Harry daria tudo para poder jogar um desaforo na cara dele neste momento.

– Ué, se acovardou? – mas quem falou isso não foi Harry, tampouco Rony ou Hermione. Foi Gween. Um burburinho se espalhou pela sala e a professora completou: - É verdade, Potter? Sobre o grupo?

Malfoy sorriu desdenhosamente. Harry estava ferrado.

– Sim, professora. – disse ele, inseguro.

– Ora, aluno dedicado! Dez pontos para a Grifinória! – concluiu Gween.

O sorriso de Malfoy deu lugar a uma cara um pouco assustada.

Todos os alunos da Grifinória sorriram. Tudo que eles haviam sofrido com Snape! Agora Gween estava dando o troco. É verdade, Gween era quase como um Snape ao contrário.

Harry estava felicíssimo. Alguém digno para o cargo, finalmente! Mas o “show” de Gween ainda não havia acabado.

Uns vinte minutos antes de bater para o final da aula, Prof Snape entrou na sala de aula.

– Profª Gween? – disse, pomposo.

– Sim, Snape. – disse ela, com um certo desprezo que fez Harry sorrir.

Além disso, ela nem se dirigia ao colega como Professor!

– Posso falar com você em particular? – disse, exibido.

Revirando os olhos ela respondeu, ríspida:

– Não está vendo que eu estou no meio de uma aula? Não achou hora mais convincente ou veio me perturbar de propósito?

Hermione gelou e cochichou para Harry:

– Snape não vai fazer pouco caso disso.

Mas ao contrário do que a amiga havia previsto, Snape ficou pregado no chão, inseguro. As palavras haviam sido roubadas dele.

– Desculpe. – ele conseguiu murmurar.

Mas havia algo diferente no “desculpe” de Snape. Não foi um “desculpe” sarcástico, característico de Snape. Na verdade, era difícil de dizer se o “desculpe” foi mais inseguro ou envergonhado.

Assim ele se retirou.

Os alunos da Sonserina estavam furiosos, e os alunos da Grifinória felicíssimos. Mas a turma inteira havia adotado uma característica: todos estavam perplexos diante da maneira com que Gween havia tratado Snape.

Nunca na história de Hogwarts alguém – com talvez exceção de Umbridge – havia se dirigido tão desgostosamente a um professor, ainda mais se fosse com Snape.

Gween sentou-se como se tivesse feito a coisa mais normal do mundo e pediu que a aula continuasse.

– Ela é o máximo! – exclamou Rony, uma hora mais tarde, sentado à beira do lago da lula gigante. – E nem nos deu dever!

– Com esse atrevimento acho que ela não dura muito. – falou Hermione, sensatamente. – Vocês viram como ela se dirigiu a Snape.

– E porque será que Snape reagiu daquela maneira? Não é normal dele. – falou Harry.

Os outros lançaram olhares intrigados.

– Bom, acho melhor a gente ir! – concluiu Hermione. – Vamos jantar e ir para salão comunal.

– Já, Hermione? - perguntou Rony.

– Sim, afinal não quero me atrasar com os deveres. Mas se você ficar, fique. Mas não venha me pedir meus resumos!

Assim, Rony foi obrigado a partir.

Eles sentaram na mesa da grifinória e apreciaram um jantar maravilhoso. Harry estava olhando para mesa dos professores quando viu que um Snape inseguro tentava falar com Gween. Mas ela não estava nem dando bola.

Quando o olhar de Snape e o de Harry se cruzaram, o professor fuzilou-o com o olhar. Mas Harry manteve e foi a vez de Gween olhar. Ela sorriu; ao ver que o garoto estava ocupado em manter o olhar de Snape, Gween piscou para Harry e murmurou para Snape (mas nenhum dos alunos teve a sorte de presenciar este momento):

– Você não fica envergonhado de jogar sua raiva em um aluno? Ainda mais com Potter, que é excelente!

Snape ficou vermelho e preferiu encarar sua comida.

No salão comunal Hermione não desgrudava de um livro chamado “Animagia Para Iniciantes”, que ela pegara na biblioteca para se distrair (coisa que Rony achava perda de tempo).

Por isso, Harry e Rony foram obrigados a fazer seus próprios trabalhos. Depois, conseguiram afastar a atenção de Hermione do livro e pediram que ela corrigisse.

– Ora, Harry, de onde você tirou que quando a gente é animago a gente perde os sentidos? – perguntou Hermione.

– Ãhn... eu botei isso? – perguntou Harry. – Acho que foi deste livro... – então o garoto passou o livro “Animagia e Transfiguração” a Hermione, enquanto dava um bocejo.

Ela folhou as páginas até que disse:

– Não é isso, Harry! Sobre os sentidos é o seguinte: nós ficamos com os sentidos dos animais que adotamos, embora a inteligência continue a ser humana.

– Ah... – resmungou Harry.

Meia hora depois, com os trabalhos corrigidos, Harry e Rony foram se deitar, mas Hermione permaneceu acordada no salão comunal, lendo o enorme livro sobre animagia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Honra dos Black" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.