“Não deixe ninguém destruir os seus sonhos, mas não os realize pisando nas pessoas.”

Levantei-me e posicionei o meu braço, fiz tanta força para não tremer que já o sentia dormente, o silêncio que se fazia era assustador, principalmente ao saber que todos olhavam em minha direção, esperando a minha decisão, então fiz o que achei ser o certo no momento.

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—Guardas? — As pesadas portas foram abertas com brusquidão. —Tragam a Haruno.

Fugaku deu a ordem, e os guardas o atenderem sem pestanejar, sentei na cadeira respirando fundo, minha vontade era de sair daquele local, mas como não poderia me preparei mentalmente para a confusão que sugeria a seguir.

Olhei de quanto para Fugaku vendo um sorriso vitorioso preencher o seu rosto que não possuía mais a máscara fria e sim satisfação, ele havia ganhado o que queria, pelo menos era isso o que ele achava.

Os minutos que se seguiram pareciam não passar, o clima na sala estava tenso como nunca, silêncio. Sentado de onde estava podia ver alguns olhares direcionados a mim, outros ao meu pai, que parecia estar vivendo o melhor dia de sua vida, saboreando a vitória com um sorriso macabro, um que nunca presenciei, nem mesmo no dia do massacre, e definitivamente espero não presenciar novamente.

O silêncio foi rompido pelo ranger das portas que foram abertas rapidamente chamando a atenção de todos naquela direção, por elas passaram dois guardas, extremamente nervosos, o suor descia por suas testas, com razão e eu sabia o motivo, quando dessem a noticia a Fugaku, não gostaria de estar na pele deles.

—Onde esta a garota? — meu pai perguntou irritado, a voz entre dente denunciava isso, vendo que eles se encontravam sozinhos, os conselheiros começaram a se entreolhar, confusos, pude ver um leve sorriso se formar no rosto de Tsunade, que olhava diretamente para o Sabaku No, que apesar de não estar sorrindo possuía satisfação em seus olhos, estranhei este ato, mas minha atenção foi dirigida aos guardas, que começaram a gaguejar o ocorrido.

— Na-não a encontramos meu rei. — o pobre coitado dizia quase desmaiando de medo, também, com o olhar de ódio que meu pai lhe direcionava, devia ser difícil para ele permanecer de pé - a-a cela estava aberta e as correntes que-quebradas.

— O que? — Fugaku gritou furioso, se levantou em um rompante o que fez a cadeira cair no chão em um baque surdo, pois os paços pesados do rei predominou qualquer ruído, e assim ele saiu rapidamente da sala, empurrando os guardas para fora de seu caminho. Fugaku queria comprovar com seus próprios olhos o que havia acontecido em baixo de seu nariz.

A partir do momento em que ele saiu pude ouvir a confusão que a sala de reuniões se tornou, todos começaram a comentar o ocorrido, Tsunade se levantou de seu lugar e se dirigiu a janela, ficando na mesma até que pode-se ouvir novamente passos furiosos ecoando pelo corredor, parando na porta, todos se silenciaram e prestaram suas dividas atenções em Fugaku.

— Vocês ainda acham que ela é apenas uma vitima? Olhem o que esta garota conseguiu, algo que jamais haviam feito, fugir dos calabouços Uchiha — Fugaku parecia querer matar alguém, de tanto ódio que emanava do mesmo, apesar de ter feito uma pergunta, ele não esperou uma resposta — preciso o quanto antes de um grupo de busca em cada reino, não podemos deixar esta ameaça fugir.

—Desculpe-me Fugaku, mas não irei participar desta caça a Haruno que esta organizando — Tsunade se aproximou da mesa e colocou as duas mãos sobre ela, olhando para os conselheiros rapidamente, antes de voltar a dirigir o olhar para o Uchiha furioso que a encarava — e tenho certeza de que não sou a única.

—Concordo com a Senju — Sabaku No Gaara se pronunciou pela primeira vez, após a fala da Tsunade, se levantando em seguida — não ajudarei a caçar a garota.

—Também não pretendo ceder meus homens para algo tão desnecessário, Fugaku — Hyuuga Hiashi se pronunciou, levantando-se e saindo da sala, passando pelo Uchiha que mantinha a mascara de frieza, demonstrando que não se abalava, mas emanava uma aura assassina, Hiashi parou antes de sair completamente do salão, virando somente a cabeça o suficiente para olhar os conselheiros que ainda permaneciam ali e pareciam surpresos ao ver o Hyuuga desafiar o Uchiha. Mas as palavras que saírem a seguir foram direcionadas apenas a uma pessoa — seus homens podem muito bem procurar sozinhos, já que é uma ameaça a seu reino, não ao resto de nós.

Logo em seguida ao fim das palavras pude ver a Senju sorrindo e saindo acompanhada pelo Sabaku No que por algum motivo direcionou um olhar para mim de desafio, mas o que me surpreendeu foi ver Yamanaka Inoichi e Nara Shikaku se levantarem concordando com o Hyuuga e saindo da sala. Restando apenas Tenten Mitsashi e Uzumaki Minato, sendo que esse ultimo se levantou e surpreendeu o Uchiha mais velho e posso dizer que também estranhei a atitude de Minato.

—Não me diga que também irá me abandonar Minato. —Fugaku questionou de frente para o Uzumaki.

—Não Fugaku, mas concordo que seus homens são capazes de caçarem a Haruno, principalmente se mandar seus filhos com eles, estes dois jovens são lutadores excepcionais e você melhor do que eu, sabe muito bem disso. — ao dizer isso Minato seguiu na mesma direção que os outros tinham acabado de passar.

—E vocês seus imprestáveis? Vão procurar o Itachi.

Os guardas que ainda estavam ali presentes saíram à procura do meu irmão, até eu mesmo gostaria de saber onde Itachi se encontrava. Olhei para a Mitsashi que ainda se encontrava sentada na sala de reunião, nos dois fomos os únicos que permanecemos calados, eu tinha os meus motivos, mas não sabia os dela.

—E você Mitsashi, deveria fazer o mesmo que os outros, não precisamos de sua ajuda. —Fugaku foi curto e grosso.

—Está querendo dizer que somos imprestáveis?

—Minha cara, para um bom entendedor meia palavra basta.

Tenten Mitsashi bufou, e saiu em paços pesados, deixando somente eu e Fugaku. O que estava por vim seria somente o começo de uma longa jornada.