quinn pov

Eu quase não dormi pensando no meu almoço com Rachel, pedi para Dani desmarcar todas as consultas da tarde, pois eu pretendia passa-la com Rachel.

Trabalhei pela manhã com a cabeça nela, eu nem podia acreditar, eu esperava que ela me ajudasse, eu não sei ao certo se sei como agir com ela, eu não sei dizer com precisão o quanto os problemas dela afetam a socialização dela de modo geral, sei que nunca teve um relacionamento, não gostava muito de sair, então acho que isso já é algo bom.

Atendi o ultimo paciente do dia e não tinha mais noção da hora, quando ele saiu da sala eu olhei para relógio do celular, faltavam vinte minutos, meu Deus, faltavam só vinte minutos, sai do consultório, dispensei Dani, ela disse pra eu ir com calma que ela fecharia tudo pra mim e deixaria minha chave com Santana, desci o elevador aproveitando para dar uma olhadinha no espelho e tentar me ajeitar, hoje era um dia pouco convencional, não fui trabalhar de roupa social, fui de calça jeans, há quanto tempo eu não fazia isso...

Meu cabelo parecia estava parecendo de uma adolescente, preso em um coque frouxo e estava enorme, como eu o deixei chegar a esse tamanho eu pretendia corta-lo o mais rápido possível.

Peguei o carro dei uma checada na minha maquiagem mais de perto, nada muito extravagante, fui em direção ao endereço que ela tinha me passado no dia anterior. O trânsito estava tranquilo, o que podia ser considerado intervenção divina, pensei em comprar flores no caminho, mas não sabia se devia, não queria assusta-la ou forçar alguma, ela estava indo almoçar comigo, talvez fosse um primeiro encontro, ou talvez fosse um passeio entre amigas, isso ficaria a critério dela.

O prédio era pomposo, grande. Respirei duas vezes antes de adentrar, o porteiro comunicou minha chegada e mandou-me subir, indicando o décimo quinto andar. Quando a porta se abriu, era Rachel, ela estava linda, seu rosto era emoldurado pelo cabelo grande e escuro com uma franjinha reta, a primeira vez que os vi estava um tanto bagunçado e depois preso, como na sorveteria, agora solto, ela parecia sexy, seus olhos grandes e cor de chocolate, a boca carnuda. Acho melhor parar por ai, talvez ela só queira minha amizade.

Ela agora olhava para baixo, dava pra ver suas bochechas coradas, ela estava com vergonha das minhas olhadas, eu deveria escrever um livro “como ser sútil com Quinn Fabray.”.

Q: você está linda!

R: obrigada Quinn, você está linda também!

Q: vamos?

R: sim, quer entrar?

Eu neguei com a cabeça.

R:só um minutinho

Assenti, a ouvi se despedindo do irmão e depois ele resmungou alguma coisa que ela bufou em seguida.

R: pronto!

Seguimos ao elevador em silêncio, ela parecia um pouco com vergonha, suas bochechas estavam coradas, ela brincava com os dedos, parecia nervosa encarava o chão, aquilo era muito bonitinho.

Q: está gostando daqui? De Nova York?

R: sim, é bem diferente da Itália, mas aqui parece ser mágico, apesar de que eu tive um dois meus piores dias aqui, eu sinto que eu posso tudo aqui.

Q: você não parece italiana...

Ela franziu a testa e me olhou, enquanto eu abria a porta do carro para ela entrar.

R: eu pareço o que?

Q: não sei, eu diria pelo seu nome e pelo o nome do seu irmão que vocês seriam judeus, mas o sotaque me deixou em dúvida.

R: ah sim, meus pai são judeus, e pelo e a minha mãe também – ela falou mãe fazendo aspas com os dedos - eu me pareço com ela – ela fez uma careta adorável, se não fosse um pouco triste ela não gostar de parecer com a mãe- quando eles quiseram ter filhos eles escolheram uma mulher para gerar a criança, é só olhar pro meu nariz não precisa de muita coisa para saber que sou judia.

Q: ele é lindo Rachel!

Ela corou mais deixou abater.

R: você já se olhou no espelho? Você é perfeita, até agora não entendo o porque de você querer sair comigo.

Q: não é porque você não é o loira e outra coisa, ou porque você acha seu nariz grande, que eu acho lindo, você não deixa de ser menos bonita por causa disso, olha para mim...

Aproveitei o sinal fechado, ela relutou um pouco então peguei seu queixo, ela pareceu tensa com o toque ergui seus olhos a altura dos meus, olhando em seus olhos fiz uma força sobrenatural para me controlar, aquela mulher seria perdição.

Q: você é perfeita do jeitinho que você é, não ache feia ou menos bonita, isso é um absurdo.

Terminei de falar e pisquei para ela, que abaixou a cabeça, o sinal abriu e continue a dirigir.

Eu estava mais tranquila, ela deu a entender que isso era um encontro.

Chegamos ao restaurante e durante o caminho descobri que Rachel gostava de falar, tinha paixão por fotografia, ela tinha toda uma teoria filosófica sobre a captura de imagens e pretendia fazer faculdade disso. Rachel também era apaixonada por musicais principalmente por Barbra Streisand, é eu nunca poderia imaginar isso, eu já podia ouvir uma risada e seguido de um comentário infeliz de Santana... Porque eu estou pensando nessa vadia com Rachel do meu lado?

Fizemos o pedido e comemos em um silêncio confortável, com algumas trocas de olhares singelos, terminamos nosso almoço e pedimos sobremesa, ela tinha concordado em andar um pouco, não sei se seria uma boa ideia leva-la ao Central Park, eu queria apresenta-la devidamente aquele lugar.

Saímos do restaurante e conversamos normalmente, fomos até o carro e seguimos me direção ao parque, ela parecia animada, mas quando chegamos ao nosso destino ela pareceu tencionar um pouco, suas expressões ficaram rígidas, ela se aproximou mais de mim, parecendo acuada, minha mão estava ao lado no corpo, ela segurou por um instante em seguida soltou murmurando um desculpa, eu fiquei feliz com o toque sutil, pois eu, mesmo que indiretamente passava segurança pra ela.

Quando ela soltou minha mão, ela se afastou um pouco abaixando a cabeça e colocando as mãos nos bolsos da calça, me aproximei, peguei sua mão a segurei firme, ela não tentou soltar, seguimos andando até achar um local tranquilo.