Ladra escrita por Lua


Capítulo 1
Mudança


Notas iniciais do capítulo

Como eu já disse, fanfic feita para a Coks pq eu amo muito ela e tals. ♥
Postei atrasado, mas o que vale é a intenção certo?
Espero que gostem. Tanto a Coks quanto voces.
Feliz aniversário coks, te amo. ♥
Boa leitura!



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Cá estou eu, mais um dia sem conseguir dormir. Semana que vem irei me mudar. Por quê? Se estão todos pensando que é aquele blá-blá-blá de sempre; “se mudar para ter uma vida nova, amigos novos e tal” estão totalmente errados, a verdade é que, como sou uma idiota que não consegue emprego fixo, terei que me mudar por motivos simples; falta de dinheiro para pagar o aluguel.

“Você não consegue.”

Pensem bem, hoje em dia é mais fácil você ir para o Brazil inventar qualquer tipo de musica sem letra ou significado sequer e ter sucesso lá. Aqui no Canadá é muito mais difícil isso acontecer, por mais que eu queria sabe... Sou uma burra.

“Se dê por vencida logo, ninguém te quer aqui.”

Como sei desse tipo de coisa? Uma amiga minha que conheci na internet. O nome dela é Levy – Eu acho um nome estranho, mas nunca disse isso a ela –, ela mora na capital e por mais que seja bem perto daqui, eu nunca à vi pessoalmente.

“Olha, lá vai ela, a estranha sem pai nem mãe.”

Ela é do tipo tagarela, mas eu sempre a escutei e dei atenção porque ela foi a única que me deu atenção também e num momento como esse, foi ela quem me ajudou. Ela nunca me mandou foto dela por motivos do qual eu não sei, mas ela disse que já morou no Brazil porque a mãe dela é – ou era – brasileira. É tudo muito confuso.

“Que azarenta, tenho pena dela.”

Desde pequena eu sempre me dei mal e o pior; sempre sozinha em tudo, sempre era eu quem me virava só, nunca tive família. Para mim, família era algo divino e por conta disso algumas pessoas diziam que eu tinha azar.

Eu chorava.

Hoje em dia, dou uma de forte sempre, todas as pessoas fazem isso e porque eu não posso né? De noite, como eu gosto muito de escrever e nunca conheci minha mãe, eu escrevo cartas imaginando que ela está lendo em algum lugar por aí.

Que infantil.

Ninguém sabe como eu me sinto e nunca sequer perguntaram, então não tem o porquê de eu me fazer de coitada. O jeito sempre foi esse, me fazer de forte e depois choramingar na cama para que no outro dia abrisse um sorrido da ponta de uma orelha à outra.

“Se liga garota, seus pais tiveram tanto azar contigo que te largaram”

Eu sempre escutei coisas que nunca me agradaram, mas permaneci de pé sempre, afinal é isso que eu sempre faço até hoje, seguir em frente. Amanhã terei que arrumar minhas coisas e resolver uns troços em relação ao trabalho, após isso poderei ir embora. Levy que me aguarde.

De fato é uma nova vida, mas não é pra tanto, é só uma casa nova, cidade nova, amiga nova, porém velha. Entenderam, né? E como sempre, vou seguir em frente e vou tentar achar um emprego novo.

“Sai daqui garota, você é estranha.”

Por enquanto, vou tentar dormir.

— Boa noite mamãe.

[...]

Uma semana se passou e eu estou indo ver a Levy. Me mudar.

Ela nunca me mostrou uma única sequer foto dela, mas ela disse que sempre foi chamativa e que quando eu ver ela, vou reconhecer na hora. Vamos tentar...

Após horas de viagens, finalmente cheguei no prédio onde ela mora, fiquei lá fora observando a vista que por sinal era ótima, mas quando fui entrar um garoto de cabelos vermelhos que estava saindo do local bateu em mim e nem sequer pediu desculpas – Pode isso Arnaldo? –, mas tudo bem sabe, eu aguento. Tudo pela Levy.

Voltei a olhar aquele hotel e me deparei com um cabelo estranho. Era azul? Aqui só tem gente com cabelos coloridos?

—L-Levy? – Gritei meio tímida, imagina só se não for ela, que mico.

—LUCY! –A garota correu em minha direção. Era ela mesmo?

— Levy? É você mesmo? – Olha que eu ainda estou confusa moça, alguém me ajuda por favor.

— Claro que sou eu, esqueceu da minha voz? Que amiga você é hein? – A coitadinha ficou lá choramingando e eu acabei rindo da cara que ela fez. Levy podia ser uma amiga virtual, mas era a minha melhor amiga nesse termo – ou a única amiga que eu tive de verdade – e ela sempre me fazia rir.

— Então é verdade, hein? – A olhei com uma cara de malicia.

— O-O que?

— Que você é chamativa, ué. Agora eu sei o motivo, e aliás... Por acaso você é japonesa?

— Sobre isso... – Sentou no banco que havia ali. — Meu pai era japonês, por isso que eu falo coisas estranhas do nada, ainda não me acostumei totalmente.

— Acostumar com o que, menina?

— É que eu morei no Brasil até os dez anos e depois me mudei para o Japão e agora estou aqui, por isso não acostumei “totalmente” – Fez um sinal de aspas. — a não falar coisas japonesas e tal. Tisc. – Entreolhou de lado.

— Ah sim, você mora num lugar legal hein. – Olhei para o apartamento que não era tão grande, porém parecia aconchegante.

— Verdade! Vem comigo. Você pode deixar suas coisas no meu quarto enquanto arruma algum lugar para onde vai ir morar, certo? – Me puxou sem nem deixar eu falar, apenas me levou até seu quarto.

— Mas Levy, eu não quero incomodar sabe? Sei que você é minha amiga há bastante tempo, mas não é necessário fazer isso por mim. É sério, eu posso muito bem arrumar um lugar por aí hoje. – Me pronunciei.

— Na-na-ni-na-não. – Negou com o dedo. —Você vai ficar dormindo aqui até você descansar totalmente da viagem e achar um lugar bom e barato, E um emprego também. – Enfatizou o “E”.

— Ainda acho que estou incomodando demais. – Fiz cara de triste, pelo menos assim ela iria entender.

— Olha... Você pode me ajudar a arrumar a casa certo? Pense nisso como... O aluguel! – Sorriu forte.

— Você não vai me deixar por aí sozinha né? Quer mesmo que eu fique? – Dei um sorriso torto.

— Claro que não, alias seria uma ótima companhia. Agora guarde suas malas e vá deitar, vou procurar algum lugar bom para você morar ok? – Assenti depois disso.

Depois de guardar minhas malas como a azulada mandou, eu finalmente fui me deitar. Mesmo sendo perto, a viagem me deixou exausta.

Acordei no outro dia com a Levy quase me batendo e gritando muito para variar, ela disse que havia achado um local bem barato e que era no mesmo apartamento que o dela. Fiquei tipo “O que?” Aquele apartamento deve ser em torno de $270 para cima, ou mais que isso. Não tenho nem $92.

Levantei-me e fui tomar banho, quando terminei de me arrumar comi algo de leve e fui ver o tal local aonde eu iria “morar”.

O lugar era um pouco maior que o apartamento de Levy, isso me estranhou um pouco. Alias, muito.

Continuei a ver o local e a escutar o blá-blá-blá de sempre do homem que dizia sobre as coisas ótimas do apartamento, as maravilhas que se tem de morar lá. Depois de longas e demoradas horas de tantas palavras, eu perguntei quanto que custava e me surpreendi.

Quase desmaiei sabendo do preço, fiquei até com dor de cabeça. Tendeu me acalmar e depois que minha dor de cabeça passou eu finalmente voltei para o apartamento da azulada.

“Cuidado com o mundo, se seus pais não te queriam, imagina o resto”

— HEH? Mas porque você está assim? Devia estar feliz ué. – Levy ficava me abanando enquanto eu estava no sofá a ponto de ter um infarto.

— Bom, é que devem estar mentindo sobre o preço. $75 por mês e isso é muito barato Levy, isso é mentira. – Quem iria acreditar numa coisa dessas? Logo agora?

— More lá por um mês então, se tiver errado e for mais caro você poderá pagar, afinal até lá você estará trabalhando né? E, além disso, qualquer coisa, eu te ajudo a pagar ok? – Deu uma piscadinha no olho direito.

Animei-me. OKAY! Irei agora mesmo pegar o quarto, obrigada Levy. – Corri ate o saguão para assinar as papeladas todas.

Depois de assinar, subi correndo para falar com a azulada que talvez fosse pular em cima de mim de tanta alegria. Quando entrei n elevador, havia aquele garoto ruivo que se esbarrou em mim hoje cedo lá dentro, sozinho.

Fechei minha cara, garoto escroto, bate em mim e nem sequer pede desculpas, que falta de educação.

Entrei no elevador e quando eu ia apertar o botão do andar que eu iria ir, o idiota ainda clica no mesmo botão e na mesma hora que eu. Olha aqui garoto, eu não quero fazer o mínimo contato com você, sai de perto de mim demônio, estou com ódio de você ta bom? DISTANCIA!

Nem olhei na cara dele e apertei o botão com tanta força que acho – tenho certeza – que quebrou, o pobre coitado do botão não tem nada haver com isso e sofreu tanto. CULPA DESSE GAROTINHO AÍ!

Mas tudo bem, vou seguir em frente.

Ignorei-o totalmente e fui gritar e comemorar junto com a Levy na sala dela, depois disso nós duas vimos uns filmes e eu fiquei com sono. Já que agora tenho um teto para morar, eu peguei minhas malas e depois de tanto a azulada insistir eu finalmente fui para meu apartamento.

Cheguei lá, abri a porta e estava com as luzes apagadas como eu deixei, peguei minhas malas e coloquei para dentro. Assim que eu liguei a luz, a sala estava totalmente diferente, trocaram alguns móveis de lugar, acho que foram os donos do hotel ou sei lá, segui para o quarto.

Joguei-me na cama sem nem mesmo ligar a luz, já que eu havia tomado banho na casa da Levy, não havia necessidade disso, então era apenas deitar e dormir, esperar o outro dia, esperar o sol nascer.

Mas, por azar que eu tenho e por burra que sempre sou, quando me deitei na cama, escutei um grito e era de homem, me assustei na hora. Adivinhem, era o tal garoto de cabelos vermelho.

Na minha cama? No meu apartamento? Oi?

— O-O QUE FAZ AQUI? – Olha, eu estava a ponto de bater nele. Alguém o tira daqui.

— Eu moro aqui.


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Notas finais do capítulo

Não me matem e tal, postarei o próximo capitulo assim que der.
O foco aqui é a felicidade da Cooks-senpai.♥
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