Escrevendo o amor escrita por Julius Brenig


Capítulo 4
Pequenas e grandes distrações


Notas iniciais do capítulo

Quem nunca adiou uma coisa urgente? Um trabalho, uma pesquisa ou até um passeio. E com Samylla não foi diferente.
Espero que curtam o capitulo!



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Samylla acorda cedo.

Ela estava empolgada, pois o começo do seu livro, no dia anterior, tinha sido um sucesso. E ela continuava ainda muito inspirada e com o segundo capitulo todo pronto, faltando apenas digita-lo.

Ela se levanta e vai direto ao banheiro, pega sua escova de dentes azul e escova seus dentes, aproveita e toma um longo banho. Após isso, ela vai até a padaria que fica na esquina da sua casa. Ao aproximar-se do local, Samylla vê a faixada escrito “Pão de mel”. Ela entra no estabelecimento, compra cinco pães e volta para casa.

Após tomar café, Samylla lembra de ligar para seus pais, que moram em Goiás. Eles estavam bem desatualizados das mudanças que haviam ocorrido na vida de Samylla, além de ter mais de uma semana que eles não se falavam, e para ela, isso era tempo demais.

Ela pega seu smartphone que não tinha nem quatro meses de uso, todo branco com uns detalhes em cinza metálico, digitou o número do pai e ligou. O telefone chamou por algum tempo, até uma voz doce e gentil, que fez Samylla recordar o passado e a infância. A voz era de sua mãe, Roberta Grumord. Uma mulher dona de casa, de quarenta e cinco anos, que morava com o pai de Samylla, Caio Grumord, um motorista aposentado.

– Alô? – disse a mãe de Samylla.

– Oi mãe! – respondeu a jovem. – Como você tá?

– Tô bem minha filha, já estava com saudades. Quando você vem visitar seus velhos, hein?

– Não sei mãe, é que estou com uns projetos novos e acho que vai demorar.

– Mas você não pode tirar férias? – perguntou a mãe de Samylla.

– Eu já estou de férias mãe. A questão é que eu decidi escrever um livro. E quem sabe publica-lo.

– Escritora? Nossa filha, que ideia mais boba, ninguém consegue viver de literatura no Brasil.

Nesse momento Samylla lembra o porquê de ter resolvido morar em outro estado. Sua mãe nunca a apoiava nos seus projetos, e esse foi o principal motivo da sua partida. Ela não contou o motivo dela querer escrever um livro, já que sua mãe acharia ridículo. Parando pra pensar bem, Samylla também achava um pouco ridículo essa sua ideia, mas ela não ligava para isso.

– Mãe – disse ela – Eu estou te informando e não pedindo sua opinião. - Ela achou que foi meio grossa, mas agora que ela era adulta teria que impor mais suas ideias à sua mãe.

Por fim a mãe de Samylla disse:

– Tudo bem filha. Desculpe – Apesar das desculpas, Samylla percebeu que a senhora Roberta não tinha se arrependido nadinha do que disse. – Como eu sempre digo: Se te faz feliz, faça.

– Obrigado. – respondeu a garota. – E como está o papai?

– Não muito bem... Sabe como é, a idade vai chegando...

– O que ele tem? Me diga! – Samylla ficou preocupada.

– Não esquenta com isso filha, não é nada grave.

Mesmo sua mãe dizendo isso, Samylla sabia que não era a verdade, porém decidiu não fazer mais perguntas, pelo menos por enquanto. Ela despede da mãe e olha no seu smartphone, que marca dez horas da manhã. Samylla ficou impressionada como o dia estava passando rápido. Ela sai da cozinha e segue até seu quarto disposta a começar a escrever o próximo capitulo do seu livro.

Ao chegar em seu quarto ela pega seu notebook abre um segundo arquivo de texto dentro da pasta que ficaria salvo cada capitulo individual, e um outro arquivo que juntaria todos, assim ela poderia achar todos os trechos que ela procurar mais rápido. Mas antes de colocar sua criatividade em pratica, ela resolve abrir o seu navegador e entrar na internet.

Ela acessa seu facebook, vai no youtube ver dicas de como escrever melhor, assiste dois ou três episódios de sua série preferida, chamada “Game of Phones”. Depois disso ela checou seu e-mail e fechou o navegador. Quando olhou no relógio do seu notebook já eram 13:03 da tarde. Ela então resolveu almoçar antes de escrever.

Ela vai prepara o almoço, mas lembra-se que não fez as compras do mês, então ela entra em seu quarto pega sua bolsa de couro marrom, e vai até o supermercado.

O supermercado ficava cerca de quinze minutos a pé. Claro que existia um outro mais próximo, porém era de um porte pequeno e pouca variedade, por isso Samylla preferia andar um pouco a mais. Ao chegar no supermercado, Samylla faz as suas compras, paga no caixa e segue de volta para casa.

Chegando na sua casa, Samylla encontra em frente seu portão Liza. Uma garota de dezoito anos, cabelos loiros com mechas rosa, piercing no nariz, pele levemente bronzeada a ponto de deixar as tais marquinhas de biquíni visíveis. Uma amiga de longa data, desde que Samylla se mudou para o Rio.

– Samylla, que ir no cinema com a gente?

– A gente quem? – perguntou Samylla.

– Eu, Ellen, a Joice, e a Duda. E aí? Topa?

– Claro! Espere apenas eu guardar minhas compras ok?

Samylla entra na casa, põe suas compras na cozinha, imaginando que já que ela iria ao cinema, comeria algo por lá, trancou a casa e saiu. As duas andaram até uma esquina na rua de baixo da casa de Samylla, onde encontraram às outras garotas por lá, dentro de um carro, que Samylla não sabia se era da Duda ou da Joice, e seguiram para o shopping que tinha o cinema.

Assistiram uma comédia romântica, depois foram as compras o que levou horas, não porque tinham comprado muita coisa, mas era divertido ir nas lojas olhar as peças. Depois disso, Samylla voltou para sua casa por volta das 21:30. Ela chega e vai direto para o banheiro tomar banho. Depois vai para seu quarto trocar de roupa e experimentar algumas das que ela havia comprado e encontra seu notebook aberto com a tela apagada porque ficou muito tempo sem ação. Ela movimenta o touchpad e a tela acende revelando o arquivo em branco no qual ela iria escrever o capitulo.

Ao perceber que perdeu um dia todo e não escreveu, Samylla se determinou a estabelecer uma rotina, na qual ela tiraria sempre algumas horas do dia para escrever, porém o dia de hoje foi um dia perdido em relação ao livro, e pior, cada dia perdido era muito, ainda mais com o pouco prazo que ela tinha.

Pensando em todas as distrações que ela teve durante o dia, ela resolveu criar uma tabela de horários, no qual ela marcava a hora de escrever, anotar ideias, revisar e desenvolver personagens, ela fez isso seguindo as dicas que viu na internet. Ao terminar de fazer isso, Samylla está bastante cansada e vai dormir. Nessa noite ela sonhou, ou melhor, teve um terrível pesadelo.


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Notas finais do capítulo

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