Após mais alguns exercícios de pontaria fomos liberados. Já estava saindo da sala de treinamentos.
– Agente Cooper?! - escutei Clint me chamar. Me aproximei do arqueiro enquanto todos já haviam ido.
– Sim?
– É que ... é ... você quer dar uma volta comigo? - perguntou sério e um pouco tenso. Meu coração inchou dentro do peito.
– Agora? Não vamos ter problemas? - perguntei.
– Não se você estiver comigo. - e o gavião arqueiro estava flertando comigo, não pude deixar de sorrir.
– Muito bem, eu adoraria dar uma volta com você. Mas, tem uma condição. - falei fazendo uma cara séria. Clint parecia meio confuso.
– Qual é a condição?
– Você me chamar só de Alice. Pode ser? - perguntei abrindo um sorriso ao qual o agente retribuio com outro.
– Acho que posso fazer isso. - disse me encarando. Os olhos dele ... eram tão ... intensos.
– Bom, eu só vou tomar um banho, ok? - falei apontando pra porta.
– Vou te esperar na garagem em meia hora.
Então corri para o meu quarto, mais feliz que pinto no lixo.

...

Tomei um banho rápido e fui escolher uma roupa. O que vestir? Eu queria ficar sexy mas sem ser vulgar e nas roupas que eu tinha em mãos nada parecia combinar. Depois de um tempo, decidi por uma calça jeans justa de lavagem escura, uma blusa de alças finas azul e uma sapatilha preta. Acho que fiquei bonita, deixei meus cabelos soltos e tomando coragem tranquei minha porta e fui me esgueirando até a garagem. Não queria que ninguém me visse, então redrobei o cuidado.
Quando cheguei na garagem estava mais nervosa do que nunca. Avistei Clint perto da minha moto. Ele estava de calça jeans e uma camisa polo preta, lindo. "Respira" - lembrei - me mentalmente. Cheghei mais perto.
– Gostou dela? - perguntei sentido orgulho do meu bebezinho de duas rodas. Clint virou - se para me encarar.
– Alice... você está linda. - disse de um jeito que me vez ficar mais vermelha do que o nariz da rena do Papai Noel.
– É sua? - falou apontando pra minha moto.
– Sim, gosto de levar a vida sobre duas rodas. - minha frase saiu tão escrota e clichê, que me vez rir.
– E então, onde vamos? - perguntei já ao lado de Clint.
– Dar uma volta na cidade. A propósito, você gosta de cachorro quente? - Clint Barton era tão sexy, até fazendo- me essa pergunta.
– Sim, eu gosto.
– Ótimo, eu conheço um lugar onde fazem o melhor cachorro quente da cidade. Eu sorri. Estava tão feliz por estar perto dele.
– Por que não vamos na minha moto?
– Beleza, pode ser. Mas deixa que eu dirijo, você não sabe o caminho. - falou o agente Barton olhando novamente para minha moto.
– Boa desculpa, mas eu sei que é só porque você quer pilotar essa beleza aqui. - falei acusadoramente andando em direção a moto. Clint apenas sorriu e baixou a cabeça.
– Tá tudo bem, você pode dirigir. - falei sorrindo e joguei a chave para ele que agarou com a mão direita. Clint subiu na moto e me passou o único capacete que eu tinha. Coloquei o trambolho na cabeça e subi na garupa, segurando- me no abdômem do agente Barton. Quase caí da moto... brincou de ser gostoso e nunca mais parou.
– Pronta? - perguntou Clint virando um pouco o rosto para mim.
– Pronta! - respondi antes de ele arrancar com a moto. Sim pronta, em todos os sentidos possíveis.
Durante o caminho aproveitei ao máximo a proximidade do Gavião Arqueiro junto ao meu corpo. Ele tinha um cheiro muito bom, e não pude deixar de pensar em como eu era sortuda por estar naquela garupa. Infelizmente o caminho não era longo, e chegamos a um tipo de lanchonete onde as mesas são retangulares sendo cercadas pelo banco em formato de U. Clint me surpreendeu ao pegar na minha mão e conduzir - me a uma mesa vaga no fim da lanchonete. Eu estava me sentindo uma colegial no seu primeiro encontro.
– Aqui é bem legal. - disse me sentando no banco.
– É, eu sempre venho aqui. Não é um cinco estrelas mas a comida é boa.
– Quando eu estava na universidade eu costumava ir a lugares assim pra estudar. Ou então apenas olhar as pessoas passando na rua. Sem pensar em nada. - falei desviando os meus olhos, que antes estavam na janela, para os olhos de Clint. - Os seus olhos... parece que você pode enxergar dentro de mim. - confessei ipinotizada pelas duas esmeraldas que brilhavam a minha frente.
– Acho que eu vou pedir o cachorro quente... - disse meio envergonhada.
– Deixa que eu vou. - ofereceu - se Clint.
– Pode deixar. - falei já de pé. Precisava de um tempo até recompor os fraguimentos da minha coragem espalhados no chão.
Andei em direção ao balcão. Estava vazio então fiquei esperando alguém aparecer da parte de trás do estabelecimento. Um sujeito se aproximou de mim, mas eu tentei ignorar.
– Oie princesa, você vem sempre aqui?
– Não. Com lincença. - disse me virando pra ir embora. Fala sério, era só o que faltava. O cretino agarrou meu braço e me puxou para si.
– Me larga seu idiota! - gritei empurrando o fulano.
– Que isso boneca, você tava me dando mole que eu vi.
– Você ficou louco!
– Larga ela seu babaca! - Clint rosnou indo pra cima do sujeito.