No oitavo bantai:

— Então o que teu pai falou por você não ir no 13º bantai esses dias? – indaga Hikari concentrada em alguns papiros.

— Não estava lá, segundo os oficiais, saiu bem cedo e não retornou até agora. Ainda disseram que haveria uma transferência do 12º bantai, mas o shinigami jamais apareceu. – responde Yuê.

— Certamente deve estar com teus irmãos em Ugendou. Mayuri deve ter cancelado tal transferência, detesta desfazer-se de seus cientistas chatos. – enfatiza a taichou.

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Em algum lugar:

— Meu senhor, qual o propósito de despertar as memórias antigas de Órion-sama na jovem Hashiseki Miyoshi? – apoquenta-se Jibrail ao lado do senhor das trevas: - terei eu agora duas senhoras?

— Meu leal servo, tua senhora é aquela que carrega a zampakutou banhada com o meu sangue, artefato este que somente pode ser empunhado por um Kuchiki consagrado, pois o anjo selado nela, somente obedecerá aquele que traz meu sinal em seu coração. Miyoshi é obra das mãos de Mayuri, feita a partir de DNA de Órion em sua primeira vinda, então estas memórias lhes pertence, ainda mais, ela precisa ter tais recordações para completar sua tarefa. – responde o senhor da escuridão.

— Um homem justo e de boa índole, duas donzelas puras, uma proibida, a outra sem pecado, todavia com algo em comum?! É dessa forma meu senhor? – interroga a serpente.

— Isso mesmo, para quebrar o elo dos meus irmãos, é preciso que ocorra a corrupção de três almas integras, deve acontecer o ‘pecado’! – sorrir o ser de olhos rubi. – Esse mundo me pertence, não deixarei que meus irmãos destruam a criação do meu Pai.

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— o que foi nee-chan? Estás distante. – elucida Ária se aproximando de Órion em uma varanda.

— Eu não sei explicar, sinto que tem coisas importantes acontecendo à nossa volta e eu aqui sem fazer nada. – responde a morena.

— Mas você estar fazendo, talvez a mais primordial de todas, que o otou viver novamente. – esclarece Ária abraçando a mais nova.

— Você não acha estranho essa nossa relação?! – indaga Órion.

— Não, eu acho linda! Um amor que atravessou eras, invejado até pelos deuses!!! – sorri a alba.

Órion calou-se e fitou assustada a irmã, porém: - By-sama?! Chegou!!! – pula da varanda de encontro ao nobre.

— Nossa?! Mudou de humor rápido!!! – sorria a mais velha.

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Em algum distrito de Rukongai.

— ....minha Hana?! Me entenda, eu vi você morta, eu, eu sepultei você, não morri, também por que me impediram, depois nasce Órion como filha legítima de Byakuya com minha filha vinda de outra era idêntica em quase tudo... – Juushirou argumentava confuso.

— Ele nunca fora meu pai, isso foi o que Sora me fez acreditar, por isso ela me entregou Tsukishirou aquele dia, fazia parte do plano dela o tempo todo, eu nasci Avatar, Tsukishirou foi transformada. – elucida Miyoshi aos prantos.

— Como assim? e porque eles transformaram tua reiatsu de luz em trevas? O seu aprisionamento naquele forte desde que veio a esta época?! Apsu matou você, Yuè e Tsukishirou a salvaram. - Ukitake atônito.

— Ele não me matou, apenas me protegeu. Eu não sei responder ainda, creio que tais respostas estarão nas catacumbas abaixo do forte. – responde Miyoshi.

— Hikari o destruiu faz muitos anos. – fala o taichou se aproximando dela.

— Não me toques, por favor! Você pertence a outra agora. Eu não sou Órion tua falecida esposa. Hikari pode ter destruído apenas a parte superior, no subsolo, estar o verdadeiro forte. – responde a jovem encolhendo-se.

— Como dizes não ser Órion se tens suas memórias?! E até mesmo sua aparência!

— Eu não sei, quando Apsu me levou daqui, fui separada do espírito e da consciência da verdadeira Kuchiki Órion, aquela que nasceu supostamente como filha de By-sama, sem o ser de verdade. Eu, sou o que Sora moldou durante anos naquele lugar. Eu apenas sou um clone da Kuchiki Órion que casou com você, com as mesmas memórias. – responde a jovem de olhos carmim.

— Perdoe-me, se algum dia eu imaginasse que você retornaria, eu jamais....é tudo tão confuso... – fala o taichou se aproximando da jovem.

— Apenas devemos cumprir o que nos foi atribuído, Shitashi. – fala a jovem com lágrimas escorrendo pelo pálido rosto. – Poe favor, não me toques, será para nós dois.

— Como queres tu, que eu mantenha distância?! Se naquele dia...eu...eu...sequer te abracei, não disse o quanto te amava, pelo contrário, estava deveras decepcionado com você. Como amarguei essa culpa todos esses anos, mesmo casado com filhos, com uma família aparentemente feliz, me corroia a alma, pois eu não cumprir minha promessa, eu não estava lá quando você precisou. – Ukitake aflito.

— Já passou, essa história pertenceu a outra pessoa, não a mim, esquece, por favor. – a jovem levanta-se com dificuldade. – foi por afinidade, casei-me com você porque Sora me contou aquelas mentiras, eu o usei.

— Eu não posso, não posso. Essa historia pertence à nós dois, pois mais uma vez estamos juntos. Possa ter sido por afinidade, mas você não me usou, fora criada e enganada por aquela maldito hollow. Você poderia ter seguido as leis do teu Clã e casar-se com um nobre escolhido por Byakuya, todavia, você enfrentou a pessoa que você mais amava por mim e confrontou todo o teu Clã. Eu sempre te amei, jamais a esqueci. Se casei-me novamente, foi quando perdi todas as esperanças de trazê-la novamente, a culpa, a solidão, a proximidade com Tsukishirou a sua semelhança! Eu jamais falei a ela, porém foi o que mais me ligou a ela. – esclarece o homem lhe segurando o rosto delicadamente, tremia, tentava controla-se: - mas saberei respeitar a tua decisão, mesmo contra a minha vontade e desejo, não se preocupe. – mesmo relutando, se afasta da moça.

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Primeiro raiar do dia, Órion estava no topo da arvore mais alta de sua propriedade, fitando o horizonte pensativa: - que sonho estranho! Mas parecia tão real! Será recordações de minha primeira vinda?! Havia uma construção de pedras, corredores escuros, noites e dor. Cânticos estranhos, aquela Sora, um ser oculto nas trevas que me causa arrepios somente em lembrar. Agora recordo de descer em meu sonho uma infinita escada mergulhada na escuridão, infindáveis grutas, porém em uma delas, um punhal que ninguém tocava, estava envolto por uma esfera de energia. Todavia, o mais engraçado é que o oji estava comigo! Sim, o que isso quer dizer?! – a jovem senta-se no galho, mirando a direção da misteriosa reiatsu.

— Querida, o que te apoquentas? – Byakuya surge ao seu lado.

— By-sama sabe o motivo muito bem. – responde se aconchegando em seus braços. – Como o senhor me achou?

— Não é somente isso, há algo mais. Este é um dos primeiros lugares que escolhe quando estar pensativa e preocupada. O que estar acontecendo, Órion? – indaga o nobre lhe acariciando as negras mechas.

— By-sama, me conte sobre minha vida passada, minha primeira vinda para esta era. – a morena o fitava séria.

— Porque queres saber disso agora? Não me agrada recordar de algumas partes. – o nobre fecha o cenho.

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Em Rukongai:

Miyoshi faz um rápido movimento com a mão direita para cima, e quando a abaixa, traz empunhado uma katana negra, com um rubi no final do cabo: - Desperte, Ankoku no Sama! – a zampakutou divide-se em duas adagas, uma com a lâmina reta, a outra curva, mais parecida com um gancho, o cabo, lembrava ambos uma cruz em parta polida.: - Segure-se bem Shitashi, vamos para as ruínas do fortim.

— Hã?! Irás usar o teletransporte? – Ukitake segurando a delgada cintura da jovem.

— Não tenho tal habilidade como a verdadeira Órion, mas também sei utilizar o... Ritãn! – grita a jovem levando consigo um taichou muito espantada, restando no lugar uma tênue poeira.