Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 82
Revelações: Desfiando amores!


Notas iniciais do capítulo

a vida só se vive, mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante, - Soren K.
De um certo ponto adiante, não há mais retorno. Esse é o ponto a ser alcançado. - Franz Kafka



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/481765/chapter/82

Ao chegarem para na mansão, Órion tinha ordens para esperar o líder no escritório, onde geralmente ocorria a maioria dos sermões que ouvia do nobre. Ela ignorou a todos que encontrava no caminho e seguiu para seu quarto, fechando a porta: - como fui tola, esquecer dos malditos guardas! E jamais me passou pela cabeça que Hikari avisaria meu ‘amado líder’! quero ver ele invadir meu quarto, já que segue regras à risca, deverá respeitar minha privacidade! – falava Órion, quando....

— Bem, respeitaria tua privacidade, teu direito de ir e vir, se não fosse essa tua teimosia em desobedecer-me. Você será o próximo líder deste Clã, ascenderá o posto de taichou do Rokubantai. És minha companheira agora, dona desta casa, deverás te comportar como tal, exemplo, símbolo de obediência e disciplina. – esclarece Byakuya próximo da janela, seguindo na direção da jovem.

— Deixa-me cumprir minha missão, que prometo, eu prometo ser o que meu senhor desejar! Que cumprirei nossas leis e deveres à risca! Eu não irei descansar, sempre me oporei ao senhor enquanto existir essas ameaças ao nosso Clã, principalmente ao senhor! – chorava a jovem sentada na cama.

— Se ao menos me confirmasses que tu retornarias para mim viva. Como achas que me sinto, estando todo o destino do mundo e de nossa família em suas mãos, sem eu poder fazer nada para protegê-la, ou ao menos ajudá-la? O que me adiantaria, o mundo salvo, nosso Clã seguro e integro, se você morrer?! – revela o nobre sentando atrás da morena, lhe abraçando, descansando o rosto no ombro feminino.

— Mas se eu não cumprir o que me foi imposto, em vão será tudo que passei até agora. Eu não escolhi, é dever de um Kuchiki, principalmente daqueles destinados a governar sobre o Clã. Minha mãe me disse isso, o senhor me disse isso também, até aquela maldita Sorá falou que não podemos rejeitar nossa sina, somente podemos altera-la. Salvar e proteger meu senhor é minha prioridade. – elucida Órion juntando as mãos sobre o peito.

— Escute-me bem, você pode salvar o mundo, mudar o destino obscuro do nosso Clã, ajudar Ária do calvário que a aguarda, amo minha filha, até evitar que eu morra de forma desastrosa Porém, se você morrer após tudo isso, seu sacrifício será em vão, pois morrerei junto ou após você, o sekai pode até continuar, mas o nosso Clã terá o mesmo destino que você quer tanto evitar. Você é tudo para mim, eu não suportarei te perder novamente! – declara Byakuya lhe abraçando forte, beijando-lhe o rosto molhado de lágrimas. – se você se for, nada terá valor para mim. Teu sacrifício será em vão! Não seja egoísta!

— Eu pensei que By-sama diria que zelaria pelo que me sacrifiquei?! Assim não é justo! Me chamas egoísta?! Eu?! Só porque quero mudar nossa história, nem para isso me sacrifique?! Salvar nosso Clã e o resto do mundo, é egoísmo?! Me explique isso? – Órion surpreendeu-se com aquilo.

— Ao menos nisso, Ária tem razão! - Byakuya lhe acariciando o rosto irritado da jovem.

— Em que a nee-chan tem razão? Vai começar tudo novamente?! – Órion se afasta irritada.

Byakuya a puxa para seu colo sentando-a de frente para ele, lhe inclinando o delicado rosto para fitar os grandes glaucos: - Entendeste agora? Você pensa somente em cumprir tua missão, mudar a historia de nossa Família e salvar este mundo, que não medirá esforços para isso, nem que custe tua vida, você é egoísta nesse sentido, em não pensar no sofrimento que tua partida causará aos que te amam, você não pensa na dor dos que te rodeiam! Confesso que foi difícil compreender essa colocação dela, mas ao analisar depois e refletir, Ária tem razão nesse sentido. – o nobre lhe sela os lábios trêmulos.

— Eu, eu, jamais ponderei esse ponto de vista, eu jamais vi o meu amor por vocês, o êxito de minha missão, como egoísmo. Eu imaginava que seus sofrimentos seriam superados, que o importante seria a segurança de todos. – baixa o rosto.

— Para os outros pode até ser, mas para mim não! Se o destino e continuação deste Clã fora depositado sob sua responsabilidade em teu futuro, quando você chegou neste tempo e revelou quem era, foi-te entregue os mesmo deveres, e creio que nenhum deles exige tua morte, pelo contrário, compreenda-me que ‘eu não existo sem você’! – revela o nobre a beijando.

— By-sama!!! Eu ainda na...aaiii...- Órion um leve ardor nas coxas, depois cora ao olhar uma peça muito pessoal no indicador do nobre, que arqueia uma sombracelha para ela: - By-samaaa!!! Como?!- espanta-se a jovem procurando a peça por debaixo do vestido.

— Com esse tipo de veste que pretendias lutar, isto é muito frágil, acaso tua roupa se parta em algum ataque, tu ficarias praticamente despida! – elucida o nobre observando o vestuário de renda em seu dedo.

— Isso nunca aconteceu, e como o senhor o tirou de mim e porque??devolva-me isto. – tanta recuperá-la.

— Você não precisará dela agora, meu amor! – esclarece o nobre a jogando longe com um meio sorriso bem pervertido, apertando a jovem contra o seu corpo.

— Como assim?! By-samaaa.... – geme a jovem rubra ao ler seus pensamentos.

— Não me queres?! – indaga o homem lhe beijando o busto.

— Eu não disse issooo... – sussurra baixo a morena retirano o kimono do nobre.

.........

Em algum lugar de Rukongai, seguiam dois shinigamis, aos passos relâmpagos, um era homem, capitão, mais velho e com isso mais sábio e experiente, o outro, uma mulher, jovem, mais ágil e veloz, porém:

— O que sucedeste Criança?! – para preocupado o taichou que seguia logo atrás da jovem.

— Na-na-da, na-não se-nhor. – responde ofegante e arfando, segurando-se em uma arvore qualquer dali.

— Como nada?! Parece-me exausta. É melhor pararmos e descansarmos um pouco, andamos toda a manhã, tem uma vila a oeste daqui. Deixa-me levá-la. – fala Ukitake se aproximando da jovem.

— Não precisa senhor, é imprescindível que concluamos esta missão o mais rápido possível, o tempo não estar a nosso favor capitão! – a hashiseki senta-se puxando o ar profundamente.

— Você sabe mais do que eu imaginava. És minha subordinada, não podes opor-se às minhas ordens, da mesma forma prometi cuidar de você. – Ukitake explanava enquanto pega a jovem ao colo e segue em direção à vila.

...

Pela tarde:

— O senhor não precisava fazer isso, temos uma missão importante! – fala Miyoshi sentada em um futon enquanto fitava um copo de chá oferecido por Ukitake.

— Como sempre, você preocupa-se mais com os outros do que com você mesma. – diz o taichou serenamente.

— Como assim?! jamais tínhamos nos visto e nunca havia saído das adjacências do departamento de tecnologia... – a jovem é interrompida.

— Por isso a exaustão precoce, porém sua agilidade, precisão e velocidade continuam os mesmos. Entretanto você pode ter mudado tua aparência, teu nome e até o teu parentesco, todavia a devoção e cuidados para com os outros ainda são traços marcantes teus...pois o que eu senti quando a vi hoje pela manhã, somente experimentei tal sensação uma única vez, há muito tempo e foi por você... minha Hana!!! – afirmava o meigo taichou lhe puxando a estola floral, revelando o delicado rosto por inteiro.

Nesse momento ao ouvir aquela expressão, a jovem shinigami senti um estalo em sua mente, parecia que seus pensamentos viajavam na velocidade da luz, perecia que ela retrocedia em um túnel de tempo, recordações de uma vida, que para ela não passavam de sonhos sem sentido, pôs nunca saíra daquele laboratório, até o dia em fora colocada na criogenia, despertando anos depois. Desmaiou, ouvindo os gritos de Ukitake, que pareciam distantes a cada segundo.

........

— Nee-chan! Nee-chan! – uma voz ecoava pelo cômodo.

Órion desperta com um suave toque no rosto: - By-sama! Chegaste cedo, ainda nem me recompus... – cora alisando a mão que a despertava.

— Hum?! Nee-chan o que é que você estar fazendo? E o que faz despida uma hora dessa? – indaga Ária assustada puxando os lençóis

— Hããã...?! Ária?! O que você faz aqui, digo, não nada o que estas pensando, eu... – Órion cora assustada ao perceber a irmã, e cobre-se com a haori de Byakuya.

— A haori do otou?! Entendi!!! – Ária fica rubra: - Gomen nasai nee-chan, gomen nasai, eu não queria invadir tua privacidade, é que fiquei preocupada e...

— Tudo bem, tudo bem nee-chan, se tem um culpado por isso é By-sama! Que horas são? – levanta-se vagarosamente, gemendo baixo.

— Estar anoitecendo. Quer ajuda?! – pergunta a alba sem jeito.

— Hum?! Claro que não estou bem!!! - responde a mais nova sem graça – ‘ By-sama me paga, se ele acha que me prenderá em casa, estar devidamente enganado!’ – refletia a morena.

— Se não quer chatea-lo, aquiete-se por uns dias em casa, teremos um evento social para irmos depois de amanhã. – elucida Ária dobrando os lençóis.

— Hum?! Como sabe o que pensei? – Órion apreensiva enquanto pegava suas roupas jogadas pelo quarto e ainda nua.

— Oras, estar pensando alto! – responde a alba inocente: - Como deverei chamá-la agora? Continuo chamando-a de nee-chan ou chamo de okaa-san?! – brinca.

— Desculpe-me!! Que?!! Brincadeira sem graça!!! – emburra-se a morena seguindo para o banheiro: - O que Hakurei-san queria aqui?

— Saber se eu aceitava ser sua companheira nesse evento, para poder pedir permissão ao otou. – responde corando.

— Bem, ao meu ver você ficou muito feliz, mas e By-sama? – Órion retorna do banheiro curiosa.

— Graças a Deus, papai estava, como posso dizer...muito satisfeito com a vida...e consentiu sem pensar muito. O que deu a entender estar tudo bem entre vocês...mas agora eu entendi a felicidade implícita no rosto dele... aiii...nee-chan!!! - Ária assusta-se com o cascudo.

— Sua criatura infame...como ousas... – Órion irritada.

— Ué?! Mas não é verdade? Toda vez que vocês discutiam, que você o desobedecia ou você o ignorava, papai ficava irritadiço e perdia a paciência fácil, parecia outra pessoa, enquanto você não falava com ele, é assim desde que me entendo por alma. Se ele aborrecia-se com você, parecia que o mundo o tinha chateado também, mesmo eu doente, às vezes, ele evitava-me. Apenas iria me vê e não demorava muito, todo tempo neutro e ríspido. E quando você desaparecia?! Eu nem o via. – Ária terminou aquilo com um pouco de dor.

— Me perdoe nee-chan, você jamais me falou isso. Eu sempre pensei que você tivesse a atenção e carinho dele todo o tempo, e confesso que ficava doida de raiva, eu ali de castigo, e você o centro das atenções. – revela Órion abraçando a irmã.

— Puro orgulho, eu queria que você pensasse ser assim, porém quando você ficava de castigo, papai parecia funcionar como posso dizer, automático! Você sempre fora o mundo dele, nee-chan, mesmo quando ele pensava que era sua filha caçula. – Esclarece a alba agora sorrindo.

......

A noite chegou fria e nublada, Miyoshi abre os olhos lentamente, procurando um rosto conhecido, encontrando um sereno e meigo, porém preocupado semblante.

— Como estás se sentido? Perdoe-me se lhe causei algum mal, mas confesso que não suportei a felicidade de poder vê-la novamente, de ouvir sua doce voz, de senti-la, minha Pequena Hana!!! –Ukitake revela aflito.

— Mas do que você estar falando? – ela repara bem o local, senta-se com a ajuda do taichou, o encara sobressaltada: - Não estamos mais em Ugendou, não é Shitashii?!

— Minha Hana?!!

......

— As almas humanas são tão divertidas! Veremos o que farão agora! – sorria um de trevas em algum lugar do universo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Órion! The Clan Hope Kuchiki" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.