Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 44
Viagem para o sekai – parte 2: revelando a verdade/o despertar da lua branca!


Notas iniciais do capítulo

Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder -
paulo coelho
Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
Buda



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Navid passou rápido ao lado da garota e pousou em um galho baixo virando para todos os lados como que desorientado, a bela penugem branca brilhava sob os matutinos raios solares, abrindo bem o dourados olhos dourados emitindo seu trivial piar de coruja como se chamasse alguém. Tsukishirou pulara de alegria, ele Navid, jamais vira naquela cidade uma coruja como aquela, ainda mais daquele tamanho, o chamou alto, o fukuro vira para ela e trina, ela se aproxima vagarosamente, porém a ave voa assustada, Hikari deduziu que ele reconhecera o nome, mas não a pessoa que o pronunciara, corre o seguindo para mais longe, não se dando conta que já estava bem longe do parque e que já não estava mais na cidade, seguia por uma floresta densa sem se dar conta, durante o trajeto Yuè distorcera o caminho a conduzindo para uma alta colina longe da cidade. Navid pousa sobre uma rocha como se a esperasse, ela corre ao encontro da ave:
– Navid, seu fukuro travesso! Veja o quanto você me fizera correr?! – brinca chegando perto, assustando-se ao ouvir uma voz bem familiar:
– Você demorou pequena, não imaginei que Navid te daria tanto trabalho. – sorri o capitão ao notar seu espanto.
– Juushirou-sama?! Co-como?!
– Hora de te revelar o que teus pais esconderam de você todo esse tempo, Hikari. – pronuncia Yuè surgindo ao seu lado.
A garota grita e salta sobre Ukitake com a surpresa, ele apenas sorrir meigamente e diz:
– Esta é Yuè, minha menina.
– Como assim? Vai me revelar o que meus pais escondem? Eles não me escondem nada. E se sabiam para onde a ave viria, porque fingiram procura-lo? Quem são vocês de verdade? São traficantes de mulheres? Meu Deus! Meu pai já havia me falado para evitar estranhos, porque eu não obedeci? – desespera-se se afastando do taichou, porém ele a segura. Ela chora.
– Nossa! Como você é dramática! Deixa de asneiras, tentarei ser o mais explicita que conseguir. Você não sente como se pertencesse a outro mundo? Que seus pais te escondem algo? Que há coisas acontecendo e que você não enxerga? – interroga Chiharu de forma assustadora.
– Como você sabe disso? Eu nunca falei nada com ninguém essas coisas...
– Porque seus amigos... – diz fazendo aspas com as mãos - ... Diriam que você estava ficando maluca e seus pais que você possui uma imaginação fértil e que isso é normal?
– Como você adivinhou? Você é bruxa, trabalha com magia negra é vidente? – assusta-se ainda mais a morena trêmula.
– Quanta asneiras! Tsukishirou, se você me permitir te mostrarei o mundo a qual você pertence, tudo o que você nunca viu e sente existir e sua verdadeira historia, além dos poderes inimagináveis que tu tens. – sorri a prateada sentando de forma suntuosa próxima a Navid.
A garota a olhava interrogativa estava hesitaste e temerosa, quem seriam eles e como sabiam tanto sobre ela? O que seus pais lhe escondiam? Sabia que eles guardavam um grande segredo e uma parte de sua pré-infância era um mistério, estava curiosa, queria saber, não teria nada a perder, já estava ali, não tinha para onde ir e nem ao menos sabia onde estava: - Se existe mesmo esse mundo e tal segredo eu quero saber, eu, eu não os conheço bem, porém vocês sabem muito sobre mim, digam-me o que eu não sei. – chora.
– Se contarmos, tu virias conosco? Somente revelaremos se nos prometeres isso, o que diremos parece loucura, mas é totalmente verdade, o mundo corre um grande perigo e precisamos de você. – insinua Juushirou.
– Hã! E eu sou a única que pode ajudá-los, é isso mesmo? – sorri ironicamente.
– Ironia nunca foi o seu forte, Hikari, vou mostrar a você que isso não é brincadeira. – diz pegando em sua mão a conduzindo a uma área plana: - fique aqui.
Yuè pegara uma espécie de bolsa de couro e começou a espalhar pelo chão uma finíssima área dourada como ouro, desenhando três círculos, um ao lado do outro, o central foi onde estava Tsukishirou, em volta deles um triangulo, atrás dela posicionara o taichou no terceiro globo, sendo que ficara no primeiro de frente para a moça que estava com uma carinha de pânico, Yuè fala:
– Antes que me perguntem, isto é areia das margens do rio do Éden e este desenho representa a posição das estrelas centrais de Órion e o triangulo, a tríade divina renegada. O Feitiço de Selamento que usaram em você não é nem kidou proibido e muito menos um encantamento comum, se o fosse um dos dois, desmancharia fácil, o que eu não sabia é que aquele homem conhecia tais cânticos! Com certeza Sora-sama o ajudara.
– Você conhece Sora-sama?! Como? – indaga o capitão: - E como você conseguira areia do Éden?
– Hum? É, isso não vem ao caso agora capitão, libere sua shikai e enfie suas lâminas no solo cada uma do lado de Hikari, após isso, volte para o seu circulo e se coloque em posição de lótus liberando sua reiatsu gradativamente.
– Isso chamará a atenção de hollows e shinigamis, Criança.
– Não vai não! – sorri a menina liberando sua shikai: - Watashi wa, karera no himitsu o akasu hantaa to watashi wa sono nazo o akiraka ni suru tsuki!- fazendo movimentos esféricos, recita: - hantaa nettowãku! – nesse momento uma enorme teia aracnídea se forma como um domo em sua volta de grande extensão: - Órion possuía a haniei eu possuo isto, muito mais eficaz, nada entra e nada sai sem minha permissão. – revela orgulhosa sentando-se na mesma posição que o taichou que a fitava quase incrédulo e ordenando à morena que fizesse o mesmo, embora esta não olhasse nada do que estava À sua volta.
Yuè libera sua reiatsu aos poucos juntamente com Ukitake, preenchendo todo o domo mágico, Tsukishirou nada via, porém começara a sentir um frio aterrorizador, abriu seus olhos repentinamente e o dia virou noite, não havia nada em volta deles, nem embaixo ou acima, pareciam estar nos confins do universo, sem um pingo de luz, estava entrando em pânico quando ouvira a voz de Chiharu:
– Não temas, estamos aqui, você não pode nos vê, porque já não somos materiais como você, estamos em nossa verdadeira forma que é espiritual e no plano etéreo, contudo você vê os círculos que representam o cinturão de Órion, nos interligando, se acalme.
Juushirou pressentira algo perigoso, por isso abrira os olhos fitando as duas à sua frente, mantendo agora sua reiatsu em harmonia com a de Yuè, quando finalmente vê uma das lâminas da Alba atingirem a glabela da morena, ela grita agonizante, suplicando ajuda, Ukitake já iria se levantar quando ouve Yuè:
– Não interfira Taichou, ela estar bem, isto é somente uma parte do ritual, ela tem que deixar de ser matéria, passando a ser somente espírito materializado como nós dois. Agora se concentre e apenas observe.
O homem retoma sua posição, agora mais calmo, porém esperava o pior em relação à Chiharu e não estava errado.
Yuè pega a outra lâmina e levanta para o ar, segurando-a pelo cabo como se fosse partir algo, cita: - seishin rirīsu'-chū, akeru jigoku no kage ! Descendo as mãos em posição de corte.
Tsukishirou grita desesperadamente, ao sentir seu corpo se rasgando da testa ao púbis, o movimento feito pela lâmina de Hantaa Mün. O capitão contemplava a cena em pânico, era tudo muito aterrorizador. Repentinamente tudo vira trevas e um silêncio fúnebre inebria o lugar por alguns segundos. Algo começa a brilhar pulsante no lugar do coração da morena, Ukitake supôs ser o Gin no tsuki, e recompôs o corpo de Hikari, ele sente a reiatsu de Chiharu aumentando e um barulho de cristal se partindo, tão logo eles reaparecem na clareira da colina, cercados de arvores com o sol já alto, ao olhar para frente vê Hikari desmaiada e Yuè mal se aguentando em pé, ofegante e trêmula, ele se aproxima da morena e a acomoda nos braços.
– Consegui agora ela é uma de nós. Acab...aca...ac... – Yuè desfalece.
Ukitake pressentindo uma enorme energia próxima à garota e notando que ela não terminara a frase, levanta o rosto em sua direção, sua feição terna toma ares de medo e terror, não via ninguém segurando a prateada a não ser uma aura negra de silhueta humanoide. Já deitava Tsukishirou ao chão e lançava mão de sua lâmina, quando Navid o empurra contra o solo:
– Não se mova, apenas abaixe a cabeça em sinal de respeito. – o homem obedece, enquanto Navid faz o mesmo e diz: - seja bem vindo meu senhor, o que o traz aqui, na presença de meros mortais?
Um grupo de sons que mais pareciam rosnados e clics ressoa entre as arvores, dando a impressão que o ser baixa o que parecia ser a cabeça para a garota em seus braços, e logo Yuè é posta delicadamente ao chão e a aura some totalmente. Navid segue em direção a sua senhora, assim que Ukitake acomoda Hikari sobre a grama, corre para onde Yuè jazia desmaiada, suando frio, porém com um sorriso doce nos lábios escarlates.
– O que era aquilo Navid? - interroga o homem bravo com a ave, pegando a Alba ao colo.
– Tenha respeito Juushirou-sama, ‘aquilo’ é o deus exilado de Yuè-sama, o grande... é minha senhora na hora certa dirá quem ele é, com certeza ele veio para ajudá-la.
– Sem ela o invocar, como? Porém não entendi nada do que ele falara se podemos considerar aqueles grunhidos, e porque ele é desse jeito, quase invisível?
– Ele somente deixasse ver quando quer, quando acha necessário ou quando a pessoa é digna, é, eles são bem exigentes com isso, se acham absolutos, mesmos exilados.
– Obrigado! Então o que faço com duas damas desacordadas?
– Nã,não se preocupe comigo, estou bem, um pouco tonta, mas bem. Esse encantamento era bem forte. – fala Chiharu levantando-se. – Ele estava aqui, não estava? Eu senti a doce aura e ouvia seu ronronar! Sempre fiel meu doce.... Onde estar Hikari? – pergunta ao despertar do seu desvario.
– Está aqui Criança, o que faremos agora? Estar tudo bem com você mesmo? – com a morena em um braço e com o outro inspecionando Yuè, verificando seus braços e rosto, a deixando corada.
– eu, eu estou bem Juushirou-sama, não se preocupe. Voltemos para a pousada, ficar aqui não é bom. – diz mirando para o horizonte.
– Por quê? O que estar acontecendo? Sua entidade veio por outro motivo, não é verdade? – interroga intrigado.
– Sim, temos companhia, um dos peixes grandes do Mestre, pelo jeito ele ficou para trás, agora para o que eu não sei ainda. – já iria teleportar a todos quando Hikari começa a acordar.
– Aiiii... minha cabeça, que coisa insana, por um momento senti meu corpo sendo partido. Ju-juushirou-sama! – sussurra notando que estava nos braços do homem.
– Como você estar Pequena? – sorri meigamente a fazendo corar.
– Eu, eu estou muito bem! – sorri:- agora eu quero ver o que antes não poderia. – exige já de pé.
– Verás assim que voltarmos para a cidade. – responde a outra.
– E como voltaremos já que não estamos mais lá? – indaga a outra brava.
– Segurem-se todos em mim. Você Navid, analise um pouco mais o terrenos sim, mas na demore. – desaparece com os outros.
– Sim Yuê-sama. – diz a ave alçando voo.
Instantes depois os três reaparecem no quarto da pousada, Yuè cai sobre uma das camas e Tsukishirou sobre Ukitake que se estatelou no chão:
– Como viemos parar aqui? Estávamos numa floresta ou aquilo era ilusão de ótica? – Hikari salta pelo pânico.
– Eu disse que mostraria a você coisas inimagináveis, agora dê uma olhada pela janela e verá um mundo diferente. – fala Yuè sarcasticamente.
A morena foi e soltou um grito agudo, vira um plus não muito longe dali, retornara para o quarto nervosa:
– O, o que é aquilo?
– É somente o mais inofensivo de todos os hollows, esse ai é um espírito com assuntos inacabados, que terminam presos a alguma coisa aqui na terra, há piores e perigosos, Ukitake taichou explique essas coisas mais chata a ela, por favor? Eu irei tomar um banho. – pede bem manhosa indo em direção do cômodo: - Ah! E pede o nosso almoço Juushirou-sama! – grita lá de dentro.
– E o que você quer almoçar Criança? E você Querida vai querer algo em especial? – pergunta olhando para Hikari.
– Talvez comida chinesa. – fala tímida e corada.
– Tudo bem então, acho que já faz tempo que não degusto tal iguaria, será bom. – mira a morena e sente que ela quer algo: - o que te apoquentas? Tens certeza do queres mesmo saber e do que terás de enfrentar? Sente-te preparada para largar tudo o que conhece Pequena?
– Eu, eu quero saber tudo, por favor, não me esconda nada, por mais cruel que seja ou inacreditável, ai sim, direi minha decisão Juushirou-sama.- pede suplicante.
Após fazer o pedido do almoço, Ukitake começa a discursar sobre os shinigamis, hollows e a Soul Society, também falara sobre o Hueco mundo e seus mistérios, arrancando da garota feições de espanto e admiração a deixando extasiada com tantas revelações, cada história contada os orbes de Tsukishirou brilhavam de entusiasmo e alegria, era esse o mundo que mesmo com seus perigos ela desejava e fazia parte, sempre soubera no mais intimo do seu ser que ele existia e a estava esperando, não estava errada, odiou o fato de seus pais terem escondido aquilo por todo aquele tempo, certamente não diria não a eles, iria para a sociedade das almas e treinaria à exaustão, para ajudá-los, queria isso.
Enquanto conversavam, Yuè observava ambos da varanda, sorriu, estava feliz, sua missão seguia conforme o esperado e havia reunido aqueles dois, que logo se identificaram. Porém, logo depois seus pensamentos foram para longe à procura do belo moreno Kuchiki, que invadira seus pensamentos, ficando perdida em seus devaneios. Sabia o quanto ele deveria estar preocupado com ela: ‘ se ele souber toda a verdade? Odiar-me-á, mas eu não posso contar nada. Não quero passar por tudo isso antes do tempo, embora eu o ame tanto!’, desperta com a chegada da comida e do seu fukuro.
– Minha senhora quer que eu leve algum recado? – pergunta Navid pousando na varanda.
– Hãã...! Navid? O que descobriu?
– Realmente temos um inimigo forte, porém ele não se mostrará, parece esperar por algo ou alguém. – relata a ave eriçando as penas, devido os carinhos da moça.
– Então temos que ser breves aqui, não podemos nos mostrar, talvez, o que ele veio buscar seja o mesmo que nós. – agora vá e diga a meu amado Bya-kun: que estou bem, que sinto saudades e que retornarei dentro de dois ou três dias no máximo! – sorri boba.
– Seu pedido é uma ordem minha senhora. Agora poderei comer aquele coelho que vi em uma mansão próxima do sexto bantai! – diz seguindo para o céu e sumindo rápido.
– Hã?! Como? Navid, Navid, não faça mal ao coelhinho.... Seu fukuro idiota, não coma o coelhinho, seu malvado! – grita chorando com raiva chamando a atenção dos dois que já estavam à mesa.


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Notas finais do capítulo

Acredite em si próprio e chegará um dia em que os outros não terão outra escolha senão acreditar com você.
Cynthia Kersey
as etapas da missão de Yuè estão seguindo como esperado, então assim qua levar Tsukishirou consigo, dar-se-á um novo passo , o treinamento da morena sob orientação de Ukitake. mas quem será esse novo inimigo que não se mostra e o que ele espera?



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