Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 43
Viagem para o sekai- parte 1: Em busca da lua brilhante


Notas iniciais do capítulo

Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama.
Augusto Cury



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Chiharu levantou-se tarde e um pouco indisposta, sentindo náuseas e uma sensação estranha, além da brisa antipática, algo estava errado, sendo que deveria preparar-se para partir para o sekai, não vira a hora em que o nobre saiu para o trabalho, não sairá de casa durante dois dias, estava se preparando para algo, que exigiria da garota muita energia, enquanto Byakuya fazia vista grossa sobre as atitudes dela, ela sabia que ele estava preocupado, mas:

– Sei que ele deve estar preocupado com minha ausência de dois dias! Não posso enviar um criado, além de serem lentos; um guarda estar fora de cogitação; e não me sinto bem para ir eu mesma agora, se o Comandante aparecesse por aqui, mas até ele deve estar evitando essas repentinas visitas para não levantar suspeitas do meu querido e amado, ah! Byakuya! – diz suspirando forte: - Hã?! Foco Yuè, foco! O que faço então? – sentou-se ao chão e pensou, pensou, pensou ainda mais, até: - já sei! – dar um pulo: - enviarei um kamakiri! Mas se o bichinho for pego por algum predador? Não dará certo, é, só me resta meu lindo fukuro, embora uma ave noturna uma hora dessa é estranho! Mas é isso mesmo. Além do mais, não estou a fim de invocar aquele mensageiro, certamente que não compreenderá minha existência e como o invoquei. - Yuè pega sua zampakutou e começa a manipula-la como flauta, destilando uma melodia suave, tão logo surge na varanda um belíssimo fukuro Alba de olhos dourados. Ela acariciou-lhe as suaves penas, dando-lhe em seguida um pequeno rolo de papel e uma amostra da essência do meigo taichou, para facilitar de encontra-lo.

Certo tempo depois no 13° bantai, uma conversa desenrola-se:

– Então o amigo não tem noticias dela? Que coisa! Vim para isso, saber dela.

– Faz dois dias que não a vejo, pensei que você me traria algo a seu respeito e estou preocupado, algo não estar certo. – olha fixadamente para a varanda.

– Eu queria muito ajudar, porém Kuchiki taichou já me olha desaprovador devido a ultima vez que a visitei sem sua presença.

– Vejo que terei que ir pessoalmente ao lugar que certa vez disse que não poria mais os pés, e....

Nesse momento pousa no parapeito da varanda uma grande ave rapinácea que olha avidamente para ambos, assim que reconhecera o taichou, adentra o escritório pousando sobre a mesa, assustando a ambos, a ave dar de costas para Shunsui e fixa-se em Ukitake.

– Yuè?! - pergunta sobressaltado ao sentir sua essência na ave.

– Não! Porém venho sob suas ordens.

Shunsui pula da cadeira levando um belo tombo, enquanto Juushirou sorrir ao ouvir a ave falar como gente, embora não estranhara nada, esperava qualquer coisa da menina, assim como se acostumara com as surpresas de Órion:

– Irasshaimase! Em que posso ser-lhe útil senhor....

– Navid, meu nome apenas, sou servo e não senhor Juushirou-sama, trouxe noticias de minha ama, aquela a quem tu passaste-lhe a dedicar grande importância e carinho sem ao menos conhecer direito. – entrega-lhe o pequeno pergaminho: - não precisa apoquentar teu coração, logo ela estará contigo.

– Tenho meus motivos Navid-dono para tanto apreço e creio que deves sabê-lo quais são, muito obrigado! – sorri docemente para a ave, enquanto seu amigo apenas assiste incrédulo.

– Wakarimasta! Sayonara Juushirou-sama. – diz a ave alçando voo.

– Se não visse com meus próprios olhos, não acreditaria se me contasse não te assustaste? – pergunta Shunsui ainda espantado.

– Não! Para quem já passeou pelas sombras sobre um reptil de trevas, um fukuro falante não me assusta, apenas me admirei com tamanha beleza e educação. – diz lendo o papel, franze cenho: - caro amigo, me ausentarei por uns dias, minha missão começa amanhã.

– Já esperava por isso a qualquer momento, porém posso sabê-lo?

– No momento não, mas assim que retornarmos, pois precisaremos de seus amparos.

– Terão todos que precisarem, então irei agora e deixarei que se prepare, mande-me noticias assim que retornarem.

Byakuya estava lendo alguns documentos, quando adentra seu tenente e anuncia:

– Taichou, o senhor tem visitas.

– Mande entrar se for importante. – responde ríspido.

– Estou atrapalhando? Desculpe-me, mas...

O nobre arregala bem os olhos não esperava que fosse sua amada: - Chiharu! O que fazes aqui aconteceu algo? – levantasse rapidamente ao seu encontro.: - Claro que não atrapalha.

– Eu sei que deveria espera-lo retornar para casa, mas devo informa-lo logo, é sobre minha missão.

O nobre gela ao ouvir aquela palavra, porém dar permissão para a garota iniciar o dialoga. Yuè começar contando algumas coisas das quais falara para Ukitake, jamais mencionando o nome de Tsukishirou ou sobre a parceria com o taichou, explana somente coisas dela e de Órion deixando o nobre boquiaberto, ele fita o chão durante alguns minutos:

– O que você irá procurar ou averiguar realmente?

– Até o momento irei apenas atrás do Gin no tsuki que já não estar em poder do Clã há muitos anos, sei onde estar e retorno em alguns dias, é somente o que posso esclarecer. E nem insista em me seguir ou perguntar o meu destino, o quero aqui e em segurança. – ela o fitava seriamente.

O nobre apenas arqueia uma sobrancelha incrédulo, ela sabia o que ele estava pensando, lia mentes, por isso sempre estava há um passo dele, por isso ele lhe era um livro aberto. Ele levanta-se e segue em direção a Chiharu, segura em suas mãos firmemente mirando os orbes glaucos docemente:

– Então me prometa que irás voltar para mim?

– Eu, eu sempre irei voltar para você, não importa a dificuldade, eu sempre retornarei para meu senhor! – esclarece deixando as lágrimas caírem.

Byakuya acaricia-lhe o delicado queixo o inclinando para si, selando os lábios femininos em um doce beijo. Durante o ato, pousa na varando o belo fukuro branco:

– Yuè-sama, tudo preparado para amanhã cedo. Hum?! Gomen nasai Byakuya-sama, não quis interromper. – diz a ave escondendo o rosto com uma das asas.

– Você me conhece?! Mas claro que sim, digo você fala? Ohayou gozaimasu– pergunta o nobre admirado.

– é meu mensageiro e pelo jeito não sabe ser discreto, assim como Órion tinha as chous o meu é um fukuro. – ela se aproxima da coruja: - descanse meu amigo, temos um grande dia amanhã. – a ave faz reverência e alça voo.

O resto do dia transcende calmo. Durante a madrugada Chiharu levanta sem que o nobre suspeite segue para o 13° bantai, já sendo aguardada por Juushirou que acariciava a coruja branca, muito alegre pelo carinho que recebia:

– Então foi aqui que você passou o resto do dia Navid?

– A senhora mandou-me descansar então vim para cá, Juushirou-sama sempre soube me cativar... – a coruja paralisa após te deixado escapar algo: - desculpe-me Yuè-sama é melhor eu ir embora.

– Como assim? – pergunta Ukitake sem entender muita coisa.

– Não adianta perguntar-me nada, vamos logo Capitão, espero que esteja preparado.

– Claro que estou, porém como iremos?

– Segure-se firme em mim! – ela diz sorrindo, já com a shikai liberada: - tenki no unmei! – ela gira em torno de si, enquanto o taichou abraça a delgada cintura bem forte a deixando vermelha, desaparecendo ambos como um clarão de relâmpago.

Ainda estava escuro quando os dois chegaram ao sekai, o voo fora perfeito, porém o pouso um desastre, caindo ambos sobres algumas arvores no quintal de uma casa, estatelando-se no chão. Yuè levanta massageando suas nádegas, resmungando algo, enquanto o taichou nota a presença de um cão vindo à sua direção, pega a menina e desaparece do local:

– Estamos visíveis? – pergunta já pousando num telhado qualquer.

– Claro que sim, detesto usar portais e gilgais, é muito chato, e ter que pedir permissão para aquela Central, preencher papeis e outras coisa entediantes? Eu não suporto. É melhor trocarmos de roupas, logo irá clarear, o senhor trouxe? – elucida sem fita-lo.

– Claro, imaginei que seria essa a nossa forma de viajar para cá e me precavi, contudo deveremos achar um lugar para ficar durante esses dias e sem levantar suspeitas.

– Há uma pousada entre o percurso que ela faz de casa para o cursinho, com várias lojas próximas, será um bom lugar, não?

– É sim. E Byakuya, o que disse a respeito?

– Não pode retrucar ele estar consciente da minha missão, só pôde aceitar, claro que não de bom grado, mas ele não pode fazer nada contra. – revela olhando o horizonte dourado com o nascer do sol, sentando-se na beirada do terraço.

O meigo capitão abaixa-se ao seu lado e pergunta: - me diga algo, como iremos chamar a atenção dela, sem assusta-la?

– Isso é com o Navid, Hikari adora animais, todo o dia antes de ir para o cursinho ela passeia no parque aqui próximo, nessa hora, o senhor irá fingi estar procurando o fukuro sem vergonha, com certeza ela oferecerá seus préstimos para ajudá-lo a procurar...

– Obrigado pela parte que me toca Yuè-sama, então é isso que eu sou? – indaga a coruja se aproximando.

– É, pois ainda estou brava com você, me trocou por Juushirou-sama? Quando eu disse vá descansar, pensei que você iria para os jardins da mansão e ficaria comigo, não o contrario!

– Como você veio para cá? – interroga o taichou para a ave.

– Yuè-sama me invocou assim que chegaram. Aliás, a pousada já estava abrindo, não seria bom dar logo entrada na estadia? Eu detesto ser acorrentado!– opina o pássaro.

– Não reclama Navid, venha – Chiharu prende a ave ao braço do taichou: - não pergunte por que o senhor tem de carregá-lo, lembre-se eu sou sua frágil, carinhosa e doce filha, que é um viúvo bonitão e pai muito responsável. – diz enfezada.

Os dois sorriram descabidamente, a deixando ainda mais brava: perdoe-me querida, mas é afetuosa e doce você é, porem frágil, você até aparenta, somente! Iremos ou não? – pergunta vendo Yuè muito brava com ambos.

Após se acomodarem e fazerem o desjejum, ambos dirigem-se para o parque, esperando pacientemente pela passagem de Tsukishirou. Uma garota ouve ao longe gritos chamando alguém, ela corre para o local e se depara com Juushirou, que olhava em todas as direções:

– Navid. Navid seu fukuro travesso, apareça. Navid.... – ele para assim que se depara com dois grandes orbes castanhos o fitando, bem curiosos, ele gela ao reconhecê-la. Era ela, tinha certeza, mesmo sendo um bebê a ultima vez que vira, a reconheceria em qualquer lugar, sua beleza exótica não deixava duvidas, além da semelhança com Órion, longos cachos negros, contrastando com uma pele alva e doces olhos cor de mel.

A garota fica em transe, jamais vira aquele homem, parecia ser bem mais velho, porém transcendia uma bondade enorme, o doce olhar e sua estatura imponente: - Ohayou gozaimasuo, o senhor perdeu seu bichinho? – pergunta gaguejando,

– Hã?! – volta a si:- É, perdi meu Fukuro branco, tenho medo que ele se perca, já que não conhece o lugar. Hajimemashite doozo yoroshike, eu me chamo Juushirou.

– me chamo Tsukishirou Hikari, prazer, posso ajudá-lo a procurar?

– Toda ajuda em bem vinda, muito obrigado, mas não irei te atrapalhar com seus afazeres?

– Oh! Claro que não, mas o senhor estar sozinho? – pergunta um pouco corada.

– Não, minha filha estar por algum lugar procurando nosso Navid.

– E como é o nome dela e como ela é? Talvez se eu encontra-la ao acaso?

– Hum?! – Ukitake pensa um pouco: - ela é um pouco mais alta que você, muito bonita assim como a senhorita, longas mechas encaracoladas prateadas, olhos verde-mar e, é parecida comigo, não tem como errar. – sorri sem jeito: - e seu nome é Yuè Chiharu.

– Obrigada pelo elogio, então será bem fácil acha-la. Encontramos-nos aqui então, pois é melhor no separarmos, não é?

– A senhorita tem toda razão e obrigado mais uma vez! Eu irei por aqui e Navid atende pelo nome dele, é só chamar.

– Não há de que agradecer, pois ainda não encontramos sua coruja. Então eu irei por aqui. – diz afastando-se.

Yuè e Navid observavam a cena do alto de uma arvore, a garota estava muito feliz que seu plano estava dando certo, contudo de vez em quando desviava a atenção para o horizonte, algo a apoquentava: - Navid, é sua vez, a leve para aquela colina, nos encontramos lá.

– Deixa comigo Yuè-sama. – fala a ave alçando voo em direção a Tsukishirou.


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Notas finais do capítulo

"Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas."
Augusto Cury
Se pensar é o destino do ser humano, continuar sonhando é o seu grande desafio. E isto, é lógico, implica em trajetórias com riscos, em vitórias, com muitas lutas, e não poucos obstáculos pelo caminho. Apesar de tudo, seja ousado. Liberte sua criatividade. E NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS, pois eles transformarão sua vida em uma grande aventura.
Augusto Cury



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