Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 39
Apenas aparência / hantaa Mün


Notas iniciais do capítulo

uma bela e delicada flor pode ser tão letal como o veneno ofídico, as aparências enganam e nem tudo o que os olhos veem é real. a vida é cheia de tropeços e armadilhas, como também de beleza e esperança, cabe a você a decisão de levantar quando cair e de desviar das tocaias que o destino impõe, a vida não dá duas chances, por isso se acontecer não deixe escapar. Byakuya faz um escolha de suma importância e ter ao seu lado a jovem lady, que tem como missão continuar de onde Órion parou, mas não deixando de lado o seu grande amor. Viva cada minuto como se fosse o ultimo, sem medo errar, se isso acontecer, é só recomeçar, porém pense bem antes de agir. contudo não reflita muito ou perderá a chance que a vida te dar.



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O nobre fez questão que Chiharu não usasse shihakusho, como a nobre que ela era, deveria se trajar como tal, então para não contrariar o líder a menina opta por um kimono lilás, com barra e tamotos com bordados acobreados, sobre ele colocou a luxuosa haori rosa com o kanji do Clã , com uma obe larga vermelha com um grande laço nas costas, onde prendera em transversal sua katana, encoberta pelos belos cachos prateados em corte esférico jaziam até abaixo do quadril, com seu 1,60 metro e 51 quilos muito bem divididos e sua beleza exótica, encantava qualquer homem que nela pusesse os olhos. Não pusera a estola símbolo do Clã, não precisava usa-la ali, mas acrescentara ao seu look uma delicada echarpe rubi, como sempre detestava os chinelos tradicionais e preferia sapatilhas chinesas de cor rubi, deixara as madeixas soltas com suas mechas rebeldes no rosto, sem utilizar maquiagem. O nobre deu-lhe o braço e se, pois a andar com ela pelas ruas:

– Nani?! Sumimasen! Byakuya-sama estar ciente dos seus atos, ao sair comigo assim pelas ruas?

– Porque não estaria? Acaso devo a alguém ou tenho algo do que me envergonhar? – ele a olha sério.

– Iie! Shitsurei Shimasu! Acho que não ficaria bem à sua imagem de...

– Não ficaria bem eu o que? Eu estar ao lado simplesmente da mulher mais bela e doce que já conheci, é isso? Ao que você me disse somos casados no futuro, de certo que me casando novamente não seria outra senão você, Yuè Chiharu! – declara-se lhe acariciando o rosto.

A garota leva as duas mãos ao peito e olha vermelha para o nobre com um belo sorriso e aqueles orbes verde-azulados brilhantes, o nobre desce a mão para o queixo pequeno e lhe inclina o rosto selando os lábios da jovem com um beijo, depois a olha novamente sentindo que Chiharu começava a desfalecer:

– Eu a proíbo de desmaiar Yuè, porque isso se nós casaremos? - interroga intrigado.

– Gomenassai! É que eu não resisto a tanto charme e tenho sincopes de vez enquanto. – responde corada.

O nobre sorri da atitude inocente da jovem e se põe a andar com ela novamente, atraindo olhares curiosos e maliciosos, tão pouco dar importância para isso.

– Mas, assim não chegaremos nunca no esquadrão! Tem certeza que não queres me deixar em casa cuidando dos afazeres domésticos, meu querido e amado Byakuya-sama! – pede suplicante.

– Pequena mesmo a conhecendo a pouquíssimo tempo não cederei a tal capricho, conheço muito bem esse olhar e até imagino o que pretendes fazer. Virás comigo e fim de assunto. – responde sem olha-la.

– Como assim? Isso sempre deu...

– O que? Fazes isso sempre? – irrita-se o nobre.

– Nai! É que, eu não disse isso...

– Obrigado por me avisares em relação a isso. Mas se queres mesmo chegar rápido ao sexto bantai, tudo bem. – avisa a pegando ao colo e sumindo da visão dos curiosos.

O taichou chega com a menina na entrada do 6° bantai e a coloca delicadamente no chão, ela o mira com raiva:

– Eu, eu sei usar o shumpo muito bem Byakuya-sama, alias fora o senhor mesmo que me ensinou, além de despertar minha entidade. – revela arrumando sua haori e ajeitando sua zampakutou nas costas.

– Hum? Agora entendo porque és tão boa com a técnica, quase me pegando desprevenido ontem! Chiharu, tu tens bankai? – pergunta o nobre meio receoso com a resposta.

– Claro! Senão como seria Taichou em seu lugar. Por quê? – responde inocentemente.

– Quero conhecer seu estilo de luta qualquer dia desses. Vamos entrar e não dê atenção a esses idiotas. – ordena sendo seguido por ela.

– Tudo bem, já estou acostumada com eles, até o.... – escuta gritos ao seu encontro- não estou acreditando que ele sempre fora desse jeito! – responde se escondendo atrás do taichou.

– Seu idiota, para que essa gritaria toda! – uma veia pulsa na testa do nobre que cerra os olhos com raiva

– Kuchiki taichou! O comandante Shunsui estar a sua espera já faz um tempão. – relata Abarai, que logo nota um belo par de grandes orbes glaucos o fitando por detrás do capitão. – Hã! Taichou, quem é essa menina ai atrás do senhor? – pergunta como cara de bobo.

– Desde quando te devo explicações? Onde estar o Comandante? – responde irritado.

– He-he... Desculpe estar em seu escritório o esperando. – anuncia chateado.

– Venha Kuchiki Yuè Chiharu. – fala seguindo na frente.

– Hai Byakuya-sama! – responde sem tirar os olhos do tenente: ‘ tudo bem que ele continue o mesmo baka, mas... é o meu braço direito no bantai que lidero e tem bom coração acima de tudo!’ pensa um pouco. - Hajimemashite doozo yoroshike fukutaichou Abarai, ohayou, tenha um pouco de paciência é somente o jeito do Kuchiki taichou, mas ele confia em você!- fala baixo como se confessasse um segredo para o tenente e sai correndo atrás do nobre, que já a esperava impaciente mais adiante.

O ruivo a olha espantado, não esperava aquela forma de tratamento de um Kuchiki: - Quem diria que nessa família tem alguém que se salve! E a diaba é uma perdição de bonita! Pensando bem! É bem diferente para os padrões Kuchikis!

– Tenente, quem é ela? – pergunta um subordinado.

– Você é surdo? Não ouviu o Kuchiki taichou chama-la de Kuchiki Yuè Chiharu.

– Há! Mas de que lado da Família? Ela é tão diferente, nem parece uma Kuchiki, contudo é deslumbrante! – examina o outro.

– Com certeza do mesmo lado de Kuchiki Órion, mas isso não é da nossa conta. Deixa o capitão te ouvir, seu baka.

Ao adentrar o escritório o nobre encontra o Comandante e Zaraki já impaciente, ele pergunta com seu tom gélido:

– A que devo a honra de virem aqui?

– Kuchiki taichou, viemos aqui perguntar se o amigo sabe de alguém ou tem aqui no bantai um shinigami forte somente para testar os iniciantes no teste de hoje, quem eles ainda não conheçam e... – Shunsui cala ao adentrar Yuè.

– Visitas! Ohayo gozaimasu, Hajimemashite doozoyoroshike ... – teve que fingir não conhecê-los, não poria sua missão a perder. - estou atrapalhando Byakuya-sama?

– Não, querida, pode entrar, esses aqui São o comandante Shunsui e Zaraki taichou. – responde o nobre compreendendo a menina.

– Me chamo Kuchiki Yuè Chiharu, espero não estar atrapalhando os senhores. – fala com um belo sorriso.

– Atrapalhando? Claro que não bela senhorita, fique a vontade. – responde Shunsui se aproximando da garota, enquanto Zaraki apenas faz sinal com a cabeça.

Byakuya a puxa para trás de si, pois previa o que o Comandante iria fazer e pergunta: - Porque tem que ser alguém que eles não conheçam?

– Ora, assim eles terão um melhor desempenho, se for algum taichou ou tenente eles ficarão com medo e não demonstrarão o que sabem. – responde percebendo a atitude do nobre.

Ao ouvir isso, Chiharu aperta o braço do nobre, como se pedisse que a deixasse fazer o teste. Ele vira o rosto para ela e encontra dois olhos suplicantes marejados;

– Tudo bem, então! – reponde para a menina, que abraça o braço do taichou. – eu tenho a pessoa perfeita para isso. – relata voltando-se para eles.

– Maravilhoso! Quem é Kuchiki taichou? – pergunta o comandante alegre.

– Estão olhando para ela agora, Yuè.

– Legal!!! – grita menina dando pulinhos.

– Você ficou louco Kuchiki taichou, colocar essa frágil e bela menina contra um bando de bárbaros? – pergunta Zaraki preocupado reparando o porte da mesma.

– Concordo com Zaraki taichou, Kuchiki taichou, tem certeza da sua decisão? – pergunta Shunsui sobressaltado.

– Mas é claro! – responde ríspido, enquanto Chiharu encruza os braços zangada, detestava ser julgada por sua aparência.

– Tudo bem, vamos então, só estão nos esperando! – diz Shunsui desacreditado.

Byakuya não afastou da menina um segundo sequer, a levou para o centro de treinamentos junto de si, enquanto Zaraki e Shunsui observavam o instinto de possessão do nobre. Chegando ao local, os taichous estavam em seu devido lugar, com exceção de um em especial que resolveu observar de outro lugar, na arena uma classe de recém-formados esperava ansiosamente pelo seu adversário. Para o nobre aquele teste seria para apresentar Yuè aos demais capitães e avaliar o desempenho da menina em combate, a partir do resultado concluiria se precisava preocupar-se tanto com ela. Ele e os outros dois seguiram para seus lugares em uma sacada:

– Como os senhores demoraram, pensávamos terem desistido! Acharam alguém? – pergunta o pequeno taichou.

– Claro que achamos! uma pessoa muito especial, cortesia do Kuchiki taichou. – responde o comandante.

– E quem é? – pergunta Soifon curiosa.

– Logo saberão, tenham paciência! – sorri Shunsui acenando para os iniciantes se prepararem.

Os novatos tomam posição, animados e aliviados por verem todos os taichous fora da arena, porém curiosos por saberem quem seria seu adversário. De uma porta à sua frente em meio à penumbra escura vai surgindo lentamente uma delgada e pequena silhueta, eles ficam apreensivos, os próprios capitães levantam curiosos olhando na mesma direção, quando após alguns segundos sufocantes de espera, Yuè se põe à mostra na claridade: uma garota de baixa estatura, branca, com longas madeixas encaracoladas prateadas, olhos de uma cor exótica, de aparência refinada e muito frágil. Os desavisados se assustam ao verem o oponente dos novatos, estes se irritam pensando ser uma piada dos superiores. Todos esperavam um shinigami enorme com uma pressão espiritual avassaladora e o capitão do 6° bantai aparece com uma menina nobre, delicada e muito meiga pelo sorriso que deu a todos.

Yuè se alinha à frente dos iniciantes, agora com uma haori preta, os shinigamis à sua frente a subestimaram:

– É uma piada isso, não é comandante? Viemos demonstrar nossas habilidades e não brincar de moda ou de salão de beleza para colocarem essa boneca de porcelana aqui. Senhores a senhorita poderá se machucar. – dizia um a desdenhando.

– Mas o que aquela menina faz lá? Kuchiki taichou o senhor não tem medo que algo aconteça com ela? É muito bonita para se machucar!- fala um taichou.

Uma veia salta na testa do nobre ao ouvir aquilo, porém ele mantém-se indiferente a fitando na arena. A menina explana a sacada a procura de alguém e dá por falta de um dos taichous:

– Será que ele não veio? Não vejo e nem sinto sua presença, nem ao menos um oficial de lá. Que pena, queria tanto que ele me visse lutar. Tudo bem.

– Menina, você é muito bonita para estar aqui, então, por favor, volte para suas compras e seus chás de nobreza, aqui não é lugar para uma princesinha como você. Mas se pretende ficar ai teremos que ataca-la. – avisa um shinigami.

– Não se preocupem comigo, eu não irei me machucar, embora não posso dizer isso de vocês!- sorri docemente. – vamos começar.

– Já que é isso que você quer lindinha, mas aviso que não pegaremos leve com você. Decida com qual de nós você quer lutar.

– Podem vim todos, não me importo e não perdoarei se não derem tudo de vocês.

– Tudo bem, se assim deseja e foi você quem conseguiram para este teste, embora eu preferisse chamá-la para sair. Vamos pessoal, agora! –grita o primeiro da classe.

– Há-há-há! – sorri sarcasticamente - Veja-me e diga se sou do tipo de garota que aceitaria ser cortejada por alguém de sua classe! Você não tem nome nem renome para isso!– deixando o outro ainda mais bravo

Todos os capitães e os demais ficam apreensivos, esperando o pior em relação à menina, com exceção de dois taichous, um observava gélido embora um pouco temeroso, o outro assistia de outro lugar admirado com o que acontecia, porém aguardando algo inesperado. Os shinigamis se aproximavam com suas espadas em punho, prontos para desferir um golpe mortal, enquanto Yuè continuava imóvel no mesmo lugar com seus caracóis balançando ao vento e reluzindo sob a luz do sol. Todos ficam preocupados e nervosos, porém a garota se mantinha serena de olhos cerrados. Os iniciantes achando que ela fazia pouco deles se irritam ainda mais e aumentam a velocidade a poucos centímetros da menina, acertando o seu alvo. Os taichous ficam apavorados, o próprio Byakuya levanta-se temeroso e assustado com o final daquilo, e um silencio fúnebre reinou por leves instantes. Até suas atenções serem voltadas para o outro lado da arena:

– Oh! Meninas, eu achei que vocês tinham dito que não brincariam comigo, agora deixem de conversas e lutem de verdade. – grita Chiharu com sua zampakutou já em mãos.

Todos voltam os olhares para seu lugar primário, tinham certeza que ela fora atingida, entretanto no lugar cravejado com as lâminas dos novatos somente estava a haori preta que ela usava. A surpresa foi geral. Byakuya além de aliviado estava admirado, mas já deveria esperar isso dela. Ele sabia que ela era bem veloz, porém não esperava que ela fizesse tamanha proeza. Os novatos correm em sua direção furiosos.

– Querem saber de algo, eu me decepcionei com vocês e já estou entediada. Hora de brincar, vocês são desprezíveis e não servem para o sexto bantai. – fala com desprezo, ela some de suas vistas, atacando um por um com golpes rápidos, após isso ela posiciona-se ao centro da arena: - Mujüryoku! – todos os shinigamis levitam em torno dela, levantando as mãos e abaixando-as: - Ga josho shi, taki! Ficando nessa brincadeira por alguns minutos espatifando os pobres shinigamis no chão.

‘Onde Kuchiki taichou esconde essas meninas? Julgando pela sua aparência, elas não passam de delicadas e frágeis damas nobres, mas, quando lutam, viram verdadeiras feras sanguinárias e poderosas, é incrível!’ – refletia Shunsui já preocupado.

– Essa é das minhas! Sem remorso e sem coração! Mata, mata eles, docinho! – gritava Zaraki. Enquanto os outros contemplavam a cena assustados com tamanha crueldade.

– Hã, o Kuchiki taichou poderia, por favor, pedir que ela pare com isso ou ela os matará de verdade! – pede Shunsui.

– É pouco por subestima-la, mas tudo bem! Não quero que Yuè suje duas delicadas mãos com sangue desses idiotas. – o nobre levanta-se:- Chiharu! A brincadeira terminou querida! – todos o olhavam incrédulos ao verem como o nobre a tratava.

Ela se volta para ele triste: - já? Agora que estava me divertindo! Droga! – libera-os do encanto. – esta bem, mas falta uma coisa. – ela sorrir mortalmente.

Todos os olhares se fixam nela e assim que os novatos estavam se levantando, ela lança sua zampakutou para os céus, pronunciando serenamente:

Hantaa Mün! Ban-kai! – a menina levita alguns metros no ar e à sua volta se forma uma esfera gigante envolvendo todos os shinigami que estavam na arena, girando em torno de Chiharu, surgem pequenas esferas que lembravam as fases da lua e eclipses. – escutem-me bem, vocês não são dignos de eu usar minha bankai, mas isto é somente para que aprendam algo valioso que meu pai me ensinou ‘ jamais subestime o seu oponente por menor e fraco que aparente’, contudo vocês não devem se apavorar tanto, eu não matarei vocês.

Todos a olham sobressaltados, não esperavam que ela também possuísse uma bankai, que ao verem tinha seis estágios de acordo com as luas à sua volta. O nobre a olhava satisfeito e orgulhoso, ela era um prodígio. Os novatos alem de suspensos no ar, estavam paralisados.

Ela toca em uma esfera à sua frente, o que aparentou ser a lua nova e diz:- Hantaa no tsuka! Dentro da esfera surgem centenas de lâminas prateadas em formato de lua nova como bumerangues, cortando, esfolando e extraindo sangues dos novatos além de altos gritos de dor, quando se deu por satisfeita ela cita: - Yamete! As lâminas desaparecem e os shinigamis são deixados cair todos de uma vez. Com um movimento das pequenas mãos, sua bankai se desfaz e ela pousa graciosamente ao chão. Ela faz reverência aos capitães que a olhavam incrédulos e sorri para o nobre que a fitava orgulhoso, após isso caminha em direção à porta por qual entrou.

Porém durante o seu percurso, para instantaneamente e vira a face para o lado, notando uma presença familiar, ela abre bem os olhos e o reconhece, era quem ela procurou no inicio este a encarava serio, porém sorriu assim que a menina sorriu para ele. O nobre notando a situação lá embaixo, vai ao seu encontro, surgindo ao seu lado:

– Yuè! O que estar acontecendo? – pergunta a assustando.

– Hããã?! By-Byakuya-sama! – o que fazes aqui?

– O que te chamas à atenção nessa porta?

Ela olha para o local e não vê mais ninguém, ficando sem entender nada: - nada não, eu acho, vamos? – fala pegando em seu braço e sorrindo para o nobre. Este consente por não ter visto ninguém ali. – o que o senhor achou? – já dentro do recinto.

– Surpreendente! Todos a subestimaram e ficaram surpresos com seu desempenho, estou orgulhoso de você! – fala lhe beijando candidamente.

– E eles, o que farão com esses idiotas? – pergunta apontando para os moribundos no chão.

– Esses imprestáveis serão mandatos para o 4° bantai e assim que estiverem recuperados, passarão por uma nova apresentação. – responde com desprezo. – então essa é sua bankai?

– Não, completamente, assim como a lua tem fases, minha bankai possui estágios, um mais devastador que o outro, esse eu utilizei bem fraquinho, não quis machuca-los seriamente.

– Mas porque tua zampakutou se chama ‘ Lua do caçador’, eu até entendo o porquê da lua, mas o caçador? Não faço sentido algum!

– Se eu precisar invocar minha entidade, então entenderá meu querido Byakuya! – sorri.

– É melhor irmos, ou teremos que suportar as perguntas dos outros capitães! – fala segurando em sua cintura enquanto caminhavam pelos corredores.

– Como quiseres Byakuya-sama! Responde pegando sua haori. Desaparecendo ambos logo em seguida, deixando alguns shinigamis que estavam por ali boquiabertos.

Durante percurso de volta para o sexto bantai, o nobre admirava a doce figura a sua frente, que abdicou do seu braço para ficar pulando em zigue-zague, caindo algumas vezes, causando preocupação ao Kuchiki, que corria ao seu encontro, desistindo disso ao perceber que a menina nunca se machucava com os tombos, ela aprendera a cair para tal façanha, tão logo se levantava e retornava ao sua atividade anterior. Ele a comparou com sua falecida esposa e concluindo o quão eram diferentes, Hisana tinha o aspecto frágil e o era, já Yuè apenas simulava, suas distinções escondiam alguém muito forte e habilidosa nas artes bélicas. As longas madeixas encaracoladas no tom prata era seu aspecto marcante junto com aqueles grandes olhos glaucos, seu jeito terno e meigo o intrigava, lembravam alguém, mas não conseguia assimilar com quem, era mais alta do que as ‘outras’ e bem singular, de perfil lembrava um pouco Rukia e Órion. O corpo. Esse aos seus olhos e ao toque não era senão escultural, na medida certa para si, a delicada pele em pétalas albas e os delicados lábios em púrpura completavam sua feição divina, digna de adoração, sendo ele o único quem poderia tocar-lhe o ser perfeito. Ele a escolheu e ela o aceitou, tornando seu amor verdadeiro e imortal segundo seus relatos. A imagem de sua falecida esposa, agora pareciam borrões diante da presença real da dama à sua frente, que brincava feito criança. Que nas horas de dificuldade sabia ser forte e decidida, superando seus obstáculos e por isso estava ali, ao seu lado, assim como a lua que é cheia de encanto e belezas, porém é poderosa e cheia de mistérios, assim era Yuè, sua esposa, esse atributo a deixava mais fascinante, o nobre adorou tudo que ela era, tão somente por isso o grande amor à primeira vista foi avassalador e irracional e fazia parte dele agora, desejava-o viver, pois amava novamente.

Yuè já se preparava para pular novamente quando ficou suspensa no ar, fez um pouco mais de força, mas de nada adiantava, sentiu algo forte prendendo-a pela cintura, assim levantou o rosto encontrou o dono dos orbes cinéreos a sorri para ela:

– Assim não chegaremos a tempo no 6° bantai, querida!

– Pensei que demorarias mais um pouco a dizer-me alguma coisa, embora eu estivesse gostando da brincadeira.

– Estavas me testando? Qual brincadeira, essa de cair e me preocupar a cada tombo que levas?

– Eu não me machuco fácil, a única cicatriz que possuo é uma tênue marca na omoplata esquerda que adquirir quando enfrentei a minha entidade, você se preocupa demais, deixe as coisas fluírem nem tudo tu poderás evitar apenas aproveite cada minuto como se fosse o ultimo para que no final de tudo digas ‘vivi intensamente e amei verdadeiramente, então minha vida não foi em vão’.

– é assim que tu vives? – pergunta o nobre surpreso com aquela afirmativa.

– desde que o conheci, sim, é desse jeito que vivi até hoje, meu medo sempre fora de um dia te perder, - olha para o chão triste, - e aconteceu, sendo essas suas ultimas palavras para mim, até achei engraçado, pois fora o que meu pai me disse quando casamos, sendo isso que me deu força para continuar e levar em frente o teu legado, porque eu vivi por você e somente para você, jamais pensei em casar-me novamente. E muitos me foram os conselhos, mas eu não poderia, pois ainda continuaria eternamente apaixonada por você. – o olha com os glaucos marejados.

– Minha menina, pela primeira vez eu não tenho palavras, sendo este o meu pensamento desde que a vi e assim será, embora você é muito travessa com essas formas de brincar, não há quem não se preocuparia, nem quero imaginar você grávida, acho que ficarei de cabelos brancos rapidamente. – a beija fortemente, ela sorri deliciosamente e seguem para o esquadrão usando o shumpo.


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Notas finais do capítulo

qual será o preço de possuir um amor avassalador e irracional? no trilhar da vida surgem inúmeras oportunidades perenes ou efêmeras, cabe a cada um de nós escolher a mais sensata. Porém que taichou é esse que Yuè tanto procurou? que segredos ela revelará no decorrer da história?



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