Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 36
Tsukishirou Hikari: hanashi no otoosan to musume


Notas iniciais do capítulo

acredite com sabedoria o fato que o caminho é cheio divergências, há momentos de alegrias e desespero, confiança e falta de fé, contudo sempre valerá seguir em frente. Mesmo na calmaria e em tempos de paz, sempre se deve estar preparado para o combate. com ascensão de Órion ao cargo de taichou e seus inimigos terem sumido sem deixar rastro, sempre manteve de vigília, se preparando para um confronto inesperado, entretanto, não deixou de aproveitar a vida ao lado das pessoas que ama, como também Ukitake inicia o treinamento da pequena Tsukishirou, aparentando ser um pai bastante coruja;.



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Órion levara apenas Rei consigo para o 8° bantai, sem eleger ninguém como fukutaichou, dizendo que não levantaria pessoas que não possuíssem pelo menos shikai liberada e que para tal posto, seria reservado para alguém especial e que receberia o treinamento adequado para isso, sendo digna de usar a haori azul, que ela adotou como uniforme de tenente. Os anos passaram e mesmo com as melhores equipes da Omitsu e rastreadores do 12° bantai, não conseguiam achar pistas do Grupo de Hollows do Futuro, apelidado por Órion de Hollows no Ashita, o qual somente os taichous de 5 bantai e duas tenentes sabiam a causa desse nome, eles haviam desaparecido sem deixar rastros:

– Órion taichou, até hoje não conseguimos mais nada sobre o paradeiro do Hollows no Ashita, o que você sugere? – pergunta o comandante.

– É difícil de acreditar que sumiram outra vez, até eu perdi contato com Sora-sama, devem ter mudado outra vez.

– Mas para onde então? – interroga Shunsui.

– O Hueco Mundo é muito grande, talvez devam ter migrado para além da zona de Penumbra, para os Confins de lá. Um local mais inóspito e longínquo que se possa imaginar, além de muito perigoso.

– Acha que devemos mandar uma equipe outra vez?

– Não! Seria praticar um homicídio, não se chega lá assim, nem eu conheço além da Zona da Penumbra, lá deve ser o lar dos Vastos lord. Terra sem lei, não podemos mais arriscar perder vidas sem motivos. Aguardemos mais um pouco, embora esse silêncio não me agrada.

– Tudo bem, façamos assim, a melhor coisa então é nos prepararmos para qualquer ataque, não é? Embora já não possa falar o mesmo de você com essa barriga! Estás de quantos meses?

– Comandante! Farei seis na semana que vem.

– Ukitake-kun está bastante feliz, pois vive falando sobre sua gestação e na pequena Hikari, fico até com inveja e me sentindo um pouco humilhado quando pergunto sobre vocês.

– Obrigada, se não fosse pelo senhor, Yuuki, Rei e Kida, isso não seria possível.

– Eu sou quem agradeço a Órion taichou por fazer meu amigo o homem mais feliz desta vida e me deixar fazer parte da historia de vocês, agora me deixe ir antes que a Nanao venha atrás de mim.

– Sayonara Comandante e mais uma vez obrigada.

– Matta ne, Órion taichou!

Assim que Shunsui se fora, Órion senta-se na varanda e começa a tocar sua flauta quando Rei entra e diz:

– Órion-sama, Kuchiki taichou está aqui.

– By-sama, onde? – larga a flauta e entra correndo.

– Órion! Não corra você não tem medo de cair? – Byakuya preocupado.

– Hum? Desculpe By-sama, que maravilha que o senhor veio. Perdoe-me não ir visitá-lo como de costume. É que eu..

– Eu entendo perfeitamente, não devias nem estar trabalhando. Eu vim trazer aquelas frutas que sentiste desejo aquele dia.

– Mas eu quase não faço nada! O senhor achou as jabuticabas? Ah! By-sama, não deverias ter se dado ao trabalho. Mas muito obrigada, obrigada mesmo. É por isso que o amo muito!!! – declara com um sorriso bobo pegando as frutas.

– Não fora trabalho nenhum, ‘pelo menos aquele imprestável do Abarai serve para isso!’ e onde estar Tsukishirou?

– Shitashii, resolveu cuidar dela durante esses meses, disse para que eu não me estresse à toa e assim diminui meu trabalho, ela é um amor, porém quando resolve aprontar... – pensa um pouco- como dizem os humanos dar nó em pingo d’água! O senhor fica e degusta comigo?

– você sabe que ele mima muito a menina, Não poderei ficar, tenho um... hãã! – o nobre se assusta.

– é, eu sei ele a estraga fazendo todos os seus caprichos. Por favor!!! Só uma By-sama!!! – pede a morena com os olhos marejados o encarando triste.

Ele vira o rosto para o lado, lembrando-se do que o médico disse, assim que Órion descobriu a que estava grávida, que ela não poderia sentir estresse, não fazer trabalhos pesados, não ser contrariado, não sentir raiva além de outros cuidados: - tudo bem, mas somente uma e, toque um pouco para mim.

– Claro By-sama, seu pedido me é uma ordem! – pula muito alegre.

– Órion, não pule!! – ordena nervoso, não gostava às vezes de estar por perto, Órion era bem teimosa e fazia coisas inapropriadas para uma gestante.

– o senhor é igual ao outros, vivem me reprovando, não me deixam fazer nada do que eu gosto! - senta-se amuada.

Ukitake estava em sua poltrona encarando dois grandes orbes castanhos, que espiavam acima da mesa, segurando com as delicadas mãos na mesma, para apoiar=se nos pés miúdos. Fitavam o taichou enquanto uma doce voz o incomodava desde o começo do dia, com um único repertorio:

– Pai me treina, pai me treina, pai me treina...

– Querida, você é muito pequena, entenda-me, eu prometo que assim que você possuir mais alguns anos, eu a treinarei e farei isso com o maior prazer, amor! – sorria candidamente para a dona dos orbes amendoados agora marejados.

– Pai, por favor, me treina, por favor, paiiii.... – as lagrimas começaram a cair.

Algumas madeixas negras rebeldes encaracoladas sobre o rosto de pele alva contrastavam com os grandes olhos castanhos e pequenos lábios rosáceos, Tsukishirou agora com sete anos, importunava o pai a mais de uma semana com aquela ideia, sempre conseguia convencer o doce taichou, que a todos os gostos seus fazia sem hesitar, querendo ser um excelente pai como por culpa daquele contrato, sendo que logo sua menina o deixaria.

– Tudo bem querida, você venceu novamente, pelo poder da insistência. Às vezes penso que sua mãe tem razão.

– Hã! Como assim papai?

– Nada querida, vamos começar agora mesmo, já que não tenho nada de importante para fazer.

– O senhor vai me ensinar a manipular Kidous?

– Não! Você ainda não tem idade. Começaremos com a esgrima, os principais estilos, para que você saiba manipular sua zampakutou.

– o senhor vai me dar uma?

– Você e sua mãe pertencem a um grupo especial devido suas reiatsus, por isso deverá conjurara quando for capaz de reunir uma grande quantidade de energia espiritual e para isso deverá treinar muito.

– Eu prometo que darei o melhor de mim pai, honrarei nossa família!- falou a pequena cheia de entusiasmo.

– Eu sei que vai, querida! – concordou o taichou meio triste ao ouvir o nome família.

Assim começaram pai e filha todos os dias nas primeiras horas da manhã, pois Tsukishirou também aulas de etiqueta, leis e regras do Clã com Arina-sama, Órion se encarregava das aulas de flauta, desenho, pintura e piano, este ultimo o nobre soube que por acaso exigindo que ela ensinasse à menina, as aulas de dança era ensinada por uma professora particular além do estudo convencional pela tarde. Ukitake iniciou com uma katana ao estilo japonês, explicando os vários estilos e em que se baseavam:

– Querida, a primeira coisa que você deverá aprender, embora eu tenha que explicar outra vez daqui a alguns anos...

– não vai precisar não pai, mamãe disse que eu aprendo rápido e tenho memória de elefante! Eu posso anotar?

– Tudo bem, contando que seja rápida e preste bastante atenção. É incrível, que sendo tão nova ler e escreve tão bem!

– Com a mamãe me aterrorizando desde os três anos, ou eu aprendia ou teria pesadelos durante à noite, e qualquer coisa eu passo a limpo de noite e repasso o que o senhor ditou!

– É, sua mãe é especialista em pesadelos! – concorda com um ar de pânico. – não gosto nem de recordar o ultimo que ela me deu! Tudo bem, iremos começar com o Iaidô, que é uma técnica do desembainhar a espada, escreveu querida?

– Espera um pouco. – meio minuto depois. – pode continuar pai.

– Esta técnica consiste em um conjunto de katas e movimentos que te permitirá reagir a determinadas situações de forma apropriada. Pensando bem, quero que pesquise sobre isso.

– Que?! Mas eu já tenho tantos trabalhos de casa! Tenho uma dissertação para a escola, um relatório para Arina-sama, ensaio com a professora de dança, e preparar uma partitura para a mamãe. – choraminga a menina.

– Sinto muito querida, mas é desse jeito, tudo isso é para o seu bem. – fala acariciando a face da criança.

– Eu sei pai! Mas todo shinigami deve saber sobre a história dessa técnica?

– Não detalhada, contudo quero que você seja a melhor, por isso deverás saber. Veja sua origem querida? Você querendo ou não já ocupa uma posição de destaque diante de todos, por isso muito se espera de você pequena!

– Entendo muito bem pai. Ser filha de dois taichous é uma grande responsabilidade, pertencer ao Clã da mamãe é maior ainda, ela vive dizendo que ser Kuchiki é ser o exemplo para os demais. Mas eu adoro tudo isso e jamais reclamei. – sorri docemente.

– é por isso que você é a minha lua branca radiante, pois veio iluminar nossas vidas, te amo muito pequenina! – diz abraçando a criança.

– Eu te adoro pai. – pula nos ombros do taichou, que rola na grama com a menina, sorrindo alto.

Os shinigamis que contemplavam a cena sorriam maravilhados, era gostoso ver aquilo todos os dias.

– Agora continuemos, querida.

–Sim papai. – responde pegando o caderno.

– Nunca confunda Iaidô com Kenjutsu, eu explicarei este mais adiante. O Iaidô se reveste de grande profundidade, pois tem como objetivo o autodomínio do usuário e a derrota do inimigo sem desembainhar a espada. – para um pouco esperando Hikari terminar de copiar. - ou seja, a conquista psicológica do adversário sem usar a katana de acordo com o principio de cada kata, sendo que para isso utilizaremos a espada de bambu.

– Agora pareceu difícil! – se entristece.

– Não é tão difícil quanto parece. Além das katas, você aprenderá outros estilos como o Kumitachi e o tameshigiri.

– E o que são as katas? – interroga curiosa.

– Paciência pequena! Cada kata segue a mesma estrutura básica de quatro partes, que são: - faz uma pausa, Nukitsuki( desembainhar e cortar), Kirioroshi ( corte principal com as duas mãos), o Chiburi ( retirar o sangue da lâmina) – a menina arregala os olhos, o pai sorri. – e o Noto ( embainhar a espada), além Reishiki.

– Até aqui tem aula de etiqueta? – assusta-se a pequena.

– Claro amor! Tem o Kamiza ni rei, Sensei ni rei, To rei.

– Mas, pai? Eu não precisarei usar isso numa luta de verdade!

– Mas como boa aluna deverá sabê-lo. Agora deixemos as teorias e pratiquemos um pouco, e começaremos pelo Reishiki.

– Tudo bem, mas não facilite só porque sou sua filha.

Enquanto pai e filha treinavam, duas pessoas assistiam mais adiante:

– Então ela já começou a treina-la?

– By-sama, ele é um dos melhores espadachins que conhecemos, e qualquer coisa em que ele falhar, o senhor terá a oportunidade de corrigi-lo. Acaso não a treinará mais adiante?

– Lógico que sim, é uma Kuchiki! Quero que ela seja especialista em shumpo e kidous.

– Mas não seria mais conveniente, ela entrar na academia, como qualquer shinigami?

– Aquilo não é lugar para um nobre, principalmente uma pequena dama. Você não fora para aquele lugar, talvez devesse ter ido, assim não estarias casada agora, esse foi meu erro, não haverá melhores mestres que nós, o que tu a ensinarás?

– No momento em que sua parte hollow estiver para despertar, ensinarei a controla-la, assim fazendo melhor de seus poderes e regeneração durante uma batalha. Além instruí-la a manipular sua reiatsu de luz e algumas divindades ocultas.

– Porque não todas as que tu conheces?

– por causa das divergências de nossas reiatsus, luz e trevas, não combinam. Bem como as deidades ocultas serem baseadas em trevas, somente algumas ela poderá aprender. Penso em falar com Zaraki taichou e Soifon taichou.

– Para que?

– Com Zaraki taichou ela pegará resistência, enquanto com Soifon é especialista em Hakuda.

– Talvez tu tenhas razão, contudo isso não deverá atrapalhar as outras atividades de Tsukishirou, lembre-se ela estar em aprendizagem, não conveniente deixa-la sofrer certas influências.

– é eu sei By-sama, mas... à vezes, penso que estou exigindo muito dela. Atribuindo-lhe o que é responsabilidade nossa.

– O que estas insinuando, Órion? – imaginando o que a morena quis falar.

– O senhor compreendeu perfeitamente, não precisarei entrar em detalhes. – diz evitando contato visual com o nobre, pois sabia que ele ficara furioso com o que disse. – Hã! Isso é algodão doce? – pergunta farejando o ar.

– Fique aqui, eu verei o que encontro, não me agradaria vê-la correndo com tamanha barriga por ai! – diz revirando os olhos.

– Arigatoo By-sama. – sorri enquanto o nobre desaparece.

Tsukishirou desequilibra-se e cai, ao levantar o rosto, vê ao longe à mãe, que lhe acena:

– Veja papai, a mamãe lá na colina. – levanta-se rápido e corre em sua direção, mas me um pisca de olhos Órion some. A menina para confusa.

– Querida, você tem certeza que viste sua mãe? – pergunta o capitão mirando em todas as direções.

– Tenho... Eu acho, era a mamãe e não estava só. – responde voltando para o pai.

– Deves ter imaginado tua mãe não pode ficar correndo por ai assim, não nesse estado. – sorri guiando a menina para o bantai.

Um pouco distante dali, a morena encosta-se A em uma arvore e sente uma presença:

– Jibrail! Enfim retornaste o que descobriste?

– Nada minha senhora, o lugar que deste as coordenadas estar desértico, nem vestígios de seus odores.

– E Rei, onde estar?

– Vêm mais atrás com Yuuki, a fukutaichou séria e o rastreador.

– Não compreendo! Para onde foram? Sinto-me impotente agora, sem poder prevê seus passos, ainda por cima sem poder sair daqui nessas condições, há anos não tenho noticias de Sora-sama! Não sento nada na membrana! – olha para o mensageiro.

– digo o mesmo minha senhora. Mas não se culpe, creio que assim que as condições nos favorecerem, ela enviará noticias. Contudo o que faremos agora?

– Jibrail-sama!- fala o nobre se aproximando.

– Byakuya-sama, bom dia.

– Novidades Órion? – pergunta fitando a menina.

– Não By-sama, nenhuma. Agora temos que esperar. Descanse meu amigo se precisar o chamo.

– Sayonara minha senhora e Byakuya-sama. – faz reverência e desaparece, os dois consentem ao mesmo tempo.

– Hum?! O senhor achou?! – fala abraçando o nobre.

– Órion não pule! Como você é descuidada, pegue é seu.

– Desculpas! Muito obrigada By-sama!


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Notas finais do capítulo

'a compreensão do outrem somente progredirá com a partilha de alegrias e sofrimentos' - Albert Einstein-. talvez com sentido nessa frase o nobre líder decidiu ser mais tolerante e prestativo com Órion, demonstrando-se ser bem preocupado e cuidadoso com o estado em que ela se encontra, bem como se responsabilizará em parte do treinamento da menina Hikari que é o xodó de Ukitake, a que será vital para o destino do Clã.



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