Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 29
The words never told: Repairing the union for separated pride


Notas iniciais do capítulo

quem diz o que quer, termina ouvindo o que não quer. quando gestos e ações não são suficientes as palavras devem entrar em cena, pois muitas palavras podem não valer por nenhuma e uma pode valer por muitas. quando os sentimentos falam mais alto que a razão, o que fazer?



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Após uma conturbada viagem por uma dimensão alternativa, os três chegam ao sekai, para surpresa de todos eles reaparecem alguns metros acima de um lago, tomando um belo banho frio em um parque:

– droga, droga! Eu avisei para não se aproximarem. – diz a menina levantando-se, mas cai outra vez devido a tontura. – Aiii! Minha cabeça parece que vai estourar!

– Minha hana, o que estar acontecendo? – pergunta Juushirou a pegando ao colo.

– Tire ela da água, quer que ela fique com hipotermia? – ordena o Kuchiki.

– Eu não sei, tudo está girando, dói muito, acho que deve ter sido por causa do teletransporte em massa, nunca havia feito isso antes, consumir muita energia para não perder vocês na passagem.

– devemos procurar o Kis.... – Ukitake é interrompido por Byakuya.

– De jeito nenhum, não pedirei ajuda para essas pessoas, esperemos o Gotei abrir um portal para podermos ir.

– Não podemos usar portais, só podemos retornar como viemos, pois vieram como são na Sereitei, com poderes e tudo, estamos visíveis aos humanos. – avisa a menina.

– Como assim Pequena?

– Estamos visíveis como qualquer coisa deste mundo assim como somos na Sereitei.

– Então devemos procurar abrigo até você se recuperar, mas onde? – interroga-se o nobre.

– Se não for à loja do Kisuke, só nos resta a residência do Kurosaki. – fala o gentil taichou.

– Como assim, para lá eu não irei, prefiro ficar na rua, que pedir abrigo àquele substituto de shinigami, ainda mais após a vergonha que Rukia expôs o Clã.

– By-sama, por favor, deixe esse orgulho bobo de lado, não podemos ficar assim expostos, com roupas ensopadas e sem nada para comer, não somos almas aqui, para ficar sem sentir nossas necessidades primitivas. Assim estaremos sujeitos a adoecer, viemos sem nada. Remende a união por orgulho separada, ela é sua irmã, aquela que o senhor sempre protegeu. Ela apenas seguira o seu coração, eu não faria diferente.

– se você não quiser ir, então fique, mas não deixarei Órion sujeita a pegar um resfriado ou coisa pior por sua causa.

– E você não fez diferente, seguiu os mesmos passos dela, a única diferença foi que ela escolheu um humano, um substituto de shinigami enquanto você escolheu alguém da Sereitei, não pertencente a nenhuma Família nobre, ao menos um capitão, embora fosse contra as nossas leis do mesmo jeito. O que acontecem com vocês, eu não entendo, apaixonadas jogam tudo fora, tudo que lhes ofereci e me abandonam.

– Não lhe abandonei, tudo aconteceu por sua causa, se não fosses tão frio e orgulhoso compreenderia tanto a Rukia quanto a mim, se não vivesse preso nesse seu mundo, nós tentamos o libertar, porém é tua escolha viver nele, então simplesmente nós decidimos viver, sentir o prazer da vida e conhecer o amor. Se um dia perguntares isso para ela, com certeza ela o responderá isso. – chora escondendo o rosto no peito do seu taichou que sorria ao ver a lição que Byakuya recebia

O nobre engole seco cada palavra, se suas suspeita em relação à filiação da menina forem verdadeiras, aquelas seriam realmente as palavras que a shinigami nunca pronunciou devido seu ser difícil e repreensivo: - Quem é você para me dar sermões? Que moral tu tens, já que ficaste de namorico com esse tal às escondidas? – exalta-se o nobre – nem mesmo tem sua origem definida e sendo escolhida para uma missão de suma importância, esquece tudo e se desvia do seu objetivo, te dei tudo, a acolhi assim como fiz com a outra e o que fizeram? Apunhalaram-me pelas costas. Tu me fizeste uma promessa, mas eu sei que jamais a cumprirá.

Órion chora desesperadamente ao ouvir aquelas palavras, como ele podia dizer aquilo, sempre quis agradá-lo e era assim que ele a tratava.

– Agora chega! – grita Ukitake. - Fiquei calado até agora, mas irás me escutar, te direi o que seu superego não te deixa ver. Tu não passas de um idiota esnobe, mesquinho e cheio de si que não ver as feridas que fazes nas pessoas que mais te amam, que ignoram seus afetos e desejos somente para agrada-lo, só para conseguir um instante de sua atenção e um ínfimo do seu carinho. Mas não vês isso, porque teu orgulho o cega. Sei bem disso porque via a Rukia como era antes de conhecer o Ichigo, mas não deixarei que faças o mesmo com Órion, então sugiro que engula cada uma de suas palavras e pense varias vezes antes de falar a ela.

– Não se meta em assunto de família, você e esse substituto me tiraram tudo de mais valoroso que eu possuía e queres que eu fique como, alegre, por perder meus tesouros?

– Se são teus bens mais valiosos, então porque as trata com tanta indiferença, como se não significasse nada para você, as fazendo sofrer e procurarem carinho e segurança longe de você, pois jamais as mereceu. Ao que sei, elas nunca te pediriam joias ou riquezas, você jamais as deu o que elas realmente precisavam que era sua atenção e seu amor. Se as perdera foi por que nunca foi merecedor delas e mesmo com teu desprezo sempre estarão prontas ao teu chamado. – responde o meigo taichou pegando a menina ao colo.

– By-sama, eu posso ter esquecido minha missão, posso não saber quem eu sou de verdade, mas nunca pedir ao senhor para ficar, não te pedir acolhida e muito menos teus bens, se eu fiquei foi porque me pediste. E, embora não acredite ou não dê valor às minhas palavras, esteja certo que quando precisares de mim eu estarei ao teu lado, se não for eu, uma parte minha irá acolhê-lo, isso é um fato.

O sol começava a declinar no céu, deixando seus rastros alaranjados, a brisa começava soprar frio, Órion tremia nos braços de Ukitake e andavam a passos lentos, na esperança que o nobre os seguisse. O nobre fitava o chão refletindo sobre todas as coisas que falou e as quais ouvira principalmente essas, jamais as reparou daquelas formas, como mulheres que estavam dispostas a ama-lo, a dividir uma vida com ele, a tentar fazê-lo feliz a todo custo. E agora as perdera por seu orgulho cego, por uma promessa insana. ‘ já lhes perdi o amor de mulher, não posso perdê-las da minha vida, não outra vez, a vida me deu duas oportunidades e não aproveitei, creio que não terei outra, ao menos seus afetos e estimas quero ter. ’ O nobre vira-se pensando estarem longe e os ver ali a poucos metros, Ukitake com seu meigo sorriso e sua menina com os olhos cheios de lágrimas mordendo o lábio inferior esperançosa. Anda até eles, passa a mão no pequeno rosto que deixa cair as lagrimas presas, a puxa para si e abraça-lhe suavemente, falando-lhe ao ouvido:

–me perdoe, eu não imaginava o quanto a fazia sofrer com os meus atos, agora te pergunto como cumprirá a tua promessa se estás noiva e decidida a casar-se com este homem?

– Eu disse quando o teu coração estiver liberto e disposto a amar verdadeiramente eu te mostrarei o caminho. Porém não feriste só a mim, há outra que sofreu mais do que eu e que te ama ainda mais.

– Estou pronto para ela também. – fala o nobre beijando-lhe o rosto delicadamente, arrancando um olhar enciumado do outro.

– Então os senhores sabem onde fica a casa do casal? – pergunta a menina quebrando o clima.

– Eu, eu não me recordo Pequena!- sorrir sem graça Juushirou.

– Eu não tinha motivos para memorizar a casa desse..

– By-sama! – reprova-o a morena.

– Digo, desse estimado rapaz. Hump! Fala empinando o nariz.

Órion explana o lugar em busca de suas presenças espirituais e as acha, mas nesse momento fica zonza novamente e quase cai se não fosse o nobre a ampara-la.

– É melhor parar com isso, nós daremos um jeito, venha. – diz o nobre a pondo nas costas. Os três desaparecem daquele parque e se põem acima dos prédios, para uma melhor visão. – Órion você sente o hollow?

– Não, nem mesmo a antipatia de sua reiatsu, que lugar é esse? – pergunta menina com a cabeça encostada ao ombro do nobre..

– Você tem certeza que ele veio para Karakura?

– Hã? Cara que cura, cura o que? – pergunta a menina curiosa.

– Não minha hana, Karakura, é o nome desta cidade. – sorri Ukitake.

– Nome esquisito, mas eu tenho certeza que ele veio para cá! Sinto as presenças de Rukia e Ichigo. Órion mesmo zonza pega o prendedor chou de sua cabeça e recita:

Como o sol ilumina o dia. Como a lua clareia a noite

Como sopra o vento em todas as direções. Como a água que dá vida

Veja o que vejo e sinta o que sinto. Siga estas essências e as ache para nós.

A chou começou a voar e seguiu em frente da onde estavam, a morena avisa:

– A sigam, ela seguirá o rastro das reiatsus deles, eu não aguento mais dee... – desfalece nas costas de Byakuya.

Os dois taichous correm atrás da chou que voava rápido, o nobre sentia a temperatura da menina elevar-se, Órion estava tendo uma febre e começava a ter calafrios. Após meia hora sobrevoando prédios enormes a chou desce para um bairro arborizado, seguindo por uma rua com casas tipo classe media, então ela pousa em uma casa onde funciona uma espécie de clinica, estava escurecendo quando o ultimo cliente saiu da clinica e esta fechou, os capitães estavam em uma arvore, não queriam ser vistos, assim que a rua ficou deserta eles se aproximaram da casa, o nobre fica receoso ficando na calçada com a menina, Ukitake então toca a campainha:

– Já vai. – alguém abre a porta e :- Aaaa... o que você faz aqui? – grita Ichigo.

– Boa noite Kurosaki Ichigo, Rukia se encontra? – procura começar conversa o gentil taichou. Nesse momento a mesma se aproxima.

– Quem é Ich... Ukitake taichou, o que faz aqui? Entra por favor. – pede a morena muito alegre.

– Mas não estou sozinho, preciso de sua ajuda Ichigo. – fala ficando de lado e mostrando o nobre com a menina nas costas.

– A não, ele não, na minha casa sem chance. – negativa o Morango.

– Boa noite Kurosaki, Rukia! – diz o nobre se aproximando.

– N-nii-sama, o que fazes aqui? – pergunta a morena com lágrimas nos olhos.

– antes de tudo gostaria de entrar, posso?

– Não, Rukia você esqueceu que ele queria nos matar, você sempre fica assim quando vê seu irmão todo poderoso. – protestava o loiro.

– Cala boca Ichigo! Entra Nii-sama, por favor! Venha Ukitake taichou. – puxa-o após o nobre ter entrado.

Quando Byakuya entra é que os dois percebem a menina em suas costas, ele a põe delicadamente no sofá, tão logo Ukitake se aproxima, passando a mão na testa dela:

– A febre aumentou, Ichigo você pode fazer alguma coisa?

– Vou ver o que posso fazer. – fala aproximando-se e repara bem. – Mas é a menina que nos ajudou aquele dia, o que ela tem o que você fez com ela? – fala olhando o nobre com raiva.

– Eu jamais faria algo a ela seu idiota, ela estar assim porque nos trouxe para cá e usou muita reiatsu para fazer isso, agora faça alguma coisa além de reclamar, você não se diz médico?. – responde com raiva ao loiro.

– Reunião de família, que emocionante! – sorria Juushirou.

– Ele não é minha família e nunca vai ser! – fala o nobre fuzilando o capitão.

– Sou quem o digo, prefiro morrer. – responde Ichigo.

– Nossa! Coitadinha estar com frio e toda ensopada, o que aconteceu com vocês? Ichigo pare com isso e a examine, - Rukia segurando a mão da menina.

– Caímos num lago, quando fomos teleportados para cá. – responde Ukitake.

Depois de uns minutos fazendo anamnese e algumas perguntas aos dois taichous, o rapaz conclui:

– Este remédio, creio eu que baixará a febre, agora o que ela mais precisa é descansar, estar muito exausta, esgotou quase que todos seus poderes. Hum! Rukia providencie roupas secas e confortáveis para ela, eu a levarei para cima. – diz pegando a menina ao colo.

– Eu posso levá-la, Ichigo-san!- diz Ukitake.

– Minha casa, meus hospedes, minhas regras, esperem aqui, por favor. – sobe com a menina e Rukia.

Eles a levam para o quarto do casal, Rukia acomoda a menina na cama, enquanto Ichigo desce levando roupas secas para os dois capitães. Veste a garota com uma camisa do loiro por ser mais quentinha, senta-se ao lado dela e acaricia seu rosto:

– Você parece ser um amor de menina, parece um anjinho, é muito bonita, bem descanse agora amanhã conversaremos muito, tenho muito a te agradecer. – beija-lhe a cabeça, a menina sorrir inconscientemente e balbucia algo que a morena entendeu como sendo ‘mamãe’: - deve estar sonhando com sua mãe, que fofa! – sai do quarto levando as roupas da garota notando na haori azul o kanji do 13° bantai.

– Trouxe roupas para vocês se trocarem e não precisam me olhar assim ela vai ficar bem, amanhã quando acordar ela estará revigorada! – o loiro sorrir docemente entregando-lhes as roupas.

Os dois taichous arregalam os olhos com aquele gesto, não podia ser, aquele sorriso pertencia a uma única pessoa que conheciam, jamais o viram sorrir e quando ele resolveu fazê-lo fez idêntico a ela.

– Mas Byakuya, como você é nobre, talvez não queira essas roupas e fique com essas molhadas, tomara que pegue uma pneumonia e morra! – fala o Morango cinicamente.

– Que azar seu Substituto, não será hoje e nem nunca que seu desejo se realizará. – diz pegando as roupas da mão do rapaz sorrindo debochado.

– Muito obrigado Kurosaki por cuidar dela. – elucida o gentil taichou aceitando as roupas.

– Tudo bem, mas quero saber quem é ela de verdade e o que dois taichous e uma menina especial fazem aqui? – pergunta o Morango.

– Ela se chama Kuchiki Órion e é, é minha noiva e fukutaichou! – responde calmamente Juushirou.

– O quê?! Como assim sua noiva e sendo uma Kuchiki?!! – assusta-se o shinigami caindo do sofá.

– Assim que eu me trocar contarei a história, onde posso fazê-lo? – pergunta Ukitake.

Enquanto isso, o nobre sobe a escada ao encontro de Rukia, deparando-se com ela na entrada do quarto:

– Rukia! Eu gostaria de conversar com você.

– Nii-sama! Claro, mas antes eu queria, queria que... – deixa as lágrimas rolarem.

– Chiii! – faz o nobre colocando o indicador em seus lábios. – deixa-me falar primeiro, posso?

– S,sim nii-sama!

– Eu quero pedir perdão.. – Rukia quase cai ao ouvi aquilo, segurando-se na parede. – calma. E me escute, Rukia me perdoe por tudo que fiz você sofrer, por não entender o que você realmente desejava de mim, por trata você de maneira tão fria, a fazendo sentir-se sem valor, eu não percebi que estava afastando de mim o que eu mais amava e queria proteger, quero te dizer que sempre me orgulhei de você e somente agora entendi o porquê de você haver fugido com o Kurosaki, foi em busca do que eu sempre te neguei: atenção, compreensão e amor. Perdoe-me.

A garota desaba nos braços do irmão que a abraça fortemente: - Nii-sama, você mudou muito, como eu queria isso, mas quem o fez mudar tanto?

– Aquela adorável menina, que dorme docemente. Eu tenho muito para te contar, é melhor descermos e assim esclareço isso a você e aquele substituto.

– Como você quiser meu querido nii-sama! – o abraça novamente.

– Rukia, Rukia! Você não vai acreditar no que eu acabei de saber – Ichigo gritando subindo a escada- .... o que estar acontecendo aqui? – fica com cara de bobo.

– o que foi Ichigo, fala. – ordena a morena.

– Kuchiki Órion, é o nome dela, é noiva e tenente de Ukitake! – diz o loiro.

– Como assim, uma Kuchiki? Nii-sama o que é isso?

– Eu vou tentar explicar a situação, agora parem com essa histeria os dois, nem parecem adultos!- esclarece o nobre.

Ao descerem a escada. Byakuya cruza com Ukitake, que o aconselha:

– Não fale sobre a missão dela e nem que veio do futuro, é melhor que nem desconfie se aquela suspeita nossa for mesmo verdadeira.

– Eu já havia pensado nisso, aonde vais?

– Ficarei com a Pequena, esse momento é somente de vocês, não quero incomodar, meça cada palavra proferida Kuchiki taichou.

– Eu não sou nenhum idiota para expor a Órion ou eles dois, não se preocupe. – fala descendo a escada.

Ukitake entra no quarto, sem cerimônia deita ao lado da menina e a beija candidamente, ela desperta e pergunta:

– Como foi o encontro deles, Shitashii?

– Ocorreu tudo bem, minha Hana, você fez sua parte e deu certo, pena que você adoeceu de verdade, como estás se sentindo?

– muito melhor agora com essa parte cumprida, só nos resta esperar um pouco mais para começar a próxima etapa enquanto eu não acho minha baggu, o jeito é ir devagar dependendo do que for recordando. – diz abraçando o capitão – isso não seria errado?.

– depende da forma que se interpreta, agora me deixa cuidar de você, minha Hana! – fala o taichou com segundas intenções, se posicionando sobre a menina, beijando-a ardentemente enquanto suas mãos desabotoavam os primeiros botões da camisa que Órion vestia, descendo as caricias para o delicado busto sumariamente a morena emaranhava suas mãos nos cabelos prateados, enlaçando as pernas no quadril do noivo.


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Notas finais do capítulo

'as palavras rolavam vazias, caiam sobre a mesa e pesavam no ar, eu não pedir, tu não sabias perdoar', após desentendimentos e palavras duras, Órion com ajuda de Ukitake consegue unir a família e segundo ela, concluiu a primeira etapa de sua missão, qual será a próxima?



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