Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 24
shita Han’ei no mayonaka


Notas iniciais do capítulo

quero informar que não sou especialista em kidous ou bakudous e desde já peço desculpas por qualquer equivoco relacionados ao assunto neste capitulo.



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Passou-se uma semana desde a luta de Órion e ela não recordava de onde conhecia a criatura, muito menos o porquê do hollow tê-la chamado de musume yoru-hiru, recebera alguns dias de dispensa para recuperar-se e descansar, passando esses dias sem sair de casa, como ordenou o Kuchiki, ficando aos cuidados de Arina-sama e Yui, que a mimavam de todo jeito, porém na mansão sempre saia e chegava gente, para o total desagrado do líder, eram seus amigos e subordinados que a visitavam, mas a melhor visita ela recebia pela tarde quase ao anoitecer, era Ukitake, sempre levando um presente, flores ou simplesmente um doce, já que tanto a menina gostava.

– Vamos menina, assuma logo diante de nós, suas fies cúmplices o que tens com Ukitake taichou. – insistia Arina.

– Pensei que já tinham certeza, é estamos eu acho que meio namorando. - fala vermelha.

– Meio? Pensei que tivéssemos um compromisso sério, Pequena, sou um homem tradicional. - diz o taichou entrando nesse momento no jardim. - pretendo formalizá-lo brevemente.

– Desculpa, é que fiquei sem jeito de responder, Arina-sama esperava outra coisa que não vem ao caso agora. – responde Órion abraçando o capitão.

– Isso já era esperado, minha menina merece quem a ame de verdade, talvez a pessoa a qual possuíamos certa expectativa não a mereça e somente dará valor quando souber que perdeu. Mas eu o peço, por favor, jamais a faça sofrer. – esclarece a senhora.

– Dou minha palavra que jamais farei isso, entretanto peço que nada diga ao Kuchiki taichou, no momento exato ele saberá. – elucida beijando a menina no rosto.

– tudo bem, Ukitake taichou, vos deixarei a sós, para quem levou o dia longe, deve ter muito assunto para conversar. – fala saindo do jardim.

Retirando-se para um lugar mais reservado, longe da circulação dos criados, Ukitake pergunta:

– o que te apoquentas, minha Hana, estás preocupada, vejo em seus olhos?

– Nossa! Não dá para te esconder nada. – ela nota o cenho franzido do taichou. - Tudo bem, é que há dois dias venho sentindo uma perturbação na membrana que separa os mundos, uma emanação estranha, além dos limites do Gotei 13, bem longe daqui.

– então pode ser nas fronteiras com Rukongai, há hollows que transitam livremente entre os mundos.

– Não é qualquer coisa, me parece conhecida, não é daqui, até um pouco idêntica ao Delphin, como amanhã retorno ao trabalho, estou pedindo permissão para ir averiguar.

– para que permissão, se eu irei contigo, mandarei um memorando ao comandante mais tarde e prepararei nossa partida.

– Mas é somente investigação rápida, não é missão para um taichou.

– Sendo ou não, irei junto, te disse uma vez que jamais te deixaria sozinha, irei e ponto final. – sussurra ao ouvido da menina e beijando-lhe o pescoço, arrancando gemidos abafados.

– Temos que fazer isso antes da lua minguante, que será daqui a dois dias. Isso é tão chato, perder a metade dos meus poderes nessa fase e nem ao menos sei o porquê?

Durante o jantar a menina faz questão de informar ao líder do clã:

– By-sama, amanhã retornarei as minhas atribuições no Bantai e já com uma missão a cumpri, por isso quero deixá-lo informado, caso eu não retorne para casa amanhã à noite.

– Como assim? Desde quando teu Bantai é responsável por investigações? – pergunta o nobre intrigado.

– Não é investigativa, é somente de exploração, e fomos nós que detectamos algumas distorções próximas a Rukongai e será rápida.

– Então não é preciso você ir. – argumenta o líder.

– Também não é missão para um taichou e Ukitake decidiu ir também, o comandante já autorizou. Eu detectei, tenho direito de ir.

– Tudo bem, mas ouça-me se acontecer algo inesperado retorne imediatamente, não tente bancar a heroína, ouviu?- impõe o nobre.

– Eu só quis informá-lo. Com licença e boa noite, levantarei bem cedo amanhã! – retirando-se da sala.

Nos primeiros raios da aurora, uma meia dúzia de shinigamis seguem em direção às matas de Rukongai,.

– Tenente, onde está a Rei, ela não quis vim? – estranha Yuuki.

– Ela ainda estar naquela missão, ficará muito triste por não ter vindo conosco.

– A senhora não acha que ela estar demorando demais, será que Mayuri taichou fez algo com ela? – instiga o shinigami.

Órion para nessa hora, pensativa.

– O que foi minha Hana? – preocupa-se o taichou.

– Será? Realmente Yuuki tem razão, Rei estar demorando demais, será que Myuri-sama a machucaria? – olha triste para o capitão.

– Não se preocupe, ele não fará nada a ela, mandei saber noticias dela ontem, ainda estar lá importunando Mayuri. Agora vamos? – diz segurando-a pela cintura.

– Nossa! Agora fiquei calmo, Rei é a irmã que meus pais não me deram, só tenho irmãos. – revela Yuuki.

– Ah! Você ainda tem seus irmãos, eu não tenho nenhum. Quer saber deixemos essa conversa de lado, me entristece. Hum? Zaraki taichou?

– Oi, Docinho! Está indo para uma boa briga? – pergunta o taichou.

– Se dermos sorte, talvez encontramos uma. E não me chame de Docinho, quantas vezes já pedir?

– Então irei com vocês, pois onde você estar, sempre acontece coisa boa!!!!- diz com um olhar assassino.

– Tudo bem, mas não se desaponte se não aparecer o duelo que deseja. – avisa Ukitake, puxando a menina para preto de si.

Após algumas horas de procura, eles chegam a um lugar que mais parece uma mata, eles percebem as distorções e Órion sente uma presença estranha, com uma forte pressão espiritual, embora procurassem por muito tempo, não conseguiram encontra o foco, nem mesmo usando alguns hadous para esse fim. Zaraki senta em uma pedra olhando em todas as direções, bem como os outros shinigamis. Já a tenente e o capitão do 13° bantai:

– não é possível! É aqui o lugar, mas não consigo localizar o centro! – revela triste a menina.

– Se concentre e acalme-se, o que você fez para que aquele hollow se manifestasse? – pergunta o vigilante taichou.

– Usei ondas de luz com minha lâmina. – responde.

– Então o faça outra vez. – incita o capitão.

– Não dará certo, naquela ocasião havia um ponto certo e o procedimento era o correto, mas este é especial, tem o mesmo tipo de presença mais a energia é diferente. – esclarece encostando a cabeça no peito do taichou, que a acolhe em seus braços.

– Que interessante essa cena! – balbucia Zaraki.

Aproximava-se do meio dia e nada tinham conseguido, começavam a desanimar-se. Zaraki os olhava chateado, pois não teria nenhuma briga:

– Droga, não acontecerá nada de interessante e tenho que suportar tamanho calor, como seria bom se durante o dia houvesse a lua e não o sol no meio dia. – resmunga o gigante.

– Hãã...- sobressalta-se a menina.- é isso, eis a resposta, Zaraki taichou você é um gênio. – grita a morena.

– O que é Pequena, descobriu algo? – pergunta Ukitake.

– É que alguns seres, precisam de condições favoráveis para se manifestarem, este é um ser noturno e com certeza esperando alguma fase da lua em que seus poder é mais alto.

– Como assim, teremos que esperar até a noite? – pergunta Zaraki interessado, aproximando-se

– Não se o fizermos pensar ser noite, mas irei precisar da ajuda de vocês.

– mas vim para isso, Pequena, diga-nos o que fará, por acaso transformarás o dia em noite? – pergunta Ukitake, quase adivinhando a resposta.

– Quase isso, mas é que posso ficar meio tonta e enjoada, se o fizer.

– Nós, no caso eu enfrento a criatura e Ukitake a protege e esses idiotas somente assistirão, não se preocupe. – alegra-se o outro.

– preparem-se todos e não se assustem. Medatsu! – evocando a espada. – o que é oculto será revelado, conheçam a minha shikai.

Todos observam atentamente a menina que começa a emanar grande pressão espiritual, prejudicando os mais fracos ali presentes.

A espada plana diante de Órion que estende as mãos para frente ficando a lâmina entre elas, levitando com o acúleo para baixo, começa a emanar grande quantidade de energia: Akumu No Sekai-sama, hanasuto! – declama a menina. Logo a espada é envolvida pelo rubi no final do cabo e como um relâmpago negro, surge uma zampakutou com o cabo escarlate e duas lâminas, uma branca a outra negra, mais finas e menores que suas formas primárias. Órion aponta para o céu e cita: Tsuki no shoogo,a lâmina emana uma tênue névoa negra em toda área, chegando às nuvens, dando ao sol a aparência de uma grande lua cheia e ao dia em uma clara noite.

Após esse ritual a menina cai, colocando um dos joelhos ao chão, apoiando-se na katana para não sucumbi ao desmaio sentindo náuseas, Ukitake se põe ao seu lado e a segura. Tão logo emerge do solo causando tremores uma rocha de aspecto oval, que logo se estilhaça dando lugar a um hollow de aparência asquerosa, lembrando uma mistura de lagarto e mosca. Ao que parece o monstro possuía um alvo em especial e correu em direção ao casal. Zaraki se pôs na frente da fera e a golpeou varias vezes não surtindo efeito,

– Essa briga vai ser boa, ô, bicho feio vem para mim! – gritava o louco taichou, sendo atacado pelo monstro sem dó.

– Agora é a minha vez... – diz Yuuki.

– Não! Ninguém se mete, essa briga é minha, sai loirinho. – berrou para o shinigami.

Após lançar o gigante capitão para longe, a fera retorna sua atenção para Ukitake e Órion que ainda sentia tonturas, diante do combate eminente, o taichou coloca a menina nas costas e utiliza um hadou:

– hadou n° 90, kurohitsugi. – tão logo um sarcófago negro aprisiona o monstro e é golpeado por varias lanças, assim que se finaliza o monstro reaparece ferido, mas ainda com sede de luta, avançando para cima dos dois.

Ukitake iniciara movimentos para liberar sua shikai, mas nesse momento, surge Zaraki segurando sua zampakutou com ambas as mãos e sua reiatsu terrivelmente aumentada, iniciando uma terrível luta contra a criatura, os outros shinigamis se atreveram a entra na luta, mais receberam ordens do gentil taichou para recuar. Alguns minutos depois Órion se põe em pé e avalia a distância e a velocidade do inimigo.

– O que irás fazer minha Hana? – pergunta o taichou preocupado.

– Zaraki taichou precisa de ajuda, ele não poderá vencer sozinho ou lutando a sua maneira, ele é muito forte, mais isso é um tipo especial de hollow, criado para um objetivo e para isso fora utilizado nele encantamentos místicos, por isso ele somente despertou com o surgimento da lua cheia, pelo menos é o que ele pensa. – responde a menina empunhando sua espada.

– queres ajuda, Pequena?

– sabes usar o Jikanteishi? – pergunta a morena.

– isso é proibido, mas se você precisa apenas me diga o porquê de usá-lo?

– já estou usando reiatsu demais para manter a Tsuki no shoogo, também precisarei usar minha energia de trevas para intensificar ainda mais o kongoubaku, não poderei fazer os dois devido a permanência da penumbra da noite, e o poder de treva é o que matará essa criatura, mas para isso temos que paralisá-la e como eu, ela também viajou no tempo, mais acho que não o manipula, por isso devemos parara dessa forma..

– Tudo bem, vamos antes que esse louco se mate. – prepara-se Ukitake.

Nesse momento, Zaraki é nocauteado e atirado longe, porém deixou a fera um pouco enfraquecida, dando tempo e condições favoráveis ao casal para atacar.

Ukitake começa a aumentar sua reiatsu e pressão espiritual, pronunciando o canto proibido: - Jikanteishi! Paralisando o tempo em volta do hollow modificado, ficando suspenso no ar, nessa hora Órion havia aumentado sua reiatsu a um ponto tal que as arvores em volta começaram a quebrar, empunhando sua lâmina dupla, que pulsava energia negra, invoca o kidou:- kongoubaku! Apontando em direção do monstro, queimando quase por completo o hollow. Zaraki desperta nessa hora em direção ao monstro fulminado:

– Zaraki taichou, corte-lhe a cabeça agora, antes que se recupere. – grita a menina ajoelhando-se.

– Deixa comigo, Docinho, essa briga é minhaaaa!- berra o taichou decapitando o monstro.

sensu no kaze.– diz a menina sentada ao chão, movimentando a zampakutou, criando um vento moderado que fez desaparecer a Tsuki no shoogo.

Ukitake surge ao seu lado levantando-a, pegou-a no colo, pois a menina adormeceu em seus braços. Assim que a penumbra da noite desapareceu por completo, o shinigami percebeu que já anoitecia.

– Como ela estar? – pergunta Zaraki sendo carregado por Yuuki e outro shinigami. –não deixem de me convidar para outro passeio desses, adoreiiii! – finaliza desmaiando.

– Incrível, mesmo desse jeito, ainda quer lutar! Vamos voltar, ao chegar levem-no para o 4° bantai e retornem para o esquadrão. – ordena Ukitake. – enquanto a você, dormirá no esquadrão hoje minha Pequena – diz beijando-lhe a fronte.

– Hai, taichou, mas ele é bem pesado. – reclama Yuuki.

Órion despertou por perto da meia noite, levantou-se vagarosamente reconhecendo que não estava em seu aposento, mas no leito do taichou, notara que estava sem sua haori apenas de uniforme, com sua zampakutou ainda em shikai liberada ao lado, virando para a varanda ver o seu taichou descansando em sua poltrona a admirar a noite.

– Boa noite, shitashii taichou! – diz abraçando-o pelas costas. – faz muito tempo que chegamos, eu dormi demais? – pergunta ao olhar a lua.

– parecia estar tão exausta que não quis acordá-la. – beija-lhe delicadamente.

– foi bom eu acordar agora, pois preciso tomar um banho. E Zaraki taichou como estar? – pergunta reparando o estado em que se encontrava.

– Fora para o 4° bantai, estava bem machucado e exausto, porém com uma cara de felicidade impressionante. Alias, tu te mexeste muito na cama, não estavas tendo um bom sonho, eu suponho. – pergunta o taichou intrigado, puxando a menina para o seu colo, que o fez corada.

– deixa-me tomar um banho primeiro? Pois faz calor! – declarando abanando-se. –depois lhe conto tudo. – beija-lhe o queixo.

– É o tempo que peço algo para você comer, deves está com fome, desde o desjejum que não põe nada no estômago. – analisa, mordiscando a orelha da menina que se arrepia.

– nyahh!!! É melhor eu ir tomar banho agora mesmo, antes que eu perca a sanidade. – diz saindo correndo. Fazendo o taichou sorrir.

Após o banho, Órion veste apenas um discreto caleçon, pondo um kimono largo na parte de baixo, com abertura lateral, preto com detalhes florais rosas e uma obe azul grossa. Sem por meias, calça uma sapatilha chinesa de tecido vermelha. Deixou umas mechas soltas na frente, prendendo o cabelo na altura da cintura. Entrando em seguida nos aposentos de Ukitake, que a aguardava na varanda, tirando dele elogios e suspiros apaixonados. Após comer algumas frutas e tomar um chá de jasmim, o taichou começa:

– Vamos, minha Pequena, conte-me com o que sonhaste?

– Tudo bem! Foi logo que desmaiei, sentindo a pressão espiritual daquele ser, me veio à mente umas recordações estranhas, de minha infância.

– Como assim, qual recordação, por favor, continue. – aproximou-se o capitão

– Lembrei-me de estar em lugar parecido com um forte, feito de pedras, havia muitos hollows e criaturas como a de ontem e algumas crianças como eu. Delphin vigiava-nos, entretanto, eu recebia tratamento e treinamento diferente dos outros.

– que espécie de tratamento, em que propósito baseava-se esse treinamento? – insiste o capitão afligido.

.- Eu via a lua cheia e às vezes a lua crescente, nessas fases eu sentava num circulo, e a minha volta, mergulhados na escuridão em uma sala circular a céu aberto, criaturas que não recordo os rostos recitavam cânticos que não reconhecia, quando a lua atingia o centro sua luz entranhava a minha pele, era doloroso, mas eu estava presa por encantamentos.

– e durante as outras fases, o que acontecia, minha Hana?

– era a pior parte. Em uma sala que parecia um laboratório, eu era acorrentada em uma maca, sob uma claraboia aberta, com muitos fios e eletrodos em mim, conectados a aparelhos que alguém dizia recolher luz solar durante o dia, e sob a lua minguante eu recebia rajadas de energia solar através dos fios, era muito doloroso, aquilo queimava-me por dentro, eu gritava, era horrível, durava a noite inteira, terminando com o desaparecimento da lua, deve ser por isso que meus poderes reduzem a metade nessa fase! – chora dolorosamente.

– Mas e o teu parentesco com o Clã Kuchiki? Como foste criada em um ambiente tão hostil, sofrendo tanto? – desespera-se o capitão com a menina nos braços.

– Foi somente isso que lembrei, além de me chamarem de Musume yoru-hiru, mas não recordo o motivo desse nome, eu era bem pequena, não entedia o porquê daquilo, eu sofria muito. As outras crianças não podiam se aproximar de mim, era sozinha. – agonia-se ainda mais.

– eu estou aqui agora, não a deixarei só, não tenhas mais medo, eu sempre estarei ao teu lado aconteça o que acontecer. Pois eu te amo minha Hana! – promete a abraçando forte.


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Notas finais do capítulo

após uma luta com um hollow modificado, Órion recorda alguns acontecimentos relacionados com sua infância, mas será porque ela passou por tudo isso e o que tem a ver com sua missão?



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