Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 22
Kiken: Ipponme!


Notas iniciais do capítulo

após uma grande decepção, Órion decide sacudir a a poeira e continuar seu caminho, porém sem saber noticias de Ukitake, encontra-se preocupada e com medo. pois tem um encontro nada agradável com um conhecido do passado.



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Órion resolveu passar a noite no esquadrão, não tinha coragem para encarar o Kuchiki, também havia a parte burocrática do Bantai que ela deixou acumular e teria que por em dias:

– O que está faltando Rei?

– Fazer a lista dos shinigami em missão, as matricula dos novos soldados, a dispensa dos antigos, o levantamento do orçamento para a reforma de alguns dormitórios e da ala de treino, ah! Dividir equipes para fazer as rondas do mês nesta área. Ufa! – responde a shinigami.

– Tudo isso? Levarei o resto do mês para por em dias pelo menos a metade disso, é por isso que não queria ser fukutaichou, estou fazendo até tarefas de capitão. – reclamava a menina.

– É por isso que os tenentes também são chamados de subcapitães, para substituí-los em certas ocasiões. - explica Yuuki, entrando na sala.

– Yuuki, porque você sempre chega nas horas inoportunas? – pergunta a morena fuzilando-o.

– Desculpe, tenente é que vim trazer um chá para vocês e uns biscoitos que minha mãe fez. – sorri.

– Oh! Como ela estar? Espero que bem! – pergunta Rei.

– Estar ótima, obrigado, experimente tenente, são uma delicia. – oferece.

– Obrigada! Hããã?! – Órion deixa cair a tigela de chá na mesa. – Essa sensação? Já sentir isso em algum lugar! – levanta-se e segue até a janela.

– O que foi Órion-sama, que sensação? Não me assusta! – diz Rei trêmula.

– Por que a senhora ficou estranha de repente? – Pergunta o shinigami olhando pela janela.

– Não sentem? Esse ar pesado, a brisa antipática, uma pressão estranha. – diz séria, mirando todos os lados.

– Não, não sinto nada, por quê? – pergunta Yuuki com cara de bobo.

– Yuuki, monte sentinelas e rondas a cada duas horas, se preciso peça shinigamis de outro bantai, estou com um mau pressentimento, cubra toda esta área, até as casas mais próximas. E chame Mayuri taichou. – Ordena a menina

– Hai! Agora mesmo. – responde o shinigami e sai.

– Senhora, o que está acontecendo, para que tudo isso? – pergunta Rei assustada.

– Eu ainda não tenho como explicar agora, mas não se preocupe, não deixarei nada acontecer com vocês. – tenta acalmar a medrosa.

Mayuri chega uma hora depois, com um bando de shinigamis e vários equipamentos, além de sua fukutaichou Nemu:

– Perdoe a demora, tive que organizar uns instrumentos de trabalho, como está você? – pergunta o capitão.

– Nada bem. Ainda mais agora, com essa sensação estranha, sentes tu a brisa um tanto quanto antipática?

– Ficara esquisito de repente, quando entramos nesta área, o que desconfias tu? – pergunta o taichou.

– Eu ainda não sei, mas algo ruim está para acontecer. – responde a morena bem preocupada

Órion estava irrequieta, não conseguia ficar sentada, algo a perturbava e temia pelos outros, na se achava pronta para uma batalha imprevista.

– Acalma-te fêmea, está me deixando nervoso! – argumenta Mayuri desconcentrando-se do manuseio de um controle.

– Perdão! Mayuri-sama, mas na consigo, faz horas que isso começou e ainda não sabemos o que é. Não quero que ninguém se machuque por minha causa. – responde temerosa.

– Estás se culpando, por que Fêmea?

– É, eu não sei, parece ser por minha causa que isso está acontecendo, embora eu não saiba explicar. – responde com o coração amargurado, temia que aquele sonho fosse um presságio, ainda mais com o seu Taichou lutando ao seu lado.

– Kuchiki fêmea, o que escondes de mim, talvez você se tranquilize se falar a verdade. – incita Mayuri.

– Estar bem então, mas você promete guardar segredo?

– Se assim o quer, quem sou eu para desdize-lo?

– É que ontem à noite tive um sonho terrível e...

– Você quis dizer pesadelo? – interfere o capitão.

– Tu vais ficar interrompendo-me, mesmo? – irrita-se.

–Não! Continue, adoro irritá-la. – sorri o louco taichou.

– Estou vendo! Como estava falando, ontem tive um ‘sonho’ – dando ênfase à palavra- ruim e sentia esta mesma sensação estranha de agora, lutava contra um monstro, o qual não me lembra do rosto, era bem forte, sendo que do meu lado estava Ukitake-shitashii, com sua lâmina em punho, sujo de sangue e eu não conseguia liberar a minha shikai! – desesperar-se.

– Então você já controla sua shikai, também possui bantai? – pergunta Matury interessado.

– Bem, se aquilo não for uma bankai? Eu não sei mais o que é. Controlo minha shikai, porém nunca a liberei por completo.

– Você sabe o nome de sua zampakutou e usar sua bankai? – interroga o taichou.

– Sei, mas não gosto de pronunciá-lo e espero nunca precisar usar minha bankai, me dá medo só de pensar nisso.

– Você é bem intrigante Kuchiki fêmea, mas para esse sonho se complementar, precisa de Ukitake taichou e até onde sei ele está longe, sem data de retorno. Porém sonhos podem ser presságios, ainda mais os de pessoas especiais como você, não podemos ignorá-lo. Ainda mais sob sua origem, me confirme logo. – exige o cientista.

–Nossa! Você e o comandante são dois chatos, sabia? Eu não sou desta era, muito menos sou uma Kuchiki de sangue, eu vim de um futuro alternativo, para evitar uma tragédia. Mas devido a viagem pelo tempo e espaço esqueci coisas importantes como minha verdadeira origem e qual é a minha missão, como também perdi minha bosuton baggu que continha todas essas informações caso isso ocorresse.

– Eu sabia, desde a primeira vez que a olhei, estava certo o tempo todo! – berra o capitão.

– Mas escute bem, se alguém mais souber eu te mato, já basta o meu Clã correr perigo. Ameaça a morena.

– Eu não irei contar, só queria confirmar minhas suspeitas.

– Taichou?! – entra no escritório um shinigami aos berros- o senhor precisa ver as leituras dos aparelhos, são alarmantes!

– Fêmea fique aqui, voltarei assim que possível. – sai correndo.

– Como se ninguém soubesse que sou uma mulher! – relata fazendo bico.

A aurora começa a pintar de raios rosados o céus da Sereitei, não trazendo a esperança e sim perigo que se escondia na noite:

– Amanheceu! Não posso mais ficar parada, tenho que agir, eu procurarei pedra por pedra se preciso for, mas acharei essa ameaça. – diz a menina saindo do bantai.

– Órion-sama! Aonde a tenente vai? Espera-me, espera tenente! – Grita Rei correndo atrás dela.

– Fique Rei, não me siga e me obedeça. – ordena.

– Não. Eu não a deixarei só, prometi para o taichou e a senhora é minha amiga! – Gritava correndo. ‘ como ela é rápida, por que os Kuchikis são rápidos, tinham que dominar tão bem o shumpo?!’- refletia arfando.

Sob o raiar do sol, nos limites do 13° bantai, Órion encontra dois shinigamis estudando a área, nota-se logo serem subordinados de Maturi, porém eles miravam em todas as direções, ela achou estranho e resolveu investigar:

– Estão sentindo as emanações também? Encontraram a fonte? – perguntava temerosa.

– Fukutaichou Órion, nossas máquinas estão doidas, há grandes quantidades de partículas de reiatsu negra, porém não descobrimos a fonte das emanações. Entretanto ali no centro da clareira há uma distorção e veja a vida não cresce lá. – aponta um shinigami.

Medatsu! – diz Órion evocando sua lâmina, anda um pouco. Agacha-se apoiando um dos joelhos no chão, espalma a mão esquerda no solo e apoia entre os dedos o acúleo da espada, apoiada com a mão direita, recita: - Nami no raito! A lâmina branca brilha emanando suaves ondas de luz que se irradiam pela clareira lentamente.

– Ten-tenente, co-como a senhora é- é rápida, at- até que fim, c-conseguir Alcan- alcança-la. – era Rei aproximando-se.

– Silêncio Rei, já disse que não gagueje em minha presença que falta de educação. Agora se afastem todos imediatamente. – ordena a Kuchiki.

Nesse instante, as ondas luminosas alcançam o ponto distorcido, entrando em colapso com as partículas negras, revelando uma forma esférica ao centro. A esfera enegrece emanando forte pressão espiritual, após um longo e assustador silvo ela se abre e dela sai uma névoa negra, liberando o forte odor pútrido, anunciando morte começa a ganhar forma humanoide. Órion levanta-se trêmula, pois sentia a mesma sensação do sonho, os shinigamis ficam paralisados diante do acontecimento, o medo exala de seus poros, tentam recuar, porém não consegue, suas respirações pesam. Diante da situação inevitável, a menina mesmo assustada toma posição de combate, seus subordinados tentam fazer o mesmo, mas são advertidos:

– Não! Procurem lugar seguro e fiquem fora disso, essa luta é minha.

– Mas Órion-sama, devemos protegê-la, não nos... – tenta argumentar Rei.

– É uma ordem, agora se afastem imediatamente.

Nesse momento a criatura mostra sua forma: - um adjuchas! – grita um dos shinigamis. Na verdade um arrankar, a máscara sobre sua cabeça lembrava um crânio de elefante, porém possuía cinco chifres. Alçando voo com quase seis metros de envergadura de asas depenadas e em estado de decomposição, sustentando uma cauda reptiliana terminada em barbatana, com olhos totalmente amarelos contrastando com o corpo nigérrimo, a criatura olha para Órion e sorri insanamente, preparando-se para lançar um cero, a morena toma posição, entretanto o hollow aponta em direção dos outros shinigamis e solta algo parecido com um turbilhão de raios.

– Corram! – grita a menina, mas já era tarde demais, eles seriam atingidos letalmente, então ela se teletransporta, usando seu corpo como escudo.O ataque do arrankar acerta em cheio as costas de Órion, lhe arrancando um estridente grito, ela cai ajoelhada ao chão apoiando-se com sua zampakutou.

– Tenente! A senhora está bem! – grita altamente um dos shinigami preocupado.

– Não se preocupe, eu ficarei. – diz levantando-se com as costas ferida e as roupas queimadas, sobressaltando-se quando escuta:

– Quem diria que você conseguiria fazer a passagem, sendo tão fraca e pequena!

– Quem é você, de onde me conhece? – pergunta com raiva.

– Há-há-há!! Então esqueceste o nosso último encontro? Que ironia, então não serei eu quem responderá tal pergunta. Pois não precisarás saber depois de mortaaa...- o arranakar berra em sua direção.

– Verem quem morrerá? – diz Órion indo ao confronto.

O impacto de suas reiatsus faz o solo tremer e lança os três shinigamis ao longe, o hollow aumenta sua pressão espiritual jogando a menina contra algumas arvores, ferindo o tórax no lado direito, fraturando uma costela. Ela ver o inimigo vindo em sua direção, mas ele é atingido por alguém, desviando dela e atirado ao longe. Com dificuldade ela levanta e salta de entre as arvores, procurando seu agressor e encontra em pleno combate um shinigami de cabelos brancos compridos com a haori do 13° bantai:

– U-Ukitake-shitashii! – vocifera em direção ao confronto.

– Pequena, se proteja, fique de fora, - ordena o capitão.

– Essa luta é minha e eu na irei perder!

O hollow direciona um cero para ela, porém o taichou se põe na frente, recebendo o impacto. Os dois atingem o chão. Órion cai sentada com o taichou nos braços:

– Eu fui claro quando falei para ficar de fora, Pequena, por que não me obedeceu?

– Eu já disse que essa luta é minha, não irei perder, agora fique aqui e veja taichou.Taiyoo no hikari to tsuki no ankoku, Henshin! – recitando essas palavras Órion é envolvida por uma densa névoa e sob um estridente silvo Aquilino, aparece em sua forma arrankar, alçando voo em direção ao inimigo.

Chocando-se com ele em um combate corporal, lembrando mais uma disputa felina por território, a menina o lança nas rochas e dispara um cero em movimentos de arco e flecha, arrancando-lhe a mão esquerda. Este por sua vez expele um liquido sanguinolento acertando sua coxa direita provocando queimaduras, gerando um gemido abafado. Ele levanta voo seguido por ela, levando a luta aos céus. Ukitake observa de baixo, aguardando um momento oportuno para ajudá-la, mas a menina tenta ao máximo deixar a luta longe dele e dos outros, chegando nessa hora Mayuri, Nemu e Yuuki com outros shinigamis. Mirando para o céu eles veem algo despencando rápido, caindo por terra, abrindo uma grande cratera. Órion mergulha com velocidade absurda, gritando:

bakuhatsu no ankoku! Formando uma grande esfera de energia negra que esmaga literalmente o hollow, levantando uma grande nuvem de poeira e fumaça devido à explosão, que causou algo parecido a um terremoto naquela área.

Assim que a nuvem desaparece, a menina pousa na cratera e alinha o acúleo de sua lâmina negra na testa do inimigo, ele vendo o seu fim diz:

– Você ficou bem forte, mas ainda precisa melhorar, não sou o único, sabes tu muito bem, faremos qualquer coisa para alcançar nossos objetivos, isso é um fato Musame no Yoru-horu!

– Sayounara, Delphin! – diz Órion retalhando-o da cabeça até o púbis, esfolando o corpo inerte sem nenhuma compaixão.

Ukitake observa silencioso, a evolução de sua Pequena, Mayuri sorri insanamente, enquanto os outros shinigamis olham espantados, nunca esperavam aquela atitude dela. O corpo do hollow libera um forte odor pútrido enquanto se degenera lentamente, causando náuseas nos presentes. Órion levanta voo e pousa na frente de Ukitake, embainha sua katana e atinge o capitão com um soco no canto esquerdo da boca, fazendo-o sangrar e lançando-o a três metros de distância dela. Ele cai sentado e a olha espantado, assim como todos os presentes que assistiam a tudo calados.

– Isso é por você ter me abandonado por tanto tempo, sem ao menos mandar noticias, quase, quase me matando de tanta saudade e preocupação, seu-seu idiota sem coração! – grita chorando, lançando-se nos braços do taichou que torna a cair com a pequena arrankar ao colo.

– Me perdoa, mas eu precisava fazer isso, você tinha que... Órion, Órion!

Órion desfalece em seus braços, voltando ao seu estado normal, mostrando as feridas da batalha, o capitão levanta-se rápido com ela e segue aos passos de shumpo para o 4° bantai, seguido pelos outros shinigamis.


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Notas finais do capítulo

Órion pensando estar sozinha tem uma surpresa durante sua primeira batalha, quem ela tanto esperava apareceu. no entanto por que será que Ukitake demorou tanto? e de onde ela conhecia aquele arrankar? e por que ele a chamou de filha do dia e noite?



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