A Babá da Casa ao Lado escrita por LovelyHappiness


Capítulo 5
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Leitores do meu coração, voltei com mais um capítulo pra vocês! Esse é dedicado a Naah Clearwater! Obrigada por ter favoritado a fanfic! *-*
Aproveitem...



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Katniss Everdeen P.O.V ON

Sábado. Sábado. Hoje é sábado.

A algumas semanas atrás eu acharia que hoje é um dia simplesmente maravilhoso. Mas hoje, infelizmente, é o dia que eu vou ter que ir pra droga do spa ficar, segundo a tia Cash, maravilhosa. E ao pronunciar essa palavra ela fez questão de estalar os dedos e dá um sorriso maior que o do Coringa. Foi assustador!

Mas aí você deve estar se perguntando: "Mas por que você 'tá chamando o spa de droga? Você não quer ficar linda e diva? O spa é um lugar maravilhoso, não? Qualquer garota daria tudo pra ser você! Deixa de ser boba, por que só você não curte spa?" E a resposta para algumas perguntas é: Sim. Eu realmente quero ficar linda e diva. Mas, eu não quero ser paparicada, engomada e feita de boneca! Eu já sou gata naturalmente! E modesta também.

E isso me faz lembrar do tal filho da Effie que também é um gatinho naturalmente, mas infelizmente, eu acho que ele não bate muito bem das ideias. Maluco. Pirado. Tenho certeza. Do jeito que ele gritou comigo quando o conheci, acho até que ele é o tipo de maluco que tem amiguinhos imaginários! E além do mais, eu gostaria de passar o dia todo jogada na cama, já que, ontem depois que eu voltei da casa do loirinho doido, tia Cash me mostrou essa casa de cima a baixo e isso foi realmente cansativo. Minha preguiça supera limites.

Sou tirada dos meus devaneios por batidas na porta.

— Pode entrar. - digo sem ânimo, olhando para o teto.

— Kat, querida, não acredito que você ainda nem levantou da cama! - repreende-me, tia Cash, assim que entra no meu quarto.

— Sinceramente tia, eu não estou com vontade nenhuma de levantar da minha caminha gostosa, pra ser feita de marionete pelos preparadores do spa. - digo, fazendo um careta.

— Acontece que você é como uma sobrinha pra mim, então, tem que arrasar no seu primeiro dia de aula! - diz me puxando da cama e me empurrando pro banheiro. — Quando acabar de se arrumar, desça que eu estarei te esperando na sala. - acrescenta, saindo do meu quarto.

Suspiro pesadamente e decido começar a me arrumar. Não tenho escolha mesmo.

 

 

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— E agora, com que roupa eu vou? - pergunto pra mim mesma, após tomar um longo banho e ir para o closet, enrolada em uma toalha.

Sim, eu gosto de conversar comigo mesma. Não sou maluca, ok? Ok. Analiso as diversas estantes, revirando um pouco minhas roupas, e no final, opto por um look básico.

Escolho um vestido soltinho com a estampa dos Estados Unidos, junto com uma jaqueta de couro curta e um tênis sneaker preto e branco. Aproveito e coloco alguns acessórios. Meu brinco de flecha, meu cordão com asas formando um coração e minha pulseira de cordas. Em meu cabelo, faço uma trança embutida não muito elaborada. No rosto, passo uma leve camada de rímel nos olhos, só para tirar um pouco da cara de zumbi, e nos lábios, um batom levemente forte.

É, eu estou gata. Logo que termino de me vestir, desço e encontro tia Cash na sala, a minha espera.

— Estou pronta. - anuncio assim que piso no chão da sala.

— Ótimo. Vamos? - pergunta sorrindo.

— Mas... E as meninas? - pergunto confusa, arqueando as sobrancelhas.

— Ah, elas estão na casa do pai delas. - responde.

Ah, esqueci de dizer que a tia Cash é divorciada? Eu deveria ter dito não é mesmo? Pois bem, digo agora, ela é.

— Bom, então acho que já podemos ir. - digo sorrindo.

Saímos de casa e entramos no carro, que segundo a tia Cash, nos levará para o spa. Não demora muito pra chegarmos, já que, felizmente, não tem trânsito. São apenas alguns minutos. Motorista eficiente esse. Deveria até ganhar um aumento. Bom, se ele é bom já deve ter pedido. Eu no lugar dele pediria. Mas não podemos esquecer do fato de que esse motorista é um surtado. Pois é, eu me lembro de quando estávamos chegando na casa da tia Cash. Louquinho.

— Cinna! - Tia Cash praticamente grita, quanto entramos no spa, fazendo algumas clientes nos olharem, e um homem que conversa com a recepcionista parar o que está fazendo e olhar em nossa direção.

— Cashmere, querida. - o homem moreno, com a barba meio rala e um rímel dourado, diz enquanto caminha na nossa direção.

— Cinna, essa é a minha sobrinha, Katniss. Katniss, esse é o meu salvador da moda, Cinna. - diz a Cash apontando respectivamente de mim para o tal Cinna.

— Prazer. - diz estendendo a mão, que eu aperto formalmente.

— Cinna, preciso que você deixe a Kat maravilhosa. - pede a Cash. — É o primeiro dia dela, e eu a quero uma perfeita diva! - oh vida! E a tortura vai começar! — Está muito ocupado ou será que pode nos atender agora?

— Oh, Cash, você sabe que eu sempre tenho tempo para você! - ele sorri gesticulando de um jeito engraçado. — As suas ordens. - finge fazer uma reverência para Cashmere. — Então, vamos começar? Ela já tem ficha aqui? - franze o cenho, pegando em minha mão, fazendo menção de me levar sabe-se lá Deus pra onde.

— Oh, ainda não. Mas pode levá-la, me encarregarei de fazer isso agora mesmo! Aproveite bastante, Kat. - Tia Cash sorri antes do tal Cinna sorrir também e me puxar em direção a uma sala branca.

Assim que entro na tal sala, olho em volta embasbacada. Cadeiras, mesas, produtos, hidromassagem, mulheres, pepinos, loções, cremes, toalhas, secadores, pranchas, moduladores de cabelo, máscara corporal, máscara para o rosto, pedras quentes, esmaltes, lixas, banheira de lama e ainda mais coisas que meus olhos não captam. Isso tudo é tão louco.

Oh my Gosh! E que a loucura comece!

 

 

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Muitos minutos depois, após ser depilada, fazer as unhas do pés e das mãos, hidratar e escovar os cabelos e passar por milhares de coisas diferentes, finalmente minha tortura acaba!

— Obrigada, Cinna. - tia Cash agradece, antes de irmos embora. — A Katniss está linda! - ela sorri me olhando de cima a baixo, me fazendo sorrir junto. Mesmo com toda a tortura, eu realmente me sinto bem bonita!

— Nem precisa agradecer. Você sabe que sempre que precisar eu estarei aqui. - diz sorrindo.

Como esse povo gosta de iludir. Isso tudo é uma grande mentira. Porque se ele morrer primeiro que a tia Cash, ele não vai estar aqui quando ela precisar! Então não tem lógica ele dizer uma frase como essas! Estou certa? Claro! Ele deveria dizer: "Enquanto eu VIVER, te ajudarei quando precisar." Esse seria o certo.

— Own, você é um anjo, Cinna! Bom, de qualquer forma, muito obrigada. Kat, temos que ir. Hora de comprar seus materiais. - fala a Cash, com uma empolgação muito irritante.

Eu vivo me perguntando: Qual é o prazer que os adultos tem em nos mandar pra escola? Isso não faz sentido! Será que eles tem um prazer secreto em nos fazer passar pela tortura que eles também viveram? Acredito fielmente que sim.

— Tchau, Cinna! Muito obrigada mesmo! - digo simpática para o Cinna, que sorri em resposta, acenando discretamente. Saímos do spa e entramos no carro, que está esse tempo todo nos esperando. Se eu fosse esse motorista agora, teria outro motivo pra pedir um aumento! — Tia, onde é que nos vamos comprar o meu material escolar? - pergunto sem demonstrar emoção alguma. Não estou emocionada, e menos ainda feliz com essa história. Tenho uma impressora e um computador com internet, se eu quisesse aprender algo, perguntava pro Google.

— Nós vamos ao Distrito 13, o shopping aqui da cidade. Deve ter conhecido ele quando saiu com as meninas. - responde sorrindo.

Sério que o nome do shopping é Distrito 13? Ual, iria morrer sem saber disso! Distrito 13 me lembra um filme... E esse filme me lembra o nome do meu hamster que morreu... Eu odiava ele. Ele acabou com diversos trabalhos escolares meus. Eu não sinto nem um pouco de saudades dele. Tomara que ele tenha ido para o inferno dos hamsters.

Dessa vez, demoramos um pouco mais para chegar no destino. Apesar da eficiência do motorista, tem um pouco de engarrafamento, o que nos faz demorar para chegar na loja. Alguns longos e demorados minutos depois chegamos ao shopping e entramos em uma tal Steel's.

— Querida compre tudo o que você precisar, não economize, e ah, pague com o meu cartão de crédito! - Cash diz e me entrega o cartão. Tia Cash eu já disse que EU TE AMO?! Pois lhe amo muito! Cartão ilimitado de gente rica causa uma sensação muito boa de poder. — Estarei em um restaurante aqui perto. - ela me dá um beijo na bochecha e sai da loja.

Entro na loja e vou, obviamente, a procura de materiais com pandas. Já disse que amo pandas? Não? Pois bem amo, amo, amo de paixão os pandas! Eles são tão fofinhos! Por isso quero que todos os meus materiais tenham pandas!

E, pra minha alegria, vejo uma mochila linda de panda no alto da loja. Literalmente. A mochila é toda branca com uma rostinho de panda desenhado. Mas, como a sorte é uma cretina que me odeia, assim que chego perto da mochila, um garotinho para ao meu lado fixando seu olhar na MINHA futura mochila.

— Finn, eu quero aquela mochila ali! - diz, apontando pra mochila de pandas. 'Pera aí, ele não vai ficar com essa mochila! Não mesmo!

— Sai fora, garoto! Eu vi primeiro! - digo, olhando ferozmente pro menininho.

— O meu irmão vai comprar essa mochila pra mim! - diz, cruzando os braços.

Será que seria muito ruim matar esse pivete aqui, no meio da loja? Seria?

— Que tal o seu irmão comprar o soco que eu vou dar em você, se você não sumir da minha frente?! - digo bufando.

— Fabian! Fabian, qual o problema? - um menino, muito bonito por sinal, surge do além.

— Finnick, essa maluca quer roubar a MINHA mochila! - como é que é? Quem é maluca aqui?

— Olha aqui, seu pivete, maluca é a sua vovozinha! E eu vi essa mochila primeiro! - digo me irritando um pouco. Que moleque abusado! Eu vi primeiro!

— Você já não 'tá grande demais pra querer comprar uma mochila de panda? - o garoto, que eu acho que é o tal do Finnick, pergunta. Espero que antes de sair de casa ele já tenha deixado o caixão dele preparado.

— Olha aqui, seu energúmeno, se eu estou grande demais ou não pra comprar a droga da mochila de panda o problema é meu! Agora avisa para o idiota do seu irmão, que não é muito masculino um GAROTO comprar uma mochila de PANDA! - debocho dando ênfase em "garoto" e em "panda".

— E não é muito maduro uma garota desse tamanho, brigar com um menino de seis anos por causa de uma mochila de PANDA! - rebate dando ênfase no ultima palavra.

— Eu nunca disse que tinha maturidade! - digo dando de ombros. — E você também não está velho demais pra comprar materiais do Phineas e Ferb? - pergunto, apontando pra sua cesta que contém mochila, estojo, caderno e outras coisas mais.

— Eu sou menino! - diz. Eu só acho que é perceptível que ele é um MENINO! A não ser que ele seja uma garota muito bem transformada, porque meu Deus, ele é um gato. Alto, com o corpo super atlético, a pele dourada com o bronzeado, cabelos cor de bronze e olhos verdes da cor do mar. Implicante, mas ainda assim um gato.

— E eu sou menina! - digo dando um sorrisinho cínico.

— É DIFERENTE! - grita ficando vermelho.

— NÃO É NÃO! - grito no mesmo tom.

— CHEGA! Meu irmão vai levar a mochila e fim de papo! - diz autoritário. Só tem um problema... Eu nunca nem obedeci autoridades. E não vai ser agora que eu vou obedecer alguém!

— Esse pirralho magricelo NÃO vai levar a MINHA mochila! - digo já vermelha de raiva.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - um homem baixinho, careca e barrigudo grita, chamando nossa atenção.

— Esse paspalho quer comprar a mochila que EU vi PRIMEIRO pro idiota do irmão dele! - grito enfezada, apontando de um para o outro.

— EU NÃO SOU IDIOTA! - grita o pivetinho, que por sinal, só tem alguns traços parecidos com o pateta maior. Com seus cabelos castanhos escuros, seus olhos cor de mel e sua pele extremamente pálida, nem parece que é parente do tal Finnick.

— AH, É SIM! - grito, mostrando a língua para o pirralho. — E você? Quem é? - pergunto voltando minha atenção para o velho, que está só assistindo a discussão.

— Eu sou o gerente! - diz firme. Nossa, que emoção, bom pra ele!

— Ótimo! Então você pode arranjar uma mochila de panda pra essa doida. - diz o pateta do material do Phineas e Ferb. Esse garoto só pode ser um sem noção! Só pode.

— Doida é a sua mãe, que resolveu poluir o mundo te colocando nele! - digo me controlando pra não gritar.

— MINHA MÃE NÃO É DOIDA! - grita o pirralho. Tinha até esquecido do pateta menor!

— Garotos! Eu gostaria de ajudar, mais infelizmente essa mochila é a ultima do estoque. - diz com pesar.

— E você não pode dá um jeito de arrumar uma? - o bobão maior pergunta, já sem paciência.

— Infelizmente não. - diz simplesmente.

— VELHO INÚTIL! - grito, chamando a atenção de todos pra mim. — Não presta nem pra arrumar a droga de uma mochila de pandas! - explodo.

— Cuidado com o que fala senhorita! Eu sou o gerente! - cruza os braços severo.

— Bom pra você! - cruzo os braços também.

— Quer saber? - o lesado do Finnick, abaixa pra falar com o pivetinho. - Fabian, que tal a gente deixar essa maluca ficar com a mochila de panda e ir comprar uma muito mais legal? - pergunta.

Aleluia! Graças aos céus! Finalmente ele falou algo que preste!

— Eu queria tanto aquela mochila de panda... - diz triste. Por um momento eu até sinto pena de pegar a mochila... — Mas tudo bem. Pode dar pra ela.

Sabe a história da pena? É mentira! Que se ferre todo mundo! A mochila de pandas é MINHA! MINHA! MINHA!

Saio saltitando toda feliz. Pego uma cesta e vou pegar a mochila que se encontra na mão do gerente.

— Thank you! - digo mandando uma piscadela pro Finnick e saindo a procura do resto das coisas.

Pra alegrar mais o meu dia, acho o fichário mais lindo do mundo! Procuro mais um pouco e acho um estojo muito lindo. Depois de pegar o que preciso, vou para fila pagar. Nem acredito que consegui fazer com que todos os meus materiais tivessem pandas! É a primeira vez que isso acontece. É um milagre!

Quando chego no caixa, me deparo com uma menina a minha frente perturbando a caixa. Sim, perturbando, porque a cara da mulher que está no caixa, não é lá a das melhores.

— Você gosta de Bob Esponja? Gosta? Sabe, eu gosto de Bob Esponja! Ele é amarelo, quadrado, só tem dois dentes, caça águas vivas e trabalha no siri cascudo. O emprego é muito mole. Eu queria um emprego desses, mas ele fala demais. Ele fala demais, né? Eu não gosto de pessoas que falam demais! Elas são tagarelas e nem respiram pra falar! Parece que nunca se cansam. Elas são chatas! Muito chatas! Eu não entendo porque ninguém nunca chegou nelas e disse: "pow, você fala demais, cala a boca!". Né? Você não acha pessoas faladeiras chatas? O meu pai fala demais, é tão difícil acompanha-lo, parece impossível acompanhar o raciocínio dele. Mas você sabia que eu tenho um tio banguela que acha que é um passarinho? Pois é! Ele vive em cima de abacateiro perto da casa da minha avó e o meu primo acha que é um vampiro sanguinário! Ele acha que sangue é apetitoso e delicioso. O que me lembra que uma água viva me queimou uma vez. Dai meu irmão fez xixi em mim. Você sabia que meu irmão tomou um tiro de um palhaço dentro de um ônibus? Ele tomou. Sabia que meu avô molha os pés em banha de galinha todo o domingo? É uma coisa bizarra, eu achava ele normal, até descobrir que ele fazia isso. Eu já te contei que o palhaço que atirou no meu irmão, era meu primo? Eu não te contei? Eu deveria ter te contado, né? Como pude esquecer? Ele já foi internado duas vezes em um hospício! Os caras eram grandes e fortes, e tinham uma camisa de força! Olha, você é muito calada devia falar um pouco mais! - ela fala tudo de uma vez só sem parar pra RESPIRAR!

— Com licença. - chamo sua atenção, cutucando-a. — Será que você poderia parar de falar e pagar logo a sua compra, antes que eu te jogue longe pra poder passar? - tento ser o mais educada possível. Ela se vira pra mim e começa a falar.

— Oi, eu sou a Madge Undersee! É o meu nome. Minha mãe que escolheu! Não foi meu pai, nem minha avó, nem minha tia. Sabe, as pessoas confundem. E você? Qual o seu nome? Ah, não responde! Deixa eu tentar adivinhar.. Você tem cara de Megan, Beth, Bonnie, Carey, Wendy, Lizzie, Lucy, Rachel, Nancy, Emma, Savannah, Elise, Mandy, Jenny...

— CALA A BOCA! - grito irritada. — Será que você não pode ficar quieta pelo menos um segundo? Eu não consigo nem ouvir meus próprios pensamentos! - digo vermelha de raiva.

— Awn, eu sinto muito. Você está brava? Eu não queria te deixar brava... Eu só estava te contando que eu...

— Olha... Eu não queria gritar com você. Só por favor, paga os seus negócios e some! - digo interrompendo-a e voltando a ter um pingo de calma. Ela se vira novamente pra caixa, que rapidamente passa as coisas dela. Só aí eu noto que ela comprou tudo do Bob Esponja. Mochila, estojo, fichário e todo o resto! Eu não posso falar de ninguém... Até porque, eu peguei tudo de pandas...

— Bom, acabei! - diz a loira, feliz. — Eu acho que acabei, né? Peguei tudo já, mochila, fichário, estojo, canetas, lápis... Ah, 'tá tudo aqui. Hey, menina, eu ainda não sei seu nome e você nem me disse se eu acertei algum deles ou se...

— KATNISS! - grito, interrompendo-a novamente. Só assim para essa criança se calar! — Meu nome é Katniss. - digo, começando a passar as minhas coisas, com os olhos arregalados. Quero correr dessa louca!

— Gostei! Seu nome me lembra o meu hamster que morreu atropelado por um caminhão cheio de galinhas contrabandeadas que estavam indo para Rússia. Ou será que era pra Coreia? Talvez seja pro Cazaquistão... Ou Indonésia...

— Não sei o que dizer sobre isso. - corto-a, passando o cartão.

O empacotador me entrega minhas sacolas e eu começo a andar em direção a saída da loja.

— Ei, você, espera! - sinto alguém segurar meu braço. Me viro e vejo a tal Madge.

— Diga. - falo sem interesse algum, com os olhos esbugalhados.

— A gente bem que podia ser amigas. Eu gosto de você, você gosta de mim... Você sabia que a minha mãe tem um gato perneta e meio zarolho, que adora morder o tornozelo murcho da minha avó? Aí você me dá seu telefone e a gente vira melhores amigas! Podemos dormir na casa uma da outra, e fazer trancinhas nos cabelos, e falar de garotos. Você sabia que meu pai trocou minha mãe por uma lavadeira gorda, cota e que tinha um olho só? Ele fugiu com ela para o Mississippi. O estado, não o rio. Mas e então, você vai me dar seu telefone? - fala tudo de uma vez. Essa menina tem problemas, e a família dela também!

— Se eu te der meu número você some de perto de mim? - pergunto, torcendo pra que ela diga sim.

— Sim! Você sabia que...

— Eu não quero saber! - interrompo-a, cada vez mais assustada. — Meu número é... - digo meu número pra ela, que promete me ligar ainda hoje, pra nós conversamos. Conversarmos? Já conversamos o suficiente por um ano inteiro! Me "despeço" dela e saio da loja as pressas. Vou até o carro e encontro tia Cash lá dentro, lendo uma revista de moda.

— Achei que ainda estivesse no restaurante. - digo estranhando e entrando no carro.

— Saí de lá a alguns minutos. - explica. — Comprou tudo o que precisa? Todas as coisas necessárias? - pergunta olhando para as bolsas em minhas mãos.

— Comprei! - digo me lembrando da discussão com a dupla de encrenqueiros e da garota faladeira.

— Então vamos pra casa. Acho que já fizemos o suficiente por hoje. - diz sorrindo. O carro começa a andar e logo tia Cash volta a ler sua revista.

Pego meus fones de ouvido colocando uma música aleatória para tocar. Agora é a hora perfeita para relaxar. Afinal, esse foi um dia bem agitado. E põe agitado nisso!


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Notas finais do capítulo

Links da Fanfic -

Mochila da Kat - http://g04.a.alicdn.com/kf/HTB1Xvo4JpXXXXcJXpXXq6xXFXXXf/Lovely-Cute-font-b-Plush-b-font-Cartoon-font-b-Panda-b-font-Casual-font-b.jpg


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