Eu deitei na cama, pensei mais um milhão de vezes no que aconteceu e acabei dormindo. No dia seguinte, acordei com alguém batendo na porta.

– Genevieve? Genevieve?

Eu não conheci aquela voz. Não me lembrava de ter ouvido ela antes. Eu arrumei meus cabelos rapidamente e abri a porta. Era meu pai. Eu estranhei, mas agi normalmente.

– Como vai meu bebê? – disse ele com um sorriso no rosto.

– Eu vou bem... papai e você?

– Estou bem. – ele me abraçou forte. – Eu ainda não acredito que tenho uma filha. – nós rimos – Me desculpe não ter vindo ontem. Como você notou estávamos com um problema para resolver sobre onde deixar o Homem-rena, e depois tive que ir à base da S.H.I.E.L.D. para verificar o que aconteceu com o J.A.R.V.I.S.. Aliás, o que aconteceu por aqui? Você pode me contar?

– Claro. – eu respondi – Mas você espera eu escovar meus dentes?

– Claro.

– Sente-se. – eu disse apontando para a minha cama.

Depois de ter escovado meus dentes e lavado meu rosto eu falei a mesma coisa que disse a Natasha no dia anterior. Ele ouviu tudo atentamente sem dizer uma só palavra. Quando eu terminei, ele analisou tudo. Depois de alguns segundos disse:

– Olhe, eu não sei o que ele quis aqui, mas aparentemente ele procura algo que é dele e que está em sua posse. O que você tem de diferente que esteja em sua posse?

Eu me levantei da cama, abri o guarda-roupas e peguei um pequeno colar de ouro que o detalhe dele era feito de alguma coisa azul brilhante e eu nunca soube o que era. Mostrei a ele e quando ele viu aquilo se assustou e disse:

(Colar da Genevieve)

– Onde conseguiu isso?

– A minha avó me deu. Ela me disse que achou jogado na frente da casa dela no Brasil. Ela guardou e quando eu fui a sua casa, ela me presenteou com isso. Eu tinha oito anos.

– Eu posso levar isso para análise?

– Claro papai. Fique à vontade, mas tome cuidado com ele, por favor.

Ele guardou o colar no bolso e ficamos conversando por mais um bom tempo e depois ele foi embora.

Eu fiquei meio sem entender porque ele levou meu colar para análise, mas tudo bem. Eu tive a ideia de começar a desenhar e acabei desenhando um desenho minimalista do Caveira Vermelha.

(Desenho da Genevieve)

Depois de muito desenhar e colorir, a Pepper veio me chamar para o almoço.

Eu e minha mãe descemos juntas para o almoço.

– Oi gente! – eu disse.

– Oi Gen! – todos responderam.

Minha mãe permaneceu calada. Eu estranhei porque ela não é de ficar muito tempo calada. Eu me sentei ao lado do Capitão e ela ao lado da Natasha.

– Está melhor agora Gen? – perguntou a Natasha.

– Estou sim Natasha. Obrigada por perguntar.

– Gen, – perguntou o Capitão – você não é daqui de NY, certo?

– Certo Capitão. Eu era do Brasil. Nasci e passei toda a minha infância lá e só agora vim aqui para NY com a minha mãe.

Ele assentiu. Ele se virou para o Tony e para o Bruce e perguntou:

– Tony, Bruce. O que aconteceu com o J.A.R.V.I.S. que ele não falou nada sobre o Loki no quarto dela?

– Picolé, – disse o Tony – segundo o que eu o Estressadinho aqui vimos, ele não disse nada, porque era como se fosse um fantasma do Homem-rena e não ele realmente.

– Exato. – disse Bruce. – Mas agora estamos trabalhando para que ele nos alerte também quando Loki nos pregar uma peça, como sempre faz.

– Ótimo. – disse o Capitão – Espero que tenham sucesso.

– Obrigado. – Tony e Bruce disseram juntos.

– Pai, – perguntei – como vai a análise do meu colar?

– Está indo bem querida. – respondeu ele – Não descobrimos o que é o detalhe do seu colar, mas pelo que estou vendo, dentro de pouco tempo sairá o resultado.

– Tenho certeza de que foi muito difícil achar esse colar Gen. – disse Tony.

– Na verdade Tony, – eu olhei para ele – eu ganhei esse colar da minha avó. Ela disse que encontrou ele jogado na frente da casa dela e ela guardou e me deu de presente quando eu tinha oito anos.

– Hmm. Interessante. Sua avó ainda mora na mesma casa?

– Sim. Por quê?

– Desejo conversar com ela em seguida para saber um pouco mais sobre esse colar.

Eu assenti. Minha mãe ainda continuava calada. Apenas comia sem dizer uma palavra.

– Gen. Katherine. – disse Bruce – Eu quero que entendam que vocês estão aqui porque minha casa foi destruída, mas dentro de dois dias ela já estará pronta para recebê-las.

– Porque sua casa foi destruída? – perguntei.

– O outro cara, o Hulk, a destruiu.

– Mas por quê?

– Eu estava normalmente em minha casa analisando as convergências que o Loki causou, quando alguém bateu em minha porta. Eu fui atender normalmente e quando eu abri a porta, lá estava ele, o Loki, rindo da minha cara. Eu só vi a hora em que comecei a ficar verde e depois não me lembro de mais nada. Acordei no dia seguinte em meio aos destroços. O Tony disse que me ligou várias vezes no dia e como eu não atendi, ele foi à minha casa e quando chegou viu todos aqueles destroços e eu tinha acabado de acordar. E o outro cara quebrou tudo. Isso foi faz... – ele se virou para o Tony – quanto tempo mesmo Tony?

– Três meses. – responde Tony.

– Isso. Três meses. – ele voltou a olhar para mim – Gen aceitaria fazer uma visita na base da S.H.I.E.L.D. ainda hoje?

– Mãe, – perguntei – posso ir?

Ela somente assentiu. Quando o almoço terminou, eu me retirei fui tomar um bom banho e depois de alguns minutos Bruce bateu em minha porta:

– Querida. Posso entrar?

– Claro. Entre.

Ele se sentou na minha cama.

– Sua mãe. Ela está...

– Estranha? – disse eu interrompendo ele. – Eu não entendi o porquê dela estar assim. Ela não é de ficar quieta. Você mesmo sabe.

– Verdade. Ela é uma mulher ativa, sempre rindo, alegrando todo mundo, mas ela está quieta, diferente. O que será que aconteceu com ela?

– Se eu que sou a filha não sei, imagine você.