"Ainda Sem Nome" escrita por Ágata, marie, marie


Capítulo 3
Capítulo III - Catherine


Notas iniciais do capítulo

Esse é o meu (Mah) primeiro capítulo. Espero que gostem da Catherine mais do que a Sophia ashuahsush.



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A chuva já havia parado e uma brisa soprava, fazendo com que os galhos das árvores balançassem suavemente. Desci rapidamente me agarrando de galho em galho até alcançar o chão com um salto. Corro quase tropeçando até à porta, mas esta estava trancada. “Droga”- pensei comigo mesma, já correndo em direção a uma janela enorme. Com um rápido impulso subi no parapeito e comecei a escalar a parede de pedras. A escalada não era tão longa, logo me encontrei em outra janela de vidro, pulei para dentro do quarto, joguei meu livro na mesa ao lado, peguei uma blusa limpa que estava jogada em cima da cama, que por sorte estava arrumada senão nunca acharia a camiseta, e visto-a, jogando a suja em um cesto de roupa ao lado do espelho. Só quando passei pelo espelho que percebi o quanto meu cabelo precisava de um trato. Coma ajuda de um pente e comecei a tirar rapidamente alguns galhos e folhas dele. Foi então que ouvi alguém batendo à minha porta.

–Cath! Você está aí?- perguntou uma voz infantil.- Já vão começar a servir o jantar!

–Já vou!-disse em uma voz esbaforida- Só um minuto!

Corri em direção à prateleira e escondi o meu tesouro.

Já no momento em que abri a porta, fui puxada pela garota e obrigada a correr até chegar ao refeitório. Só quando chegamos lá, relaxamos. Me dirigi à fila do Buffet, e peguei uma bandeja. “Será que algum dia sairia daquele lugar, viveria alguma aventura como nos livros que eu lia? Conheceria novas pessoas...”

–Milho ou ervilha?

–Ahhn? - me sobressaí dos meus pensamentos vendo-me encarada por uma mulher baixinha vestida de azul, com uma touca na cabeça, parecendo impaciente- Milho, por favor.- Respondi

A mulher me encarou novamente como se eu fosse algum tipo de louca. “Fazer o que se a fila do refeitório era o momento perfeito para refletir sobre a minha vida.” A mulherzinha colocou uma porção bem exagerada de creme de milho no meu prato que até agora estava vazio. Servi-me de carne e arroz e logo me dirigi à uma mesa bem ao centro do refeitório. Como tranquilamente, e me dirijo à saída, já que não tenho trabalho na cozinha, por causa de alguns probleminhas técnicos. Mas paro quando vejo um garoto de cabelos castanho claro,estatura média, olhando ao redor confuso.

“Kyle” - grito, já correndo em sua direção quase tropeçando nas pessoas que estavam ao meu redor... Na verdade QUASE não, pois quando já estou na sua frente tropeço, mas antes que eu caia no chão, Kyle me segura em seus braços.

–E aí, Cath! - diz Kyle. Sinto seus olhos sobre mim - Nunca com os pés firmes no chão não é mesmo?

Sinto meu rosto corar.

–É, né? - respondi, mas já mudando de assunto- E você? Como está sendo dividir o quarto com a Sophia?

–Ela até que é legal. Meio na dela, mas pelo menos nunca se mete na minha vida, nem parece com muito interesse em saber o porquê eu estou aqui ou quem era a minha família, mas pelo menos sempre mantém os pés no chão. Imagine se ela fosse que nem certa pessoa que eu conheço –Kyle para por um momento e dá uma piscadela para mim- e ficasse toda a hora tropeçando no quarto, ou então caísse do beliche, pensando que sabe voar, ou não, talvez. Bom, até agora foi assim. Mas e aí já jantou?

–Sim - mas não consegui comer muito desse jantar MARAVILHOSO!- olho pra ele com uma cara de “tá de brincadeira comigo, né?”-Mas eu na verdade não tenho o que reclamar muito, as pessoas são simpáticas até...

–Ok, não precisa mentir pra mim só porque eu sou novato por aqui e tentar fazer com que esse lugar seja um conto de fadas. - Olha para o balcão onde a mulher baixinha de avental estava servindo- Ei, você já comeu a sobremesa? E saiu correndo em direção à bancada de sobremesas rapidamente como se estivesse hipnotizado pelos doces.

Logo após conversar com Kyle, caminhei tranquilamente até o meu quarto. Entrei e fechei a porta. O dia havia sido cansativo, por mais que eu apenas houvesse lido uns livros, e treinado um pouco com o meu tesouro, que a propósito era um chicote. Deito-me na cama e começo a passear pelo labirinto dos meus pensamentos...”A senhorita não poderá mais ficar em sua casa. Sinto muito informá-la, mas seus pais desapareceram durante uma escavação na cidade de Cairo.” As memórias começaram a vir em turbilhões; o desaparecimento de meus pais, a caixa com coisas misteriosas, entre elas um chicote longo de fibra preta que minha babá havia achado no sótão e resolvera me mostrar. A vinda para o orfanato. Tudo isso havia me chocado profundamente. Mas agora o orfanato era o meu lar, e como muitos dizem: “Lar doce lar”. Não havia pra onde fugir.

Afastei esses pensamentos da minha mente. E comecei a pensar no garoto do refeitório, Kyle. Não! Não pensem que estou apaixonada, apenas estou curiosa a respeito dele, já sei algumas coisas básicas sobre ele, mas algo nele continua a me incomodar. Ele é diferente dos outros garotos, já havia sentido isso outra vez, há alguns meses atrás, mas um tempo depois percebi o quão o garoto era idiota. Mas dessa vez é diferente, esse garoto despertou algo em mim que há muito tempo não sentia, como se fosse um Dejà-vú .

Volto à realidade quando me dou conta de que ainda não ainda havia tomado banho. Com tranquilidade abri meu armário, peguei uma muda de roupa limpa, shampoo, creme, sabonete e uma toalha azul escuro com bordados prateados, que havia comprado na Turquia em uma barraca durante uma viagem com meus pais; na verdade a última viagem juntos... Tiro minha roupa e me enrolo na toalha. Abri a porta me dirigi ao banheiro, que a propósito ficava no final do corredor, mas no momento em que abri a porta do banheiro ouvi uma voz atrás de mim:

–Catherine!

Virei-me para trás e vi uma garotinha com cabelos ruivos presos em uma trança correndo em minha direção. A reconheci imediatamente, Katie.

–Oi Katie, o que foi?-pergunto gentilmente, mas com um olhar de vai logo; não sei se ela havia percebido, mas eu estava de toalha no meio do corredor.

–Ah, fiz isso para você- diz Katie estendendo-me um desenho e com um sorriso estampado no rosto como sempre.

Peguei o desenho, mas no momento que comecei a agradecer, percebi que Katie já estava saltitando de volta para seu quarto.

Virei-me de costas para o corredor e abri a porta do banheiro. Quando eu entrei, imediatamente me deparei com uma garota, que devia ter mais ou menos a minha idade, com cabelos pretos, lisos e uma pele branca, quase pálida.

“Que perfeita; parece aquelas garotas que saem de algum filme ou livro, até parece a Branca de Neve”- pensei, já rindo internamente. Mas pelo visto não era bem isso que ela achava, pelo jeito que se olhava no espelho.

Mas no momento em que ela me viu já se virou em direção à porta, como se quisesse sair dali. Mas coloquei-me em sua frente, e como sempre as palavras jorram da minha boca rapidamente:

–Olá ex- colega de quarto! Meu nome é Catherine, caso você não se lembra, mas pode me chamar de Cath. A gente não tem se falado muito, não é mesmo? Eu vi você no refeitório hoje perto do Kyle. Seu nome é Sophia, certo? - Digo já no movimento de abraçá-la, mas Sophia dá um passo para trás, como dizendo bem claramente que não era muito fã de abraços. Recolhi meus braços e sorri.

– Legal- respondeu Sophia, pegando sua escova de dente e colocando dentro de sua nécessaire. -Mas, sabe Catherine.- Disse ela num tom cortante mas ao mesmo tempo tentando ser gentil- Certo, né? Tenho muitas coisas pra fazer. Agora, com licença. – Abri espaço para a “princesa”, e já estava se dirigindo para a porta quando se virou para mim e falou com um tom que por um mínimo segundo me pareceu simpático... -E sim, meu nome é Sophia.

Esperei Branca de Neve fechar a porta, pegei meu sabonete, shampoo e o creme e me dirigi a um dos boxes. Virei a torneira do chuveiro e deixei a água morna escorrer pelo meu corpo. Ficqui um bom tempo embaixo d’água, enquanto esperava o creme fazer o efeito no meu cabelo, só assim enxaguando-o. Assim que acabei, me sequei, e coloquei meu pijama, saio do banheiro em direção ao meu quarto. O corredor estava vazio, exceto por duas garotas que estavam sentadas em um canto conversando. Mas quando passei por elas, rapidamente a garota mais velha se levantou do chão e veio em minha direção.

–Cath!

–Oi- respondi.

–Sabe, daqui a pouco vai começar uma festa que a gente está organizando. E nós gostaríamos que você viesse! Porque, sabe, você sabe como animar uma festa. – Ri e espera minha resposta, com uma cara de esperança.

Mas logo essa esperança sai voando quando agradeci pelo convite e continuei andando.

Não pensem que eu estou sendo uma idiota, por recusar o convite para uma festa. Adoro festas e poder dançar, o que é a minha paixão. Mas como eu já disse, eu estou muito cansada e a única coisa que eu quero saber agora é dormir!

Quando entrei no meu quarto, imediatamente corri e me joguei na cama, e lá eu fico. Não queria ser acordada por nada, mas parece que meus pedidos nunca são atendidos, pois na melhor parte do meu sono, acordei com risadas e gritaria no corredor.

–Que droga! Será que vocês não podem gritar em algum outro lugar?- Abri a porta gritando. Já desejando que eles fossem gritar na porta da “Branca de Neve”, por que aí ela daria um jeito neles. Mas no momento em que saí do quarto, percebi um aglomerado de pessoas no meio do corredor e no meio delas, uma coisa roxa que eu nunca havia visto, mas seu jeito me era familiar. Fui tropeçando e empurrando todas as pessoas ao meu redor até chegar perto da “coisa” roxa. Mas quando cheguei mais perto, percebo que a coisa roxa, é:

Wow! Kyle! - Coitado, os novatos sempre sofriam esses tipos de coisas quando chegavam, mas dessa vez eu tinha que concordar que estava super zoado. Me peguei sorrindo, já quase rindo, mas percebi que se fosse eu no seu lugar não gostaria que a minha única amiga ficasse rindo junto dos outro e não fizesse nada para me ajudar. Assim abri caminho até estar ao lado dele.

–Parem! O que vocês fizeram com ele?- Tento gritar mais alto que as pessoas ao meu redor para que elas me ouçam. Mas eles continuam a gritar e zombar. – Ah- me virei para o Kyle- Wow! Que mudança, hein? Parece uma beterrab...- Mas antes que eu pudesse terminar, uma voz apavorada começou a gritar: “Fogo!”

Todos ao meu redor começam a gritar e correr. Percorri com meus olhos a multidão de adolescentes desesperados, mas não vi sinal algum do Kyle. Corri para o lugar onde o havia visto antes, mas sou empurrada na direção oposta. Tento me acalmar e corro para o meu quarto e pego o meu chicote na estante, mas quando estou de saída volto para pegar o meu livro, é claro. Assim a bagagem estava completa só faltava um casaco. Mas não o achava em lugar algum!

–Acorda Catherine!- Dise pra mim mesma- Você está no meio de um incêndio não dá pra você ficar parada tentando lembrar-se de onde você colocou a droga do seu casaco!

Corri para fora do meu quarto em busca de uma saída. Mas por mais que eu conhecesse o prédio, eu não conseguia achar nenhuma. Corri pelos corredores, até que o pânico começou a me preencher. “Calma Catherine, não deixe o pânico te dominar”- pensei, tentando me acalmar. Parei de correr e comecei a andar, não como se eu estivesse andando em um parque, claro , não sou estúpida, mas também não deixei o pânico dominar.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? No próxima capítulo esperem pelo Kyle!!!



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