I Hate Everything About You... Why Do I Love You? escrita por Liandra Salvatore Stonem, Oh wow Thaynara


Capítulo 4
Como uma leoa.


Notas iniciais do capítulo

[Oh Wow Thaynara]: POV surpresa. A pequena Shelby (Mackenzie Foy) aparece e tals. Espero que gostem.
[Liandra Salvatore Stonem]: Fantasminhaas Aparecendoo uhul Espero que gostem. o/



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POV Drake

 

Another morning another place

The only day off is far away

But every city has seen me in the end

And brings me to you again

Always somewhere

Miss you where I've been

I'll be back to love you again ♪ ♫

(Always Somewhere – Scorpions)

 

Quem aquela garota pensa é?

 Nunca houve nenhuma pessoa que me desafiou assim.

Muito menos uma mulher.

Aquela garota com postura de uma leoa, me desafiando sem medo algum.

Olhos de um tom de verde, mais escuros que os meus, mas que faziam qualquer um que a encarasse perder-se dentro do mesmo. Com a tempestade no olhar.

 Sorriso debochado ao me desafiar a passar por cima dela com minha Harley.

Corajosa, não posso negar.

Ela era tema de fofoca na escola.

Aluna nova, diferente. Não tinha a menor possibilidade de ela fugir dos comentários.

Meus “amigos” mesmo já tinham falado dela, perguntando-se se a nova aluna era “pegável” o bastante para eles.

E as garotas, inclusive do grupinho infalível de Lavigne, afirmavam que ela não seria nada perto delas, por mais “pegável” que fosse. Grande idiotice a deles.

Eu mesmo, não me importava.

Não tinha a visto até a saída.

Confesso que me surpreendi.

Esperava uma garota patricinha, esnobe, nariz empinado, dessas que se preocupam até com o tipo de água que bebe, com vestidinho de grife, salto alto, maquiagem impecável, já que o boato que corria era que ela vinha da grande Nova York.

Mas o que encontrei foi uma garota simples, com camiseta de banda, jeans e all star.

Não posso negar que ela era bonita. Mas era marrenta, e aparentemente, não se curvava a ninguém.

Assim como eu.

Não nego, gostei disso.

Quando ela passou em frente a minha moto, com aquele skate, fazendo com que eu quase a atropelasse, pensei em ajudá-la, mas sua reação em me desafiar me fez querer pirraçá-la mais.

E quando ela gritou, mandando-me passar por cima, pensei seriamente em fazê-lo, mas decidi que não perderia meu tempo.

Garota petulante.

Mas enfim... Porque estou me lembrando dela mesmo?

Tinha acabado de chegar à escola de Shelby, minha irmã.

Ela estudava numa escola primária, num prédio, perto de uma praça, onde, às vezes, eu a levava para brincar ou tomar sorvete.

A escola era perto de casa, mas sei que, se dependesse dos nossos pais, ela passaria o dia lá. Então, eu a buscava todos os dias.

Shelby Manson tinha apenas oito anos, era ruiva como nossa mãe e tinha os traços da mesma. Enquanto eu tinha puxado os cabelos incrivelmente pretos e os olhos verdes do nosso pai.

Ela vivia dizendo que queria ser como eu, que amava meus olhos.

Mas eu, simplesmente a achava linda daquele jeito doce que só ela tinha. Ela tinha o mesmo sorriso que o meu, e ela amava saber disso.

Apesar de ser tão nova, sei que ela sofria com a indiferença dos pais.

E que sofria também ao os ouvir brigarem, dia após dia, em casa.

Eu tentava recompensá-la, e tentava evitar que ela ouvisse e presenciasse tudo aquilo.

Apesar de eu ter apenas só 17 anos, agia mais como pai dela do que o impotente Doutor Manson e a inigualável Doutora Manson.

Meus pais eram grandes figuras para a mídia, e os mesmos tentavam mostrar o melhor lado da família.

A família perfeita. Os filhos perfeitos. O casal perfeito.

Mas na realidade, não era nada disso.

Nossos pais eram advogados, e praticamente não paravam em casa, e quando o faziam, era para brigar. Então, eu tentava o máximo ficar em casa no mesmo período que eles.

Estava distraído em meus pensamentos, quando senti braços nas minhas pernas.

Era Shelby que tinha me abraçado.

Ela era incrivelmente baixa, e eu amava brincar com isso.

— Oi, baixinha. _ Abracei- a de volta.

— Oi, bobão. _ Sorriu. _ Sorvete hoje?

Passei um dos capacetes para ela.

Ela o pegou, com um olhar suplicante. Ela sabia que poucos resistiam aquele olhar.

— Amanhã, okay? Vamos aproveitar a casa hoje, que estará o resto da tarde toda só pra gente e assistir filmes juntos. _ Nossos pais estariam em conferencia hoje. Só voltariam a noite. Olhei-a. _ Pode ser?

— Promete? _ Falou, com um biquinho.

Sorri, e mostrei meu mindinho para ela.

— Prometo. _ Ela, então, juntou o mindinho dela ao meu e sorriu.

Subimos na moto e fomos para casa.

Quando chegamos, ela entrou correndo, enquanto eu estacionava. Quando entrei, ela estava jogada no sofá, com algum filme da Disney rolando.

Rolei os olhos.

Ela ama esses filmes.

Fui para cozinha, fiz pipoca e brigadeiro de panela, e fui assistir com ela.

Nunca, que os alunos da escola, vulgo meus “amigos”, imaginariam que eu bancaria o irmão coruja assim. Para eles, eu era o rebelde irreparável. O líder. O marrento que todas as garotas estão sempre atrás. O namorado da chefe das líderes de torcida da escola, considerada a mais “gostosa” da escola. Eu era, em poucas palavras, o popular da escola.

Nunca mostraria esse meu lado para eles.

Passamos o dia assistindo filme infantil. Não reclamei... Era bom passar um tempo com a Shelby. Ela, de alguma forma, me acalmava.

 

~ *.* ~

 

Shouldn't have let you torture me so sweetly

Now I can't let go of this dream

I can't breathe but I feel

Good enough

I feel good enough for you

Drink up sweet decadence

I can't say no to you

And I've completely lost myself and I don't mind

I can't say no to you

Shouldn't have let you conquer me completely ♪ ♫

(Good Enough – Evanescence)

 

Quando fui perceber, já era de noite.

Então, tratei de fazer algo para a baixinha comer.

— Shel, vai tomar banho. _ Ela fez uma carinha manhosa.

— Ah não, Dre! _ Fez carinha de gato de botas e aquele biquinho que só ela tinha.

— Vamos, porquinha. _ Comecei a fazer cócegas nela. Ela ria, se contorcendo toda.

— Para, para! _ Ria, tentando respirar.

— Só se for banhar. _ Ela afirmava compulsivamente com a cabeça. Soltei-a e ela foi correndo para o andar de cima da casa, para o banheiro.

Ri dela e fui preparar algo.

Distraidamente, cortava ingredientes para o jantar, enquanto olhos de um tom de tempestade me vieram na cabeça.

Porque essa garota não sai da minha cabeça?

Aquela garota petulante.

Meus pensamentos foram interrompidos com uma gritaria e com barulho da porta batendo.

Ótimo, meus pais chegaram.

Eles entraram brigando por causa de algum motivo banal, como de costume.

Largaram suas coisas no sofá, e passaram por mim como se eu fosse invisível. Foram para o quarto, sem ao menos em se importar em me cumprimentar.

Ignorei isso.

Já havia acostumado-me com isso.

Minutos depois, Shelby desceu, já com seu pijaminha de ursinhos, e comeu em silêncio.

Ela sempre ficava mais calada quando nossos pais estavam em casa.

— Quer que eu vá para o quarto com você? _ Perguntei, cortando o silêncio.

— Não, Dre. Pode deixar. _ Se levantou, me deu um beijo no rosto, e foi para o quarto dela.

Fiquei um tempo sentado ali ainda. Dava para ouvir meus pais brigando mesmo daqui.

Odiava isso.

Fui para meu quarto, me joguei na cama, coloquei meus fones e fiquei ouvindo músicas aleatoriamente.

Acho que acabei cochilando, sem perceber.

 

~ *.* ~

 

For being away for far too long

So keep breathing

Cause I'm not leaving you anymore

Believe it Hold on to me and, never let me go

Keep breathing

Cause I'm not leaving you anymore

Believe it Hold on to me and, never let me go

Keep breathing Hold on to me and, never let me go

Keep breathing Hold on to me and, never let me go  ♪ ♫

(Far Away – Nickelback)

 

Vultos de destruição para todos os lados. Gritos. Choro.

Tudo vinha em flash na minha mente. Todos aqueles acontecimentos contínuos me rodeavam. Sentia-me preso ao chão.

Não tinha reação, a não ser fugir.

Aquele pesadelo ainda me perseguia. A culpa corroía-me.

E parecia que aquele sonho nunca me abandonaria.

Acordei ofegante, com as mãos quentes da Shelby em meu rosto.

Ela me olhava com os olhos compreensivos que nunca pensei poder ver no rosto de uma garota de apenas oito anos. Ela era muito forte, para a idade dela.

— Posso dormir com você? _ Perguntou.

Ainda estava aturdido com o pesadelo, mas sorri mesmo assim, e dei um espaço para ela no meu lado na cama.

— Sempre, irmãzinha.

Ela se deitou, e me abraçou, colocando a cabeça no meu peito.

Logo ouvi a respiração dela se estabilizar. Dormiu.

E ouvindo a respiração dela, acabei dormindo também.

Mas não sem antes lembrar de uma certa garota petulante.

 

 

~ *.* ~

 

~ Quarta-feira ~

 

I don't even know myself at all

I thought I would be happy by now

The more I try to push it, I realize

Gotta let go of control

Gotta let it happen ♪

(Last Hope – Paramore)

 

Acordei atrasado, como de costume.

Olhei para o lado, e Shelby ainda dormia.

Era comum ela vir ao meu quarto no meio da noite, pedir para dormir comigo, porque aparentemente, ela não sentia a vontade dormindo com os gritos dos meus pais logo ao lado do quarto dela. Então, seu único refúgio era na minha cama.

E eu não reclamava.

Ela, de alguma forma, espantava os pesadelos que eu tenho desde aquele dia. Seu cheiro me acalmava. Era reconfortante.

Os pesadelos eram tão reais. 

Eram como lembretes.

Um aviso permanente em minha mente que gritava: "Você foi um monstro."

Então, tornei minha irmã meu filtro de sonhos particular, tal como eu tornei-me o seu calmante.

Fiquei olhando para o rosto daquela pequena por um tempo ainda. Reparei nos detalhes do rosto dela. Em como ela formava uma espécie de biquinho nos lábios levemente carnudos, enquanto dormia. Nas pálpebras meio rosadas, que iam de contraste com cílios cheios e grandes. Nas bochechas salientes.

Minha irmã era mesmo linda.

Eu teria trabalho quando ela for mais velha.

Deixei-a dormindo por mais um tempinho, enquanto me arrumava.

Tomei um banho rápido para despertar.

Coloquei uma camiseta pólo branca e calça jeans, coloquei qualquer tênis e joguei minha jaqueta de couro por cima do ombro.

Enquanto eu tentava domar meu cabelo, decidi acordar Shelby.

— Shel... _ Falava, mexendo no cabelo dela. _ Acorda, pequena.

Ela virou manhosa para mim, e tornou a virar a cara, para o travesseiro.

— Só mais cinco minutos, Dre...

Ri da manha dela.

E a puxei pelo pé. Ela gritou, em meio a gargalhadas, e prendeu as mãos nas grades da cama.

Mas, por fim, acabei ganhando dela.

E a carreguei por cima do ombro, como se ela fosse um saco de batatas, ainda ouvindo suas risadas, até o banheiro.

Coloquei-a no chão do banheiro.

— Estou acordada, seu chato. Agora cai fora... _ Disse me empurrando para fora do mesmo.

Ri e sai.

De volta no quarto, terminei de arrumar minhas coisas, e arrumei os da Shelby.

O material dela era todo arrumado, organizado. Completamente ao contrário do dela.

No caderno dela havia nossas fotos coladas, e frases de cantores, livros e filmes que ela gostava.

A principal era uma foto dela abraçada a mim.

Foi no aniversário dela. Eu a levei ao parque.

Ela tinha um sorriso lindo na foto. Abaixo havia a frase:

 

“Nunca desista e continue em frente. Amanhã é outro dia. E pode ser um dia ruim, mas é outro dia. Os dias bons vão chegar. Você só precisa continuar trabalhando e lutando, sem desistir.”

— Demi Lovato.

 

Sorri. Minha irmã era forte. Muito. Principalmente para a idade dela.

Deixei-a terminar de se arrumar e fui fazer o café da manhã dela.

Meus pais estavam no quarto. E não desceriam até termos ido para a escola. Pouco me importava com isso.

Ela desceu logo em seguida, já com a mochila nas costas. Trazia a minha junto.

— Por acaso vai para a escola sem material, Dre? _ Revirava os olhos. Parecia muito comigo quando fazia isso.

— Claro que não. Estava com preguiça, e sabia que minha maninha iria trazê-la pra mim. _ Zoei.

Deu-me um tapa no ombro.

— Folgado. _ Tentou fazer cara de zangada. Mas acabou por rir.

Esperei ela terminar o café dela.

Essa menina não vivia sem tomar café.

E saímos.

Dei um dos capacetes para ela e tirei a moto, minha bebê, da garagem. Ela subiu e se agarrou a mim.

Chegamos à escola dela rapidamente. Ela desceu já tirando o capacete e disse:

— Não se atrase... _ Me deu o capacete.

— Claro, pequena. _ Me deu um beijo no rosto e correu até suas amigas que se encontravam em frente a entrada da escola.

Observei-a por um momento ainda, acelerei a moto e fui para o meu inferno.

 

~ *.* ~

 

I don't mind spending everyday

Out on your corner in the pouring rain

Look for the girl with the broken smile

Ask her if she wants to stay awhile

And she will be loved

She will be loved ♫ ♩

(She Will Be Loved – Maroon 5)

 

Logo na entrada da escola, avistei aqueles que eu, por algum motivo, chamava de amigos.

Era o time de basquete da escola. E, é claro, as líderes de torcida.

Logo que desci da moto, Lavigne me agarrou.

Ela era bonita, não posso negar.

E, por ser a mais popular da escola, e ditada como a gostosa por todos os meninos, era considerada a melhor garota para ser minha namorada, de acordo com o time.

Mas o fato é que ela era muito chata. Sempre estava cismando com roupas e maquiagem, e queria até que combinássemos as roupas. Era a paranoia em pessoa.

— Oi amor. _ Disse com a voz melosa.

— Oi... _ Nunca a chamei de amor.

Ela parecia não se importar. Gostava mesmo era de mostrar para todos que éramos namorados.

Os populares da escola e esse lance todo.

Ela se agarrou a mim, para que todos pudessem ver que, de acordo com ela, eu era propriedade dela. Revirei os olhos com isso. Apenas ignorei.

Os garotos falavam do próximo jogo. As garotas de algum erro de moda de alguma aluna. Assuntos chatos.

Apenas coloquei meus fones e ignorei todos.

— Vou para a sala. Vejo vocês depois. _ Não esperei respostas. Apenas saí.

 

~ *.* ~

 

But I wonder where were you

When I was at my worst

Down on my knees

And you said you had my back

So I wonder where were you

When all the roads you took

Came back to me

So I'm following the map that leads to you

The map that leads to you

Ain't nothing I can do

The map that leads to you

Following, following, following to you

The map that leads to you

Ain't nothing I can do

The map that leads to you

Following, following, following  ♪ ♯

(Maps - Maroon 5)

 

As aulas passaram rapidamente.

E durante as aulas, percebi que, mesmo sem querer, eu acabava por procurar por certa garota dos cabelos escuros e dos olhos verdes. Mas não a achei.

Por que estou procurando ela mesmo? Nunca nem falei com ela.

Talvez eu tenha gostado da forma como ela agiu, me desafiando.

Gostei de saber que ela não tem medo de falar com quem a alfineta, mesmo sem conhecer.

Admirei-a por isso.

O professor de Inglês interrompeu minha linha de pensamento com uma pergunta sobre o assunto que não tive nenhum interesse em saber qual era.

Tentei tirar aquela garota petulante da cabeça e resolvi fingir que prestava atenção na aula.

 

~ *.* ~

 

Fading in, fading out

On the edge of paradise

Every inch of your skin is a holy grail I've got to find

Only you can set my heart on fire, on fire

Yeah, I'll let you set the pace

Cause I'm not thinking straight

My head spinning around I can't see clear no more

What are you waiting for? ♪ ♯

(Love Me Like You Do - Ellie Golding)

 

Finalmente o fim das aulas do dia.

Sinceramente, não prestei atenção a nenhuma aula. Não prestei atenção em ninguém, na verdade.

Só via as horas passarem. Nem mesmo encontrei com meus amigos.

Só treinei na quadra, ouvi músicas e fiquei em sala de aula ignorando todos.

Para os outros, isso era considerado rebeldia.

Consideravam-me um rebelde sem causa. Um garoto “marrento”.

Eram uns idiotas mesmo.

Eu só queria ir embora mesmo.

Sai antes mesmo de todos.

Fui buscar a Shelby.

Quando cheguei à escola dela, ela já me esperava. Subiu a moto, e antes de colocar o capacete, falou:

— Tenho uma nova amiga na escola. O nome dela é Natália. _ Estava sorridente.

— Sério? E ela te aguenta? _ Brinquei. Ganhei uma tapa no ombro de recompensa.

— Chato. _ Colocou o capacete. Acelerei e ri.

 

~ *.* ~

 

Já em casa, Shelby lanchava no chão da sala e assistia Lilo e Stich. O desenho favorito dela.

Eu fazia algum resumo idiota que foi dado como dever de casa, sentado no sofá. A casa estava com um silêncio confortável, interrompido apenas pela voz da pequena, repetindo as falas do filme.

Até que meus pais entram gritando. Meu pai estava claramente bêbado. Minha mãe gritava chamando-o de imbecil. Não tinham reparado nossa presença até o momento.

Até que meu pai fez algo que assustou.

Agarrou Shelby pelos braços e gritou:

— Você não é nada mais do que uma perca de tempo. Tanto você quanto sua mãe.

Minha mãe estava calada, apenas olhando.

Estava bêbada também.

Soltei minha irmã das mãos do meu pai.

Os braços dela estavam com as marcas dos dedos dele. Ela chorava compulsivamente.

Escondeu-se atrás de mim.

— QUAL É O SEU PROBLEMA? _ Gritei.

— Acha que você é algo na merda da minha vida também? _ Ele disse. _ VOCÊ É TÃO IMPRESTÁVEL QUANTO ELAS.

— ACHA QUE EU ME IMPORTO COM O QUE ACHA DE MIM? _ Rebati. _ VOCÊ É UM IMBECIL.

Ele tentou vir para cima de mim, mas acabou caindo. Estava bêbado demais.

Virei para minha mãe.

— Sabe... Tenho pena de você. _ Olhei bem nos olhos dela. _ HAJA COMO MÃE ALGUMA VEZ NA VIDA.

Ela continuou em silêncio.

Sai daquele lugar, levando minha irmã comigo.

Ela ainda chorava.

Quando já estava distante de casa, me ajoelhei, para ficar da altura dela, peguei seu rosto em minhas mãos e falei olhando em seus olhos.

— Não chora, mana. _ Limpava as lágrimas que caiam no seu rosto. _ Sabe que estou com você.

— Eles me odeiam. _ Lamuriava. _ Meus pais me odeiam.

— Olha pra mim. _ Disse, odiando profundamente a ver daquele jeito. _ Eu te amo. Isso não basta?

Ela olhou para mim.

Deu um sorriso, em meio às lágrimas.

— Também te amo. E sim, basta!

Abracei-a!

— Agora, o que acha de irmos tomar o sorvete que te prometi ontem?

— SIIM! _ Pulou nas minhas costas.

Carreguei-a até a praça que havia perto de casa.

E só a desci quando chegamos ao mesmo.

— Quer sorvete de que?

— Chocolate, é claro! _ Ri de sua resposta.

Fui até um sorveteiro que havia por ali e pedi o sorvete. Paguei após receber o mesmo.

Virei para trás, a fim de entregar o sorvete a Shelby, mas não a encontrei.

Procurei-a e não a encontrava. Bateu certo desespero.

Até que a vi conversando com alguém.

Ouvi parte do que minha irmã falava à jovem que se encontrava com ela. Ainda não tinha identificado quem era.

— ... Ali está meu irmão. _ E se virou apontando para onde eu me encontrava.

E a moça que falava com ela virou-se para mim. Nossos olhos se encontraram.

Era ela. A leoa. A garota petulante. A garota que não saia da minha cabeça.

Ela me olhava sem dizer nada.

Parecia que as palavras tinham sumido da minha boca. Esqueci como se falava.

— Olha... É a Nathy ali. _ Shel disse apontando mais a frente e em seguida correndo para uma garota, que usava uma camiseta da cantora que sabia se chamar Demi Lovato graças a minha irmã, e aparentava ter a idade dela. A nova amiga dela.

Deixei-a ir.

Ela me deixou sozinho com a garota. Não soube o que falar.

Só a olhei.

Ela era linda.


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Notas finais do capítulo

[Oh Wow Thaynara]: Comentem, vai! *o*
[Liandra Salvatore Stonem]: Façam esse bem a essas autoras principiantes.



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