Nothing Left To Say escrita por Rhiannon
Notas iniciais do capítulo
Sério, vcs não tem noção do qnto fiquei feliz qndo vi que já tinha passado dos 200 comentário e dos 100 leitores. Mesmo, galera, obrigada
Nico
Os lábios de Jason se encaixavam perfeitamente nos meus.
Tudo bem, isso soou meloso demais. Vamos apenas dizer que ele beija bem e que eu gostaria de passar muitas e muitas horas com ele.
– Ouviu isso? – Jason perguntou com a voz carregada de ansiedade. – Parece que tem alguém po... – ele parou subitamente prestando atenção em algo que eu não sabia dizer o que era.
Tudo o que ouvi foi o som dos pássaros voando ao longe e o vento balançando as árvores. Mas não acho que era a isso que ele se referia. Mordi seu lábio com certa força, como se fosse um castigo por ele ter interrompido o beijo.
– Ain – o loiro resmungou, ficando ereto e se distanciando de mim. Suas bochechas estavam levemente coradas, o que, admito, o deixava mais fofo que o normal.
Bufei irritado e me apoiei nos cotovelos, ficando sentado na lataria do carro. Não me lembro de como fomos parar ali. Quando saímos do lago estávamos completamente molhados e com frio, então tratamos logo de nos vestir, mas de uma maneira que eu não sei explicar, acabamos com ele me jogando em cima do carro e me beijando de uma forma que eu nunca vou esquecer.
– Hm. O que foi? – resmunguei encarando as costas de Jason. Ele vestia um jeans azul meio surrado, blusa branca e coturnos pretos. A jaqueta estava em sua mão direita, enquanto a esquerda, em cima dos olhos, parecia ajudá-lo a procurar alguma coisa entre as árvores do local. Observei que seu pescoço estava avermelhado na região onde eu havia lhe dado um chupão mais cedo, ainda quando estávamos com a água cobrindo nossos corpos. Pensar naquilo me fez estremecer.
Eu não sabia por que o tinha beijado, simplesmente me pareceu apropriado para o momento. Pergunto-me se fiz a coisa certa. Mas agora, tudo parece certo com ele.
– Eu ouvi alguma coisa. – disse me tirando de meus devaneios.
Vestindo apenas minha calça e o par de all star, apoiei meus pés no chão e fiquei de pé ao seu lado.
– Não tem nada ali. – falei encarando as árvores á uns metros a nossa frente.
– Ouvi algo ali. – repetiu pondo os braços ao lado do corpo e franzindo o cenho.
Olhei mais atentamente, o vendo continuava a balançar os arbustos e os galhos das árvores. Mais para a direita, estava a casa azul que provavelmente estava vazia, segundo Jason. Nada fora do normal para o que se esperava da natureza e de uma casa abandonada.
– É só vento. Ou um animal. Não tem nada de mais.
– Mas eu... – ele começou, se interrompendo – Ah, deixa pra lá, não deve ser nada. Eu devo ter imaginado. – mas continuou a encarar o mesmo lugar.
Suspirei, o observando, me pus a sua frente. Eu era mais baixo, então tive que erguer o olhar para encarar seus orbes azuis como o céu. Arqueei as sobrancelhas. Um sorriso brincou em seus lábios enquanto observava meu peito nu.
– Você precisa urgentemente de um bronzeado. – ele disse.
– Só de um bronzeado? – indaguei. – Eu preciso disso.
Ele abriu a boca para dizer qualquer coisa, mas o impedi, quebrando a distância entre nós e colando nossos lábios em um selinho demorado. Suas mãos foram até minhas costas e me puxaram para mais perto de si. Era quase como se ele quisesse buscar todo o contado possível entre nós, o que eu aprovava. Instintivamente, minhas mãos foram até sua nuca. Logo, sua língua pediu passagem e eu cedi, lembrando de tudo o que aconteceu desde que chegamos nesse lugar.
Nada de sexo no lago ou coisa parecida. O que surpreendeu até a mim mesmo. Eu era o tipo de cara que não ficava só nas preliminares, e sim o que partia logo pra ação. Mas com Jason a coisa foi diferente, nada rápido demais, mas também nem tão lento. Fora que eu sabia que ele nunca tinha feito isso com outro garoto, então seria sua primeira vez. E primeiras vezes têm que ser especiais, com pessoas especiais. O que não foi meu caso, se parasse pra pensar bem.
Jason me ergueu no ar e deu uma volta de 180° graus graciosamente enquanto me beijava. Ele me pôs no chão novamente e, ainda sem me soltar, disse:
– Você não me disse o que significa essa tatuagem.
– Por que... – comecei, arfando. – você acha que toda tatuagem precisa de um significado?
– Não acho. Mas a sua parece ter. – opinou. – Você não me parece do tipo de pessoa que faz algo só por fazer.
Afastei-me poucos centímetros dele, respirando profundamente, e passei o dedão pela tatuagem de três pássaros negros na clavícula.
– São corvos. Sabe o que significam? – indaguei.
– Normalmente estão ligados a morte.
Neguei com a cabeça em um gesto impaciente.
– Isso é o que todos pensam quando vêem um corvo; pensamentos negativos. Mas não é bem assim. – o encarei. Estalei a língua e continuei. – O corvo é um símbolo da mente, pensamento e sabedoria. Segundo a lenda nórdica do deus Odin, fora acompanhado por dois corvos: Hugin, que representava o poder do pensamento e busca ativa de informações, e Mugin, representavam a mente, e sua capacidade de intuir o significado ao invés de caça para ele. Odin enviava estes dois corvos a cada dia e, no final do dia, eles voltariam para Odin e contavam tudo o que tinham espiado. Inúmeras culturas apontam para o corvo como um prenúncio de segredos poderosos. Além disso, o corvo é um mensageiro também, então o seu trabalho é tanto manter como comunicar mistérios profundos.
Jason parecia impressionado.
– Então... você desenhou três pássaros na sua pele porque os acha interessante?
– Bem, tecnicamente não fui eu a desenhar. Mas tudo o que disse li em um lugar qualquer. São três, um para cada. Mamãe, Bianca e... Hazel. – sorri – Devia ter visto a cara do meu pai ao me encontrar com isso na pele, mas ele relaxou ao descobrir o significado.
– Posso imaginar. – respondeu. Em seguida me lançou um olhar questionador. – E o piercing no mamilo... ?
– Ah, isso foi um pouco mais difícil de ele aceitar. – falei rindo – Na verdade foi loucura do momento. Eu costumo fazer as coisas sem pensar nas consequências.
Me aproximei novamente dele e o beijei lentamente. Suas mãos foram até minhas costas e ficaram vagando por ali. Havia algo dentro de mim que eu não sabia dizer ao certo o que era. Não queria que aquele momento passasse nunca.
Ele me puxou para mais perto de si pelo cós de minha calça.
– Seu eu pudesse – ele murmurou com nossos lábios a poucos centímetros de distância. – congelaria o tempo aqui. Nós dois ficaríamos a eternidade nesse lago. Sozinhos.
Mordi o lábio inferior.
– Nós compartilhamos do mesmo sentimento. – falei com sinceridade.
Ele sorriu e me abraçou com carinho.
– Devíamos ir agora. – falou, com tristeza evidente na voz.
– Mas já? Ainda tem tempo.
– Você está tremendo de frio.
– Você pode me esquentar.
– Tem razão. Mas de qualquer jeito, precisamos ir.
– Nem escureceu ainda.
– Amanha é segunda, tem aula e...
– É mesmo, esqueci que você é o cara certinho e eu a má companhia. – me soltei de seu abraço, revirando os olhos, um pequeno sorriso saia de meus lábios. – Então vamos logo. – falei.
Dei as costas para ele, sem o esperar, sentindo seu olhar sobre mim, sorri ainda mais, depois franzi o cenho. Peguei minha blusa em cima da lataria do carro e a vesti, agradecendo pelo calor que ela proporcionava. Mas nada era tão bom quanto o calor de Jason Grace.
– Nós poderíamos voltar aqui qualquer dia desses – sugeri sem pensar realmente no assunto. Mas, quando as palavras saíram de minha boca, percebi que queria aquilo realmente.
Ele pareceu surpreso e ao mesmo tempo feliz com aquilo.
– É – concordou enquanto fechava a porta do carro. – Nós devíamos voltar aqui muitas e muitas vezes.
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Sei q vcs queriam lemon. Sorry T-T tá meio na cara oq vai acontecer agra, né? aslaksjalsk e eu qria dizer q talvez o próximo cap demore um pouco. Problemas pessoais. Mas vcs n tem nd a ver com isso