Pagina 10 escrita por Cold Girl


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, realmente eu tenho que dizer que estou muito decepcionada. Eu estou pedindo míseros comentários e muitos de vocês, a maioria, não faz. Peço desculpas aquelas que sempre comentam, mas a minoria paga.
Eu estou bastante ocupada e os capítulos estão refletindo a falta de ajuda de vocês. Desde então peço desculpas se for ruim, mas foi o melhor que consegui.
Espero que comentem.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480919/chapter/25

Durante os primeiros minutos em que abri os olhos não me lembrei de nada, somente aos poucos as imagens de ontem à noite foram ganhando foco. Passei a mão pela lateral do meu corpo, onde pequenas manchas vermelhas marcavam os lugares onde fui apertada com mais força. Sorrindo, virei para o loiro esticado ao meu lado, em um sono profundo. Seus lábios estavam entreabertos e ele respirava tranquilamente. Observei ele dormir durante algum tempo até o meu celular tocar em algum lugar do cômodo, me assustando. Peeta abriu os olhos preguiçosamente e se espreguiçou, a imagem da preguiça. Foi uma cena tão fofa que acabei deixando o celular tocando enquanto o observava.

–Bom dia. – Ele murmurou.

–Bom dia. – Respondi e me aproximei dele, beijando seus lábios em um selinho.

Suas mãos agarram minha cintura e deixaram escorregar o fino cobertor que cobria meu corpo. Ele aprofundou o beijo e rapidamente se deitou sobre mim, as mãos já a caminho da parte interna das minhas coxas. Com muita força de vontade afastei suas mãos, segurei seu rosto e interrompi o beijo de um loiro que ficou claramente frustrado.

–Nada disso, temos muito que fazer hoje.

–Como o que?

–Como... eu tenho que trabalhar e você... bom, você pode me levar para um restaurante, já que conhece tudo por aqui.

Ele pareceu pensar por um momento, sorrindo. Depois se levantou, sem o menor pudor pelo fato de estar nu, e indicou com a cabeça o banheiro.

–Acho que primeiro precisamos de um banho.

Eu sorri maliciosamente e levantei da cama, beijando-o na metade do caminho até o banheiro e tomando um banho de quase duas horas.

~

O resto da semana se passou do mesmo modo. Peeta e eu tentávamos compensar o tempo perdido passando o dia inteiro quase na cama, já que nem Gale ou Madge haviam tentado me ligar ao longo dos dias, nem mesmo á trabalho. Ele havia me ensinado muito, algo que me surpreendeu bastante: quem diria que aquele loiro com aparência de “certinho”, sempre de camisa social e um sorriso educado no rosto poderia ser tão experiente e insaciável na cama? Ele havia aprendido meus “pontos fracos”, onde eu era mais sensível, e usava isso a seu favor. Eu, por outro lado, tentava ser sensual e provocá-lo da mesma maneira, mas falhava vergonhosamente. Ele também havia me levado para conhecer Veneza, apropriadamente. A cidade era incrível, tudo aquilo que eu havia sonhado e parecia até mais romântica ao lado dele. Eu estava vivendo uma lua de mel: trabalhando naquilo que gostava com o homem pelo qual eu havia me apaixonado na cidade mais linda do mundo. Outro ponto a ser mencionado seria Johanna que só havia aparecido no quarto no fim daquela segunda-feira, trazendo o casaco de Peeta e a caixinha de primeiros socorros que havíamos deixado na noite anterior. Eu sentia meu rosto pegar fogo pela vergonha dos atos impensáveis da noite anterior e ela parecia igualmente constrangida quando largou os objetos na mesa do centro da sala. Peeta, nem um pouco discreto ou sensível, basicamente nos obrigou a fazer as pazes, alegando que a sua melhor amiga e a sua namorada não poderiam continuar brigadas para sempre. Meu sangue ferveu ao ouvi-lo chamá-la de melhor amiga, mas tudo foi esquecido quando notei que ele havia me chamado de namorada. Eu nunca havia sido chamada por alguém antes assim, como tanto carinho e compromisso quando apenas uma palavra poderia desempenhar. Era algo diferente e inovador, além de muito assustador. Depois do meu pai eu nunca havia me permitido sentir nenhum tipo de afeto dessa magnitude e agora vem esse loiro que já está me deixando completamente louca? Fiquei tanto tempo debatendo mentalmente que só lembrei-me do mundo a minha volta quando Johanna passou os braços ao redor da minha cintura e me abraçou. Abracei o seu pequeno corpo mecanicamente e fiquei feliz por voltar a tê-la como amiga, mas o medo de perder Peeta se tornou algo constante nos dias seguintes.

~

No meio da semana, durante o intervalo entre uma matéria, Peeta me levou ao Parque regional do Rio Sile, “o maior rio europeu nascido de efluentes que atravessam a doce planície vêneta entre Treviso e Veneza” segundo ele. Um parque um pouco mais afastado do centro da cidade com uma paisagem digna de filmes com fotografias excelentes. Enquanto caminhávamos, agarrados um ao outro pelo frio cortante e tomávamos cafés fumegantes eu perguntei sobre o emprego no jornal.

–Ah, Kat, é uma longa historia.

Eu sorri e indiquei a extensão do parque.

–Temos bastante espaço para conversar.

Peeta balançou a cabeça e riu, depois beijou meus lábios e suspirou, tomando outro gole do café enquanto pensava por onde começar.

–Eu não acho que o meu futuro esteja no jornal. Quer dizer, eu amo aquele lugar e adoro trabalhar com você, Johanna e o resto do pessoal, mas eu não quero mais ser jornalista.

Por sorte era ele quem estava segurando os copos de plástico, pois era bem provável que eu tivesse derrubado o meu neste momento. Não cursar jornalismo era uma coisa estranha para mim, alguém que amava tanto a profissão, mas cursar e não querer trabalhar com isso era algo além da minha compreensão.

–Co... co... como assim?

–Katniss, você tem que entender que eu cursei jornalismo porque amava escrever, mas também porque queria fugir da minha família e não morar mais por aqui, perto de tantas lembranças. Apenas no final do meu curso foi que notei que não era realmente isso que eu gostaria de fazer, mas era tarde demais e eu não daria o prazer para minha família de provar que eles estavam certos.

Caminhamos por longos trechos até que consegui reunir palavras suficientes em uma frase para dizer.

–O que quer fazer, então?

Ele sorriu, como se tivesse orgulho do que iria dizer. Esperei por algum tipo de revelação e pus um sorriso no rosto tentando mostrar confiança.

–Eu tirei esses dias para pensar em tudo aquilo que me fazia feliz e cheguei a uma conclusão. O primeiro passo foi deixar bem claro para minha família que Antonieta e eu nunca voltaríamos e eu iria viver do meu jeito a partir de agora, por isso me mudei. Também cheguei a conclusão que eu gostaria de ser professor, por isso deixei que me demitissem do jornal. Sei que Gale tentou fazer de tudo para impedir e o agradeço muito por isso, mas era mais fácil assim.

O orgulho em seus olhos era quase palpável. Ele estava muito feliz com a escolha e eu o admirava muito por isso, até o amava por isso. Sorri o maior sorriso desde o momento em que decidi que o amava e não contive meus impulsos ao pular no seu colo e o beijar. Como sempre, logo nossas mãos tomaram conta dos nossos impulsos e estávamos frustrados pela quantidade que roupas que separavam nossas peles. Peeta tentou passar a mão por dentro da minha camisa, por baixo do casaco, mas junto com seus dedos uma rajada de vento fez com que eu me afastasse.

–Tudo bem, tudo bem, aqui não dá. – Ele disse, escondendo as mãos dentro do casaco.

–Meu quarto? – eu perguntei, a sobrancelha erguida.

Peeta sorriu maliciosamente e pegou a minha mão, praticamente correndo até onde ele havia deixado o carro – sim, ele havia alugado um carro para me mostrar a cidade – e dirigindo até nosso hotel.

~

Eu estava terminando de arrumar a minha ultima mala, faltando um pouco mais de 24 horas para voltarmos para o solo americano. Honestamente, eu estava triste. Muito triste. Parecia que o meu sonho de conhecer esta cidade tão linda havia passado correndo e eu nem havia aproveitado tudo o que podia. Por outro lado, eu estava morrendo de saudade de Madge, que ainda não havia me ligado para explicar o incidente com Gale, e de Finnick, que havia trocado cerca de três emails e cinco mensagens de texto comigo durante todos esses dias. Ele iria ouvir um sermão quando eu visse aquele loiro ridículo.

–Por favor, me diga que está é a ultima.

Eu dei uma risadinha e concordei com a cabeça enquanto Peeta terminava de ajeitar minhas malas num canto do quarto. Ele havia passado aquela manhã inteira ajudando a mim e a Johanna com as malas. Foram cerca de dez malas, somando as minhas as dela. A morena havia descido para se despedir de Cato, com quem ela ainda mantinha um relacionamento. Peeta parecia saber exatamente quem ele era e se juntou a mim pedindo que ela o deixasse, mas ela era mais teimosa que ambos. Ele também disse que preferia que quando voltasse outra pessoa explicasse quem ele é, o que me deixou curiosa, mas tive que respeitar sua decisão. Quando, enfim, conseguimos fechar o zíper da ultima mala, pus meu casaco e de mãos dadas com Peeta descemos o elevador até o saguão. Depois do todos aqueles dias eu já havia me acostumado a andar de gôndolas, portanto fui chamar uma para nos levar ao restaurante. Havia combinado o preço com o gondoleiro enquanto Peeta atendia uma ligação quando uma figura chamou a minha atenção. Uma mulher alta e muito magra, os cabelos loiros e a pele branca andava em minha direção, quase aliviada. Seu casaco escuro contrastava com a luz e a maioria dos casacos coloridos e chamativos que a maioria dos turistas usava. Logo eu a reconheci como minha mãe. Meu corpo não teve nem tempo de reagir ao impacto de vê-la naquele lugar quando suas mãos contornaram o meu corpo num abraço urgente.

–Filha!

–Mamãe? O que faz aqui?

Ela afastou-se alguns centímetros, mesmo depois de eu não tê-la abraçado de volta, e olhou em meus olhos por um tempo.

–Eu esperava que você ficasse no mínimo feliz em me ver, Katniss. Onde estão os seus modos com a sua mãe? Faz mais de um ano que você não me vê, querida.

Eu revirei os olhos e me afastei um pouco mais, procurando por Peeta. Ele prestava atenção em mim enquanto respondia a outra pessoa no telefone. Meus olhos deviam ter demonstrado quase pavor, pois ele tratou logo de desligar e vir em minha direção, em passos rápidos. Quando estava próximo o bastante, contornou minha cintura com o braço e sorriu para minha mãe.

–Está tudo bem por aqui?

–Tudo sim – Eu suspirei e olhei fundo em seus olhos azuis. – Peeta, está é minha mãe, Amanda Everdeen.

Peeta piscou discretamente para mim antes de virar-se para minha mãe, aquele sorriso bobo e sedutor ao mesmo tempo, enquanto estendia sua mão e cumprimentava-a. Mamãe encantou-se instantaneamente pelo loiro.

–Prazer, Sra. Everdeen.

–Por favor, me chame de Amanda.

Peeta sorriu e voltou a me abraçar, desta vez mais forte, como se soubesse que eu iria precisar do apoio do corpo dele. Ambos se voltaram para mim, olhos com perguntas diferentes das quais eu não conseguiria me livrar tão cedo.

–Mamãe, você não se explicou. O que faz aqui?

Seus olhos se arregalaram novamente, como quando ela vinha em minha direção alguns minutos atrás, e olharam em volta, procurando algo.

–Será que podemos nos sentar em algum lugar calmo e conversarmos?

–Na verdade, estávamos indo almoçar e... – Eu não odiava minha mãe, apenas não queria que ela estragasse o ultimo dia nesse paraíso me arrastando para mais um dos seus problemas.

–Katniss, acho melhor entrarmos. – Peeta me interrompeu, recebendo um olhar de agradecimento de mamãe.

Revirei meus olhos mais uma vez antes se segui-los de volta ao hotel. Entramos os três no elevador, subindo até o meu andar e entrando no quarto vazio. Depois de perguntar o que queríamos, Peeta saiu do quarto com o pretexto de trazer algo para comermos, não sem antes me dar um beijo, o que atraiu ainda mais a atenção de minha mãe. Sentei-me em frente a ela num dos sofás que havia na pequena sala do quarto, esperando que ela falasse. Ela avaliou todo o quarto e respirou fundo antes de começar com sua voz suave.

–Então, ele é seu namorado?

–Sim.

–Você o ama?

–Claro que sim.

–Por que não me falou nada sobre ele?

–Foi a pouco tempo que isso aconteceu, mãe.

–E por que não me contou que vinha a Itália?

–Foi tudo muito rápido, mamãe, eu não tive tempo de ligar. Me desculpe.

Ela levantou uma mãe e abanou, como se já esperasse por isso. Respirei fundo e usei toda a minha concentração para me manter calma. Levou alguns minutos, tempo suficiente para Peeta voltar. Ele entrou e perguntou se podia esperar ali, pois a comida demoraria alguns minutos. Arrastei-o para o meu lado e fitei minha mãe, esperando que ela revelasse o motivo da vinda.

–Então, eu liguei para a sua casa a algum tempo e Madge me disse que você estava aqui, portanto eu ajeitei algumas coisas e decidi vir falar com você pessoalmente sobre...

–Mamãe?

Quando a Sra. Amanda começa a enrolar muito para chegar logo ao assunto é porque é algo sobre o qual ela não se sente confortável falando, o que geralmente tem a ver comigo, Prim ou papai. Seus olhos agora encaravam o chão e ela parecia agita, mas mesmo assim não terminava a frase.

–Mamãe? Onde está Prim? Está tudo bem com ela?

Ela começou a chorar instantaneamente, me deixando ainda mais nervosa. Peeta levantou-se e sentou ao seu lado, tentando acalma-la enquanto eu gritava com ela e implorava para que falasse de uma vez.

–Mãe? Onde está Prim? O que aconteceu com ela? Mamãe?

–Ela... ela... ela está grávida, Katniss.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Recapitulando o que disse antes, eu realmente peço que comentem um simples "gostei" se não quiser escrever muito. Já faz a sua parte e me ajuda realmente, mesmo que seja para um "não gostei", o que será de grande ajuda para mim melhorar.
Foi um capítulo grande, então espero que levem isso em consideração.
O próximo capítulos saí assim que vocês comentarem, então por favor, não me façam esperar duas semanas para postar, eu adoro isso aqui.
Até a próxima.