Ressurgente escrita por Let B, Muh


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oi!!Como vocês estão, gente?
Desculpa pela demora!! Foi mal mesmo, viu? Essa foi a última semana de aula, ou seja, foi uma semana corrida. Sorry!!
Bem, mas pelo menos o cap está aqui.
Espero que gostem!! :)
Obrigada as pessoas mais divas do mundo por comentarem o capítulo passado!!
*lorenleca
*Maaa2014
*Star
*jhejhe
*anny Jackson chase
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*LittleDarkAngel c



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P.O.V Tobias

Foi praticamente uma tortura para Tobias sair para trabalhar quando viu o rosto calmo de Tris que estava deitada em sua cama enrolada nas cobertas ainda dormindo. A "conversa" que os dois tiveram na noite anterior durou mais do que esperado, portanto ela havia dormido lá mesmo. Tobias deu um beijo demorado em sua testa e saiu deixando um bilhete.

Ao longo do caminho seu coração não se desacelerou. A felicidade de tê-la de volta era tão grande que quase não cabia em seu coração. A lembrança do seu cheiro, do seu toque e da sua voz o assombravam de uma maneira boa. Havia um sorriso enorme no seu rosto e que não sairia de lá tão cedo.

Andou calmamente pelo local sem se importar com os seus ferimentos causados pela briga recente com Damon, afinal, segundo o que Zeke havia lhe dito todos na cidade souberam do ocorrido. Cumprimentou todos pelo caminho, estava tão feliz, e ninguém lhe fez perguntas sobre as fofocas. Tobias estava um pouco preocupado com o que a repercussão da briga poderia causar na sua imagem, afinal seu cargo era tecnicamente no governo e isso poderia causar-lhe problemas. Ele teria que conversar com Johanna sobre isso.

Encontrou com Matthew no caminho. Tobias teria passado direto por ele, mas Matthew parecia querer conversar. Ele contou que Jacob havia partido depois de se saber o resultado de alguns exames. Tobias não fazia ideia sobre o que Matthew estava falando, mas quando o questionou Matthew disse que aquele não era o momento. Apenas disse que o resultado dos exames também era importante para Beatrice e pediu para Tobias avisá-la que ele e Caleb precisavam conversar sobre isso com ela.

Isso o deixou ainda mais preocupado. Por mais que tentasse, ele nunca havia conseguido gostar e muito menos confiar em Caleb. Não adiantava quanto tempo passasse, ele sempre lembraria como Caleb havia traído a irmã e mesmo assim Tris havia se sacrificado para salvá-lo. Depois que Tris voltou, ela chegou há morar um tempo com Caleb, mas não parecia ter criado nenhum vinculo mais profundo com ele. Ele não sabia o porquê disso e nem sabia o quanto Caleb havia contado a ela sobre o que ele fizera, mas havia percebido que ela não parecia está muito interessada em bancar a boa irmãzinha com ele. E por mais egoísta que isso pudesse parecer, Tobias estava absolutamente feliz com isso.

Pensou no que Matthew havia tido, que aquilo era importante para ela. Isso o deixava curioso e ansioso, mas o fato de Caleb estar envolvido o deixava apreensivo. Talvez ele pudesse esperar um pouco para contar a ela sobre a conversa com Matthew.

...

— Aí esta a fofoca da semana. — disse Johanna quando Tobias entrou em sua sala — Como você está?

— Muito bem na verdade. — respondeu — Aconteceram tantas coisas boas em tão pouco tempo que esses machucados nem doem mais.

— Pelas fofocas já posso imaginar. — sorriu.

Johanna tinha ficado radiante quando soube que Tris havia "voltado a vida", Tobias não havia explicado a ela todos os detalhes, como por exemplo, o fato de que o governo estava por trás disso. A mulher apenas ficou um tanto chateada quando soube que Tris não se lembrava dela, porém compreendeu. Johanna queria reencontrá-la para que ela pudesse conhecê-la novamente.

Ele e Johanna tiveram uma breve conversa sobre a briga dele com Damon e sobre Beatrice. Johanna o tranquilizou, ela não acreditava que isso o prejudicaria já que todos na cidade o conheciam e gostavam dele. Além disso, ela pareceu extremamente satisfeita com a partida de Damon, já que por ser um opositor do Governo ele era considerado um criminoso. Tê-lo ali poderia causar problemas para todos na cidade, e ela confessou a Tobias que temia que se ele permanecesse lá por muito tempo cedo ou tarde alguém de fora descobriria. Tobias se surpreendeu quando ela mencionou isso, ele nunca havia realmente pensado sobre o que a tal de Revolução realmente significava, pelo menos não até agora. Até porque pensar que Damon era um criminoso significava que aos olhos do Governo Beatrice também seria. Não, ele não pensaria sobre isso agora, não agora que as coisas entre ele e Beatrice pareciam tão certas.

Saiu da sala de Johanna e foi para a sua. Tentou se concentrar no trabalho, mas não conseguia parar de pensar nela, principalmente como Tris. Sim, ele sabia que ela tinha mudado e que não gostava de ser chamada pelo seu antigo apelido. Beatrice. Em sua opinião ela continuava a mesma pessoa de sempre, a pessoa que se apaixonou por ele e que aos poucos parecia estar se apaixonando novamente.

Quando deu a hora do almoço, Tobias se dirigiu ao pequeno restaurante que havia próximo ao trabalho. Estava distraído e não percebeu quando Zeke se aproximou da mesa onde ele almoçava.

– Então, parece que as coisas voltaram ao normal. – Zeke perguntou. Tobias levantou a cabeça para olhar para o amigo, e percebeu que Zeke tinha uma expressão sombria. Ele sentou-se à mesa onde Tobias estava e o encarou. - Olha, eu estou sinceramente feliz por você. - ele começou, não parecendo estar nenhum um pouco feliz. – E acredite, eu preferia não ter que dizer para você o que vou dizer agora.

– O que você vai dizer Zeke? Eu sei que o que eu fiz foi errado, o que eu e Beatrice fizemos foi errado. Sei que deveríamos ter resolvido isso de outra maneira, que eu devia ter esperado ela terminar com ele antes...

– Não é só isso. Você não pensou em quem esse cara é? Você nunca ouviu Meg falar que ele é líder da droga da tal da Revolução? E você já procurou ao menos saber o que é isso? Porque eu já, e acredite, eles são um grupo de combate ao Governo atual bem organizado e muito grande. Eles são perigosos, talvez até mais que o Governo. E Damon é o líder. E pelo o que ouvi dizer, ele não tem uma reputação nada boa.

– Eu não tenho medo dele.

– Não tem medo dele? – Zeke riu. – Dele talvez não, mas imagine todo o grupo de pessoas que fazem parte da Revolução. E agora? E se esse cara resolve se vingar de você? Se ele resolve se vingar de todos nós?

– E porque ele faria isso? Ninguém daqui tem nada a ver com o que aconteceu, apenas eu.

– Porque ele está com raiva, porque ele é cruel, porque ele quer ferir você e todos que você conhece.

– Zeke, você está exagerando. – Tobias estava ficando cansado daquela conversa. Ele não gostava de Damon, mas não acreditava que ele poderia fazer algo do que Zeke estava sugerindo.

– Talvez eu esteja, mas alguém aqui tem que pensar nas consequências que o que você fez poderia acarretar para a cidade toda. Já que você parece ter perdido a capacidade. E quer saber, acho que você deveria pensar bem antes de se envolver mais do que já está com essa Beatrice. Não acho que a Tris que eu conhecia teria traído alguém da forma que ela traiu Damon. E você pode não está sabendo ainda, mas Jacob também foi embora da cidade depois do que aconteceu. E ouvi dizer que ele não estava nem um pouco feliz. Eu imagino o que mais ela fez, o que ela fez com ele, para ele ter decidido ir embora.

– Eu sei sobre isso. Matthew me contou e não foi por causa dela. – Tobias estava aborrecido com Zeke e também com si mesmo. Por mais que ficasse com raiva do que Zeke estava falando, era verdade que ele deveria ter procurado saber mais sobre Damon e a Revolução. Mas ele não podia admitir que Zeke falasse daquele jeito de Beatrice. – Ela errou, mas eu também. Que droga, Zeke. Eu conheço ela, eu acredito nela. E por tudo o que ela já fez você também deveria acreditar.

– Espero que você esteja certo, Tobias.

...

Ele retornou ao trabalho, um pouco aturdido pela conversa com Zeke. Mas após alguns minutos, sua cabeça voltou a se encher de imagens de Beatrice. Ele sabia que deveria se concentrar, afinal, existia uma grande possibilidade de que ele pudesse virar um político "de verdade" no próximo ano. Não era certo ainda, mas isso deveria servir como um incentivo para Tobias ficar sério e fazer o seu trabalho sem distrações. Entretanto seu subconsciente continuava a pensar nela.

Foi apenas um dia normal de trabalho. Apenas o mesmo de sempre. A única diferença é que ele não conseguia parar de sorrir. Seus colegas chegaram a estranhar sua felicidade e ao longo do dia, muitos disseram que nunca tinham o visto com um sorriso tão radiante. Apenas Tris poderia fazer isso comigo, pensava sorrindo ainda mais.

...

Provavelmente a última pessoa que Tobias queria ver era Christina. Mas ele não era sortudo.

Após sair do trabalho ele passou em uma padaria próxima para comprar alguma coisa para comer, afinal duvidava muito que houvesse comida em sua geladeira. Ele não esperava que Beatrice ainda estivesse em sua casa, mas para garantir decidiu passar lá. Christina estava próxima e inicialmente parecia sozinha. Ele sabia que ela ouvira as fofocas sobre ele e Tris. Queria saber o que Christina iria dizer sobre esse assunto, porém também estava receoso. Suspirou pensando em ignorá-la, mas não fez isso, Tobias teria que falar com ela um dia mesmo.

— Oi, Christina. — disse com a voz calma.

A outra saltou ao reconhecer a sua voz. Virou-se lentamente com um sorriso levemente forçado estampado no rosto.

—To..Tobias? — gaguejou — Oi! Bom te ver! Apertaram as mãos.

— Christina, aí está você. — uma voz vinda de longe chamou a atenção de ambos. Meg sorria de maneira ligeiramente tímida, mas seu sorriso se apagou assim que viu Tobias.

"Ótimo..." pensou. O fato de Meg o olhar daquele jeito só poderia significar que Christina estava sim com raiva dele.

— Meg. — a cumprimentou com a cabeça e olhou novamente para Christina — Eu queria...hm...conversar com você. Ambos trocaram um rápido olhar.

—Acho que vou deixar vocês sozinhos. — Meg falou com a voz baixa apontando para a saída— Eu vejo você depois...

—Não! —Christina arregalou os olhos e com um pouco de desespero na voz, segurou o braço de Meg e a encarou com intensidade por um momento — Quer dizer, fique.

—Mas...

— Vai ser uma conversa rápida. E Tobias não vai se importar. — Christina olhou para ele — Certo?

Tobias sorriu com o canto da boca e assentiu. O olhar que Christina lançou a ele era do tipo "discorde comigo e você está morto", ele já tinha visto aquele olhar diversas vezes.

—Bem, você já sabe que eu virei parte da fofoca da cidade por causa da briga de Beatrice e Damon. — disse receoso — Eu queria saber o que você acha sobre...bem... como você se sente em relação a isso.

Christina levantou a sobrancelha.

—Sobre a briga entre Damon e Beatrice?

—Não. Sobre o motivo da briga.

—Como você pode ter tanta certeza que eu sei o motivo da briga?

—Você não é burra, Christina. —Boa resposta.

Riram.

— Você está triste ou magoada pelo o que aconteceu? — Tobias continuou — Por favor, me responda.

Antes de Christina responder, Meg declarou que aquela conversa era muito particular para ela se envolver. Desta vez Christina não a impediu, apenas lançou-lhe um olhar de "me desculpa" que Tobias também já conhecia.

— Não me coloque em situações difíceis, Tobias. — Christina sussurrou suspirando pesadamente.

— Como assim?

— Quer saber? Nada que te interesse. — respondeu com um tom levemente irritado — Olha, não se preocupe comigo em relação a sua vida amorosa. Eu entendi. Tris está de volta e ela é a sua alma gêmea, está tudo bem. Vá viver seu conto de fadas! Eu já superei você e nada que você faça ou deixe de fazer vai me afetar nesse nível que você estava pensando.

Tobias piscou os olhos diversas vezes absorvendo as palavras de sua ex-namorada.

—Oh. — disse por fim — Isso é bom. Fico feliz por você.

Christina balançou a cabeça em sinal de despedida e virou-se. Mas pareceu pensar melhor e voltou- se. Agora ela parecia constrangida e mantinha a cabeça baixa.

– Eu só estava me perguntando...- Ela suspirou e levantou a cabeça em direção a dele. – Ela já falou sobre mim?

– Anh...- Beatrice havia dito sim algo sobre ela na primeira noite que eles passaram juntos, mas nada que ele quisesse realmente contar a Christina. Ele lembrava perfeitamente do que ela havia dito: “Se você me amava tanto quanto diz porque você começou a namorar com a minha “melhor amiga” depois da minha partida? Como você pode dizer que eu era importante para você, depois de ter feito isso? Eu entendo que a vida continua, não sou mesquinha, mas tinha que ser alguém que no passado havia sido tão próxima a mim?” Ele sabia que contar aquilo a Christina só a deixaria magoada, então apenas balançou a cabeça. – Desculpa, ela nunca disse nada sobre você. Talvez ela apenas não esteja pronta para isso.

– É, talvez você esteja certo. Meg também acha isso. – Ela parecia ter ficado magoada. – Eu só pensei que talvez se nós duas pudéssemos conversar... Quer saber? Esquece isso.

E foi embora sem dizer mais uma sequer palavra. Tobias se perguntou se um dia as coisas entre os três – ele, Beatrice e Christina- poderiam ser como eram antes.

...

Voltou para casa em silêncio. Tentava não pensar sobre a breve conversa com Christina, mesmo que o assunto ainda pairasse em sua mente, mas uma certa loira sempre acabava invadindo todos os seus pensamentos atualmente. Será que Beatrice ainda estaria lá? Será que desta vez eles conseguiram conversar mais seriamente?

Subiu até seu apartamento com o coração na boca. Logo que chegou à porta percebeu que havia alguém dentro do apartamento. Então ela havia decidido ficar, pensou feliz. Sorrindo abriu a porta. Mas não era Beatrice que estava lá, e sim uma mulher que tinha os meus olhos azuis que ele.

– Mãe?

P.O.V Jacob

Logo após a conversa que tivera com Beatrice, Jacob havia partido da cidade. Arrumou as poucas roupas e dinheiro que havia trago. Saiu da cidade a pé. Já fora da cidade, para sua sorte, conseguiu pegar carona com algumas pessoas bondosas que estavam indo para um lugar próximo aonde ele planeja ir. Surpreendeu-se muito quando eles decidiram dar carona para alguém estranho, mesmo que o homem da família tenha passado a viagem inteira o olhando desconfiado. Já era noite quando noite quando finalmente chegou ao seu destino. O melhor de tudo foi que não fizeram perguntas ao deixá-lo no meio do nada.

Ele tinha um plano, um ótimo plano, mas o sucesso deste não dependia apenas de Jacob e isso o preocupava. Ele faria Beatrice sofrer tanto quanto ela o fez. As coisas que ela disse foram cruéis. Os sentimentos que Jacob nutria por ela foram completamente trocados pela raiva e pela indignação. Primeiramente ele tinha pensado em fazer alguma coisa contra Tobias, já que ele havia causado a maior parte do problema, entretanto aquilo não era o suficiente. Ele sabia de algo que ela fazer sofrer bem mais.

Ele já estava andando há duas horas sem descansar, mas sabia que agora já estava próximo. Isso o alegrou, já que desde que havia saído da cidade não tinha comido nada. Tinha apenas bebido uma garrafa d’água, e Jacob estava com medo de acabar desmaiando.

Sorriu de orelha a orelha ao ver seu destino logo a sua frente. Uma casa de apenas um andar com um pouco mais do que 100 metros quadrados, construída de concreto, pintada de amarelo com janelas azuis escuras e para completar uma porta totalmente laranja. Uma casa completamente anormal e chamativa no meio do nada, ou seja, aquele tinha que ser o lugar.

"Se bem que é a cara dele ter uma casa assim" pensou ao se aproximar da porta, dessa vez vagarosamente.

Precisou de um minuto para se recuperar uma vez que sua respiração ofegante não o deixava falar direito. Jacob enxugou o suor da testa com as costas da mão e tocou a campainha.

Após alguns longos segundos alguém abriu a porta e gritou:

—JACOB!!

O garoto de aproximadamente 15 anos o abraçou. Jacob parou alguns segundos para olhá-lo, o garoto não havia mudado quase nada desde a última vez que o vira, seus cabelos castanhos estavam com aquele mesmo corte infantil e seus olhos praticamente verdes demonstravam alegria.

— Oi. — Jacob afastou o garoto — É bom ver você também, Ted.

Ted rapidamente convidou Jacob para entrar sem hesitar. A felicidade e energia dele era um tanto exageradas na opinião de Jacob, pois a presença dele deveria trazer más lembranças ao garoto.

— Você parece terrível. — Ted o analisou dos pés a cabeça — Onde você estava? Como você chegou aqui?

— Bem, eu peguei carona com um pessoal. — relatou — Ele me deixaram a uns três quilômetros, então eu vim andando até aqui. Estou muito cansado.

Ted gargalhou.

— Caramba! Você correu três quilômetros apenas para me ver? Isso tudo é saudade do seu amigo aqui?

— Mais ou menos. — Jacob admitiu e Ted cruzou o braços

— Eu preciso conversar com você.

— Precisa? Me senti importante agora! — ele sorriu — Você não quer tomar um banho e comer alguma coisa antes? Cara, você está fedendo um pouco.

—Claro... — Jacob fez uma careta.

Ted não tinha nenhuma roupa que servisse em Jacob, portanto depois de tomar um ótimo e necessário banho frio ele colocou as mesmas roupas de antes. Para ele aquilo era um pouco nojento, contudo era a melhor opção que tinha no momento. O garoto também preparou macarrão instantâneo para os dois dizendo que aquela era sua única e melhor especialidade na cozinha.

— Então como você está? — Jacob perguntou ao sentar-se à mesa .

— Eu estou bem. — respondeu — Quero dizer, não diria que estou ótimo, mas também não estou ruim.

Jacob assentiu.

Ele tinha muita pena de Ted, porque ele tinha passado por muitas coisas similares a ele e Beatrice mesmo sendo bem mais novo quando tudo começou. Sim, Ted também fora um paciente do hospital e também sofreu muito nas mãos do Doutor, ele chegou ao hospital pouco tempo depois de Jacob.

Pouco depois de Jacob fugir do hospital encontrou Ted e ficou muito surpreso, afinal ninguém fugia de lá facilmente. Naquele dia o garoto havia dado a Jacob seu endereço para eles se pudessem se encontrar novamente. Ele também havia contado sobre sua fuga, mas sem entrar em muitos detalhes. Segundo Ted, ele tinha fugido sozinho e se instalou em uma cidade pequena, onde por acaso acabou encontrando os seus pais que o reconheceram. Não bastasse a sorte de ter encontrado os pais, ainda havia o fato de que eram ricos. Muito ricos. Assim que descobriram que seu querido filho voltara à vida fizeram questão de falar com o Doutor para agradecê-lo e, para piorar, decidiram financiar suas pesquisas em troca da liberdade de Ted. Claro que o garoto não gostou nada disso, contudo não era como se ele tivesse muita escolha.

— Cara, eu só me sinto muito mal às vezes. — ele completou — Sabe, financiar aquilo é tão...

— Eu sei. — Jacob o interrompeu — Mas é bom que você não precise fugir dele, assim como eu e Beatrice.

—Sim, porém eu ainda tenho que me esconder das pessoas até ficar mais velho. Nunca entendi o porquê.

— Acho que eles não querem você falando sobre "voltar à vida" — Jacob fez aspas com as mãos.

— Ah. Porque eu iria muito sair por aí gritando que eu morri e voltei à vida. As pessoas iam adorar a ideia. — falou com a voz recheada de sarcasmo.

Jacob riu. Os dois ficaram conversando por um tempo sobre o que Ted havia feito todo aquele tempo, sobre a decoração diferenciada de sua casa e como estava sua relação com seus pais. Jacob estava se acalmando e cada vez mais tomava coragem para falar, mas Ted fez uma pergunta que ele não queria ouvir:

— Então, como está Beatrice? Aquela garota me assustava muito! Mas vocês estavam sempre juntos. Sempre pensei que um dia vocês acabariam namorando ou algo do gênero. — Ted sorriu — E aí? Estão juntos ou não?

— Não... — Jacob sussurrou baixando o olhar, a raiva começou a tomar seu corpo novamente deixando sua respiração ofegante e fazendo suas mãos tremerem.

— Ah. Olha, eu sinto muito se ...

— Não sinta! — Jacob bateu o punho na mesa — Sobre esse assunto, tenho um favor a pedir.

— Qualquer coisa pelo meu velho e único amigo até agora.

— Você tem que prometer não contar para ninguém.

— Eu prometo. Com a condição de que você me conte tudo o que aconteceu entre você e Beatrice.

— Não aconteceu nada! — ele vociferou

— Então me conte como aconteceu nada.

— Tudo bem... — Jacob suspirou pesadamente — Temos um acordo? Você não vai contar para ninguém?

— Não vou! — Ted disse impaciente — Confie em mim.

Jacob balançou a cabeça positivamente. Se alguém sabia a resposta para aquela pergunta esse alguém era Ted. Jacob umedeceu os lábios e perguntou:

— Onde está o Doutor?


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Notas finais do capítulo

Então...o que acharam? Já tem ideia do que o Jacob está aprontando? hahaha
Gente, eu respondo os comentários amanhã porque está tarde e eu preciso acordar cedo, mas eu li todos eles e amei. ;)
Comentem!
Obrigada por lerem e até a próxima!



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