O Mistério das Duas Irmãs escrita por mrsstark


Capítulo 2
De volta para a casa.


Notas iniciais do capítulo

To super feliz pelas 100 acessos em um dia, muito obrigado galera!!



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02. De volta pra casa.

(Quinn’s voice on)

E aí eu ouço o sino da minha mãe, no qual ela mexia com certa frequência e eu vou até ela caminhando depressa naquela noite que de uma hora pra outra ficou fria e estrelas do céu tinham sumido.

Quando ela ficou doente, nós a levamos para a casa do lago, que ficava exatamente na frente da nossa casa.Era aonde ela queria ficar. Abri a porta levemente, com medo de assusta lá. Mas ela estava sozinha e o sino continuava a balançar, com menos força agora. Ela não deveria estar sozinha, minha mãe procurava por ar e meu coração só faltava pular pela boca.

–Quinn? –ela chamou meu nome, sabia que tinha que fazer alguma coisa, então saí da ali para procurar a maldita enfermeira que deveria estar naquela casa cuidando da minha mãe.

Então fui correndo até em casa pra falar com meu pai, não parava de ventar quando finalmente entrei pela porta de entrada, que estava aberta por sinal, estava tudo escuro, tinha uma vela acesa em cima da mesa de jantar coberta com um lençol branco, tinha alguma coisa errada. Continuei andando pela casa mesmo não me sentindo segura. Parei no corredor dos quartos, onde ficava o do meu pai, tem algum mal... aqui dentro de casa. Saía sangue pelo buraco da chave da porta, parecia sangue, cheirava a sangue, mas não era, não era sangue, era algo pior, escorria pela porta. Foi então que eu ouvi o barulho da vela que estava na mesa de jantar cair no chão, fazendo um barulho horrendo e extremamente estridente. Senti algo pegando fogo, o cheiro e a fumaça, algo estava acontecendo e eu mal conseguia respirar, meu coração parou e tudo que me passava pela cabeça eram coisas ruins.

Ouvi uma explosão e resei para todos os santos que não fosse aquela casa do lago onde se encontrava minha mãe, mas era.

(Quinn’s voice off )

– De qualquer forma, esses sonhos podem sugerir que se mude da floresta e volte para sua casa... –o Dr. Silberling dizia enquanto escrevia algo em sua prancheta.

– É... –Quinn respondeu olhando para o Doutor.- ... e quando eu chego lá, é como se minha mãe tentasse me dizer alguma coisa... mas eu não consigo entender... –Quinn respirou fundo. – o que ela quer dizer.

–Bom, nós já falamos da menina ruiva que você aparentemente encontrou no saco de lixo, mas agora tem um detalhe novo, o regador. Por que você acha que carregava ele com você? –o Dr. Silberling perguntou na esperança de tirar algo da mente da garota.

–Eu não sei. –a garota disse completamente perdida, sem uma direção nos olhos, sua mente flutuava em dúvidas. –eu não consigo me lembrar.

–Talvez quisesse apagar o fogo. –o Dr. Silberling disse.

–É. –a loira disse enquanto brincava com o seu casaco que era maior que seus braços e trazia um ótimo conforto a ela. – Assim que minha mãe ficou doente, ela disse que sempre estaria presente. Podia ser como um gato perdido, um som de um vento, seria sempre ela nos protegendo.É mas... –o homem a olhou como se desse uma motivação para ela continuar. – ... na noite do incêndio, eu não pude protegê-la.

–Esperta. –o homem afirmou com um sorriso amarelo.

– Se sou tão esperta, por que não lembro o que aconteceu naquela noite? –o homem respirou fundo colocando sua prancheta junto com sua caneta em cima da mesa.

–Ta bom, vou dizer o que eu acho, nós sobrevivemos através de lembranças, mas ás vezes sobrevivemos pelo esquecimento. Você perdeu sua mãe em um incêndio trágico, sua vida mudou para sempre. Talvez não seja uma coisa tão ruim esquecer. –a garota respirou fundo olhando para suas mãos novamente.

–Mas e o meu sonho?

–O sonho?É apenas um sonho. É assim que funciona, é um processo, Quinn. Já faz quanto tempo? 10 meses? Você já esta quase boa, Quinn. Mas não vai chegar lá, se continuar em um lugar desse.

–Já pode me dar alta? –a garota perguntou com os olhos verdes brilhando.

–O que mais espera de mim?! –o homem disse sorrindo pra garota. A garota mal podia conter o sorriso. – Vá pra casa, namore alguém, apronte alguma... –a garota riu timidamente. -...termine o que começou.

A garota saiu correndo pelos corredores do hospital, e foi até seu quarto. Pegou todas suas fotos que estava em seu mural e colocou dentro da mala que já estava quase pronta. Um barulho de buzina a atraiu até a janela, era seu pai a espera da garota, Quinn apenas deu um aceno e um sorriso, quando se virou deu de cara com sua “amiga” de quarto, tal amiga que era maluca.

–Bela, jovem Quinn, indo para o seu lar doce lar, eu vou ficar sozinha. –a mulher disse em um tom sínico.

–Eu tenho que ir... –Quinn tentou fugir, mas a mulher segurou seus punhos com certa força, fazendo Quinn olhar seus pulsos marcados pela lâmina que um dia usou.

–Tinha tanto sangue lá, não tinha Quinn? –Quinn olhou novamente para seus pulsos. –Acha mesmo que eles curaram você?

–Vem, deixa a menina arrumar as coisas dela. –a enfermeira disse puxando a mulher para fora do quarto.

Quinn apenas respirou fundo. Será mesmo que ela estava curada? Aparentemente sim, mas ninguém sabe o que ainda se passa na cabeça da garota.

–Eles não me curaram. –a mulher disse enquanto era arrastada pela porta.

Quinn pegou sua mala e saiu pelos corredores, enquanto a mulher apenas a observa.

Pra quem eu vou contar minhas histórias agora? –a mulher disse, e foi a ultima vez que Quinn ouvirá sua voz. Quinn deu uma última olhada para trás, vendo a mulher a observar andando.

Quinn saiu pelas portas do hospital correndo, finalmente liberdade para garota. Avistou seu pai esperando no final da escadaria do hospital e deu um abraço nele.

(...)

–Tenho uma surpresa pra você! –o pai de Quinn disse enquanto estavam a caminho de casa. – Olha no porta-luvas.

–Será que é um X-Burguer? –a garota disse em um tom brincalhão.

–Errou feio. –o pai disse enquanto Quinn abria o porta-luvas.

–Você terminou. –a garota disse admirada ao ver o livro que o pai escreveu.

–Olha dentro.

Assim fez Quinn, abriu o livro e logo na primeira página estava escrito:

– “Para as minhas filhas: Quinn e Kitty.” Obrigada pai. –a garota sorriu para o pai que tinha o foco na estrada.

–De nada, filha. –ele virou o rosto, olhando para a filha e sorriu.

–E, ficou bom o livro?

–Isso eu não sei, mas você vai me dizer. –a garota apenas sorriu ao olhar a foto do pai no verso do livro. –Aqui tem uma coisa boa. –o pai disse pegando uma caixa de alumínio e entregando a filha. Ao abrir estava cheia de biscoitos caseiros.

–Ah, legal. –a garota disse entusiasmada. –Valeu.

–Foi a Emma que fez. –a garota que agora se encontrava com um pedaço de biscoito na boca, quase se engasgou. –Ela disse que viria hoje, mas eu disse que queria você só pra mim. Ela tem sido ótima, tem sido ótima mesmo, eu não sei o que seria de mim sem ela...

–Pai, eu to aqui com você. –os dois apenas sorriram um pro outro e voltaram sem olhar para estrada.


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