T.N.T escrita por May


Capítulo 18
Feelings


Notas iniciais do capítulo

OI gente, tudo bem?
Alguém além de mim indignada com o que fizeram com o menino Neymar? Não sou a maior fã dele, mas o que fizeram não foi certo, e até agora nenhuma punição, isso ai fifa!!! Mas vencemos, chupa sociedade!!!!!
Já que mostrei minha indignação agora posso viver em paz.
Vamos para o capitulo...
Boa Leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480686/chapter/18

Agora...

Dean subira há algum tempo para o seu tempo dizendo que precisava das suas quatro horas diárias de sono e logo foi seguido pela loira. Meg havia saído alguns minutos antes, sem dar satisfação a ninguém.

Sam seguiu para a pequena cozinha da casa, não havia muita coisa, resolveu, então, fazer um café.

Katherine que ainda estava na sala deixou que os olhos acompanhassem os movimentos do Winchester na cozinha. O caçador sentiu-se observado e se virou encontrando o olhar da garota que ficou rubra ao ser pega o olhando.

– Você quer? –ofereceu, ele, erguendo a xícara. A morena pensou por alguns instantes e então deu de ombros se aproximando do rapaz.

–Já que ninguém nos apresentou eu sou Katherine, mas pode me chamar de Kath… -disse estendendo a mão.

–Sam Winchester. –apresentou-se, ele.

–Estou sabendo. Bom, já que você ofereceu eu quero. –respondeu ela observando o cômodo. O Winchester sorriu e pegou mais uma xícara para a garota.

–Como você está?

A morena respirou fundo, e tomou a xícara da mão dele. Não conhecia o rapaz, mas, de certa forma, sabia que podia confiar nele.

–Sobre ter sido presa por demônios? Por ser filha de um? Ou pelo que fiz para a minha irmã ruiva e maluca?

– Sobre tudo isso, eu acho. –murmurou ele, sentando-se de frente à ela.

– Uma droga, infelizmente lamentar não vai resolver. – respondeu direta e bebericou o café. – Isso está uma delicia, obrigada.

–Não por isso. Quer conversar, quer dizer, sobre isso de ser filha de um demônio ou sobre a sua irmã? –sugeriu Sam, não entendia o porquê de querer manter o dialogo com a garota, só sabia que ela continuasse ali, com ele.

***

Kevin encarava a tabua inconformado, suspirou. Ele entendia tudo que a ruiva tinha lhe dito, sabia que poderia ajudar ao traduzir a palavra de Deus, mas ainda não conseguia aceitar o caminho que sua vida havia tomado.

–Vai ficar tudo bem. – disse Ashley ao lado do garoto. – Se quiser, pode ir tomar um banho e eu arrumo algumas roupas para você. Vamos dar um jeito nisso Kevin, eu prometo.

O profeta olhou nos olhos da garota, acreditava nela. Só ela conseguia acalma-lo daquele jeito, sabia como dizer as palavras exatas para acalmá-lo. Não sabia que parte era o dom da garota lutando sutilmente contra a confusão dos seus sentimentos.

Ashley suspirou. Estava há algumas horas a acalmar o garoto, e estava verdadeiramente exausta pelo uso continuo de seu dom. Não tinha contado a ninguém o que estava fazendo, não parecia certo nem para ela mesma manipular os sentimentos de alguém. Entretanto parecia ainda mais errado deixar o garoto sofrendo quando poderia ajudá-lo.

– A palavra de Deus ainda estará aqui quando voltar. Agora se levante que vou pegar uma toalha e algo para você vestir. – sussurrou ela com um sorriso fraco, tentando convencer a si mesma de que estava fazendo o certo.

***

Dean e Cas se encaravam sem saber o que dizer. O Winchester sabia que era um momento difícil.

– Você se lembra do que aconteceu antes? –perguntou hesitante. O anjo piscou por alguns instantes antes de assimilar o que o caçador queria dizer com aquilo.

– Eu me lembro de tudo, Dean.

– Então você sabe que temos que mandar aquelas coisas de volta para a casa, certo?- confirmou o loiro.

–Desculpe Dean, eu não luto mais. Eu observo as pessoas e os animais. –respondeu Castiel.

– Você liberou aquelas coisas, Castiel, têm que nos ajudar a colocar as cois...

– Sinto muito. – o anjo murmurou interrompendo o caçador.

– Mas que droga! –gritou o Winchester, chamando a atenção da ruiva.

–Toc toc? –sugeriu ela ao chegar na porta entreaberta.

– O que foi agora Ashley? –perguntou irritado. A ruiva revirou os olhos com o tom de voz dele.

– Sinto muito por interrompê-los senhores, mas preciso de algumas roupas suas para emprestar ao Kevin, acho que um banho pode ajudá-lo a cooperar. –explicou. Castiel a encarava não queria admitir a si mesmo que, de alguma forma, a preocupação da garota com o profeta a incomodava. O Winchester mais velho soltou o ar que segurava.

– Claro, Ashley, obrigado por estar cuidando do garoto no meio de tanta confusão... – murmurou olhando para o anjo que por sua vez olhava para a garota. – Como está o profeta?

– Perturbado. –ela praticamente soletrou. – Mas não se incomode, estou no controle da situação. Pode me emprestar as roupas ou não?

O Winchester indicou a mala com a mão, fazendo a garota revirar os olhos.

***

Kevin traduzia a palavra de Deus que continha as informações sobre os leviatãs. Katherine estava em seu quarto, seus fones gritavam ao máximo, ela queria imaginar uma forma de falar com a ruiva que a evitava o dia inteiro. Meg não voltara. Castiel estava no ferro velho admirando o céu encostado a uma carcaça. Ashley fora tomar banho, completamente exausta pelo uso do dom. Sam estava na sala pesquisando qualquer coisa que pudesse ajudá-los.

Mia saiu do quarto, finalmente descansada, usava uma camiseta do Batman e um short xadrez. Por alguns instantes a garota parou no corredor até encontrar a porta certa. Hesitante, a loira seguiu até o quarto do rapaz. A porta estava entreaberta e o caçador estava deitado fitando o teto.

– Más noticias? –perguntou ela suavemente.

– Mia? Entre, como você está? –o caçador sentou-se e fez sinal para ela sentar-se a seu lado. A loira deu um sorriso tímido.

– Vim te agradecer, sabe, apesar de você ser bem chatinho às vezes, me ajudou muito. Com a procura por Kath, por manter Ash segura, mesmo com a proteção de um demônio.

–Não por isso. –o homem respondeu modesto. Os dois se olharam por algum tempo, nenhum tinha algo para dizer, porém ambos não queriam se mexer.

–Então... Como está sendo com Castiel? –a loira quebrou o silencio que se instalara. O caçador suspirou e encostou-se contra a cabeceira da cama.

– Ele não quer mais lutar. Tem como ser em hora mais inconveniente?

–Vamos dar um jeito nisto, não se preocupe. Nós definitivamente vamos matar o infeliz do Dick e mandar todos eles de volta para casa, eles nos devem isto. Por Bobby. – disse segura, lembrava-se da face do amigo de como ele fora importante para si e para as irmãs, de como era difícil aceitar que Bobby morrera.

Dean reconheceu a dor nos olhos da garota, sabia que ele tinha sido importante para ela e para Ashley, talvez até mesmo para a outra garota, Katherine. Estranhou o fato do caçador nunca ter dito nada a ele ou ao seu irmão.

– Onde conheceu Bobby? –perguntou o caçador tomado pela curiosidade. Mia hesitou, mas não tinha segredo algum ali, era apenas triste, o amigo não estava mais ali. O Winchester notou a tristeza da garota e inconscientemente a mão dele encontrou a da garota que olhou surpresa o gesto. Inicialmente Dean fiquei surpreso consigo mesmo, envergonhado, porém segundo depois apertou levemente as mãos entrelaçadas, queria mostrar a ela que estava ali.

–Eu e as garotas estávamos caçando... Éramos... Novas no ramo.... – Mia começou explicar.

As três irmãs olhavam ao redor assustadas, Katherine tinha tido uma visão com o lugar e ao entrar Ashley jurou que tinha uma energia estranha ali.

Através das pesquisas feitas descobriram que era um espírito vingativo, que tinha matado a filha do casal que se mudara para lá alguns meses atrás; agora, assustados os dois tinham se mudado para um pequeno apartamento. Ficaram sabendo que a visão da irmã se confirmara por meio de um jornal e então estavam ali. Não podiam bisbilhotar na policia, pois a pouca idade chamaria a atenção. Mia até poderia ir, mas tinha acabado de completar dezoito anos e não estava pronta para isso ainda. Ashley e Katherine tinham 16 e 14 anos respectivamente o que impossibilitava qualquer uma das duas de ir até eles. Tudo que tinham era um jornal, duas facas de prata, uma arma e sal.

– Estou com medo... –sussurrou a morena segurando o braço de Ashley que fez careta.

–Relaxem, não é a primeira fez que caçamos. – murmurou a loira um pouco a frente das irmãs pronta para protegê-las.

A casa era antiga e enorme, por onde as garotas passavam as madeiras rangiam sob seus pés, o barulho ecoado e ampliado pelo silêncio da mansão.

–Acho que escutei um barulho. –murmurou a morena olhando para trás. Mia parou escutando.

– Tem algo diferente na casa, tem alguém aqui. – sussurrou Ashley, segurou a arma com mais firmeza. A porta principal tremeu e a maçaneta moveu-se para baixo, a porta foi aberta e um homem barbudo e com boné foi revelado, ele apontava uma arma o que fez todas gritarem em terror.

– Depois daquilo Bobby nos deixou ajudar a despachar o espírito e nos adotou por algum tempo, ele era um bom homem. Deu-nos casa, e quis nos persuadir a levar uma vida normal, mas quando ouviu nossas histórias entendeu que não era uma brincadeira para nós, nos ensinou a caçar, nos deu armas. Quando decidimos ir embora, nos deu um carro e identidades falsas. Nunca julgou Ash e Katherine, ele foi a única família que tivemos desde que começamos a caçar. Devo tudo a ele, nunca lhe disse, nunca vou poder disser. –a voz da garota falhou. Mia não pôde impedir algumas lágrimas de caírem.

O Winchester aproximou-se da garota e secou suas lágrimas suavemente, a dor de Mia despertava dor nele também. Vê-la sofrer o fazia sofrer. Podiam não se conhecer a muito tempo, mas ela se tornara a parte mais importante da sua vida.

A garota olhou para o caçador, as mãos do rapaz, ásperas de tantas batalhas, ainda em seu rosto deslizavam suavemente contra sua face. Mia fechou os olhos desfrutando do toque quente contra sua pele delicada. Dean a observava, os olhos fechados, a boca entreaberta, não queria admitir as emoções que a garota despertava em si. A loira parecia ainda mais linda e irresistível.

O ar ficou pesado de repente, sensações indescritíveis se apossavam de ambos os corpos.

Com um suspiro, ela abriu os olhos e foi rendida por duas orbes verdes e desejosas. O olhar de Dean dizia mais do que as palavras seriam capazes de expressar. Podia jurar que podia ouvir seu coração palpitando, ele parecia ser capaz de traduzir tudo o que o olhar do caçador dizia.

Por fim acabaram com a distância que os separava, selando os lábios. Choque, frio, calor... Desejo, as mãos se perderam em toques e sensações, tateando, sentindo e descobrindo.

Dean guiou seu corpo em direção a cama, os lábios não se afastaram quando os corpos atingiram o colchão abaixo de si. Com avidez o caçador tateou a barra da blusa de Mia, que sem perceber erguera os braços e logo a peça já não habitava seu corpo, o loiro desprendeu-se dos lábios dela apenas para apreciar a visão daquele corpo perfeito, que intimamente desejar tanto tocar. Tomada por um rompante de coragem, Mia prendeu suas pernas ao redor da cintura do caçador.

***

A ruiva terminou seu banho mais de uma hora, o clima estava ameno permitindo a esta roupas mias leves. Vestiu-se rapidamente ao perceber que já era quase oito da noite e que, como sempre, havia perdido a noção do tempo no banho.

Seguiu até o quarto onde o profeta ficara e o encontrou olhando para o caderno.

– Algum problema? –perguntou ela, e se surpreendeu ao notar que o garoto estava se conformando com aquela situação.

– Nenhum. Estou terminando, não é ótimo? – o garoto estava empolgado com a possibilidade de voltar para casa. O coração da ruiva perdeu uma batida, antes de voltar ao seu batimento normal. Ela tinha medo do que estava por vir, os anjos não esperariam mais. Os caçadores haviam ganhado dois dias, o prazo estava se acabando e o fato dela estar ali só complicava as perspectivas de alguma negociação com os emplumados.

–E... Você decidiu o que vai fazer? - tentou ser suave, mas sua voz traiu seu estado de espírito.

– Vou ir para a casa. –respondeu ele decidido.

– Você entende que ao fazer isso você está colocando sua mãe e a sua namorada em risco, e que isso pode ter consequências, certo? – verificou assustada com a decisão, o garoto suspirou e fez sinal para que ela se sentasse ao seu lado.

–Eu percebi que não vale a pena seguir com uma vida onde não posso estar no lado das pessoas que amo, e pode ser difícil, mas tenho que tentar, por que... Como vou saber se elas estão realmente protegidas, se não estiver lá? Eu vou ir e protegê-las. –esclareceu, Ashley achou fofa a decisão do profeta, mas sentia-se na obrigação de mostrar que aquele não era um bom plano.

– Kevin, sei que tem boas intenções, não me leve a mal, mas como pretende protegê-las? Você não é um caçador é um profeta e ainda é novo nesta confusão toda... –sussurrou hesitante.

–Bem... Pensei que... Quando disse que me apoiaria, talvez pudesse ir comigo e me ensinar a como protegê-las...desculpe. –explicou ele parecendo envergonhado.

– Kevin, eu iria com você, claro que iria, te protegeria e a sua mãe e namorada, mas não posso te proteger para sempre. Assim como você não pode protegê-las em tempo integral. Nesta vida de sobrenatural, uma hora as coisas escapam do controle. – a ruiva alertou.

– Disse que me apoiaria, pensei que fosse minha amiga. - acusou aos berros, desta vez ela não tentou impedir os sentimentos do garoto, deixou que sentisse, não era justo mudá-los porque ele estava bravo com ela, tinha direito de estar.

–Eu sou sua amiga. –sussurrou. O profeta estava com raiva, tudo que queria era terminar aquela maldita tradução e se juntar a sua família, conseguir uma vaga na faculdade e esquecer que tudo acontecera. Já não bastava ser um profeta, tinha também que perder todos que amava?

–Está mentindo. Tudo que você quer é esta droga de tradução, não se importa com nada assim como os outros. Quer me entregar para os anjos. –gritou jogando o caderno longe.

A garota ficou magoada com as acusações do garoto, não pôde evitar que os sentimentos dele rompesse a barreira emocional que estabelecera entre ela e os sentimentos dos demais. Ashley sentiu a raiva do profeta, e esta a feriu, como se estivesse sendo fisicamente ferida, doía. Porque realmente gostara de Kevin, quis o proteger.

–Você esta com raiva, eu entendo. –sussurrou deixando uma lágrima cair. – É difícil aceitar, tudo, é normal...

–Eu não quero que me entenda! –interrompeu transtornado. –Quero que toda esta droga de profeta, sobrenatural, anjos e tudo se exploda, desapareça. Quero minha vida de volta.

Ela tentou afastas os sentimentos dele, pensar claramente, mas os gritos dele, as acusações dele falaram mais forte.

–Volto mais tarde. Se ainda quiser ir para a casa eu te levo. Prometi-te isto, e cumpro minhas promessas. – sentenciou, gritando de volta. Bateu a porta ao sair.

***

Katherine e Sam que escutaram a gritaria seguiram para o quarto do profeta e chegaram a tempo de ver a garota saindo do quarto com lágrimas nos olhos.

–O que aconteceu? –perguntou Sam segurando a ruiva pelo braço ela usou o braço livre para secar as lágrimas, rapidamente, mas os olhos denunciavam o choro.

– O que ele fez? –perguntou Katherine preocupada.

– Nada, ele não fez nada, quer dizer, apenas o que qualquer pessoa normal faria: surtou. – explicou ela se desvencilhando do aperto do Winchester mais novo e descendo as escadas.

–Ela vai ficar bem? –perguntou Sam confuso e a morena deu de ombros.

– Ninguém está bem nesta casa, Sam. – resmungou Kath, dando meia volta e indo para o quarto.

–Talvez nós devêssemos falar com ele... –propôs.

***

Ashley seguia apressada para fora da casa até que enxergou a figura do anjo encostado a um dos carros do ferro-velho. Sorriu e caminhou até lá, o anjo a olhou por alguns segundos antes de voltar a olhar para o céu. A garota acompanhou o olhar dele.

– Está linda a noite. –disse ela se sentado sob o capô de um carro e em seguida deitando-se nele. O anjo a olhou de esguelha e continuou em silêncio. O barulho dos grilos que habitavam oi tudo que foi escutado por algum tempo. Os dois perdidos em pensamentos.

– Brigou com o seu namorado? –Castiel por fim se pronunciou, a garota o encarou surpresa.

–O que? Quem?

– O rapaz lá de dentro, brigou com ele? –o ciúme pingava em cada palavra do anjo, embora a Ashley não tenha percebido.

– Ele não é meu namorado. E não, nós não brigamos, ele apenas está nervoso. –engasgou-se.

O anjo a olhou, apesar de agora ter se recomposto os olhos dela denunciavam o choro. Ele queria fazê-la se sentir melhor, mas estava incomodado com o comportamento dela em relação ao profeta.

O silêncio voltou a se instalar. Os dois voltam os olhares para o céu, o vento soprava levemente fazendo os pelos do braço da garota se arrepiar, o cabelo molhado a fez espirrar algumas vezes. Castiel tirou o sobretudo e estendeu a ela sem nenhuma palavra. Agradecida Ashley pegou a peça e a vestiu.

– Obrigada. – sussurrou ela. – Eu sei o que está fazendo.

Ele a olhou sem entender. A ruiva suspirou colocando as mãos embaixo da cabeça e flexionando as pernas.

–Está negando ajudar o Dean. Disse que não luta mais... Sei o que está tentando fazer e não vai dar certo. –esclareceu ela.

– O que acha que eu estou fazendo?

– Está tentando afastar as pessoas de você, porque se sente culpado. Tem medo de machucar as pessoas que ama... De novo. Não quer dar esperanças a eles, pois não sabe se irá corresponderá as expectativas que criarão. Você pode até enganar os outros com esse papo de “Não luto mais”, mas a mim não consegue enganar.

O anjo a olhou por algum tempo, porém permaneceu em silêncio, a garota sentou-se e segurou sua mão, não esperava que dissesse alguma coisa.

– Entendo que é sua forma de seguir em frente, de se proteger, mas se continuar a se afastar deles novamente, uma hora vão deixar você ir.

***

Após a saída da garota do quarto o rapaz jogou-se contra a cama. Sabia que tinha magoado a garota, mas ela prometera afinal. Não podia suportar mais nenhum segundo ali. Pegou o caderno do chão e rapidamente terminou de escrever as poucas linhas de faltava.

Então seguiu para fora do quarto encontrando Sam e Katherine prestes a bater na porta.

– O que fez com ela? –perguntou a morena.

– O que aconteceu aqui? – Sam perguntou ao mesmo tempo, segurando o profeta que lhe esticou o caderno.

– Terminei a tradução, agora estou indo embora. –informou ele.

Os caçadores se entreolharam sem saber o que fazer. Hesitante a morena resolveu tentar explicar a situação.

– Kevin, agora você sabe que tem um monte de coisas lá fora e...

–Ashley já falou tudo isso. Vou voltar para casa! –exclamou ele irritado interrompendo a garota.

Sam percebeu o que Ashley quis dizer com “surtou”, tinha que tentar manter a calma.

– Tudo bem, se ir para casa é o que você quer, espere um pouco, vá arrumar suas coisas. – pediu o caçador, guiando a garota até outra porta ao fim do corredor. Bateu na porta, enquanto Katherine o olhava sem acreditar naquilo.

–Enlouqueceu? Eu sei que ele merece escolher o que vai fazer, mas deixá-lo ir sem nem ao menos argumentar? Ele está correndo risco lá fora, lembra? –perguntava a morena gesticulando. O Winchester suspirou.

– Sei de tudo isso e é por isso que estamos aqui. Temos que discutir o que vamos fazer, vá chamar sua irmã. –ordenou ele. Katherine revirou os olhos com o tom mandão do rapaz e seguiu para o quarto que ela e Mia dividiram, mas o encontrou vazio. Sam bateu mais uma vez. A morena seguiu até a sala.

O Winchester escutava estranhos barulhos vindos de dentro do quarto. Ofegante a garota voltou até o rapaz.

– Ela não está em lugar algum.

Outro ruído foi escutado vindo de dentro do quarto, quase um gemido. Os dois se entreolharam…

– Você não está pensando que... –sugeriu ela com uma sobrancelha erguida, os dois suspiraram. Até que um sorriso maldoso brotou nos lábios da garota. - Hey, Dean, eu e o Sammy estamos aqui fora. –gritou batendo na porta com força.

Lá dentro Mia e o Winchester se separaram assustados.

– O que a gente faz? –perguntou num sussurro.

– Dean, minha irmã sumiu você sabe onde ela está? –a morena voltou a gritar, e depois piscou para o Winchester mais novo.

Lá dentro os dois procuravam pelas peças de roupas espalhadas pelos quarto.

Minutos depois a porta foi aberta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então pessoas, Mia e Dean foram interrompidos, pode isso Arnaldo? Sim, o Kevin surtou, mas pessoas ele tem esse direito, afinal é tenso.
Ashley e Castiel no chove e não molha. Mas o mais importante, por onde anda Meg?

Até mais pessoas,
Kisses and candies



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "T.N.T" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.