T.N.T escrita por May


Capítulo 17
The prophet


Notas iniciais do capítulo

Oi Genteeee, tudo bem?
Doce e arco-iris???
Pessoas eu estou tão feliz de escrever TNT, sinceramente estou muito feliz de estar aqui postando de TNT com esses leitores maravilhosos. Gostaria de agradecer o carinho que vocês estão tendo com a história e os comentários lindos que mandam. Obrigada, os melhores leitores do mundo são vocês!!!



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Agora...

Todos se organizaram dentro do galpão, com o garoto ao meio. Ninguém entendia o que estava acontecendo, ou imagina como lidar com o garoto. Ashley retornou ao seu posto:

–Você sabe que o que fez é errado. Porque quer isso?–perguntou apontando para a bolsa.

–Não sei por quê. Apenas acordei e soube que tinha que vir para cá, que isto é meu. –sussurrou o garoto.

Os Winchesters o olharam desconfiados.

– Você sabe o que tem ai dentro? –perguntou Sam, sem desviar os olhos da mochila.

–Não. –respondeu ele, olhando a ruiva.

Ashley mais uma vez se concentrou em enviar uma onda de calma para o garoto, ele estava assustado e muito confuso, e isso a deixava confusa, pois ela sentia o que os outros sentiam.

–Está tudo bem. Vamos resolver isso com calma. –disse ela doce e ao mesmo tempo autoritária ao olhar para os irmãos Winchester. –Então será que você pode... Me... Dar a mochila? –pediu.

Kevin a olhou assustado com a proposta e segurou a mochila fortemente, Mia se perguntou como ele ainda não tinha sido atravessado por aquela bolsa.

–Vou te devolver. Você não sabe o que tem dentro, nem eu, e como ajudei a encontrar acho que posso ver, certo? –sussurrou ela, afável e amável, Castiel desejou que ela falasse daquela forma com ele. – Vamos lá boy, só uma olhadinha. Por favor.

Hesitante, e ainda sob a influência do dom da garota, ele entregou a mochila à ruiva que abriu a bolsa, lentamente. Sabia que para pessoas assustadas aquele era o melhor remédio a afabilidade, nada de movimentos repentinos.

A garota tirou a pedra de lá sob o olhar de todos.

–Hum, uma pedra que... Interessante. –sussurrou ela olhando para Dean com uma sobrancelha erguida.

–Não é uma pedra. – Castiel falou. – É a Palavra de Deus.

–A palavra de Deus? Tipo Deus? –perguntou Katherine surpresa, demonstrando o sentimento de todos na sala.

–Porque vocês humanos tem tanto problema em acreditar em Deus? –perguntou-se o anjo confuso. Ashley revirou os olhos para ele.

–Deus escreveu isto? –perguntou Mia sem acreditar.

–Tecnicamente quem escreveu foi Metatron, mas quem ditou, o dono da palavra, é Deus. –murmurou o anjo lentamente.

Kevin os olhava confusos.

– Desde quando os transformers vivem no céu? Com assinhas e harpas em cima de nuvens? – Ashley debochou.

– O que são “transformers”? –o anjo devolveu a pergunta sem entender, os Winchesters respiraram fundo.

–O que estão falando? –perguntou sussurrando para Ashley, que deu de ombros.

– O que importa é que se a Palavra de Deus é descoberta, logo a tabua precisa de um guardião, alguém que saiba ler e proteger a Palavra, um profeta… - explicou o anjo olhando diretamente para o garoto.

Todos absorviam aquelas informações estupefatos. Dean pensou em como os anjos começaram a aparecer de repente na sua vida e na de seu irmão e agora estavam arrastando profetas também, definitivamente sua vida não poderia ficar mais sinistra.

Ninguém tinha mais nada a declarar, o anjo já tinha dito o que deveria ser dito e agora não tinham mais o que falar. Um profeta. Era demais para todos eles à aquela altura.

Ashley respirou fundo, os sentimentos confusos do garoto praticamente voavam em sua direção, a ruiva queria ir embora, mas não queria deixar o asiático ali sozinho, sabia como podia ser desconcertante o inicio nesta vida de caçadas. Sentia pena dele, porém resolveu que merecia fazer algo para si mesma e naquele momento tudo que ela queria era ir para longe dali, organizar os pensamentos, voltar para a calmaria da sua casa na California.

– Okay, então, bem-vindo ao time Kevin, prazer conhecê-lo profeta. – a garota se pronunciou. - Boa sorte você vai precisar. – se despediu soprando um beijo.

–Ashley. –ele chamou a garota assustado novamente a ideia de ficar sozinho com aqueles desconhecidos que sabia que não hesitariam em matar-lhe o enchia de medo.

–Que foi? –perguntou ela se virando para vê-lo.

– Não vai embora. –pediu ele olhando desconfiadamente para todos.

– Não tenha medo, Kevin, não vão machucá-lo. –afirmou a garota jogando os longos cabelos para trás. -Vai ser complicado, no inicio, mas você se acostuma. Pode me ligar se precisar, alias todos ligam alguma hora mesmo. – disse ela pegando uma caneta e escrevendo seu número na mão do garoto.

–Ashley é insanidade você ir embora, deve estar cheio de demônios lá fora e com o profeta aqui, vai encher de anjos também. – chamou o anjo aparecendo à sua frente.

– Insanidade é continuar aqui, não é o meu lugar. –sussurrou ela para que apenas o anjo a escutasse e depois para a surpresa de todos, até dela mesma, o abraçou. – Boa sorte.

Kevin estava confuso, não queria que a ruiva fosse embora, ela lhe passa a sensação de paz, parecia que perto dela não havia medo. Não entendia o que estava acontecendo. O pânico voltava a tomar conta de seu ser.

Ashley estava com a mão na maçaneta prestes a ir embora quando as luzes falharam. Os caçadores se entreolharam tensos. A ruiva deu um passo para trás, enquanto Dean puxava a loira para tomar sua frente e ela puxava a irmã pelo braço. Sam ficou ao lado do irmão, os dois como uma parede na frente das duas garotas. Castiel deu um passo para frente e Meg olhou desconfiada para porta. Kevin abraçou ainda mais a bolsa.

–Eles estão aqui. –sussurrou Ashley com os olhos fechados. No segundo seguinte o anjo encostou dois dedos na testa da garota.

–Me desculpe. –sussurrou e em seguida ela desapareceu.

– O que você fez... – Mia começava a perguntar quando dois anjos apareceram no recinto e o anjo desapareceu.

– De novo, um demônio e os Winchesters. –reclamou a anjo loira, uma força misteriosa empurrava Meg contra a parede. Kevin assustado tropeçou alguns passos para trás. – Mate a demônio, vamos levar o profeta.

Mia tentou ir até o garoto, mas foi impedida quando foi lançada até a parede batendo a cabeça e caindo em seguida.

–Fique longe dele. –ordenou enquanto o outro anjo seguia até a demônio que retirou uma Espada dos Arcanjos e apontou para os anjo entrando na frente dos outros caçadores.

***

Ashley olhou em volta e reconheceu a mata.

–Filho da puta, Castiel seu desgraçado apareça agora mesmo. –resmungou ela e começou a andar.

– Fique aqui. –disse ele aparecendo à sua frente a fazendo tropeçar em uma raiz e cair.

–Droga! –gritou ela. –Olha aqui, eu não vou ficar no meio...

Castiel já não estava ali.

***

– Onde conseguiu isto? –perguntou a anja encarando a espada na mão de Meg, ao mesmo tempo em que escutavam o farfalhar de asas.

– Castiel? –perguntou o anjo.

–Olá Inias. Hester. – murmurou o anjo suavemente.

–Castiel, precisamos levar o profeta... –começou Inias.

– Não precisamos da autorização dele. – Hester calou o outro. – Vamos levar o profeta agora mesmo para o deserto.

– Eu sei que muitos acham que eu não sei mais nada, mas ainda tenho muita coisa que posso ensinar e...

***

– Droga, anjo. – resmungou Ashley ao cair mais uma vez na floresta. Levantou-se e continuou seguindo rumo ao galpão, não era tão difícil encontrar o lugar onde estavam três anjos ela conseguiria enxergar a luz que eles emitiam e quilômetros. – Isso é para você aprender a não confiar em anjos. Onde já se viu abandonar alguém em um lugar assim...

A ruiva continuou seguindo para o galpão enquanto resmungava consigo mesma.

***

– Nós só pedimos algum tempo. –interrompeu Dean. –Vamos cuidar do profeta de vocês, mas nos dê algum tempo.

Mia olhou para ele sem acreditar, Dean Winchester não parecia do tipo de pessoa que pedia favor nem ao irmão quanto mais a uma anja que chegava pensando que mandava no lugar. Ela não queria admitir, mas o tom quase respeitoso que o caçador usou para falar com Hester a deixou com ciúmes. Os outros se entreolharam apreensivos.

–Porque daríamos algo a vocês, depois de tudo que fizeram a nós? Castiel se perdeu quando tocou em vocês. –acusou a loira, caminhando até o caçador antes de completar: – E agora vão pagar por isso.

Antes que a anja chegasse ao Winchester, Mia o empurrou para longe da outra loira, caindo sobre ele. Hester continuou andando até os dois que estavam caídos agora.

–Por favor, foi a eles que fomos colocamos aqui para proteger. –pediu o anjo a interrompendo. A loira se voltou a ele.

–Não Castiel. – sussurrou ela, antes de começar a desferir golpes contra ele. Os Winchester tentaram ir a socorro do anjo, mas foram impedidos por Inias. – Chega de promessas e de loucuras... Você queria livre arbítrio? Agora eu faço as escolhas. – disse ela apontando-lhe uma espada dos arcanjos. Os caçadores assistiam a cena horrorizado.

A ruiva finalmente conseguiu sair da mata de frente com o galpão na hora que a claridade tomou conta do recinto.

– Não. –arfou. – Que não seja Castiel. –pediu sem saber que na verdade fora Meg que acertara a anjo.

– O que foi? Alguém tinha que fazer. –se defendeu a demônio quando o anjo a encarou.

Inias ajudou o anjo a se levantar, apesar de tudo que Castiel havia feito ele sentia falta do irmão, ainda o respeitava como seu superior.

–As coisas não tinham que terminar assim. Não com a morte de Hester. –sussurrou ele.

–Também não queria que acabassem assim Inias. –respondeu Castiel.

–São tempos estranhos. Volte.–pediu ele.

–Lamento Inias,eu não faço mais parte da guarnição. –murmurou em resposta. Os anjos se entreolharam sem saber o que dizer mais.

– Vou dar a vocês dois dias, e então vou levar o profeta, entendeu? – perguntou Inias, e o anjo assentiu agradecendo a ajuda do amigo.

Inias já ia voltar aos seus afazeres celestiais quando Ashley apareceu ofegante na porta. A ruiva apenas vira o sobretudo do anjo e supôs erroneamente que a situação já estava sob controle.

– Hello galera. – murmurou ela, chamando a atenção de Inias, ao perceber o olhar do anjo se encolheu e adentrou o galpão receosa. – Olá.

Ainda lembrava-se do ultimo encontro com anjos desconhecidos e não fora nada amistoso. Foi quando ela abandonou as irmãs para ir viver sozinha.

– Eu me chamo Ashley. –se apresentou hesitante, diante do silêncio do ser celestial. Respirou fundo, ele aparentemente se dava bem com Castiel, não deveria ser uma ameaça.

– Castiel? –murmurou Inias como se pudesse matar a garota só a olhando.

–Já está na hora de ir não acha? –propôs o anjo. A ruiva viu, paralisada, quando Inias partiu para cima dela com uma espada em punhos.

– Você não quer me matar realmente não é? -a voz da garota assustou todos no galpão que assistiam paralisados a cena. – Tipo, eu sou uma garota linda, nova, tenho a vida inteira pela frente, nunca fiz mal a ninguém... A não ser a alguns demônios. – refletiu ela. – e o tom vermelho do meu cabelo é totalmente natural, sabia que não é fácil encontrar alguém com essa cor de vermelho? Aposto que é pecado destruir alguém com essa cor de cabelo. –tagarelou ela, fazendo o anjo a olhar confuso.

– Além do mais, um anjo tão legal e bonito como você não deveria sujar suas mãos com alguém como eu, não é verdade? Que tal você voltar para sua nuvensinha lá no céu e me deixar aqui, quietinha? Prometo que vou ser uma boa garota e nunca mais vou roubar o pirulito ou doces de ninguém. Vou me comportar. –sugeriu ela sorrindo nervosamente. Inias a olhava como se visse um ET.

–Você não deveria existir. –murmurou ele, fazendo ela revirar os olhos.

–Eu sei, você não é o primeiro a me dizer isso. Sinceramente essa frase já está velha. –resmungou ela, porém viu a raiva do anjo voltar a brilhar em seus olhos. –Ops, foi mal, eu amo essa frase, sinceramente poderia escutar mais um milhão de vezes e...

–Você. Não. Deveria. Existir. –o anjo voltou a dizer, tornando cada palavra uma sentença. Ele ergueu a espada. Ashley fechou os olhos esperando a morte.

– Anjos para fora! – gritou Dean colocando a mão dentro do sigilo feito de sangue. Uma forte luz preencheu o recinto por alguns segundos antes que tudo se apagasse.

– Essa passou porta. –sussurrou a ruiva, sentando-se e colocando a cabeça entre os joelhos, o profeta se aproximou inseguro.

– Você está bem? –perguntou ele refletindo o que todos se perguntavam.

– Estou viva, viva. - ela ofegava para si mesma. Antes de olhar para o garoto. – Estou ótima. Obrigada Dean, você é um anj... Esquece!

***

Sam interveio e resolveram ir para casa de Bobby que era próximo ali e protegido contra anjos e demônios.

Os irmãos seguiram no Impala a frente, Mia e Katherine foram no Landau, e Meg, Ashley e Kevin – que tinha grudado na ruiva. –seguiram no Chevy.

A estrada era silenciosa àquela hora da madrugada e nos carros ninguém tinha muito a dizer.

– Odeio silêncio. –resmungou Ashley e ligou o radio.

***

Mia entrou a casa e olhou em volta, não parecia que Bobby havia morrido, apenas saído. As suas coisas estavam nos lugares de costume e a casa ainda tinha o mesmo ar de sempre, ela poderia se sentar e esperar pelo amigo, mas ela sabia que ele não ia voltar. Respirou fundo.

–Leviatãs? –sussurrou Katherine para irmã que tinha lhe contado a historia no caminho.

–Sim, enormes e bocudos. – respondeu a outra com um suspiro.

– Vem Kevin, eu já disse que ninguém vai te machucar, não vamos te torturar nem nada do tipo. Traduza a tábua e então você pode decidir o que quer fazer da sua vida, se decidir voltar para casa, vou te levar e verificar se o caminho está limpo. –dizia a ruiva enquanto empurando o garoto para dentro da casa.

–E o carro ficou lá...

–Sim, porque era uma enorme placa em cima das nossas cabeças apontando onde você está e depois se resolver voltar para sua casa nós diremos que você sofreu um acidente ou sei lá. Não tem motivo para ter medo. – falava a garota parando no meio da sala sob os olhares das irmãs. – Acho que tem um quarto lá em cima, vá descansar, durma um pouco quando acordar não parecerá tão ruim assim. –aconselhou ela.

Após o profeta estar devidamente acomodando no andar superior todos se reuniram.

–Então, temos que resolver o que faremos com o profeta. –Dean tomou a palavra.

– Vamos cumprir o acordo, ele traduz a tabua e depois vai com os anjos. –murmurou Mia, Ashley olhou para a irmã desacreditada.

– Ele traduz a tabua e resolve o que quer em seguida. Nada de anjos. – a ruiva opinou. A morena estava calada em um canto divagando sobre o moreno musculoso encostado a porta.

– Ash, compreendo que os anjos não sejam suas criaturas preferidas, mas não podemos esquecer que tem mais do que eles lá fora, tem demônios e leviatãs, qualquer desses que colocar as mãos em Kevin não serão bonzinhos. Por outro lado os anjos querem ajudar. –Sam intercedeu.

– Os anjos nunca querem ajudar, eles estão fazendo isso porque interessa unicamente a eles. Mas vou ter que concordar com você que será bem pior ser pego por Crowley ou Dick. Vamos conversar com Kevin e ver o que ele quer. – sugeriu.

– Ninguém pediu minha opinião, mas vou falar do mesmo jeito. –Meg disse. – Kevin é um profeta e estamos numa confusão ainda maior agora com ele aqui, porém se deixarmos ele com qualquer um dos sugeridos eles podem ferrar as nossas vidas, sendo assim o garoto fica conosco até que resolvamos tudo.

Os cinco a encararam como se a demônio fosse louca.

– Isso está... Fora de cogitação, não podemos deixar o menino em cárcere privado, nem pensar. – Reclamou a ruiva se levantando.

–Ashley está certa, se Kevin ficar tem que ser escolha dele. – murmurou Katherine atraindo a atenção de Sam, que ao perceber que seu olhar era correspondido desviou-se para Ashley.

–Nada disso, confirmamos com o Inias que iríamos entregar o garoto, ficar com ele é colocar uma placa neon e pedir que nos matem, sabem que nada daria mais prazer a eles. – Mia disse se levantando. Dean admirava a força da loira…

– Mia está certa, já temos uma guerra e, no momento, não é com os emplumados. – Dean disse.

A sala caiu em silêncio, aparentemente não concordavam em nada. Ashley parou de pensar em Kevin para se perguntar onde estaria Castiel já que desde que Dean os expulsara do galpão ele ainda não aparecera.

Katherine ainda olhava para Sam, que tentava em vão não olhá-la também, ninguém os tinha apresentado formalmente e aparentemente não houvera ocasião para ela mesma fazer isso, inconformada ela apenas suspirou e encostou-se ao sofá e fechou os olhos.

Meg irritou-se com todo o silêncio.

– Ashley, vamos treinar. – ordenou.

– Qual é, estou exausta. – reclamou a garota sob o olhar atento dos presentes.

– Sim, mas graças ao que eu estou te ensinando você poderia ter evitado Crowley hoje, e não fez.

– São duas da manhã e tudo ocorreu ontem tecnicamente. – reclamou a ruiva.

–Quer aprender ou não? –a demônio foi firme, fazendo a garota rolar os olhos.

–Sempre me esqueço de que você é um demônio e gosta do sofrimento dos outros. –resmungou ela se levantando.

***

Kevin estava deitado no quarto que lhe indicaram,mas não conseguia dormir. Pegou a mochila mais uma vez e conferiu se A Palavra de Deus ainda estava ali, estava. Agora, longe do poder de Ashley ele conseguia sentir livremente toda aquela confusão, todo o desespero. Queria gritar, ou bater em alguma coisa, alguém.

Porque ele? Porque um profeta? Tudo que queria era ir para Princeton, ficar com sua namorada Channing. Então porque ele estava numa casa cheia de loucos que poderiam até matá-lo?

Seus pensamentos se voltaram para a ruiva, Ashley, ela não parecia querer machucá-lo, alias de todos era a única que parecia se importar realmente com ele, se pergunto o porquê. Outra coisa que rondava sua mente era o motivo pelo qual aquele anjo Inias parecia querer matá-la. Será que ela havia se machucado?

Estava pensando nisto quando viu que o sol começava a nascer. A porta do seu quarto foi aberta. Ele olhou pronto para gritar, mas viu apenas a ruiva com uma bandeja.

–Chá? – ela ofereceu sorrindo. – Não conseguiu dormir?

– Nem um pouco. –respondeu ele sentando na cama e a garota colocou a bandeja entre os dois.

–Já imaginava. - sussurrou ela. –Não tenho mais nada reconfortante para dizer Kevin, você foi o escolhido e é uma droga. Não vou mentir. Também não adianta reclamar porque ninguém está interessado, pelo menos não o seu anjo da guarda. –completou irônica.

– Porque você a única que não quer me matar?- a pergunta escapou antes que o jovem percebesse.

A ruiva suspirou e se jogou na cama, ficando deitada de costas.

– Ninguém quer te machucar Kevin. É a nossa profissão, correr riscos, matar coisas, não reclamamos, mas não desejamos isso a ninguém, muito menos a um garoto. Você é muito novo as responsabilidades e riscos são grandes. Não sabemos como lidar. –confessou ela.

Kevin estava surpreso com a sinceridade da moça.

– Eu sei que você está cheio de perguntas, então pode começar a comer. Vou responder as suas perguntas.

–Tudo isso existe mesmo?

– Coelhinho da páscoa não. – respondeu a ruiva com um sorriso, o garoto abriu um sorriso amarelo.

–Coelhinho da páscoa não, que bom. Os anjos eles tem... Asas?

– Tem, mas você não pode vê-las a menos que ele queira te mostrar. Aquelas pessoas que você viu ontem, bom eram receptáculos, os corpos que eles ocupam não a verdadeira forma deles. Anjos precisam “possuir” um corpo para falar com humanos. –explicou ela. O garoto mastigava as bolachas que ela havia levado lentamente enquanto absorvia toda a informação que era passada.

– Porque eles não gostam de você? –perguntou cautelosamente. A garota hesitou.

– Estranho acreditar que alguém não gosta de mim não é? Pois é, eles não gostam. Também não sei o porque. Acho que tenho pecados demais para que eles simpatizem comigo.

Kevin olhou para ela, pensou por um tempo e resolveu dizer.

–Castiel parece simpatizar com você.

Ashley escutou surpresa, mas sorriu.

– Sim, ele pode simpatizar, mas é um anjo em fase de recuperação, quando voltar ao normal vai querer minha cabeça em uma bandeja de prata. Não tem mais perguntas?

–Tenho. O que são leviatãs? –perguntou ele olhando da garota para a tabua.

–Você leu, isso ali? –perguntou ela hesitante.

–Sim; falava sobre leviatãs... Deus havia enviado eles para longe...

–Pois é, ele tinha mesmo, só que ai um anjo os libertou, por acidente, e eles estão aqui na Terra, eu e os meus amigos queremos uma forma de mandar eles de volta para longe. Tem alguma forma?

–Não sei, não consigo ler por muito tempo, dói. –respondeu ele.

As perguntas de Kevin era sobre a aparência como era cada um, como agiam, como matavam. Queria saber como era ser um caçador, como eles se sustentavam e a ruiva teve que dizer sobre os cartões de crédito falso. Depois ele quis saber como seria a vida dele e se poderia voltar para casa, então a garota falou das possibilidades os prós e contras de cada um e deixou claro que o apoiaria em qualquer decisão. Eles não sabiam, mas estava nascendo uma bela e longa amizade ali.


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Notas finais do capítulo

então pessoas, o capitulo ficou beeem grande néh?
Pois é os capitulo vai começar ter essa média de palavras mesmo. Eu ia coloca um capitulo mais dedicado a Mia e Dean porem me impolguei escrevendo então ficou para o próximo.
O que esperar do próximo batcapitulo:
—Conversa entre Dean e Cas.
—Climas instigantes entre Mian
— um pouquinho de Samrine, afinal eles não podem começar se agarrando.
Previsão: entre quinta e sexta.

Pessoal sobre minha outra fic The New Mistery, se alguém acompanhava aqui eu estou reescrevendo e já comecei a postar novamente.; Link: http://fanfiction.com.br/historia/519730/The_New_Mistery/

Até o próximo batcapitulo.
Beijinho, beijinho e xau, xau...



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