Entrei na sala sem nem ser convidada, estava tão irritada, que tinha deixado os meus modos ir para o espaço.

– Dumbledore é louco? – disse parando no meio da sala, olhando para o professor Snape, que me olhava com aquela cara “Eu vou matar essa garota que ousou interromper meu sono” – Minha mãe disse que ele era meio excêntrico, mas o que eu vi essa noite passa muito além da excentricidade!

– Olha, não é só que você descobriu que eu sou seu pai....

– Olha você! – disse apontando o dedo para ele – Eu passei a minha curta vida fugindo de algo que não entendia, sempre querendo saber por que o meu pai não estava presente quando mais precisávamos. Sempre tive a curiosidade de saber quem era o meu pai, não importa o que você ou minha mãe fez no passado, agora que eu te encontrei você vai ouvir todas as minhas reclamações! – Snape me olhava perplexo, provavelmente não imaginaria que eu despeja-se toda minha raiva e ressentimento nele, e há essa hora. Respirei fundo, tentando acalmar os nervos.

– Você é igual a sua mãe! – disse fechando a porta para que nossa conversa não transmitisse ao corredor – Enxerida, manipuladora, tagarela e sem um pingo de juízo na cabeça!

– Nossa! Quantos elogios – disse irônica. Senti aquela sensação de perigo, olhando a expressão assassina do Snape.

Quando voltei para o salão comunal da Sonserina, o salão estava completamente vazio, pelo horário já era de se esperar. Fui direto para o meu dormitório,as meninas já estavam todas dormindo,caminhei até a minha cama e peguei uma muda de roupa e me troquei, deitei na cama e fiquei pensando em tudo que tinha acontecido até agora, provavelmente escreveria uma carta amanhã para minha mãe. Falando dela, ela não escreveu nenhuma carta desde que cheguei em Hogwarts.....

Na manhã seguinte acordei atrasada, já tinha perdido a primeira aula,troquei de roupa o mais rápido que pude,tentei ajeitar o meu cabelo sem sucesso, irritada coloquei um capuz preto, depois eu me virava. Peguei minha mochila e sai correndo, já sabendo que a segunda aula também era de transfiguração, fiquei matando aula na cozinha junto dos elfos, onde tive a oportunidade de comer bastante, fiz até amizades com alguns elfos, que me acharam muito simpática e educada para alguém da Sonserina.

– Sabe Tink, a boatos que o chapéu seletor nunca erra em suas escolhas, mas na minha opinião ele errou feio comigo – disse para a pequena elfa,que me dava mais um pedaço de bolo.

Depois de me despedir dos elfos, fui correndo para a aula de feitiços.

*

Dois meses tinham se passado desde que tinha chegado a Hogwarts, com um único objetivo em mente, descobrir quem era o meu pai. No meio desse tempo fiz amizades dês fiz algumas,mandei varias cartas para minha mãe,mas nenhuma delas foram respondidas,o que estava me deixando aflita,tinha falado com o meu pai sobre isso,sim eu ando chamando ele de pai,quando estamos sozinhos é claro.

Na manhã de dias das bruxas, o cheiro de aboboras assadas estavam espalhado pelos corredores, minha primeira aula era a mais entediante do dia, história da magia. Depois de varias semanas, comecei a seguir os outros alunos, desisti de tentar prestar atenção e continuei com a leitura do meu livro de azarações, que ficava interessante a cada pagina. Na aula de hoje fiz o mesmo, pena que o livro já estava no final. Em duas aulas de história de magia, consegui terminar de ler o livro bem a tempo do final da aula.

Na festa do dia das bruxas estava decidida a falar com o meu pai sobre minha mãe, tinha deixado o fato de ela não responder as minhas cartas de lado por tempo demais.

Na mesa da Sonserina estava todo mundo se divertindo, conversando com seus amigos e eu sozinha no meu canto, o Draco ficou irritado por eu ter ajudado o Potter e se afastou de mim, e de brinde Blasio parou de falar comigo, quando descobriu que eu preferia estar na Grifinória do que com os metidos da Sonserina.

Mil morcegos vivos esvoaçavam nas paredes e no teto e outros mil mergulhavam sobre as mesas em nuvens negras e baixas, fazendo dançarem as velas dentro das abóboras. A comida apareceu de repente nos pratos de ouro, como aconteceu na abertura das aulas.

Comecei a me servir, pegando alguns doces e bolos quando o professor Quirrel entrou correndo no salão, com a expressão de puro pânico no rosto, ele se aproximou da cadeira de Dumbledore escorou-se na mesa e ofegou:

– Trasgo... nas masmorras...achei que deveria lhe dizer.

Em seguida caiu desmaiado no chão. Como se já não tivesse um cachorro de três cabeças na escola, agora tem trasgo?

Voltei a prestar atenção a minha volta quando Dumbledore mandou os monitores levarem os alunos para os seus salões comunais. Fiquei parada por alguns estantes estática, só eu reparei que o salão comunal da Sonserina fica nas MASMORRAS??

Segui alguns alunos apavorados, a desorganização era tão grande que acabei me misturando com os alunos da Grifinória. Ouvi uma conversa de uns alunos que estavam um pouco afastados, curiosa como sou acabei escutando parte da conversa.

– ...Hermione. – era o Potter

– O que tem ela? – junto com o ruivo

– Ela não sabe que tem um trasgo aqui – eita, minha amiga tava em perigo.

Fiquei seguindo eles o mais discreto possível, por um reflexo vi o meu pai, ele deveria estar com os outros professores, Potter e o Weasley se perguntaram a mesma coisa. Continuei os seguindo, que seguiam os rastros do meu pai.

Comecei a sentir um cheiro estranho, era um fedor horrível, no sentido ao contrario vinha uma criatura enorme devia ter uns quatro metros de altura, sua pele era cinzenta e baça, era uma visão macabra, tinha visto alguns desenhos de trasgo, eles eram muito mais feios pessoalmente. Pera! O TRASGO TA AQUI! Estávamos ferrados, se aquela coisa viesse para cá, eu seria descoberta e ainda teria que lhe dar com um trasgo.

O Potter e o Weasley trancaram o trasgo no banheiro das meninas, fiquei observando quando eles se afastavam aliviados, até ouvir um grito.

– Hermione! – gritei pegando a minha varinha e saindo do meu esconderijo, girei a chave e entrei no banheiro, o trasgo esta indo na direção da Hermione, que parecia preste a desmaiar, fiz a coisa mais idiota que podia fazer, chamei a atenção do trasgo com um feitiço de azaração, que foi inútil, mas fez o trasgo levantar seu braço contra mim e me jogar contra a porta,atravessei a porta batendo na parede em seguida. Devo ter desmaiado por que quando abri os olhos novamente, os professores vinham correndo pelo corredor, a professora Minerva, veio ver como eu estava.

– Eu estou bem professora – apontei para o banheiro feminino – Mas é melhor verem se eles estão bem – os professores entraram no banheiro.

Eu estava tão nevoada que só ouvi os gritos da professora e a pergunta do professor Snape, que provavelmente fez eles pensarem em uma segunda desculpa. Mas essa era minha deixa, mancando e com uma mão na cabeça, me apoiei na porta.

– Essa eu posso explicar professores – olhei para o Potter, Weasley e a Hermione, dando um olhar de ‘se desmentirem eu acabo com vocês’ – Não é nem novidade que eu acabei me tornando amiga da Hermione – respirei fundo, sentia que ia desmaiar a qualquer momento – Percebendo que ela não ficaria de braços cruzados com um trasgo rondando na escola, resolvi segui-la, mas acabei me perdendo quando encontrei ela de novo, o trasgo estava quase em cima dela.....

– Ainda não respondeu o que quero saber – interrompeu o professor Snape, se eu não tivesse tão mau, falaria mas alguma coisa.

– Fiz o que qualquer amiga faria, tirei a atenção do trasgo, fazendo ele prestar atenção em mim – já estava vendo tudo dobrado – Lancei uma azaração nele,o que deixou ele bem irritado – ri,o que fez eu sentir uma pontada de dor,acho que quebrei uma costela – Vocês já sabem o que acontece quando se aborrece um trasgo e você acaba paralisada de medo,respondi sua pergunta pai? – disse desmaiando em seguida.