Era umas dez da manhã, estávamos na cozinha do apartamento,minha mãe preparava nossos ovos e eu fiquei na mesa comendo a minha torrada com geleia de amendoim.

– Aqui filha - minha mãe colocou os ovos no meu prato e no dela, depois colocou a frigideira na pia, e foi degustar o seu café da manhã, o mesmo que o meu, duas torradas com geleia de amendoim, ovos mexidos e suco de maracujá.

– Acho que vou deixar meu cabelo crescer – comentei, meu cabelo batia um dedo abaixo do ombro, era negro e um pouco oleoso, igual ao do meu pai, embora eu nunca tenha o visto em todos os meus onze anos.

– Que bom – disse, minha mãe não gostava do meu corte de cabelo, já que lembrava muito ao meu pai,um dos motivos de em sempre deixa-lo assim – Sua carta chegou – disse estendendo a carta,era branca,com um lacre de cera púrpura,peguei a carta e comecei a ler.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA HOGWARTS

Diretor: Alvo Dumbledore

(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro,

Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de

Bruxos).

Prezada Sra. Snape,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma

lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em

1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais

Atenciosamente,

Minerva McConagall.

Diretora Substituta.

– Snape – perguntei olhando torto – Então meu ultimo sobrenome é Snape – disse, o clima descontraído tinha ido embora. – Em qualquer documento meu nome saia sempre como Andrômeda Carter Herondale S. Depois de onze anos descobri sobre esse “S” no final do meu nome.

– Sim – ela deu um longo suspiro e continuou – É o sobrenome do seu pai.

– Jane Herondale! Não acha que deveria ter me dado essa informação há muito tempo atrás? – chamar a pessoa pelo nome todo, quem nunca?

– Filha eu sei que esta brava por você só descobrir agora, mas um dia você vai entender – disse cabisbaixa – frasezinha dos infernos.

Depois do café fomos nos arrumar para comprar o meu material. Minha mãe estava vestida, com um, sobretudo fechado, um cachecol branco enrolado no pescoço, sua calça era da mesma cor que o seu sobretudo,beje,seus sapatos provocavam estalo no chão.

Ao contrario da minha mãe, eu era um pouco mas relaxada,meu sobretudo preto,ficava aberto,minhas mãos ficavam no bolso dele para serem aquecidas,estava com uma blusa simples,estava com uma calça jeans preta,meu sapato era da mesma cor,como acessório eu tinha um cordão,que minha mãe tinha comprado a seis anos atrás,quando ainda morávamos no Brasil.

Assim que entramos no caldeirão furado, alguém chamou minha mãe, ela se virou para ele e o cumprimentou.

– Olá Tom – cumprimentou cordialmente

– Jane querida, não sabia que tinha voltado – o homem saiu de trás do balcão e cumprimentou a minha mãe – Quem é essa linda garotinha? – perguntou olhando para mim. O olhei de modo superior para disfarçar minha timidez.

– Sou Andrômeda Herondale S. – me apresentei

– Minha linda filha – completou minha mãe.

– Ela é a cara do pai, mas tem os seus olhos – comentou Tom dando um sorriso.

– Você conhece o meu pai? – perguntei curiosa

– Vamos filha – apressou minha mãe me empurrando para o fim da loja.

Ainda descubro que é o meu pai!