Entre anjos escrita por Maximinos


Capítulo 23
Filha do Klein


Notas iniciais do capítulo

Realmente esse capitulo merece palmas.



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Quando eu acordei eu vi minhas roupas jogadas no chão. Eu olhei para Crisaor na minha cama e me lembrei de tudo.

“Droga...” Pensei.

“Não é que eu não havia gostado, mais o Crisaor? Ele que ficou comigo nas horas que eu precisava, ele que contou sobre minha mãe. Sei lá, é estranho.”

Mas afinal todo mudou agora!

Sentei-me na cama e coloquei um lençol envolta do meu corpo.

Fui até meu armário e peguei uma blusa bem maior que eu e coloquei.

Voltei para cama e Crisaor abriu os olhos.

–Luna? Ele se sentou e olhou em volta. – Ai minha cabeça. Ele colocou as mãos na cabeça.

Eu ri e me deitei.

–Estávamos bêbados. Falei.

–Aé, é nossa desculpa. Ele riu se deitando comigo.

“Toc toc.” Alguém bateu na porta e Crisaor me olhou assustado.

–Quem é? Perguntei estranhando alguém vim falar comigo tão cedo.

–É a Beth, abre logo Luna.

–Cala boca e fica ai. Falei me levantando e indo até a porta. Abri a porta nem pela metade, e fazendo ele apenas ver minha cabeça.

–Me deixa entrar sua chata. Preciso falar com você. Ela falou rindo e forçando a porta.

–Não Beth, vem aqui depois. Estou com dor de cabeça serio. Falei empurrando a porta contra ela.

–Era uma coisa que você iria gostar de saber... Falou ela indo embora.

–Espera! Falei puxando o braço dela. O que é?

Ela me olhou e falou:

–Demon e Cristina terminaram. Agora abra a porta para mim contar os detalhes.

Ela empurrou a porta, e eu praticamente não acreditei no que ouvi.

Ela me olhou e depois olhou para Crisaor.

–Serio isso? Ela riu. – Eu não vi nada, depois volto aqui. Então ela saiu.

Tranquei a porta e me sentei na cama.

–Esta pensando em ir falar com ele? Perguntou Crisaor enquanto colocava sua roupa.

–Não, não vou falar com ele. Deitei-me sentido meu estomago se revirar.

Crisaor se sentou do meu lado e depois deitou. Ele fez eu colocar minha cabeça em cima de seu peito.

–Acho que você deveria falar com ele. Falar o que sente. Sei lá. Ele começou a fazer cafuné na minha cabeça.

–Não sei se devo. E não quero. Esta decidido se ele quiser ele que fale comigo.

Crisaor riu.

–Tudo bem então... Vou para meu quarto.

Falou ele se levantando e pegando os sapatos do chão e segurando nas mãos.

–Estávamos bêbados. Ele piscou e saiu do quarto.

Realmente eu não sei se queria lembrar isso da forma “estávamos bêbados”.

Coloquei uma meia e sai do meu quarto. Demon estava sentado na escada conversando com Lucco. Ele me viu e ia vim falar comigo. Mas eu corri para o quarto de Crisaor. Bati na porta e ele gritou “entra.” Pude ver ele se sentando novamente.

Entrei e tranquei a porta.

–Você aqui? Ele sorriu.

Eu me joguei na cama dele. Era macia, mas pulava demais.

–Sabe... Pensei um pouco e não quero me lembrar como “estávamos bêbados”. Falei me deitando na cama dele e me enrolando no cobertor.

Ele sorriu e pegou um short no armário e vestiu.

–Quer se lembrar como o que então? Perguntou ele me olhando.

*Silêncio*

–Quero me lembrar de... – Deixe-me ver... – “Bêbados conscientes”, que tal? Perguntei me sentando na cama.

–Bêbados conscientes? Murmurou ele. – Parece mais adequado. Afinal estávamos bêbados mais conscientes. – Gostei.

–Então, você vai querer continuar com isso, ou foi só por uma noite? Perguntou ele serio. Eu olhei para ele e ri.

–Se eu não tivesse aqui, pode crê que ia ser só por aquela noite mesmo.

Ele sorriu.

–Vamos continuar então? Ele falou com um sorriso tanto que malicioso em seus lábios. Ele chegou mais perto de mim e colocou seus lábios sobre os meus.

“Toc toc”

–Mais que droga. Falei recuando seu beijo. –Deixa, eu atendo. Falei indo a porta. Ele não falou nada, apenas ficou sentado na cama.

–Oi? Falei abrindo a porta e dei de cara com o Demon e Lucco.

Eles me olharam e depois olharam para Crisaor.

–Não queríamos interromper. Falou Lucco.

–Ah vocês queriam sim. Falei e me virei para Crisaor. – Ele é todo de vocês. Mas guarda um pouco pra mim. Falei saindo do quarto e deixando a porta aberta para eles entrar. Desci as escadas e vi John, Beth e Lucca no sofá.

–Crisaor? Perguntou John fazendo uma careta.

–Beth? Perguntei nervosa. Ela disse que não ia contar a ninguém... Não é?

Ela riu.

–Não tive nada haver com isso. Lucca levantou as mãos em forma de indefesa.

Eu ri e me sentei ao lado dele.

–Então é verdade que Demon e Cristina terminaram? Perguntei pegando o controle da TV.

–Uhum. Murmurou Beth. – Mas acho que eles já vão voltar. – Ela falou e sua voz saiu falha. – Ela ligou aqui falando que esta vindo para cá.

–Que maravilha. Falei ironicamente.

–Mas vocês não tem nada não é? Perguntou John.

Eu me levantei e fui em direção às escadas.

–É, não temos mais nada, aliás, nunca tivemos.

Subi para meu quarto e examinei o tempo. Estava frio.

Peguei uma calça legging, blusa de frio branca, e fui para o banheiro tomar um banho. Quando terminei o banho penteei meu cabelo e coloquei minha pantufa branca de tigre.

Desci para a sala. Vi eles assistindo e sai de casa. Sentei-me nas escadinhas e fiquei brincando com a poça de água que tinha a quase um metro de mim.

“Isso é divertido.” Pensei enquanto fazia a água se mover, e mudar de local.

Quando olhei para calçada vi Cristina com uma blusa vermelha, uma calça jeans preta e uma bota de salto. Ela veio em minha direção e se sentou na escada comigo.

Eu olhei para ela, depois para porta.

–Demon esta lá dentro, e não aqui fora. Falei seria.

Ela riu ironicamente.

–Eu sei querida. Mas eu tenho que te falar que... Ela me olhou e respirou fundo. – Eu quero te pedir desculpas, serio. Acho que foi raiva de momento.

Eu olhei para ela e comecei a rir.

–Mentira, para. Você atua muito bem. Acho que foi assim que Demon caiu desse joguinho.

–Não ouse falar do Demon assim. Ela se levantou e me encarou.

Por um pequeno erro de calculo dela, ela ficou em pé sobre minha poça de água.

–Não estou falando nada de mais. Só a verdade. Aliás, você esta em cima da minha diversão, sai de cima. Falei colocando minhas mãos na coxa dela e empurrando ela mais ao lado.

Ela me olhou friamente.

–Quer saber... Não acredito que EU terminei com o Demon por ter insegurança sobre você. Ta na cara que o Demon nunca ia gostar de uma menina assim.

–Aé? Perguntei me levantando. Assim como?

Ela me olhou de cima à baixo e falou:

–Criança, que brinca com uma poça de água, a garota que gosta de se mostrar pelo carro que tem. – Ela disse enquanto olhava pro meu carro. – A filha de Bruce que queria matar seu próprio pai. A que matou meu... –Ela cortou as palavras e abriu suas asas e voou em minha direção.

Seus olhos ficaram traiçoeiros.

Eu estava lutando contra cada parte do meu corpo para não brigar com ela. Ela me prendeu na parede e deu um murro em minha boca.

Pude ouvir Beth dando um gritinho pelo barulho que fez, a essa altura todos já sabiam que estava acontecendo alguma coisa.

Senti gosto de sangue e então empurrei ela para trás.

Fiz uma barreira de água enorme entre mim e ela e depois fiz a barreira despencar sobre ela.

Ela caiu toda molhada. Peguei a água que ficava naquele solo, as fiz virem até mim. A Cristina deu alguns passos para trás.

–Sabe, eu evito brigas. Mas você me bateu... Falei examinando ela. Então duas tampas de bueiro explodiram fazendo com que a água se levantasse.

As águas eram limpas, mais não tinha um cheiro muito bom. Cristina se assustou e olhou para trás.

–Para Luna. Pude ouvir alguém dizendo. Mais essa voz não em importava.

Cristina voou contra mim e me jogou no chão. Mesmo no chão eu fiz a água ter formato de uma mão, e deu um soco em seu rosto ela caiu para trás.

Eu assobiei e depois poucos segundos o meu bichinho de estimação apareceu em uma nuvem de água imensa.

Eu pulei em cima dele examinando Cristina.

–Meio bizarro seu brinquedo de guerra. Falou ela rindo.

–É porque você não viu o que essa coisa fez com o rei do Klein. Você se lembra? Perguntei rindo.

– O que essa coisa fez com meu pai. Murmurou ela abaixando a cabeça e logo depois me olhando furiosa de volta.

“Pai dela????? O rei dos Kleins era para dela? Então quer dizer que ela não é uma Klein comum. Não tem poderes comuns. Ela me olhou e riu.

–Por isso você não esperava. Ela sorriu e suas asas se abriram mais ainda, eram iguais de sue pai.

Ela voou para cima de mim. Meu tubarão mordeu suas asas mais ela não sentiu dor nenhuma. Eu a enforquei e joguei-a pro outro lado. Fiz uma parede de água prender ela. Meus poderes estavam começando a querer me controlar, isso sempre acontecia quando eu desejava brigar tanto.

Eu sentia o barulho das águas se mexendo.

–Deixe a água te guiar. Ouvi uma voz, era a voz de Bruce. Mas eu não o via envolta.

Meus poderes me sobrecarregaram, eu coloquei as mãos na cabeça e gritei de dor. Até as águas me controlarem.

Então não era mais eu no comando do meu corpo.

Todos os bueiros da rua se explodiram, cheguei perto da Cristina e desfiz a parede. Ela me olhou assustada.

–Você provocou isso em mim. Falei totalmente brava. Águas saia pelas minhas mãos. Minhas mãos volutanriamente se apontaram para Cristina e saiu dois jatos de água. Ela parou do outro lado da rua.

Logo depois três soldados de quase dois metros de altura, saíram dos esgotos. Os mesmos que arrancaram as asas de seu pai.

–Eles vão arrancar a asa dela. Para Luna! Falou Crisaor. Eu não me controlei. Um soldado correu para perto dela e segurou-a. Ela ficou se debatendo tentando sair.

–Vocês Kleins acha que são invisíveis. Falei caminhando até ela.

–Por favor, pare. Implorou ela.

–Afora é tarde. Eu ri.

Os outros dois seguraram as asas dela e começaram a puxar lentamente.

–LUNA PARA! Gritou Lucco, senti-o vindo em minha direção. Eu fiz uma barreira que cobria a casa não deixando ninguém passar.

Ela gritou e se esperneou de dor. Mas eu não liguei.

A primeira asa estava na metade de ser arrancada, até que Demon apareceu em minha frente com suas asas negras abertas.

–Para Luna... Sussurrou ele pegando na minha mão esquerda.

Quando ele pegou na minha mão eu senti um choque dentro de mim. Eu voltei a controlar meus poderes. Olhei rapidamente para os soldados e ordenei que eles voltassem a sua forma normal. Logo depois caíram águas no chão se voltando para os bueiros.

Ela estava com uma asa caída e a outra em pé.

–Ai meu Deus! O que eu fiz? Perguntei assustada.

Demon me olhou e depois olhou para Cristina.

–Eu não esperava isso de você. Falou ele parecendo decepcionado.

–Nem eu esperava isso de mim. Falei confusa. Subi no tubarão e fui embora para... sei lá onde.


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Notas finais do capítulo

Pra ser sincera eu queria ter arrancado as asas de Cristina. Mas não seria legal da minha parte. :( O que acharam?