A beautiful mess escrita por Mari, Ari Dominguez


Capítulo 10
Juan Pedro, Ou Melhor, Peter...


Notas iniciais do capítulo

Hey! E aí como estão fofas? Desculpa não ter postado meio de semana, estou em semana de provas e estou postando meio que correndo. Primeiro, dica de leitura: http://fanfiction.com.br/historia/491982/Procura-se_Um_Amor É a primeira fic da minha amiga Maria Eduarda, não custa nada dar uma passadinha lá né? Outra coisa, minha outra amiga desmiolada está pensando em fazer uma fic Leonetta com a história do filme A Fera(aquele da Vanessa Hudgens, lindo!), vocês preferiam que o León fosse a fera no sentido de ser grosso e difícil ou uma fera literal mesmo, tipo um monstro? Por favor respondam, ela tá meio perdida tadinha.
Repostei a Totalmente Opostos como prometido!
http://fanfiction.com.br/historia/491292/Totalmente_Opostos/
Deêm uma olhadinha lá se possível, preciso da colaboração de vocês ok? Agora vou deixá-las lerem em paz, nos vemos lá embaixo meninas :)



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Era tão estranho começar a questionar as razões que me fizeram chegar a esse ponto, quero dizer, no fundo do poço. É tão ridículo como o simples fato de ter rompido com um garoto bobo que fez menção de declarar em rede nacional que eu era uma garota sem importância na vida dele estivesse me fazendo todo esse mal. E além de ridícilo, inacreditável com eu mesma me afundei nessa melancolia toda onde tudo que eu olho, como, bebo, vejo e respiro me liga ao nome León Vargas.

Posso parecer exagerada e dramática, mas quando ele disse aquilo foi como se algo dentro de mim morresse, porque desde que nos conhecemos a dois anos atrás minha vida se transformou. Eu mudei, o segui que nem uma cachorrinha adestrada pra essa cidade idiota, e o mais lindo, agora estou presa na minha própria ''armadilha'', e consequentemente presa a ele.

Saber que a pessoa que você amou, ama, nem liga mais pra sua existência enquanto a única coisa que você fez foi entregar seu coração cegamente machuca.

Tenho pena da pessoa que disse que era mais que necessário viver um grande amor. Porque eu vivi um grande amor, mas descobri que na verdade foi um grande ilusão, que pra ele eu era um simples passatempo ou aventura. É, essa coisa de amor é uma droga.

Agora lá estava eu, sentada num banco afastado do Central Park sozinha pensando na vida sem um rumo, sem um objetivo, apenas a deriva com as recordações e devaneios irritantes que ocupavam minha mente.

Senti algo quente na minha bochecha, foi quando percebi que pela milésima vez estava chorando. Nesses dias parecia que era a única que eu conseguia fazer era chorar, chorar e chorar. Que droga de vida era essa? Por que o furacão Vargas passou pela minha vida? Só pra acabar comigo e deixar o rastro do desastre? Cadê a cadela da Francesca quando se precisa dela? Me lembrei de semana passada quando logo após de receber o telefonema do León ela chegou como um anjo vindo do céu.

No meu quarto pairava o mais absoluto silêncio. O único som perceptível era o dos meus soluços incensastes. Mais um momento Violetta Castillo patético.

Estava estirada na minha cama com a cabeça deitada no colo da Francesca encharcando a barra do seu vestido com minhas lágrimas.

–Ele não me ama mais Fran - disse entre soluços sentindo a sua mão afagar meus cabelos carinhosamente. Dizer o que era mais que óbvio doía mais ainda.

–Ele é um idiota Villu.

–Mas eu o amo.

–Pois ele não merece isso, nem que você sofra ou derrame uma sequer lágrima por ele entendeu? - não me dei ao trabalho de responder, senti suas mãos erguerem meu rosto para olhá-la nos olhos. - Violetta Castillo, você pode ser a maior mala de todas, mas é minha amiga e eu gosto demais de você pra te deixar pensar que aquele babaca pode te causar todo esse mal.

–Mas ele pode - disse querendo afundar a cara no travesseiro para não olhá-la daquele jeito, já que isso me fazia sentir mais patética e fraca ainda.

–Não, isso é tudo coisa da sua cabeça Villu, ele não tem o direito de te fazer sofrer assim. Agora é hora de você cortar o cordão e deixar o León no passado de uma vez por todas! - soou mais como se ele estivesse dando uma ordem do que me consolando apesar de estar certa.

–Obrigada amiga - a abracei com força querendo buscar nela um porto seguro, já que eu fiquei sem o meu após perder a pessoa que me inspirava confiança.

–Você sempre vai ter a mim - sussurrou retribuindo meu abraço, me reconfortando bastante.

Isso foi o que ela prometeu, e agora eu estava sozinha, irônico não? É fácil dizer que vai se superar depois de um término, mas é sempre mais fácil falar do que fazer, e eu era a prova disso.

Nada mais ocupava meus pensamentos além de todos os que questionamentos que eu fazia. Por que ele não me quis mais? Eu era feia, burra ou o quê? O que a Lara tinha que eu não tinha? O que fiz de errado? E por mais que eu refletisse não encontrava explicações plausíveis para as minhas perguntas. Nada mais fazia sentido. E todas aquelas juras de amor? E o fato dele dizer que só queria a mim e mais ninguém? Pelo visto era tudo mentira.

As águas do lago do Central Park sempre me inspiravam em outros momentos, mas agora, mesmo que eu passasse um bom tempo as observando eu só enxergava algo vazio e sem sentido nenhum, por que era isso que acontecia, nada mais tinha sentido sem ele, León era meu porto seguro.

Que droga! Por que eu não conseguia parar de pensar nele?

–Droga! - gritei sem me dar conta.

Fechei os olhos com força querendo acordar e saber que tudo havia sido um pesadelo, e que aquela dor sumisse. Alguém tocou meu ombro suavemente, abri os olhos devagar e ao me virar me deparei com uma visão que eu pensei que fosse fruto da minha imaginação carente.

Um lindo rapaz estava parando atrás de mim, tinha olhos castanhos profundos, lábios finos e bem desenhados, uma pinta na sua bochecha esquerda o tornava ainda mais charmoso.

Estava com uma expressão de preocupação. Ficamos lá nos encarando por alguns segundos até que ele quebrou o silêncio.

–Você está bem? - sua voz era firme e transmitia sinceridade. Foi quando me dei conta do meu estado. Rapidamente enxuguei as minhas lágrimas com a manga da minha blusa.

–Sim - disse num fio de voz olhando para as minhas mãos no meu colo com vergonha de olhá-lo nos olhos.

–Tem certeza? Você não parece bem - percebi que ele tinha se sentado do meu lado no banco mantendo certa distância entre nós. Foi quando segurou minhas mãos, sua pele era quente e macia, senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo. Apenas fiz que sim com a cabeça e levantei a cabeça devagar, ao vê-lo me olhando de maneira tão doce e gentil me perdi naqueles olhos castanhos. Ele levou uma das mãos até meu rosto e passou devagar abaixo dos meus olhos -Uma moça bonita como você não deveria chorar. - devia ter ficado vermelha como um pimentão. Me surpreendi quando ele levou a mão a testa como se tivesse esquecido de algo - Ai que falta de educação a minha! Prazer eu me chamo Peter.

Estendeu a mão simpaticamente, fiquei meio receosa a princípio mas retribui o cumprimento.

–Me chamo Violetta - Peter se inclinou e beijou as costas da minha mão em um cavalheirismo épico.

–Violetta, um nome lindo para uma garota linda. - agora sim eu estava que vermelha nem um pimentão, pimentão não, tomate.

–Desse jeito você me deixa sem graça. - disse rindo sem humor, mas porque estava constrangida.

–Desculpe-me, ainda não sei se você é real ou fruto da minha imaginação - minhas forças se esvaíram e eu fiquei muda diante daquilo.

–Obrigada pela preocupação Peter - falei mudando de assunto.

–Por nada. Eu vi você aqui sozinha sentada chorando, não achei que estivesse bem.

–Pra falar a verdade não estou.

–Certo, não vou especular o porque de você não estar nos seus melhores dias, mas se quiser eu posso te ajudar a dar uma colorida nele. - sorri incrédula, qualquer um no lugar dele me perguntaria o que havia acontecido. Mas Peter soube respeitar meu momento.

–Em que sentido?

–Eu sei que posso parecer maluco, já que nos conhecemos a alguns segundos, mas talvez... quem sabe poderíamos tomar um café juntos. - fiquei meio sem saber o que fazer, como eu diria que não educadamente? Ele abaixou a cabeça meio chateado e se levantou - Me desculpe, eu não sei o que deu em mim.

Fiquei com pena já que ele estava sendo tão cordial comigo, por isso num movimento rápido segurei seu braço.

–Não, espera.

–Sim - falou se virando.

–Sabe eu... adoraria tomar um café com você Peter - ele abriu um sorriso enorme, meu Deus, como o sorriso dele era lindo!

–Sério? - parecia bem animado.

–Claro. - me levantei e ajeitei a minha boina.

–Madame. - falou estendendo seu braço para que eu segurasse. Eu ri brevemente me agarrando ao seu braço.

Eu sei que era errado flertar com um desconhecido, mas ele foi tão gentil comigo que não custava nada agradecê-lo de alguma forma. Afinal era só um café, que mal havia nisso?

Fomos do curto trajeto do Central Park até a Starbucks conversando animadamente como se fôssemos dois velhos conhecidos.

Descobri que ele se chamava Juan Pedro e havia acabado de se mudar pra Nova York. Contei a ele que era universitária e cursava artes visuais. Peter pareceu impressionado e me elogiou dizendo que admirava artistas. Agradeci timidamente, foi aí quando me dei conta havíamos chegado. Entramos e aquele famoso sininho na porta fez questão de avisar isso. Fomos em silêncio até o fundo do local nos sentando em uma mesa. Aquele mesmo rapaz ruivo e magrelo que havia atendido a mim e a León semanas atrás veio nos atender. Fiquei meio balançada ao me recordar dele.

–Pode trazer dois expressos e uns muffins - Peter disse para ele que se virou indo até o balcão transparecendo apatia e preguiça - Tudo bem?

Perguntou colocando a mão por cima da minha que estava sobre a mesa.

–Sim, é só que eu costumava vir aqui com meu namorado, quer dizer, ex-namorado.

–Ah sim, se você quiser podemos ir em outra lugar e...

–Não, tudo bem - sorri querendo convencê-lo, mas na verdade não estava convencendo nem a mim mesma de que estava tudo bem.

–Ok, você quem sabe. É que eu sou novo aqui e não conheço muitos lugares.

–Quem sabe uma hora qualquer eu posso te mostrar a cidade. – um segundo depois me arrependei, porcaria! Por que eu disse isso? Me fez parecer uma oferecida.

–Eu ia gostar muito disso – ficamos parados olhando um pro outro que nem dois bobões. Eu não sei o que se passava pela cabeça dela, mas eu me perguntava porque ele estava sendo tão educado comigo, talvez ele fosse um sequestrador ou assassino em série, ai Violetta! Deixa de ser boba.

Fomos despertados do nosso transe pelo garoto que muito mal-humorado colocou os cafés e a cestinha com muffins sobre a mesa.

–Bom apetite – disse não parecendo nem um pouco estar sendo sincero.

–Obrigado – respondemos em uníssono.

Comemos e tomamos nossos apetitosos cafés com uma conversa bem agradável. Quando perguntei o que Peter fazia, ele pareceu se enrolar um pouco mas me disse que tinha acabado de se formar em contabilidade e havia recebido uma proposta para estagiar em Nova York.

Quando terminamos trocamos os números de telefone, eu disse que precisava ir e ele se ofereceu para rachar o táxi comigo. Mas eu achei melhor não, já que me recordei por um instante que ele era um completo estranho. Ele relutou um pouco mas depois aceitou.

Me acompanhou até a rua e chamou um táxi pra mim, mais uma vez muito cavalheiro. Me despedi dele com um beijo na bochecha e entrei no táxi dizendo para o motorista o endereço.

Depois de poucos segundos recebi uma mensagem:

''Oi"

Era dele, ri um pouco da sua empolgação e respondi irônica:

"Oi, quanto tempo!"

Poucos segundos depois veio a resposta:

"Me desculpe, eu precisava saber se esse era o seu número mesmo ou você tinha me tapeado."

"Eu jamais faria isso ;) "

"Eu sei que não, mas não custa nada se prevenir né? A propósito, quando vamos nos ver de novo?"

"Logo"

E foi assim que meu romance com o Peter começou.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam desse tal de Peter? Só pra constar, ele não é o Peter de verdade, só me baseei nele pra fazer o personagem porque tava meio sem ideias viu? Conto com os reviews fofos de vocês, e também que deem uma olhada na nova fic. Nos vemos sabe se lá quando, rsrs. Vou responder os reviews assim que der. Beijos!