Anymore. escrita por LadyCandy


Capítulo 5
Thea Queen


Notas iniciais do capítulo

Bom, sem criatividades para nome coloquei o nome do POV, e é isso...
Vou me explicar mais no fim do capitulo, mas eu ia adorar se vocês virassem fãs de Clintasha e lessem as ones, porque one é one e já começa acabada, e long fic é sempre um pesadelo para mim, mas ok, vamos tentar terminar T.T
Desculpa a demora enorme :)



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–Vou me separar de vocês agora, Roy, Thea está em suas mãos, cuidado. –Minha mãe fazia aqueles discursos dela, se eu não estivesse tão nervosa reviraria os olhos.

Fazia quase dois meses que a pobre Felicity havia desaparecido, quase dois meses que eu não via meu irmão... Ele se recusava a me ver, falava apenas com aquele segurança dele... Eu chegaria a pensar que eles eram cumplices e realmente culpados do desaparecimento dela pelo menos vendo tudo de fora... Afinal, era um pouco estranho essa reclusão praticamente voluntaria de Oliver... Porém, ao ver Diggle, uma vez, apenas de passagem no Verdant... Um homem culpado não poderia parecer tão devastado poderia?

E eu conhecia meu irmão o bastante para não duvidar da inocência dele, é claro...

Roy colocou a mão na minha cintura gentilmente, parecia que de uns tempos pra cá ele havia decidido ser muito mais cuidadoso ao me tocar, e muito mais forte do que o normal... Mas ele não falava sobre isso, e eu tinha até medo de perguntar.

Eu poderia dizer que achava Roy um namorado exemplar, e compreensivo ao extremo com a minha situação... Porém ele era compreensivo até demais! Depois que Oliver deu um emprego para ele na empresa, e até antes disso, Roy parecia obcecado pelo meu irmão! Pareciam andar cheios dos segredinhos, sempre juntos... Sentia até ciúmes as vezes. Não foi de se surpreender que quando... Quando Felicity desapareceu, Roy também ficou mal, eles trabalhavam juntos certo? Ele desaparecia toda noite, dizendo que ia trabalhar... mas eu sabia que ele, Diggle, e até mesmo Sarah estavam atrás dela... todos igualmente consternados, todos tentando ajudar Oliver... Como ele estaria lidando com isso? Como ele estava?

Eu não fazia ideia de como Roy havia entrado no timinho Oliver e amigos, mas... O modo como ele olhava sério para o novo namorado da minha mãe provava que o time Oliver realmente tomava as dores dele... O que tinha errado com Slade? O cara era simpático, gentil, bonito, inteligente... Um amor! Eu gostava dele, e ficava feliz pela minha mãe...

Revirei os olhos quando Roy me puxou para o lado contrario, ao perceber que Slade se virava para nós, o impedi de desviar quando meu novo padrasto nos chamou para sentar ao seu lado, e me sentei, bem satisfeita ao lado dele, tendo que assistir Roy fazer todas as caretas do mundo antes de se sentar ao meu lado.

O julgamento demorou um século para começar, e quando o juiz chamou meu irmão... bom, parecia quase o que eu senti quando eu descobri que ele estava voltando da ilha! Mas... Ver ele novamente não foi tão bom quanto daquela vez. Nem um pouco.

Oliver parecia... Eu não saberia explicar.

Era aquele olhar... Aquele olhar que ele tinha de quem passou por muito, mas não podia falar sobre isso... só que 10 vezes pior! Ele não olhava para nós... estava compenetrado demais olhando distraidamente em direção as próprias mãos... Seu rosto estava barbeado, mas dava ver pela diferença de cor que suas bochechas não haviam visto gilete por um bom tempo... As olheiras saltavam sob os olhos e ele estava perceptivelmente mais magro...

Algo dentro do meu peito queria romper em um choro histérico, Roy pareceu perceber e segurou minha mão, engoli o choro apenas o observando andar até o lugar onde ele deveria ficar durante o julgamento, que era, ironicamente, ao lado de Laurel.

Após Oliver se sentar, o Juiz começou a seção. O júri popular estava logo ao lado da promotoria, pelo visto, como não tinham provas o bastante, eles apelariam para o povo de Starling, que cada vez mais parecia odiar a nossa família... Porque nós sempre estávamos metidos em escândalos? Eu devo ter passado mais tempo em tribunais do que qualquer filho de traficante ou político corrupto...

A promotoria começou após o juiz apresentar o caso, era muito bla bla blá mas eu prestava atenção, a vida do meu irmão dependia daquilo... Chamaram Diggle para testemunhar primeiro, o que era de se esperar.

Em pensar que eu achava que ele parecia acabado... Quando ele entrou vi que por pior que ele estivesse, perto de Oliver seria uma miss Sunshine.

Diggle se sentou, sério como sempre, na cadeira de testemunhas... Às vezes eu tinha um pouco de medo dele, toda a coisa do exército, a cara séria, a corpulência... Mas ele devia ser um cara legal... Porque, bem, meu irmão adorava o cara! E olha que, para ser segurança do meu irmão, ou simplesmente conseguir sua confiança é muito difícil. Eu me lembrava bem de quando Diggle começou no emprego... se não me engano ele até tinha se demitido, cansado de ter que ficar correndo atrás de um Oliver fujão.

Em pensar que agora ele é a única pessoa de quem Oliver não foge.

A promotoria começou, perguntando seu nome, função etc... só então as coisas voltaram a ser interessantes.

–Era comum que Oliver e Felicity se encontrassem após o expediente das consolidações Queen? –O advogado pergunta, ele andava sinuosamente... me lembrava muito uma cobra.

–Sim. –Diggle falou e deu um sorriso pequeno, parecendo se divertir com a pergunta de algum modo... vai entender.

–Do que se tratavam esses encontros? –O advogado pergunta, Diggle lança um olhar receoso para Oliver. –Vai responder ou não Sr. Diggle.

–Eu não acho que os encontros sejam da minha conta...

– Responda a pergunta. –O Juiz pede parecendo cansado, afinal, já devia ter resolvido outros 30 casos só naquele dia.

–Variavam, as vezes análise de dados, pesquisas, coisas particulares.

–E isso tudo era feito no Verdant? –O advogado pergunta se fingindo de surpreso.

–Sim. –Diggle responde sério como sempre, ignorando o tom cético.

–No deposito de bebidas? –ele continua, parecendo mais falsamente surpreso.

–Sim.

–O que está me dizendo é que Felicity Smoak fazia serviços de analises de dados e pesquisas em um deposito de bebidas de uma boate?

–Sim.

–Com o Sr. Queen?

–Sim.

–Me diga Sr. Diggle, você os acompanhava nessa analise de dados? –O homem pergunta seriamente, mas obviamente a frase parecia carregada de malicia... A imagem de um Oliver, uma Felicity e um Diggle “analisando dados” não me era muito agradável...

–Não da maneira que está sugerindo. –Diggle responde sério, quase gritei um “toma” para o advogado, mas o ambiente não permitia.

–E como estou sugerindo? –O advogado rebate, me sentia numa espécie de ping pong, só que excitante.

–Tem razão, talvez eu tenha entendido errado, como está sugerindo? – Diggle manda de volta.

–Prossigam. –O Juiz pede sem paciência.

–Então me diga Sr. Diggle, como os acompanhava?

–Eu sou um segurança e motorista, costumava levar Oliver, algumas vezes inclusive acompanhado de Felicity, para os lugares, e me manter ao seu lado, por segurança. –Só faltou ele completar com um: Como sabe, é isso que motoristas e seguranças fazem... eu sorri de leve.

–Mas, você sempre acompanhava Oliver nos encontros com Felicity?

–Não. –Diggle responde prontamente.

–E... O que eles faziam quando você não os acompanhava?

–Eu só poderia supor. –Diggle fala segurando um sorriso, parecia se divertir com a situação, olho para Oliver mas ele apenas permanecia reto, e como ele estava de costas para mim não conseguia ver seu rosto.

–E o que você supõe? –O advogado pergunta.

–Protesto! –Laurel interrompe. – A testemunha não tem como testemunhar sobre o que não viu.

–Mantido. –O juiz fala sem muita vontade, o advogado da promotoria respira fundo, parecendo pensar.

–Certo, então... Me diga John... Posso te chamar de John certo?

–Não. –John respondeu, eu quase ri, o advogado pareceu levemente desconcertado.

–Certo. Sr. Diggle, como o senhor via o relacionamento da vítima com o acusado? – O advogado pede.

–Protesto. –Laurel pede, mas o advogado a impede de falar o motivo.

–É importante para mostrar a motivação do réu.

–Protesto negado, responda a pergunta Sr. Diggle. –Aquele juiz nem parecia estar realmente ligando para tudo aquilo... Parecia apenas querer tirar um cochilo, e fim. Isso não me parecia muito bom...

– Eles... Eram bem próximos. –Diggle fala, parecendo cuidadoso com as palavras, afinal...literalmente, qualquer palavra errada e Oliver podia ir para a guilhotina. Essa última parte não literalmente.

–Quão próximos? – O homem volta a perguntar.

– Eles passavam a maior parte do tempo juntos, dentro e fora da empresa. –Diggle responde, surpresa nenhuma para mim que os conhecia.

–E, isso se devia apenas a função dela como secretária do Sr. Queen?

–Não.

–Se devia a que?

–Protesto; -Laurel pede. – Divagação, a testemunha não teria como saber o que se passava na mente da vítima, nem na do meu cliente.

–Como eu já disse... –O promotor tenta.

–Protesto mantido, prossiga. –mas porquê! Agora que eu estava curiosa...

–Sem mais perguntas meritíssimo. –O advogado fala, voltando a se sentar.

–John... –Laurel começa, sinto uma leve alfinetada no promotor, até sorri com isso. – Oliver em algum momento se mostrou agressivo com Felicity?

–Apenas quando reclamava por ela ter feito algo que a colocava em risco. –Diggle fala, novamente vejo um sorriso perpassar rapidamente em seus olhos, como se alguma ou algumas lembranças o divertisse.

–Então, ele costumava protege-la? – Laurel pergunta docemente, e lá estava eu, quase comendo pipoca vendo Diggle me revelar um pouco dos detalhes ocultos do relacionamento Oliver & Felicity.

–Muito.

–Isso se devia a algo relacionado ao trabalho?

–Também, Felicity era uma funcionaria muito eficiente, porém isso causava um pouco de ciúmes na concorrência. –Diggle fala, e seu olhar para Laurel me fazia pensar nela como uma das concorrências... me lembrei da cena dela no Verdant, querendo ser secretaria de Oliver no lugar de Felicity... será que ele sabia?

–Mas... Fora do trabalho?

–Todos que conhecem a Felicity sabem que ela é um pouco desastrada, e propicia a se meter em problemas, nós dois costumávamos tentar protege-la. –Diggle explica tristemente, ah deus, isso me mostrava anda mais porque Oliver estava tão mal... Falhar em protege-la... ele devia estar se sentindo tão culpado!

–Mas, é apenas por isso que Oliver a protege?

–Não.

–Por que mais seria? –Laurel pergunta, e sem perceber me vejo esperando a resposta ansiosa, sentada na ponta do banco de madeira desconfortável.

–Por que ele claramente a ama. –Diggle responde com um sorriso suave, sinto meus olhos se arregalarem assim como de metade da plateia, e vejo Oliver se tencionar na cadeira, apertando firmemente as mãos fechadas em punhos... Genteee!

Mas nem sei porque a surpresa, tipo, era meio obvio que ele gostava dela... eu acho que era só estranho ouvir isso alto.

Acho que o mais estranho seria se Oliver admitisse... ele era bem do tipo de cara que adotava a Felicity como uma irmã e dizia que todo o amor existente entre eles era fraternal... Me poupem! Que tipo de irmão se encontra tarde da noite em um deposito de vinhos oculto que eu nem sabia que existia da minha própria boate?

Estava ansiosa para tudo continuar, mas Laurel apenas finalizou tudo com um “sem mais perguntas meritíssimo” que acabou com a minha alegria.

– Certo, vamos seguir para a próxima testemunha, Willian Sullivan. –O juiz chama.

Eu nem fazia ideia de quem era o cara, quando apareceu um ser baixinho, barrigudo, e com uma mecha de cabelo penteada para esconder terrivelmente a careca. Nesse momento eu tive a certeza que não conhecia o cara, e nem queria conhecer, por favor.

–Sr. Sullivan, o senhor era o chefe de departamento da Felicity no setor de TI certo?

–Sim. Ela era uma das minhas melhores funcionárias. –Ele responde numa voz anasalada, é muita característica engraçada em uma pessoa só, por favor Jesus!

–Ela gostava do IT?

–Muito.

–E quando ela decidiu sair?

–Ela... Ela nunca decidiu sair exatamente, o Sr. Queen que a contratou como sua secretaria. –O homem fala num tom um pouco melancólico, como se tivesse perdido um jogo para o adversário.

–E ela parecia feliz com a mudança de cargo?

–Não, quando ela descobriu foi marchando diretamente até o escritório do Sr. Queen, ela estava furiosa.

–Mas... ela continuou como secretária?

–Sim, de algum modo ele a convenceu. –O homem respondeu encarando Oliver de um modo acusador, eu nem olhei, sabia que não conseguiria ver a expressão de meu irmão mesmo.... Será que não tinha como assistir tudo de cima?

–Protesto, relevância. –Laurel começou.

–Já que a questão era o relacionamento deles, isso mostra o relacionamento e o poder que ele tinha sobre ela. –O homem justifica.

–Certo, continue. –O juiz concorda, aff... Ficar ouvindo meu irmão ser acusado de coagir a moça nessas circunstancias era um pouco incomodo... mas ele realmente coagia que eu sabia.

–Me diga Sr. Sullivan, o que o senhor disse foi que Felicity não queria trabalhar como secretária, mas foi coagida a isso? – O advogado provoca, não podia ver o rosto de Oliver, mas podia ver suas mãos se fechando com força novamente.

–Bom... –O homem começa olhando receoso para Oliver. –Com essas palavras soa pior do que parece...

–Sim ou não? –O homem o interrompe, me irrito.

–Si-Sim... –O homem responde sem muita firmeza.

–Sem mais perguntas meritíssimo.

O advogado avisou, se sentido triunfante, e então Laurel começou.

– Sr. Sullivan... O Sr. Queen simplesmente chegou um dia e disse que queria Felicity especificamente como sua secretária? –Laurel pergunta andando em círculos pela sala, parecia pensativa, e eu sinceramente esperava que isso fosse algo bom.

– Praticamente.

–E como ele a conheceu?

–Ele perguntou sobre a melhor profissional do nosso departamento, a mais eficiente, e eu e vários outros a indicamos, afinal ela era uma garota incrível que tinha acesso a praticamente tudo que eu precisasse, sem meios ilegais claro. –Ele completa, parecia babar por Felicity, medo.

–E essa profissional era Felicity?

–É.

–E o que Oliver fez com essa informação?

–O Sr. Queen começou a aparecer, procurando por ela.

–Especificamente por ela?

–Várias vezes.

–E os motivos?

–Ela nunca chegou a me contar, e eu não perguntei, mas um dia chegou ao meus ouvidos que ele vinha perguntar coisas como componentes de energéticos, lugar adequado para comprar determinado presente... Desperdícios do talento da Srta. Smoak se me permite dizer. –O homem falava fazendo caretas, o que era ainda mais bizarro devido a suas formas já não muito agradáveis.

–Então... Ele a procurava por motivos excêntricos. E a Srta. Smoak parecia se irritar com isso?-Laurel perguntou, finalmente parando de andar e o encarando.

–Não.- O homem respondeu sem vontade, parecia até irritado.

–Não? Como ela ficava com essas visitas?

–Eu não sei o que ela sentia.

–Sim, mas aparentemente, como ela ficava?

–Protesto. –O outro advogado falou revirando os olhos, mas Laurel rapidamente rebateu.

–Querem fazer com que o Sr. Queen pareça um perseguidor, apenas quero ter noção do real relacionamento deles.

–Continue. –O juiz pede, mas parecia agora interessado na fofoca, nada profissional.

–Feliz, animada... Acho que ela achava engraçado as desculpas idiotas dele. –o homem claramente tinha dor de cotovelo, isso era fato.

–Eu outras palavras, ela parecia gostar das visitas?

–É. –ele respondeu irritado, por algum motivo olhei para Oliver, mas ele não prestava atenção na conversa como eu imaginava, ele olhava distraidamente para uma janela ao alto, e eu conseguia ver seu rosto de perfil.

Oliver estava claramente destroçado, e enquanto eu me divertia conhecendo mais da história deles, provavelmente tudo aquilo apenas lhe fazia sentir ainda mais falta dela, ainda mais dor...

Abaixei minha cabeça por alguns segundos, Roy ainda apertava a minha mão... me perguntei como eu ficaria sem ele ao meu lado.

–E ela parecia chateada sendo secretária dele? –Laurel perguntou.

–Não... Parecia bem à vontade com isso na verdade. –Ele falou fazendo uma careta, provavelmente ao pensar em alguma lembrança, mas eu via tudo apenas superficialmente agora.

Será que tudo aquilo só fazia Oliver sofrer ainda mais?

Isabel apareceu, mas eu não conseguia mais prestar tanta atenção... Ela falava sobre como eles eram próximos, sobre como todos na empresa acreditavam que os dois tinham um caso, sobre como as vezes deixavam escapar algo como planos para a noite, ou toques muito íntimos e que deixava a entender que estavam muito confortáveis entre eles... E tudo aquilo só me fazia ver o que Oliver devia estar vendo, a lembrança de todos esses momentos... Me lembrei de quando Felicity nos visitou no hospital para falar com Walter, ou em uma festa na nossa casa, a festa para a minha mãe, onde Oliver volta e meia se afastava com ela... E o modo suave como ele a tocava... aqueles gestos pequenos de carinho que eu nunca tinha realmente prestado atenção, mas que agora pareciam pesar...

Varias pessoas passaram pela cadeira de testemunhas, principalmente pessoas que trabalhavam na empresa, como porteiros, seguranças, e vários outros, cada um dando seu ponto de vista do relacionamento do meu irmão, e tudo aquilo parecia tão agressivo, tão invasivo...

Até que uma mulher loira sentou na cadeira, ocupando o lugar que antes era da recepcionista da empresa. Por algum motivo Oliver pareceu ficar tenso ao vê-la, e totalmente atento agora, e... Esse motivo talvez fosse o fato daquela mulher se parecer tanto com Felicity Smoak, e ao mesmo tão pouco, que fazia até mesmo com que eu, uma quase desconhecida, sentisse falta dela.

–Donna Smoak... –O Advogado de acusação começou. –Sua filha morava longe a muito tempo?

–7 anos, desde que entrou na faculdade, até quando começou a trabalhar nas empresas Queen.

–E como se dava o relacionamento de vocês?

–Nos falávamos no mínimo uma vez por semana, e também nos víamos pouco por conta da vida corrida.

–E nesses últimos dois anos, especificamente depois que a Srta. Smoak e o Sr. Queen se conheceram, algo mudou?

–Felicity me ligava menos, as vezes não atendia as minhas ligações, demorava a me retornar e quando retornava sempre tinha pouco a falar, parecia sempre muito misteriosa e as vezes deixava escapar algo sobre ter que encontrar seu chefe, Oliver, nos mais diversos horários, parecia muito intima a ele e eu me preocupava, via minha filha se apaixonando por esse homem e tinha medo que ele a tivesse enganando, minha filha era uma menina muito inocente, muito centrada, eu sabia quem era o famoso Oliver Queen e tentava por juízo na cabeça dela, mas ela sempre o defendia... –Ela falou fazendo uma careta de desgosto. –Dizia que era uma pessoa maravilhosa, e que eu não sabia do que falava, e agora... Pelo visto eu sabia. –Falou encarando meu irmão com raiva, lagrimas preenchendo seus olhos.

Eu entendia o lado dela, meu irmão não era o cara mais querido e bem mostrado pela mídia, assim como toda a nossa família, mas também.... Ele não merecia isso. Não merecia a mãe de Felicity o odiando... Não quando eu sabia que ele gostava tanto dela, cuidava tanto...

Mas...

Porque ele se encontrava tanto com Felicity? Me peguei pensando nisso maliciosamente, mas em seguida me senti um pouco culpada.

–Quando percebeu que Felicity havia desaparecido?

–Ela não atendia minhas ligações, nem no celular, nem em casa, e quando liguei para o trabalho ela não tinha aparecido, pedi para um amigo meu checar em seu apartamento e ela não estava lá, imediatamente viajei para Starling e informei a polícia.

–Achou suspeito que Sr. Queen e Sr. Diggle não tivessem percebido?

–Não... a principio apenas me irritei, afinal, como sendo amigos dela, os únicos amigos, que ela tanto defendia, amava e cuidava... -Ela então se interrompeu, com um soluço de choro, suas lagrimas continham raiva além da tristeza. – Como eles podiam ter deixado ela sumir? Como eles podiam não ter se preocupado, não ter buscado informações... afinal foram mais de dois dias!

Não olhei para Oliver, não precisei, apenas fechei meus olhos e imaginei a sua dor, olhei para Roy e ele olhava para baixo, pesaroso, ele também sabia como meu irmão se sentia. Ou pelo menos imaginava... Assim como eu.

Eu não queria mais assistir aquilo... Todo aquele julgamento só me fez ter uma certeza, tudo o que eu queria era que Felicity voltasse, e estivesse bem, não por mim, mas pelo meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Pois é esse capitulo apenas foi postado porque já estava quase pronto (mal reli inclusive).
Acho que eu nem lembro mais o rumo que eu queria tomar nessa história, então... eu meio que vou lutar para decidir o que faço agora...
Esse capitulo era para ser maior, mas eu estava faz um tempão presa nele, sem saber o que fazer, então decidi parar por aí.
Essa mãe da Felicity surgiu muito antes da Donna aparecer na série, tanto que o nome dela era Jéssica nessa fic, mudei por motivos óbvios, mas como não queria mudar o capitulo todo... aqui ela é uma mãe preocupada...
Esse capitulo é um presente para as leitoras Luna, Izabel e Keila pelas mensagens privadas anos depois de eu ter basicamente abandonado a fic, insistindo para eu voltar e tal... Foi fofo, eu gosto de saber que vocês tem esse carinho pela fic.
Não garanto nada mas vou tentar continuar, com a certeza de que vai ficar totalmente diferente do que eu imaginei no começo... kkkk



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