Us Against The World escrita por Bia Benson


Capítulo 9
Capítulo 8 - All About Lines


Notas iniciais do capítulo

Hey people
Como prometido, eis aqui o novo capítulo. Confesso que não gosto de atualizar uma fic num período de tempo assim tão pequeno, mas com os incríveis reviews que recebi, me sinto motivada a atualizar. Além do mais, não podia deixar tal cliffhanger quanto a resposta da Meredith sobre o encontro.
PS: o Derek continua não morto
Enjoy *-*



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A vida é feita de linhas. Literalmente feita de linhas. A linha entre amor e amizade, a linha entre você e o resto do mundo, a linha entre a vida... e a morte.

Você precisa criar bordas entre si mesmo e o resto do mundo. Pensar que as demais pessoas estão danificadas demais ajuda, mas no final, quem está danificado é na verdade você.

É tudo sobre linhas. É tudo sobre desenhar linhas na areia e orar para que ninguém atravesse-as. Sim, a vida é complicada demais.

Mas, em algum ponto, temos que fazer uma escolha. Bordas, infelizmente, não mantêm pessoas fora de nossas vidas. Elas, de um jeito ou de outro, conseguem entrar. E é assim que vivemos, decidindo quem queremos e quem não queremos em nossa vida.

Assim, chegamos à conclusão: você pode desperdiçar sua vida desenhando linhas, ou pode viver sua vida cruzando linhas.

Existe linhas que são perigosas demais para cruzarmos, mas aqui o que se diz: se você está disposto a cruzá-las, a vida do outro lado é espetacular.
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"Você aceita ir em um encontro comigo?"

Meredith realmente ficou pasma. Esta realmente não era a pergunta por que esperava. Tampouco sabia se estava pronta para escutar essa pergunta. "Você não perde tempo, hein?" foi a única coisa que conseguiu dizer.

"Não, eu não perco" respondeu "O que você diz?"

"Eu não sei, tenho muito acontecendo pessoalmente no momento" ela respondeu, tentando se livrar do homem à sua frente.

"Vamos, um encontro, é tudo que peço"

"E-eu nem sei seu nome"

Estendeu-lhe a mão "Robert Chase"

"Meredith. Meredith Grey"

"Grey?" levantou uma sobrancelha "De Grey Sloan Memorial Hospital? Você não tinha que estar morta?"

Ela riu, mas não muito, já que agora tinha sua falecida irmã em mente. "É minha irmã. Ela morreu em um acidente de avião"

"Oh. Eu sinto muitíssimo"

Meredith ainda não conseguia entrar em um avião. Se necessário, conseguiria entrar certamente, tinha entrado em um para ir pegar um órgão em outro estado, mas se arrepiava só de pensar. As chances dela colocar um de seus filhos agora em um avião era próximas de zero.

"Deixe-me comprar-lhe almoço" insistia.

"Eu já almocei" respondeu.

"Café então? Vamos, não me deixe sair daqui sem nada além de uma mancha de café em minha blusa"

"Tudo bem, você ganhou. Eu tenho quinze minutos livres para café"

Ele era bem atraente, Meredith tinha que confessar. Sua barba mal feita e um cabelo bagunçado a faziam lembrar-se de Derek, aparentava ter até mesmo a autoconfiança de seu marido morto.

Os dois seguiram para a cafeteria, onde o suposto Robert comprou-lhe café. "Qual é seu trabalho?"

Meredith ergueu uma sobrancelha "Bem, por meu jaleco branco diria que sou uma médica, mas assim seria muito óbvio"

Ele riu. "Não, eu indago que tipo de médica você é"

"Sou uma cirurgiã" respondeu.

"Cirurgiã? Sério? Todos os cirurgiões que conheço são bem arrogantes. Tem certeza que essa é sua profissão?"

Cruzou os braços "Eu posso ser bem arrogante se quiser"

"Por favor, não" pediu.

"E quanto a você? Por que você está no hospital?" perguntou. "Não está doente, está?"

"Não, não" respondeu "É minha irmã. Ela tem câncer de pâncreas. Está sendo liberada hoje para ir para casa"

"Oh, eu sinto muito" disse.

Meredith olhou para ele com piedade. Sabia mais que ninguém como era perder alguém que amava, e sabia muito bem como era perder uma irmã.

"Então, o que você -"

Mas ele foi interrompido quando o celular de Meredith começou a tocar. Desculpou-se brevemente e atendeu-o. "Yeah. O que aconteceu?! Estou a caminho" desligou o celular e com um olhar de pânico disse para o homem a sua frente: "Eu preciso ir"

"Mas espere...!" mas mal ela terminou de falar, já tinha saído em disparada da cafeteria.

Nunca correra tão rápido como naquele momento, até a creche. "O que aconteceu?" foi a primeira coisa que perguntou ao correr para o lado de sua filha, quem chorava um choro dolorido. "O que aconteceu, Zozo?"

"Dói, mamãe" a criança disse entre soluços.

"Ela estava brincando e caiu em cima do braço" uma das mulheres ali presentes disse.

"Zo, mamãe vai colocar sua mão no seu machucado e preciso que você não mexa seu braço, okay?"

"Meredith examinou a ferida e percebeu que seu punho estava deslocado. Amaldiçoou-se. Temia que sua filha precisaria de cirurgia. "Ok, meu amor, mamãe vai levar você para a Tia Callie para que ela cuide do seu dodói, está bem?"

A menina assentiu, então escondendo seu rosto no ombro de sua mãe. Um ou outro soluço ainda escapando de seus lábios, mas em menor quantidade. Meredith a levou para o ER, onde esperaram por Callie.

"Mer? Zola? O que aconteceu?" a doutora ortopedista indagou, ao ver as duas sentadas em uma cama.

"Ela machucou seu punho" Grey respondeu. "Creio que está deslocado apenas, mas talvez esteja quebrado?"

"Okay. Zola, eu preciso que você seja uma criança grande e não mexa seu braço, está bem?"

"Vai doer, mamãe?" Zola virou-se para sua mãe.

"Um pouco" confessou. "Mas aperte a mão da mamãe bem forte, ok?"

E assim ela fez, enquanto Callie examinava seu punho. "Yuks, temo dizer que aparenta ser uma fratura. Pequena, mas ainda sim, uma fratura"

'Vai precisar de cirurgia?" Meredith indagou, sendo essa sua maior preocupação.

"Creio que não, mas farei um raio-x apenas para ter certeza"

Uma vez que o teste fora finalizado e os exames voltaram, Callie foi falar com Meredith: "Boas notícias! Zola não precisará de cirurgia" viu-a sentir-se aliviada. "eu vou engessar seu braço e então vocês poderão ir para casa"

Logo, seu braço estava engessado. Meredith agradeceu a Callie, pediu para Owen pelo resto do dia de folga, esperando poder passar um pouco de tempo com Zola.

No caminho para a creche para pegar Bailey, Meredith encontrou-se com a última pessoa que desejava. "Meredith"

"Robert, agora não é um momento bom"

"Vamos, você não pode simplesmente fugir de um homem assim, sem explicação nenhuma"

Ela continuou andando, mas Robert a seguiu. "Meredith, por favor, apenas me dê um por quê"

Ela parou de andar e olhou para ele: "No momento que eu aceitei tomar café com você, eu deixei minha filha de lado. Quando esbarrei com você, estava me dirigindo à creche para ir vê-la. E se eu tivesse ido vê-la, ela não teria caído e quebrado seu braço. Eu coloquei minhas necessidades acima das de minha filha e agora ela está pagando o preço'

"Crianças machucam-se o tempo todo, não é sua culpa'

A vida é feita de linhas, para nosso próprio bem.

"talvez, mas eu não deixarei meus filhos pagarem o preço uma outra vez" disse, antes de caminhar para longe.

E por mais que vista do outro lado seja espetacular, às vezes é melhor que fiquemos no lado seguro.


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Notas finais do capítulo

Okay, eu não queria machucar a Zola, mas achei importante para o foco do capítulo. Sendo assim, continuem com os incríveis reviews para a vinda do próximo capítulo :)