Rubi - A descarada escrita por Amber Dotto


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem
Deixem comentários e boa leitura :D



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Ernesto narrando

“Finalmente tomei coragem e decidi visitar Maribel. Desde que ela fugiu da casa de Lúcio, nunca mais havíamos conversado. Queria vê-la e pedir desculpas. Explicar que não matei Lúcio porque quis e sim por um acidente. Jurei conquista-la e dessa vez não iria falhar.”

– Ernesto? O que faz aqui? – Questionou Maribel.

– Vim saber como você está. E queria te explicar como aconteceram as coisas.

– Está se referindo a morte do Lúcio?

– Exatamente. Não foi algo que eu planejei. Ele ia matar a todos, então decidi intervir. Agarrei a arma que estava na mão dele e começamos a brigar. A arma disparou e aconteceu isso.

– Olha, eu não desejava que ele morresse. Queria apenas sair daquela casa e viver tranquilamente. Talvez o amor não seja pra mim, já que todas as pessoas com que eu me relacionei acabaram me decepcionando. Primeiro Heitor, depois o Alessandro e agora o Lúcio.

– Maribel eu te amo e você sabe que sou capaz de qualquer coisa por você. Se eu tivesse uma chance. Talvez pudesse demonstrar tudo o que sinto por você.

– Não é a hora. Eu vou ser sincera com você Ernesto como fui ao longo do tempo. Eu estou gravida. Estou esperando um filho do Lúcio, é recente demais tudo que aconteceu para que eu tente dar uma chance a alguém novamente. E creio que você também não vá querer o filho de outro homem.

– Olha, eu não esperava isso. Mas eu posso te ajudar a criar o seu filho. Eu posso ser um pai pra ele.

– Ernesto. Ainda não... Eu preciso de um tempo. Me desculpa.

– Tudo bem, eu entendo. Acho melhor ir embora e deixar você descansar.

– Você deveria aparece com mais frequência aqui em casa, sinto saudade da sua amizade. Preciso tanto de você Ernesto. Não me abandona como as outras pessoas.

– Pode deixar Maribel, você vai sempre me ter ao seu lado.

Cristina Narrando

"Rubi estava radiante desde que se tornara mãe. Era difícil aceitar que minha única irmã iria embora, mas eu entendia. Sabia que era a melhor escolha. Pra que a relação entre ela e o Heitor se fortalecesse, Alessandro deveria estar longe, e isso não era possível aqui no México. Fernanda estava inquieta e aproveitava cada momento seus primos e seus tios. Dona Dolores não perdia a oportunidade de implicar com Rubi nem em sua última visita, e Marcos... Bom, esse acabara de chegar acompanhado por Alessandro."

– Boa Tarde. – Disse Alessandro que não tirava os olhos de Rubi. Ela levantou do sofá e foi em direção a irmã.

– Olha Cristina, eu agradeço por toda atenção. Vou sentir muito a sua falta, e espero que você vá me visitar em Nova York. Acho melhor ir embora, já está ficando tarde e o Heitor pode ficar preocupado.

– Se está indo embora porque eu cheguei, se minha presença te incomoda tanto, pode deixar que eu vou.

– Eu vou pegar os meninos no quarto. Me ajuda Cris? – Respondeu Rubi ignorando Alessandro e indo em direção ao quarto do casal. Cristina acenou positivamente com a cabeça e a seguiu.

– Alessandro, tem que se controlar.

– Não posso Marcos. Não consigo aceitar que ela me esqueceu. Nunca vou amar outra mulher como eu amo a Rubi. Faria qualquer coisa pra ela ser minha.

– Esquece isso Alessandro? Quantas vezes vou ter que repetir? A Rubi refez a vida dela. É uma nova mulher, boa esposa, boa mãe vai ir pra outro país com a família dela pra poder apagar o passado. Por favor, não atrapalhe isso. – Respondeu Marcos avistando Rubi e Cristina novamente na sala com Elisa e Henrique no colo. – Será que eu posso ver essas pestinhas antes deles irem embora?

– É claro. Cristina já aceitou ao convite que lhe fiz essa tarde, agora quero perguntar se você aceita ser o padrinho de Henrique? –

– Eu padrinho? É claro. –Respondeu Marcos radiante. Alessandro que estava ao lado dele pode fitar pela primeira vez os dois bebês, e um por um instante sentiu inveja de Heitor. Eram os filhos da mulher que ele amava. Imaginou como tudo seria diferente se ele não tivesse desconfiado de Rubi... Mas sabia que agora era tarde e talvez ele nunca mais fosse voltar a vê-la.

– Seus filhos são lindos. – Sussurrou Alessandro.

– Obrigada. Agora eu tenho que ir. Adeus Alessandro. – Respondeu Rubi saindo da casa de Cristina.

Duas semanas depois.

Nova York

Rubi narrando

“Finalmente Nova York. Esperei anos para morar nessa cidade e podia dizer que era bem melhor do que eu imaginava. Os prédios eram lindos, a vida era agitada, e Heitor finalmente conseguira um novo projeto que o animava. Fazia tempo que não o via assim, tão feliz. Meu marido era um homem completo, realizado, e eu queria estar à altura. Gostava de ser a Senhora Ferreira, mas sempre quis algo a mais e iria lutar por isso. Antes pensei em ir a casa dos Montenegro e agradecer por terem preparado nossa vinda. Flora havia sido gentil. Escolheu uma boa casa, a decorou, e quando chegamos tudo estava pronto.”

– Boa tarde, meu nome é Rubi Ferreira. Sou esposa de Heitor Ferreira, amigos do Sr. Montenegro. Eu poderia falar com Flora Montenegro?

– Espere um instante. – Respondeu Antonella. – vou ver se a senhora pode lhe atender.

– Tudo bem.

Rubi imaginava Flora uma mulher, delicada e meiga, dedicada ao lar e ao marido, mas teve uma grande surpresa. Encontrou uma matriarca de origem italiana. Nos seus trinta e dois anos, toda arrogante. Não era alta, mas permanecia o tempo todo ereta. A maquiagem dava o destaque ao rosto da bela mulher.

Seus cabelos eram claros assim como seus olhos. Vestia-se de maneira conservadora, mas elegante. Sua pre­sença era marcante, e indicava uma forte personalidade.

– Antonella contou-me que você é bonita... dentro de um estilo latino, é claro. E você é. — A hostilidade era a mesma de Antonella, uma das governantas da casa dos Montenegro.

– Obrigada por me receber em sua casa. Gostaria de agradecer pessoalmente a você, tudo o que fez e tem feito por minha família.

– Bom, quem os ajudou foi meu marido, e não eu. Não precisava vir até aqui, mas já que veio sinta-se a vontade. O almoço será servido daqui a pouco.

– Não. Obrigada, eu só queria mesmo agradecer por toda atenção que nos foi dada antes mesmo de chegar aqui em Nova York.

– Não precisava se incomodar garota.

– Tudo bem, eu tenho que ir embora. Como você sabe, eu tenho dois filhos pequenos. E é impossível ficar fora de casa por muito tempo.

– Deveria arrumar uma babá e se livrar desse fardo. Mulheres como nós, não foram feitas para perder tempo cuidando de criança.

– Nada é mais prazeroso para uma mulher como eu, do que cuidar dos filhos. Até logo SENHORA. – Respondeu Rubi de forma pejorativa indo em direção a saída da casa.

– Viu como essa atrevida falou comigo? – Questionou Flora a Antonella.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?



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