Logo que as luzes que brilhavam nas pulseiras e mãos de Sabrina se apagaram, a mesma deu um sorriso, porém Daisuke ainda continuava ‘apagado’, afinal, é extremamente difícil que alguém acorde exatamente após terem suas memórias afetadas por poderes psíquicos.

– Interessante, agora, o que eu posso usar contra ele mentalmente? – Sabrina disse, sorrindo para si mesma, e seu sorriso apenas aumentou assim que teve uma ideia. – Sim, seria interessante ver como ele reagiria contra isso... Como ele reagiria contra... Seu maior medo.

Sabrina se levantou da poltrona e saiu da sala, antes de fechar a porta, olhou para trás e deu um último sorriso.

– É tão interessante ver como os outros reagem sobre determinadas situações... – Praticamente cantarolou Sabrina. E então, fechou a porta.

...

Após cinco minutos, Daisuke já estava acordado e se encontrou sozinho na sala, levantou-se e foi em direção da porta, em seguida, abrindo-a.

Assim que viu o ginásio, pode ver que ele estava... Diferente.

Afinal, ele tinha certeza de que os espelhos eram em pedaços, e não apenas um grande espelho que se estendia por todas as quatro paredes do ginásio. Além de que podia jurar que o ginásio não era tão escuro quanto estava agora, era como se as chamas que iluminavam o ginásio tivessem diminuído.

E logo Daisuke avistou Sabrina sentada em uma poltrona de uma cor meio roxa, meio cereja, brilhante, tal como a cor que suas pulseiras e mãos ficavam quando a mesma usava seus poderes. Ela apoiava o cotovelo do braço direito no braço da poltrona, e apoiava o rosto na mão do seu braço. Ela sorriu misteriosamente e então se levantou, e repentinamente a poltrona desapareceu, deixando Daisuke surpreso, mas o mesmo não demonstrou nenhuma reação.

– Então, prevejo que esteja pronto para a batalha? – Sabrina disse inclinando um pouco a cabeça para o lado com um meio sorriso. Daisuke balançou a cabeça positivamente. – Certo. – Sabrina fechou os olhos por um segundo, mas os abriu logo depois. – Então... – Uma parte do espelho de uma das paredes se mexeu, abrindo uma passagem, e de lá, saindo um homem que provavelmente era o juiz da batalha, por suas vestes e por carregar suas bandeiras. – Que a batalha comece. – Encerrou Sabrina, e logo após a mesma dizer isso, uma das suas pulseiras brilhou, a da mão esquerda, e uma espada de uma mão, de cor meio cereja, mas ao mesmo tempo era um pouco transparente, apareceu em sua mão.

Ela pegou a Pokebola em seu cinto e lançou-a, logo que sua Espeon saiu da Pokebola, a pulseira de sua mão esquerda começou a brilhar também.

“Ah, acho que entendi o porquê da pulseira esquerda brilhar. Para a Sabrina, a pulseira esquerda vai, além de controlar seus poderes, servir como o dispositivo S.V.B. que todos treinadores tem.” Daisuke pensou e então levou sua mão as suas Pokebolas, escolhendo qual seria seu primeiro Pokémon na batalha, e logo jogou sua Dragonair, que grunhiu e ficou em posição de batalha, com sua cauda balançando de um lado para o outro. “Acho que é melhor eu guardar o Absol para algum momento de dificuldade, já que o tipo Dark tem vantagem e não é afetado pelo tipo Psychic.”

O juiz da batalha levantou a bandeira verde e então a abaixou, dando início a batalha. Daisuke sacou suas adagas.

Daisuke aproveitou a velocidade de sua Dragonair para fazer o primeiro movimento. Dragonair usou Agility, dobrando sua velocidade, e enquanto isso, Espeon usou Calm Mind, aumentando sua defesa e ataque especiais.

Enquanto isso, Daisuke avançou na direção de Sabrina, enganando Sabrina fingindo um ataque vertical com suas adagas, fazendo a mesma desviar para a esquerda, e então dando em vez de um ataque vertical, um ataque horizontal, Sabrina quase foi atingida, mas no momento exato, se impulsionou para trás.

Dragonair velozmente foi em direção de Espeon, acertando-a com Dragon Tail que fez com que Espeon fosse jogada para trás, dando tempo para que Dragonair atacasse novamente, e foi o que a serpente fez, atacando Espeon com um Dragon Rage. Os dois ataques deixaram Espeon com 50% de vitalidade, porém, Espeon revidou com um Psychic que deixou Dragonair com por volta de 80% de vitalidade e, com o poder psíquico do ataque, levantou a serpente no ar.

Após Daisuke ter atacado, foi a vez de Sabrina, que se impulsionou na direção do garoto, tentando acertá-lo com um corte diagonal, mas Daisuke conseguiu se abaixar e evitar que o corte o atingisse, em seguida se esquivando para trás.

Espeon tentou, com Dragonair ainda mantida no ar, acertá-la na parede, Daisuke percebeu isso e soltou um assobio, para distrair a Espeon, o que funcionou perfeitamente, fazendo que Espeon liberasse Dragonair, que aproveitou a altura que estava para se jogar no ar em direção de Espeon e usar Slam. Dragonair levou um pouco de dano com a queda, ficando com 70% de vitalidade, mas deixou Espeon com 30%.

Daisuke estava estranho apenas uma coisa na batalha até agora. A própria Sabrina disse que usaria algo da sua mente contra ele mesmo, então, porque até agora ela não fez nada? “Será que ela está esperando um momento certo?”

Daisuke correu na direção de Sabrina novamente, mas, quando ia ataca-la, abaixou-se e acertou ela na perna, em vez do braço, fazendo um corte na sua calça e na sua pele, o sangue que saia do corte manchava sua calça branca de uma cor mais avermelhada.

Espeon tentou atacar novamente, dessa vez avançando na direção de Dragonair, mas assim que estava perto o suficiente da serpente que estava em posição de defesa, o Pokémon gato saltou por cima da serpente a assim que estava atrás da mesma usou Psychic novamente, dessa vez não tentando novamente levantá-la no ar. Dragonair ficou com 50% de vitalidade e revidou com um Dragon Tail que retirou o resto da vitalidade de Espeon, que logo já estava caída no chão.

Sabrina velozmente enquanto desviava de outro ataque de Daisuke sacou outra Pokebola e lançou seu outro Pokémon: Mr. Mime.

O Pokémon aproveitou que Dragonair estava distraída e atacou-a duas vezes seguidas, usando Sucker Punch e em seguida Psychic. Dragonair desmaiou.

Daisuke recuou e parou suas tentativas de acertar Sabrina para chamar seu Pokémon de volta para a Pokebola e pegar sua próxima Pokebola, decidiu jogar Absol.

Por Sabrina ter achado que Daisuke guardaria Absol para ser o último Pokémon a ser usado, achou que ele usaria seu Arcanine e comandou para seu Mr. Mime para que, assim que o Pokémon saísse da Pokebola, já o atacasse, ignorando o fato de que poderia ser outro Pokémon, então Mr. Mime tentou atacar com Psychic, que não afetou Absol pelo mesmo ser imune e que revidou usando Shadow Ball, que deixou Mr. Mime com 70% de vitalidade. E enquanto Mr. Mime ainda se recuperava, Absol tentou atacar novamente com Sucker Punch, mas Mr. Mime conseguiu recuperar a consciência e desviar do ataque. Em seguida o Pokémon psíquico usou Mimic, copiando o ataque Sucker Punch de Absol.

Desta vez era Daisuke que desviava dos ataques de Sabrina, ela tinha ficado mais lenta nos ataques já que tinha um corte na perna, mas assim que Daisuke foi tentar desviar de um ataque de Sabrina, a mesma em vez de atacar na altura normal, se abaixou e acertou o mesmo na perna, fazendo questão que a perna acertada fosse a esquerda, a mesma que ele tinha acertado nela. Em seguida, ela saltou para trás recuando e dando um sorriso vitorioso.

– Como todos dizem por ai, sou muito vingativa, e gosto do ditado “Olho por olho, dente por dente”. – Disse a mulher, sorrindo.

– Percebi isso muito bem. – Disse Daisuke tentando parecer inabalado pela dor na sua perna, mas sua expressão se contorceu por um segundo com a dor.

Enquanto isso, Mr. Mime atacou Absol usando o ataque Sucker Punch que havia copiado, duas vezes seguidas, retirando 20% de vitalidade de Absol, que ficou com 80%. Absol tentou revidar, mas errou seu ataque. Mr. Mime aproveitou a oportunidade para usar Reflect, e em seguida acertou Absol com outro Sucker Punch, Absol ficou com 70% de vitalidade. Absol tentou usar Sucker Punch novamente, mas Mr. Mime desviou novamente e Absol errou o ataque. Absol usou Shadow Ball e acertou Mr. Mime, retirando 41% de vitalidade de Mr. Mime, Absol saltou pra trás e atacou novamente Mr. Mime com Shadow Ball, deixando o Pokémon com 18% de vitalidade.

Daisuke mantinha distancia de Sabrina para não ser acertado pelos ataques por enquanto, enquanto formulava um plano na sua cabeça.

Mr. Mime salta velozmente em direção de Absol e o acerta novamente com Sucker Punch, deixando-o com 60% de vitalidade. Aproveitando que Mr. Mime estava perto, Absol atacou usando Psycho Cut. Mr. Mime desmaiou.

Sabrina retornou seu Mr. Mime e então libertou seu Alakazam.

Alakazam ataca primeiro e usa Energy Ball, retirando 40% da vitalidade de Absol. Absol tenta atacar com Superpower mas erra, Alakazam aproveita a oportunidade e ataca com Energy Ball, derrotando Absol.

Daisuke lança seu último Pokémon, Arcanine, e resolve revidar e atacar Sabrina, se impulsionando rapidamente para frente e rapidamente fazendo um corte no braço de Sabrina no lado esquerdo, e continuando correndo para se distanciar da mesma depois de acertá-la. Sangue saia do corte no braço de Sabrina. Mas, do nada, Sabrina parou de se mover.

– Preparado para enfrentar o desafio mental, Daisuke? – Disse Sabrina, em uma voz calma. – Durante esse tempo, você ficara inconsciente e sem poder se mover na batalha, então, terá que confiar plenamente no seu Pokémon, para que ele o proteja e consiga lutar sozinho, sem ordens. – Explicou. – Mas, fique ciente de que seu Pokémon não poderá aguentar meu Pokémon e eu atacando durante muito tempo, então, é bom que passe no desafio o mais rapidamente possível... – Cantarolou Sabrina, dando uma risadinha ao fim.

E antes que Daisuke pudesse concordar, as pulseiras de Sabrina brilharam muito forte e os espelhos começaram a emitir uma luz que obrigou com que Daisuke fechasse os olhos, e quando os abriu novamente, estava tudo escuro.

Daisuke olhou em volta, e não viu ninguém, nem nenhum objeto. Nada. O chão era preto, e em sua volta tudo que ele via também era apenas escuridão, uma escuridão que parecia ser sem fim, ele começou a andar, mas por mais que andasse, não chegava a lugar nenhum. Começou a correr, e ainda parecia não sair do lugar, até que ele avistou um luz na distância e se aproximou, assim que chegou perto, viu uma pessoa, virada de costas para ele. Mas assim que a pessoa se virou, com um sorriso, ele viu que era sua mãe.

– Mãe? – Daisuke sussurrou para si mesmo. Sua mãe estendeu sua mão para ele, mas assim que ele tocou na mão, a ilusão de sua mãe se partiu em pedaços, se estraçalhando. A imagem de sua mãe ainda estava nos pedaços quebrados, Daisuke tentou pegar um dos pedaços, mas assim que os tocou, a imagem de sua mãe sumiu deles, e os cacos ficaram transparentes, como um espelho, refletindo sua imagem, e logo em seguida, ficaram pretos e se desmancharam, virando pó. Daisuke arregalou um poucos os olhos, mas logo voltou ao normal.

“Isso não é real...” O garoto dizia para si mesmo, se levantou e continuou andando até avistar outra luz, dessa vez mais forte. Assim que estava perto o suficiente, pode ver que dessa vez não era apenas uma pessoa, eram várias pessoas, as pessoas que ele considerou importantes e se foram. Seu pai, Rickard – Que ele considerava como um pai. – E sua mãe também estava lá novamente. Mas bastou que Daisuke desse um passo à frente para que as três ilusões se estraçalhassem novamente em cacos de espelhos, os de sua mãe, ficando pretos e desaparecendo, enquanto os outros apenas continuavam no chão. Daisuke engoliu sua saliva e continuou andando.

Dessa vez, demorou mais ainda para que ele avistasse novamente outra luz, e assim que se aproximou delas, pode ver que era Katsumi e Arisu conversando, contentes, e que assim que se viraram para ele, chamaram-no.

Daisuke se aproximava lentamente da imagem das duas garotas, até agora a imagem não havia se partido, mas assim que ele deu o terceiro passo, a ilusão das duas garotas se afastou, como se a distância tivesse aumentado, Daisuke começou a correr, mas parecia que continua preso no mesmo lugar

“O que eu faço?!” O garoto pensou. “Ok, se isso é um desafio tudo deve ter um significado.” Daisuke percebeu que O motivo dos espelhos de seu pai e de Rickard terem se quebrado assim que ele se aproximou, era por ele sentir culpa da morte do seu pai e de Rickard, mas Daisuke sabia que eles tinham morrido, tinha certeza disso, por isso os cacos permaneciam. Já os de sua mãe desaparecerem, representaria sua incerteza sobre a morte de sua mãe, por mais que ele saiba que ela deve estar morta, ele não tem nenhuma prova disso, e no fundo ainda acredita que talvez ela esteja viva. Agora, porque ele não conseguia alcançar a imagem de Katsumi e Arisu? Talvez representaria a impossibilidade dele de permanecer como amigo de Katsumi depois do que ele fez, criando essa distância entre ele e as duas amigas.

Se ele não pode alcançar, então ele pode se... Afastar?

Mas isso significaria que ele estaria as abandonando e desistindo delas. Não, ele nunca abandonaria seus amigos. Mesmo se Katsumi não quisesse ser mais sua amiga, ele estaria lá pra quando ela precisasse, ele insistiria em sua amizade.

Daisuke continuou correndo na direção da imagem de Katsumi e Arisu, não conseguia se aproximar, mas insistia que iria chegar.

“Vamos lá, vamos lá, nenhuma distância é infinita. Uma distância pode ser grande, mas nunca será infinita, tudo tem um fim.” Daisuke fechou os olhos com esse pensamento em mente e continuou a correr, e quando abriu os olhos novamente, ele estava se movendo, se aproximando de Katsumi e Arisu, e assim que as alcançou, um clarão novamente dominou sua visão e o obrigou a fechar os olhos, e quando ele abriu seus olhos novamente, ele estava sozinho novamente.

Tentou correr para longe, mas parecia que ele estava preso em um lugar, com paredes o boqueando a sair, e logo um espelho apareceu do seu lado, primeiramente ele apenas viu seu reflexo normalmente, mas então seu reflexo deu um sorriso, sorriso este que ele não tinha dado. Um sorriso sínico.

– É, parece que no final nós estamos sozinhos, não é? – O seu reflexo disse, a voz era a mesma que a sua, mas em um tom mais sínico. – Afinal, você sempre ficará sozinho. Ninguém vai ficar com você, aprenda isso. – Uma pausa e então voltou a falar. – Todos que você se aproxima acabam mortos, desaparecidos, ou coisa do tipo, e não será diferente com aquelas duas amiguinhas sua. Logo você estará sozinho novamente. – O sorriso sínico do reflexo aumentou. – Sempre, nós somos os únicos que restamos, sozinhos, não é? – Então, uma risada. A ilusão parecia já contar vitória ao ver Daisuke com a cabeça abaixada, mas o sorriso sínico sumiu do seu próprio reflexo assim que Daisuke deu uma risada, como se tivesse ouvido uma piada ou algo engraçado. – O-Oque?! – O reflexo de Daisuke exclamou confuso, isso era suposto para abalá-lo.

– O que você esperava? Que eu começasse a me desesperar e achar realmente que eu vou ficar sozinho? Eu sei que não vou perder minhas amigas, a Katsumi e a Arisu, elas não vão desaparecer, nem... Morrer. Isso apenas aconteceu com meu pai, Rickard, e minha mãe, porque eu era fraco e não pude protege-los, mas eu vou me tornar forte, e então, eu vou proteger meus amigos e ter certeza de que nada vá acontecer com nenhum amigo meu! – Daisuke disse, com uma expressão séria.

– Mas você vai ficar sozinho! Nós vamos ficar sozinhos! Todos vão nos deixar! – O reflexo disse, nervoso.

– Para de me igualar a você. Se tem alguém que vai ficar sozinho aqui, vai ser você. Eu tenho amigos, e sei que não vão me abandonar. – Daisuke terminou de falar e então o espelho começou a brilhar, então se despedaçando e desaparecendo.

Daisuke se virou sem olhar pra trás e continuou a procura de mais alguma luz na escuridão.

Andou durante alguns segundos e logo viu uma luz, começou a correr e assim que se aproximou, viu que era novamente uma ilusão de sua mãe.

“Novamente? Eu devo estar fazendo algo errado... Mas, o quê? Eu sei que isso não é real, mas o que estou fazendo errado?” Daisuke pensou um pouco e logo descobriu a resposta. Era algo que ele até mesmo já sabia. Isso não é real. Essa não é sua mãe de verdade. Isso é uma ilusão.

Porque sua mãe... Está morta.

Esse era o desafio, aceitar a perda, acabar com a indecisão.

Ele poderia ter optado pela escolha de que ela ainda estivesse viva e acreditar nisso. Mas ele sabia que não era verdade, por mais que ele queria que fosse, ele sabia que essa não era a verdade.

– Filho? – A ilusão de sua mãe se virou sorrindo para ele e lhe estendeu a mão novamente. – Vamos, venha com a sua mãe. – Daisuke fez silêncio por alguns instantes e então respondeu.

– Você não é minha mãe.

– Daisuke! Como ousa dizer algo assim, claro que sou sua mãe. – A ilusão demonstrou irritação.

– Você não é minha mãe, não poderia ser nunca. Minha verdadeira mãe não está mais viva. Ela já se foi.

E então, o último espelho, o reflexo da sua mãe, começou a brilhar e assim que ele abriu os olhos novamente, ele estava de volta no ginásio. Seu Arcanine, o defendia do ataques. Parava alguns ataques, mas alguns, o próprio Pokémon levava para que seu treinador não fosse atacado. Daisuke olhou a vitalidade de seu Pokémon. 68%. Ele deve ter sido acertado por vários ataques para defender Daisuke.

O garoto sorriu para seu Pokémon e balançou a cabeça, seu Pokémon também sorriu de volta para ele.

Nesse momento, Sabrina avançava para atacar Arcanine com sua espada. Mas Daisuke pulou na frente do seu Pokémon, com suas adagas juntas um pouco acima de sua cabeça, em um ‘x’, repelindo a espada, que quase acertava sua cabeça em um corte vertical. O barulho metálico de suas adagas ecoava pelo ginásio enquanto ele ainda repelia a espada de Sabrina.

– Sabe garoto, até que você terminou o desafio rápido. Estou impressionada. – Sabrina sorriu sinistramente.

Daisuke usou uma das suas adagas para empurrar a espada de Sabrina para o lado, e então quando ele não estava mais no trajeto da espada, já que a mesma estava para a esquerda sendo segurada pelas adagas de dar um corte vertical, Daisuke parou de repelir a espada, que cortou verticalmente do seu lado, a esquerda, mas não acertando nada além do vento.

Arcanine atacou com um ataque novo que tinha aprendido, Wild Charge. Seu corpo se envolveu em raios e ele se moveu na velocidade de um relâmpago na direção de Alakazam, acertando-o em cheio. Alakazam ficou com 67% de vitalidade e tentou atacar Arcanine com Energy Ball, mas o Pokémon usou Extreme Speed para desviar do ataque e se aproximar de Alakazam, então atacando-o com Crunch, deixando Alakazam com 30% de vitalidade.

Daisuke tentava atacar Sabrina, mas ela sempre desviava. Se ele desse um corte horizontal, ela abaixava para desviar do corte, se ele desse um corte vertical, ela saltava para o lado, e ele não conseguia enganá-la mais com o truque de fingir um ataque e dar outro.

Mas, se ela abaixa para se desviar, ou salta para o lado, que tal um corte que pegaria todo o lugar para onde ela desvia?

Arcanine desviava dos ataques, mas foi pego pelo Psychic de Alakazam, e então, levantado no ar. Daisuke teve uma ideia para o seu Pokémon atacar e pôs seu plano em prática. Afinal, mesmo no ar, Arcanine conseguiria atacar se o ataque fosse a distância. Então, usou Flamethrower que acertou em cheio em Alakazam.

Daisuke, ao mesmo tempo se defendeu de um ataque de Sabrina e então atacou com um corte em ‘x’ com suas adagas, o corte acertaria a garganta de Sabrina, não importa como ela desviasse, não poderia se abaixar e nem desviar para o lado, mas antes que as adagas a acertasse, Daisuke parou.

Alakazam já tinha sido derrotado e ela estava propensa ao ataque final. Daisuke havia ganhado.

– Batalha encerrada! O Pokémon de Sabrina foi derrotado e a mesma foi rendida. O vencedor é Daisuke! – Anunciou o juiz.

Daisuke mal acreditava, mas havia vencido.

Continua...