The Last Flame of Fire escrita por Bea


Capítulo 2
Capítulo 2 - Tears


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo bem grande, estou aproveitando para postar capítulos grandes agora, pois depois do feriado, já viu né.
Essa seria imagem do Daisuke, tinha no meu PC, fiz umas modificações de cor e ficou assim, se você for o dono dessa imagem me avisa que eu lhe dou os créditos :
https://lh3.googleusercontent.com/-G6wSzD7FTwA/UxUyQOiqQdI/AAAAAAAAAXs/1gVYwJJKEcA/w296-h466-no/Daisuke.png



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Katsumi adentrou a floresta correndo novamente, e agradecendo por eles não terem a visto escondendo a pokebola de Vulpix pois estavam um pouco longe dela e ainda na floresta quando ela escondeu a escondeu.
Ela ainda não acreditava que havia visto aquele símbolo, o mesmo símbolo qual ela não se permitiu esquecer por todo esse tempo... Aquela pessoas haviam em suas blusas um R vermelho, como o que ela viu no bilhete no dia do assassinato do seu pai.
“Eles devem ser membros da Equipe Rocket” – Pensou a garota – “Mas mesmo assim, minha vingança não é com os membros da Equipe Rocket, mas sim com Giovanni, o líder dele, pegarei leve com eles... Terei que lutar sem minha espada e minha armadura, deveria ter trazido elas...”
Depois desse pensamento Katsumi teve a ideia de chamar a atenção dos Rockets e se esconder, já que a floresta era bem densa. Ela percebeu que eles estavam por perto, podia até ouvi-los.
– Aonde aquela pirralha se meteu?! – Dizia um Rocket. Quando a garota de olhos escarlates percebeu que ele já estava perto o suficiente, ela pegou um galho de madeira caído no chão, bem grosso por sinal, foi silenciosamente atrás do mesmo e o acertou com o galho, deixando-o desacordado.
“Yay!!” – Comemorou em pensamento soltando um sorrisinho que logo depois sumiu – “Mas... Espera... Não eram do...” – Antes mesmo da garota terminar o seu pensamento ela foi atingida por algo na cabeça, a fazendo desmaiar logo em seguida.
...
Os olhos escarlates iam se abrindo aos poucos, e a garota retomando a consciência, logo em seguida percebendo onde estava. Era uma vila, não parecia ser das mais desenvolvidas, foi o que Katsumi deduziu, era bem monótona, a garota não conseguia avistar ninguém.
“Isso parece ser uma vila mas... aonde? E cadê os moradores que suspostamente eram pra viver nessa vila?” – Pensou Katsumi, olhou mais uma vez em volta e logo em seguida se levantou do chão o qual estava sentada até agora. – Oee, tem alguém nessa vila?! – Gritou o mais alto que pode, não recebendo resposta resolveu andar pela vila, andou durante um tempo até que ela viu uma claridade em um canto da vila e um barulho razoavelmente alto e que chamou sua atenção, indo naquela direção ela viu um grande tumulto de pessoas, percebendo que aquela vila afinal tinha moradores, soltou um suspiro de alívio e gritou tentando atrair a atenção de pelo menos algum morador no tumulto. – Ei!! Será que alguma pessoa muito legal poderia me dizer onde eu estou? – Sem resposta, as pessoas continuavam no tumulto. Katsumi resolveu chegar mais perto para tentar ver o motivo de toda aquela confusão em que pessoas gritavam, empunhavam tochas, provavelmente estavam irritadas com o que era o motivo do tumulto, Katsumi foi chegando perto, mas antes mesmo dela ver algo ou alguém, o motivo daquilo tudo, ela apagou novamente.
...
Katsumi acordou assustada, com a respiração acelerada e os batimentos cardíacos mais rápidos, ela finalmente havia sonhado e conseguido se lembra do que acontecerá no seu sonho, mesmo que ele não tivesse tido muito sentido e sido bem esclarecido.
Depois de recapitular o que aconteceu em seu sonho, ela finalmente parou para olhar onde ela estava, percebendo que estava encostada em uma parede completamente cinza como as outras, e com grades a sua frente, ela estava confusa até que se lembro do que acontecerá antes do seu sonho, ela foi acertada, provavelmente, pelo Rocket que ela havia esquecido e que provavelmente foi levada a um quartel deles ou algo do tipo. Ela ficou pensando um jeito de escapar daquele lugar, afinal, para concluir sua vingança ela não poderia estar presa pela equipe Rocket, ou então morta por eles, já que ela também considerava que a interrogassem para contar aonde esconde a pokebola de Vulpix, o Pokémon qual os Rockets que a perseguiram estavam claramente desesperados a conseguir, por um motivo ainda não descoberto por ela.
Algo a tirou dos seus devaneios, passos se aproximando, percebendo isso ela fingiu estar desacordada ainda, mantendo seus olhos fechados e sem se mover, até que escutou uma voz já razoavelmente perto.
– Não me pagam o suficiente para carregar esse pirralho até aqui, e que droga de Quartel General pequeno esse, só tem essa cela que já tem a pirralha que machucou minha cabeça, sério, como uma pirralha daquele tamanho consegue ter tanta força?! – Disse o que aparentava se um Rocket para si mesmo. Katsumi ouviu o barulho da cela se abrindo e quando ela já estava aberta, ela aproveitou para levantar rapidamente indo na direção do Rocket antes mesmo dele ter tempo de se defender já que carregava um garoto que aparentava ter 10 anos pela parte de trás da gola da blusa, como um Skitty. Katsumi quando perto o suficiente deu uma rasteira no Rocket que só teve tempo de pronunciar um “De novo não...” antes de cair e bater com a cabeça ficando desacordado... Novamente...
Katsumi, depois de deixar o Rocket desacordado, já ia sair da cela, para sair daquele lugar e fugir, quando escuta um grunhido, vendo o garoto que o Rocket carregava para a cela acordar, fazendo-a virar e se aproximar do mesmo. O garoto tinha cabelos dourados, lisos, curtos e levemente bagunçados, olhos também dourados e pele clara, usava uma camisa branca e uma calça preta um pouco sujas.
– Onde eu estou? – Disse o garoto olhando para Katsumi.
– No quartel da Equipe Rocket... – Disse Katsumi respondendo o garoto, ela estava ansiosa para sair daquele lugar, mas ela não poderia deixar ninguém que, até que se prove o contrario, é inocente, sendo mantido preso naquele lugar.
– Equipe Rock-quem? E por que eu estou aqui? – Perguntou o garoto denovo.
– Equipe Rocket. E eu é que vou saber o porquê de você estar aqui?! – Disse Katsumi com raiva em sua voz e uma cara de poucos amigos, já estava perdendo a paciência com todas as perguntas do garoto.
– É que eu não me lembro o por quê de estar aqui... – Disse o garoto parecendo se esforçar um pouco para tentar lembrar de algo.
– Tá, mas não temos tempo pra papo agora, quando sairmos conversamos, temos que aproveitar e fugir, vamos!! – Disse Katsumi de uma vez o que já estava querendo dizer. O garoto se levantava mas fez uma expressão de dor, com isso Katsumi percebeu que ele tinha alguns cortes. – Ei, você consegue correr? – Disse se acalmando um pouco e perguntando ao garoto que apenas acenou a cabeça em sim. – Certo, então me siga, vamos tentar sair sem que eles percebam!
Os dois foram andando pelo corredor que dava fora daquela cela, que dava em uma escada, eles foram andando devagar, o mais silenciosamente possível, por incrível que parecesse, o quartel estava um pouco monótono e vazio, não se avistava Rockets, eles aproveitaram a deixa para sair de lá, ao sair Katsumi percebeu que estava de volta a floresta, a qual ela conhecia e aproveitou para sair de lá e ir em direção ao campo o qual deixou Vulpix, as vezes virava para se certificar que o garoto continuava a seguir ela.
...
Chegando ao campo ela se sentou ofegante ao tronco que ela usava como ‘banco’, mas ela percebeu que o garoto só estava com a respiração levemente mais ofegante e que não tinha se cansado tanto quanto ela. Ela estava prestes a pegar a pokebola de Vulpix de dentro do tronco, mas ainda não confiava completamente naquele garoto, tinha que descobrir se ele realmente se lembrava de algo, e se sim, o quê. Ela estava prestes a falar até que o garoto se pronunciou primeiro.
– Por que os Rockets te prenderam lá? – Perguntou o garoto.
“Mas esse garoto adora fazer perguntas hein?!”– Pensou antes de responder. – Você já perguntou demais, minha vez de perguntar, não se lembra de nada mesmo? – Disse o encarando de forma séria, o garoto aparentava estar confuso. Pela sua expressão em seguida, ela estava tentando se lembra de algo, apertando os olhos fechados com força, como se isso fosse ajuda-lo a se lembrar, e quando os abriu respondeu.
– Bem, eu lembro que meu nome é Daisuke... Daisuke Waizu... Eu tenho 10 anos... E é só isso que eu me lembro. – Terminando de dizer o que se lembrava, olhou para Katsumi. A garota soltou um suspiro, ele não parecia estar mentindo. Ela resolveu contar o por quê de ela ter sido ‘presa’ pela Equipe Rocket.
...
Katsumi contou tudo a Daisuke, que escutou tudo até ela terminar. O Sol estava começando a se pôr. Quando ela terminou de contar, ela percebeu que ainda não havia dito seu nome o garoto.
– Ah, ainda não disse meu nome, me chamo Katsumi Tsuyo! – Disse com um sorriso e estendendo a mão com a intenção de dar um aperto de mão para cumprimentar, mas Daisuke ficou encarando a mão de Katsumi até que a mesma já estava perdendo a paciência. – E aí?! Não vai cumprimentar de volta?! – O garoto esticou a mão e apertou de pois disso e disse.
– É que eu não me lembro de como se cumprimenta... – Diz o garoto fazendo Katsumi lembra que o garoto não se lembrava de praticamente nada!
A garota de olhos escarlates percebeu que já estava ficando tarde, procurando apressadamente a pokebola da Vulpix que tinha se esquecido, a fazendo estapear o próprio rosto por esquecer do motivo de tudo isso. Depois que pegou a pokebola, logo soltou Vulpix de dentro dela que a encarou um pouco surpresa.
– Pode ir agora! – Disse Katsumi com um sorriso, mais que tinha um pouco de tristeza nele, mas o que ela disse fez a raposinha ficar a encarando mais surpresa ainda, percebendo isso Katsumi diz. - Oquê? Eu prometi que ia te deixar livre depois de tudo... – Depois de dito isso, Vulpix encarou Daisuke, Katsumi entendeu o recado e o apresentou. – Ah. Esse é o Daisuke, ele também tinha sido preso pela equipe Rocket, mas ele não se lembra de muitas coisas...
Depois disso o silêncio predominou, a Vulpix continuava lá, sentada, encarando Katsumi, Daisuke observando a cena e Katsumi encarando a Vulpix de volta. Em um movimento inesperado, Vulpix levanta-se, pega sua pokebola, que desde que tinha sido ‘libertada’ da mesma estava no chão, a pegando com a boca e a levando em diração de Katsumi e deixando-a em frente a mesma, voltando a sentar e olhar para Katsumi e soltando um sorriso.
– Ehh, posso não ser um especialista ou coisa do tipo, mas parece que ela quer ficar com você Katsumi. – Disse Daisuke, fazendo Katsumi olhar pra ele surpresa em em seguida olhar para Vulpix que apenas concordou com a cabeça. A garota sorriu, se abaixou e fez um carinho na cabeça da Vulpix, e logo em seguida coletando a pokebola do chão e guardando em seu bolso da calça jeans, se abaixa de novo, porém dessa vez para pegar a Vulpix no colo.
– Bom, então vamos indo? – Perguntou para Vulpix e para Daisuke, começou a andar mas percebeu não ouvir os passos de Daisuke. – Você não vai ir pra sua casa? - disse o encarando.
– Esqueceu de novo que não me lembro de nada?! – Disse com um leve tom de irritação na voz.
– Ah, é mesmo... – Disse estapeando sua testa mais uma vez e parando para pensar em algo. – Bom, a casa dos meus pais é grande, meu pai tinha um tipo de escritório, mas os móveis não estão mais lá, podemos colocar um colchão ou algo do tipo pra você ficar lá até se lembrar de algo mais ou se surgir alguma informação! – Exclamou com entusiasmo e sorrindo por ter uma ideia. Daisuke acenou positivamente com a cabeça, seguindo Katsumi logo em seguida.
...
Katsumi já havia explicado tudo para sua mão quando chegou em casa, e deixou Daisuke ficar com o escritório do pai dela.
– Depois que o Daisuke voltar do banho fale para ele usar essas folhas naqueles cortes. – Disse Lily para sua filha que acenou com a cabeça positivamente, logo em seguida Lily saiu do cômodo em direção ao seu próprio quarto para dormir, afinal já era de noite.
Katsumi escovava sua Vulpix que já dormia em seu colo, ela usava o pijama vermelho claro e estava com o cabelo preso. Quando viu Daisuke chegando avisou para ele das folhas medicinais, antigamente elas eram usadas apenas para curar os Pokémon’s, mas descobriram que elas também curavam machucados em pessoas, afinal era assim que as pessoas se recuperavam das batalhas já que elas também lutavam. A recuperação das ervas era instantânea, como nos Pokémon’s, bastava fazer a folha virar uma ‘pasta’ e aplicar sobre o machucado.
Daisuke usava roupas novas que antigamente eram do pai de Katsumi, bastou a mãe fazer alguns ajustes, afinal já estava tarde para ir a alguma loja, a mãe de Katsumi pretendia ir no dia seguinte bem para que quando o mesmo acorda-se, já tivesse roupas novas. Ele usava um pijama azul-claro comprido e estava com o cabelo um pouco molhado, oque indicava que o havia lavado. Depois de aplicar o ‘remédio’ nos cortes que tinha, ele fala com Katsumi que já tinha colocado Vulpix pra dormir no seu lado, no sofá ainda.
– Então... Eu não devia perguntar mas... O que aconteceu com seu pai? – Perguntou Daisuke, depois disso Katsumi abaixou a cabeça, deixando o cabelo cobrir seus olhos. – Olha, se não quiser contar... – Antes de terminar de falar ele foi interrompido.
– Ele foi morto pela Equipe Rocket, não sabemos o por quê, apenas foi deixado um bilhete com um R vermelho e ele com um corte no estômago que o fez morrer praticamente na hora, pois foi em um local muito grave... – Depois que Katsumi disse isso, Daisuke se sentiu culpado por pergunta algo desse tipo.
– Me... Desculpa... Por te fazer ficar triste e... – Antes dele terminar, ele olha para o rosto de Katsumi, o qual o cabelo já não cobria mais os olhos, os deixando visíveis, e para surpresa de Daisuke não havia lágrima alguma nos olhos escarlates de Katsumi, havia na verdade, determinação.
– Eu não vou chorar, meu pai não gostaria que eu ficasse chorando, eu vou ter minha vingança, mesmo que me digam que ele também não gostaria disso, afinal, ele gostaria de ter morrido?! Não! Mas mesmo assim o mataram por causa provavelmente de uma ordem do líder da Equipe Rocket, Giovanni! Sempre para satisfazer uma pessoa, outra é magoada, por exemplo, para alguém ficar feliz, sempre terá alguém que irá ficar triste! – Mas mesmo depois disso ela sentiu algo escorrer pela sua bochecha, lágrimas. – Ele pode não gostar que se eu chorar... Mas chorando por alguém... Você demonstra que aquela pessoa é importante a ponto de merecer suas lágrimas... – Disse entre soluços que iam aumentando. Daisuke não disse nada, apenas a consolou, até a Vulpix de Katsumi tinha acordado e a mesma ao ver a sua treinadora chorando chega mais perto da mesma, lambendo a mão da mesma, como em um tipo de consolo.
...
Depois que Katsumi já tinha se acalmado com o consolo de Vulpix e Daisuke, ela já tinha até dado uma risada quando Daisuke foi tentar afagar a cabeça de Vulpix e a mesma soltou um ‘pequeno’ Flamethrower no mesmo. Tudo estava indo bem até que Daisuke resolveu fazer uma piada, com intenção de fazer Katsumi rir.
– Sabe, não sei da onde você puxou olhos escarlates, vi uma foto do seu pai e da sua mãe, e os dois tem olhos castanho, estranho não. – O mesmo soltou um riso depois, mas não foi acompanhado por Katsumi. Diferente do que Daisuke esperava, Katsumi ficou com um olhar sério e apenas disse.
– Eu... Nunca parei para pensar nisso...

Continua...


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Notas finais do capítulo

E os que estão pensando que a Lily traiu o John (Minha amiga pensou isso), não, não tem a ver com isso. Tudo será explicado no próximo capítulo.
Até o próximo capítulo ^^