Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 31
31 - Como se fossemos namorados?


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Gostaria de agradecer a Senhorita Foxface, hans, uma leitora, Maíza Souza, Nobody, Sparkly Dark Angel, AkumaKun, Paradise, Raene Melo, Foxface, Cris chan, Ney Gremory, gih, LuhLerman, Melanie Dixon Winchester, Queen Bee, Lunista Crowler, Candy (comentar no cap. 29), Gio e Small long hair por comentar no anterior. São muito importantes para mim, tanto dos novos quanto dos velhos.

E cade os meus outros leitores? Estou com saudades de vocês também! :(

Espero que gostem, pois fiz para vocês.



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Capítulo trinta e um

Como se fossemos namorados?

“Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.”

(Carlos Drummond de Andrade)

Estava disposta a ter uma explicação do Lorenzo.

Durante as primeiras aulas ele nem sequer olhou para mim, todavia notei que ficava mexendo no celular o tempo todo. E como sentava do meu lado não tinha como não saber que conversava com uma garota.

Amy, vai voltar a andar comigo no intervalo? – disse o Nagel.

E sim, o sinal do recreio já tinha tocado.

– Tenho de me encontrar com o Enzo. – com indiferença.

– Só sabe falar dele agora? – parecia irritado.

Isso me fez rolar os olhos.

– Somos colegas, e ficou comigo nessas semanas. Então não quero que fique me impedido de vê-lo, muito menos de conversar com ele. – repreendi-o.

Depois disso o deixei reclamando sozinho e fui para o pátio a procura dele, o que realmente me rendeu alguns minutos caminhando. Só consegui o encontrar quando cheguei perto de uma árvore, encontrando-o praticamente engolindo a Thalia com a sua boca.

– Atrapalho? – sussurrei.

Percebi que se assustaram e me olharam no mesmo instante, sendo que após isso o meu vizinho de carteira me fitou de forma irada.

– O que está fazendo aqui? – soou de maneira alta e rude.

– Vim saber sobre ontem. – fui direta.

– Não há nada mais a explicar. – rebateu.

Quando olhei para o lado de forma magoada percebi a guria ali, fazendo-me pedir licença e puxá-lo para mais longe.

– Não faz sentido se afastar só porque perdoei o Henry! – exclamei.

Sua resposta foi uma risada na minha cara.

– Acha que foi esse o motivo de querer ficar longe de ti? – com escarnio.

– E não foi? – estava curiosa.

– Absolutamente. É que eu não te aguento mais, você só sabe reclamar, parece uma velha de tão rabugenta. Além de não se vestir terrivelmente mal, sempre com esse capuz e se escondendo. E eu não acredito que ainda pensou que eu realmente quisesse ser seu amigo. Se olha no espelho, você é feia. Ficar contigo é denegrir minha imagem. Então faça um favor e some de uma vez! – gritou sem nem gaguejar.

Nada daquilo era mentira.

Simplesmente corri enquanto lágrimas corriam pela minha face. Chorava de raiva por ter confiado nele. Então por que ficou todos esses dias ao meu lado? Era só para me magoar depois? Para poder me humilhar depois de me conhecer?

Olhei para trás e vi-o beijando a Thalia.

Neste momento prometi a mim mesma que não o procuraria mais.

– Por que está assim? – falou o Henry em meu ouvido.

E nem tinha percebido que tinha o buscado para me consolar, tanto que seus braços me enlaçaram e eu apertava sua camisa com força enquanto me escondia nele.

– E-ele me odeia. – confessei.

Senti-o acariciar meus cabelos enquanto eu balbuciava algumas palavras, fazendo-me ficar calma depois de um tempo.

– Está melhor? – a expressão de preocupação estampada em sua face.

– Sim, obrigada. – disse enquanto o olhava com vergonha.

Quando nos afastamos notei que várias pessoas nos miravam, o que me deixou vermelha. Só que uma não estava entre eles.

– Onde está a Jully? – quis saber.

– Não a vi mais. – explicou-me.

Isso me deixou intrigada.

– Cadê o Enzo? – perguntou D. Diná quando cheguei no trabalho.

Eu o levava algumas vezes a minha loja, mas por insistência dele.

– Ele não quer ser meu amigo. – respondi.

– Você o rejeitou? – parecia assustada.

– Não, disse que nunca mais ia andar com alguém como eu. – choraminguei.

No mesmo momento me olhou com pena e me abraçou. Me deixei ser acarinhada enquanto o tempo corria.

Dia dos namorados – 12 de junho

As pessoas da escola decidiram comemorar nesse dia, e não ontem como a maioria por causa da copa. Desde aquele dia da nossa discussão que eu não falava mais com o Lorenzo, e também percebia que ele e a garota se aproximaram mais.

Possivelmente estavam em um relacionamento sério.

E justo ele que tinha dito que sentia vergonha de conversar com ela.

Amy, eu... – parecia sem folego o de olhos azuis.

Em suas mãos tinham algumas sacolas, possivelmente cheio de presentes que recebeu das suas pretendentes. Enquanto eu não havia ganhado sequer um cartão.

Já na cabeça se encontrava o meu gorro.

Angel. – chamou uma antes que chegasse até mim,

Quando abriu o embrulho notei que era uma touca.

– Não vai colocar? – fazendo um biquinho.

– Eu estou com uma agora Úrsula, mas pode ter certeza de que usarei. – negou.

Então era essa a garota?

Era muito linda, sendo que ainda é alta e tem cabelos loiros ondulados. O que realmente me causou um pouco de inveja.

– Ficará melhor com o meu. – em um muxoxo.

– Só que esse é especial para mim. – devolveu com delicadeza.

Eu ouvi isso mesmo? Será por causa da pessoa que o deu?

– Que tal assistirmos o jogo do Brasil x Croácia na sua casa? – sussurrou uma voz masculina atrás de mim.

Neste instante a outra já tinha se afastado.

Abraçou-me sem permissão e encostou seu nariz de leve em meu pescoço, para depois posicionar sua cabeça em meu ombro. Senti-me ficar arrepiada e me assustei pelo seu ato surpresa.

– Do jeito que a Dona Diná é viciada em futebol me liberará mais cedo. – disse ao me virar.

– Então é um sim? – o sorriso estampado em seus lábios.

– Positivo.

– 15 para às 17h estarei lá. – propôs.

– Ok. – confirmei.

No resto do dia nem sequer nos falamos por causa das abordagens. Só dava de notar em nossos míseros encontros que sua bolsa estava cada vez mais cheia.

– Pode ir que fecharei agora. – declarou a minha chefe.

Eram 16h15.

Peguei o primeiro ônibus e cheguei em casa 16h50, vendo que o Henry já se encontrava na frente da minha porta. Ao me ver levantou os lábios em felicidade enquanto levava um embrulho médio em mãos.

Vestia também um moletom branco do Mickey Mouse.

Simplesmente entrei e tentei ignorar aquilo, pensando que talvez fosse para a sua nova paquera. E provavelmente é uma das mais sortudas por conseguir ficar com ele nesse dia.

Entrei sala e tirei a calça e a jaqueta rapidamente, ficando com um shorts e a blusa apertada do Brasil. Não tinha funcionado nas duas últimas copas usá-la, no entanto nessa poderia dar certo.

E mesmo ficando com frio valia a pena.

– Isso é para eu te aquecer ou por que é gostosa? – brincou.

– Nenhum dos dois. – revidei.

Simplesmente ignorou e veio me abraçar enquanto os jogadores cantavam o hino nacional. No primeiro tempo o time que torcia tinha feito gol, e quando o intervalo começou o garoto me olhou com atenção.

– Comprei para você. – soou de repente.

Senti-me tremer e ficar sem graça.

– Pensei que era para outra pessoa. – sussurrei.

– Mas não é, então espero que goste. – disse.

A primeira coisa que vi foi um moletom da Minnie, e branco.

– Não vai usar? – lembrei-me da Úrsula neste momento.

– Melhor não. – neguei.

– Por favor, por mim. – o tom baixo, rouco e até mesmo sensual.

Não consegui mais resisti e coloquei, percebendo que era o par do que estava usando. Como se fossemos um casal. Para que não ficasse constrangida resolvi pegar o outro, fazendo-me ficar de queixo caído ao perceber o que era.

– U-um celular? Não posso aceitar algo tão caro. – fui um pouco rude.

– É falta de educação devolver um presente sabia? – carrancudo.

– Foi quantos por acaso? – insisti.

É muito para o que eu mereço.

– Isso não importa. – notei que ficava chateado.

Simplesmente dei de ombros e me deparei com um chaveiro de coelha conectado ao aparelho.

– Vou ficar te devendo, mesmo que tenha feito essa brincadeira de mal gosto. – disse ao balançar o objeto perto da sua face.

Abaixei a cabeça enquanto uma propaganda passava na TV.

– E onde está o meu?

– Por que eu deveria te dar? – respondi com uma pergunta.

– Somos como se fossemos namorados não? – disse.

Levantei as sobrancelhas em descrença.

– O que te fez achar isso? - um pouco curiosa.

– Andamos sempre juntos agora, eu vou na sua casa, você na minha. Conhece meus pais e... até nos beijamos. – disse enquanto chegava perto de mim.

– Aquilo nem foi um de verdade, foi apenas um selinho! – respondi enquanto o tom do meu rosto ficava igual ao de um tomate.

– Concordo, mas sei que não continuará assim. – devolveu rapidamente.

– Que... – fui interrompida surpreendentemente.

Seus lábios se juntaram aos meus enquanto minha cabeça se encostava ao encosto do sofá. Tentei não corresponder ao sentir sua boca colada à minha em um aperto, todavia resolvi por fechar meus olhos para nada presenciar.

A sensação ficou mais intensa quando algo veludo foi de encontro a minha língua quando abri a boca por falta de ar. E realmente era ruim não conseguir só buscar o oxigênio pelo nariz, e ao fazê-lo meu folego foi se perdendo.

Suas mãos foram passando pelo meu corpo enquanto eu agarrei minhas mãos em seu cabelo em busca de equilíbrio. O gosto de hortelã foi percebido por mim ao acompanhá-lo.

Minha pele se arrepiou ao senti-lo massagear com lentidão a minha barriga. Isso por baixo do tecido. Correspondi-o sem resistir ao sentir o seu cuidado para comigo. E antes que pudéssemos nos separar mordeu e chupou meu beiço de leve, para depois finalizar com poucos selinhos.

– Agora não me deve mais nada. – disse em intervalos para respirar.

Já eu percebia a diferença entre um encostar de bocas e um verdadeiro beijo. E enquanto tentava recuperar o folego sentia meus lábios um pouco inchados ao tocá-los.

Provavelmente estavam vermelhos também.

– Por que fez isso? Por quê? F-foi meu primeiro. – sussurrei ao recobrar a consciência.

– Quer mais um? – brincou ao se aproximar.

– Você não podia. – continuei.

– Amélia, foi apenas um beijo. – tentou me acalmar, mas fez o contrário.

– Mas um sem sentimento, sem planejamento e nem namorados somos. – gritei.

Percebi sua face se tornar sombria e ele se virou para a TV quando o jogo começou. Não trocamos nenhuma palavra e foi embora sem nem se despedir ao acabar o segundo tempo. E nem quis ficar para ir na academia.

Depois disso simplesmente corri para o meu quarto e abracei o Sinistro, que estava um pouco pesado por causa das notas de dinheiro que se encontravam dentro dele.

Só que o que mais pensava era saber que teria de encará-lo amanhã, o que seria muito constrangedor e nada confortável. E o risco de terminar me apaixonando por ele por causa disso.

E eu não poderia me apaixonar pelo quebra-corações, seria como sofrer sem nem tentar. A decretação de ser a próxima a ser rejeitada.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

A imagem não é minha, que é aquele moletom do presente, só que branco. E desculpem-me se tiver algum erro de português.

Mandem-me reviews sobre o que acharam do capítulo? E quem quer mandar recomendação que nem as lindas da Lily LoveUU, Small long hair, Birthday, Like a Little Girl, Vanessa, Melanie Dixon Winchester, Queen Bee, Srta Grimm, Say something, Maíza Souza, hans, Ney Gremory, Paradise e Naty fizeram? Por favor galera, me deixaria super, hiper e mega feliz também. *-*

Beijos e até a próxima, que será na sexta ou domingo por conta das provas.



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