Capítulo sete- Reconciliações

–Você? o que quer comigo?-perguntou ela friamente.

–Falar com você. Falou a figura saindo das sombras da sala que estava num formato de uma Sala totalmente vazia, com o chão de mármore branco e as paredes cinza-Grafite.

A figura era Alvo Potter, estava lá diante dela pedindo pra conversar com ela após meses, sem olhar um pro outro, sem trocar uma palavra se quer, agora eles estavam lá um de frente pro outro.

–Agora eu já sou digna de sua confiança a ponto de você querer falar comigo? Nossa estou me sentindo tão honrada. Falou ela com sarcasmo e pondo a mão dramaticamente sobre o peito.

–Rosa eu..eu..-falou ele tentando encontrar as palavras certas.

–Você o que? quer me dizer que é uma honra ser sua amiga de novo? Que aquele show que você fez pra min eu deveria me sentir honrada? pois saiba que eu me senti humilhada, destruída, perder a pessoa em que eu mais confiava, se não fosse sua idiotice eu não estaria me sentindo assim, e eu quero que saiba que se eu não lhe contei aquele maldito sonho é por que eu procurava um meio mais fácil e menos doloroso pra você!-Falou ela com as lágrimas correndo livres pelo seu rosto.

–ROSA! eu sei o que eu fiz e não me sinto feliz por aquilo, saiba que no momento que eu disse aquilo eu me arrependi, procurei por você só que estava sempre longe de min e aí vieram as férias e você não foi pra casa então resolvi que tudo tinha que se acertar hoje....Rosa eu sinto muito, muito mesmo, me desculpe por ter sido um idiota com você, por ter falado com maneira grosseira com você, quando apenas você queria um amigo pra conversar.. Desculpe-me!

Rosa o olhava desesperado, as lágrimas ainda rolavam por sua face, ela queria perdoa-lo, mas não queria se magoar novamente e por fim disse.

–e quem garante que você não me fará sofrer de novo?

–Eu garanto, pois a única coisa além da minha amizade que lhe posso garantir é isso. - e falando isso ele a abraçou, Rosa tinha sentido falta daquele abraço, o apertou forte e disse:

–Eu aceito suas desculpas com uma condição.

–qual?-perguntou ele apreensivo ainda a abraçando.

–que você nunca mais me deixe ta legal?

–sim-Falando isso ele a suspendeu e a girou no ar estava muito feliz de ter a amizade de Rosa novamente.

Rosa por sua vez, sentia a primavera aflorar dentro de si, não cabia de felicidade, estava muito alegre de ter a amizade de Alvo de novo.

– o que aconteceu em quanto estávamos. Sabe brigados?-falou ele a soltando, ela se sentou no mármore branco e disse quando ele sentou ao seu lado:

–Bom naquele dia, depois que eu saí do jardim, eu encontrei Tiago e ele reparou no meu corte e disse...

–que corte?

–Ah, não te falei do meu corte no braço?- perguntou ela.

–Não.

–Ele me levou a Ala Hospitalar, bom eu estava desacordada em quanto isso, mas tenho certeza que foi ele, quando acordei o vi dormindo na poltrona ao meu lado, Madame Pomfrey enfaixou o meu braço e disse pra eu voltar na semana seguinte para terminar o curativo. Durante esse período eu e ele nos aproximamos mais e ele se tornou uma companhia indispensável, A gente faz tudo juntos, aí nos voltamos lá, e bom não foi um mar de rosas na verdade foi uma dor muito forte, e eu tenho certeza que se não fosse Tiago lá comigo eu tinha entrado em desespero, depois de todo processo ficou uma cicatriz..-Nesse momento ela levantou a manga esquerda da camisa branca, e Alvo viu a cicatriz fina ao longo do antebraço da garota.

–Rosa eu...

–shiii! Não tem problema você compensou tudo hoje.... Bom depois desse ocorrido eu e Tiago ficamos muito próximos e nas férias não foi diferente, ele sempre estava lá ao meu lado, pra quando precisasse, ele me entende de uma forma que nem eu mesma me entendo..

Alvo sentiu uma pontada de ciúmes e inveja do irmão, a forma que agora ele era mais próximo de Rosa, o fato de ele sempre está lá quando ela precisasse coisa que ele próprio não fez. Ele pensava no que Rosa havia dito quando percebeu um brilho dourado vindo do pescoço da garota.

–o que é isso?-perguntou ele apontando a correntinha de ouro no pescoço dela

–ah, um presente de Tiago.

–Ah.

–Vamos-falou ele se levantando e estendendo a mão pra ela.

–Sim.- Falou ela aceitando a ajuda do garoto.

E juntos eles saíram em direção ao salão comunal.

Tiago estava preocupado com a prima que havia sumido, Lily perguntava quem havia visto Rosa. Quando o quadro da mulher gorda abriu dando passagem a dois jovens que vinham conversando, ele identificou se Alvo e Rosa.

–O que aconteceu Rosa?... E Alvo?-Perguntou ele confuso.

Eles relataram, o que havia acontecido a Tiago e no final Alvo disse:

–Obrigado Tiago.

–Por quê?

–Por ter cuidado da Rosa quando eu próprio não fiz isso.

–Ah de nada mano. - Falou ele sem graça e com as bochechas coradas levemente.

–Gente eu queria ficar e conversar mais, mas é que eu tó muito cansada, Boa noite.

–Rosa me espera também te acompanho boa noite gente!-disse Lily

–Boa- responderam os dois em uníssono.

Elas partiram para os seus dormitórios e Alvo disse:

–Eu me esqueci de perguntar a Rosa, mas eu te pergunto como andam os pesadelos dela?- perguntou Alvo Preocupado

–eles pararam mais, agora ela só os têm uma vez por semana.-disse Tiago olhando o irmão

–tem certeza ?- desconfiou o de olhos verdes

–mais ou menos- respondeu Tiago- Agora Rosa é uma caixinha de surpresas! Vou dormir, Boa noite !

–Boa, eu também já vou.

E falando isso cada um partiu para o seu respectivo dormitório.