A Bela e a Fera escrita por Natfrança


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Olá, demorei mas estou aqui novamente trazendo mais capítulo para vocês.



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Vaguei sem rumo, eu ainda não sabia o que fazer, não tinha dinheiro, não tinha celular, só andei, o aeroporto particular não ficava tão longe da cidade o quanto eu imaginava. Andei, sentindo o sol em minha pele, já sentindo o suor escorrer pela minha testa, já tinha conseguido controlar as minhas lágrimas, e continuei andando por um longo tempo, a cidade não era tão perto quanto eu pensava.

Depois de um tempo reflexões vieram há minha mente e de uma maneira surpreendente tudo começou a fazer sentido, ele se chamava de assassino, não por causa de todas aquelas pessoas. Logo limpei uma lágrima de meus rosto, ele me avisou que logo que eu descobrisse o assassino que ele era eu não iria querer estar perto dele, só penso em como fui tola em me apaixonar por ele.

Enxuguei as lágrimas quando um carro parou, duas mulheres de meia idade, sorriram, e tentei retribuir mas não consegui.

— Estamos indo para o centro da cidade, quer vir conosco, você parece cansada demais para andar até lá. - Uma delas explicou, e eu só pude me sentir grata.

Entrei no carro, e sentei-me no banco de trás, aliviada, parei e pensei, eu iria andar muito tempo no sol. Seguimos por um tempo então a mulher de cabelos castanhos, e pele morena que estava na direção perguntou.

— Esteve chorando menina? - Respirei fundo para que as memórias fossem embora.

— Um pouco.- Confessei com a voz fraca.

— Qual é seu nome? - A loira no banco do passageiro perguntou.

— Isabella. - Respondi prontamente.

— Eu sou Maddie, e esta é Louise.- A loira disse indicando a outra mulher com a cabeça.

— É um prazer . - disse com a voz fraca, a morena me olhou pelo retrovisor.

— Foi seu namorado? - Não tive tempo de assimilar a pergunta.

— Desculpe? - Perguntei para que ela repetisse.

— Chorou por causa de seu namorado?

— Não somos namorados.

— Não mais. - A loira arriscou.

— Eu não sei o que somos agora. - Confessei triste.

Estávamos quase chegando,ao centro.

— Você vai para a onde Isabella?

— Em qualquer lugar.

— Para onde está indo?

— Para qualquer lugar longe dele. - Respondi automaticamente, elas se olharam depois de estacionarem o carro.

— Ele te bateu? - A loira perguntou, e logo neguei com a cabeça, deixando-as tranquilas.

— Ele nunca encostaria um dedo em mim sem minha permissão, o que ele fez foi pior que me bater. - Respondi séria, elas se olharam, o carro estava parado, mas nos encontrávamos ainda em seu interior, então a loira puxou alguns dólares do porta luvas.

— Suponho que não seja da cidade, pegue, compre uma passagem e volte para sua família. - Comecei a rir cinicamente, trazendo a confusão novamente.

— Meu pai não presta, só estou aqui por causa dele, eu vim parar nessa cidade para resolver seus problemas.

— Volte para ele, perdoe ele, ele continua sendo seu pai. - A loira afirmou com convicção me entregando o dinheiro, mesmo envergonhada aceite o dinheiro, sabia que iria precisar dele.

— Obrigado a vocês duas, agora eu tenho que ir. - Abria a porta me preparando para sair do carro, quando a mulher morena perguntou.

— O que seu namorado fez?

— O que? - Perguntei em confusão mas logo entendi o que ela queria dizer.

— Você disse que o que ele fez era pior do que te bater, o ele fez? - Eu sorri dramaticamente, e coloquei meus pés para fora do carro, deixando somente uma parte do meu corpo dento.

— Ele matou minha mãe.- Respondi friamente, logo vendo suas expressões assustadas, sai sem mais o que dizer, dei as costas ao carro e fui em direção há uma cafeteria.

Entrei e pude ver o pouco movimento em seu interior, o cheiro do café penetrou minhas narinas e pude perceber que sentia fome, fiz uma breve pedido de pãezinhos de canelas e um café amargo forte, sentei-me na mesa do fundo, e comi tranquila, eu já não tinha para onde ir.

Olhei ao redor percebendo a presença, de um orelhão perto da entrada da cozinha, perguntei a garçonete se poderia usa-lo, e fui até ele, dicando um número já bem familiar.

— Alô. - ouvi sua voz de ressaca do outro lado da linha.

— Pai, eu estou voltando para casa.

— O que?

— Eu vou voltar.- ouvi o seu suspirar do outro lado da linha.

— Você acha que vai entrar na minha casa, depois daquela merda toda de ontem?

— Eu tenho certeza que vou, foi você quem me meteu nessa merda toda. - Eu respondi com raiva.

— É você tem razão, venha, vamos resolver nossos problemas, vamos ficar bem. - Ele disse como se fosse concertar tudo.

— Não vamos ficar bem, as pessoas precisam parar de me dizer isso. - Falei desligando a telefone, não queria ter que ouvir mais uma de suas respostas mentirosas.

Paguei pela comida, e peguei um táxi até a rodoviária, comprei a passagem, grata pela ajuda que veio das duas mulheres logo cedo.

Eu entrei no ônibus e seguimos o que seria um longo caminho até minha casa, olhei a cidade ficar para trás, eu tentei, mas não consegui deixar as lembranças com ela, e muito menos os sentimentos. O que eu sentia, a raiva, a felicidade, o ódio e o amor estavam simplesmente encravados dentro de mim, e eu tinha a certeza de que não me deixariam tão rápido, eu podia sentir a dor me empurrando para um buraco fundo o suficiente para que me prendesse. Cheguei a uma simples conclusão naquele momento, eu estava presa pela dor e por todos os meus sentimentos.


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Notas finais do capítulo

To de volta, e espero que vocês tenham gostado, foi um capítulo curto. mas foi de todo o coração pra vocês.
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Obrigado pela atenção, até a próxima, Beijos, bjs