Predestined escrita por Clarissa Cullen Potter Mellark, thayanecullen


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei e peço mil desculpas, mas é que a minha vida anda super ocupada. Prometo não demorar tanto da próxima vez!



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Capítulo 1

PDV Edward

A eternidade era tediosa. Imagine viver preso em um corpo de vinte e três anos há mais de trinta? Se eu fosse uma pessoa normal eu já estaria com mais de cinquenta anos, provavelmente casado e talvez até com netos.

Mas eu não sou uma pessoa normal. Tenho uma maldição que carrego até Deus sabe quando.

Não me incomodo mais tanto com essa coisa de ser um vampiro, no início era excitante, eu tinha força extraordinária, beleza, velocidade e ainda dons que pra mim eram desconhecidos: eu podia ler mentes. Depois de uns cinco anos comecei a ficar com raiva do que eu tinha me tornado, era uma maldição e ainda é, mas depois eu fiquei mais acomodado e conformado.

Carlisle tinha me transformado em busca de companhia, tinha se cansado da solidão e quando me viu, sangrando em um beco escuro no subúrbio de Chicago depois de um assalto percebeu que aquela era A hora. Ele me viu como um filho que ele sempre quis ter, mas como ainda não tinha encontrado sua predestinada não poderia ter seus filhos ainda. Ele cuidou de mim, me amparou e cuidou para que eu não fizesse besteiras no meu primeiro ano. Ele me amava como um pai ama um filho e posso dizer que eu também o amava como se fosse um pai.

Cerca de dez anos depois que me transformou ele encontrou sua predestinada. Esme. Ela tinha se jogado de um penhasco quando soube que seu bebê tinha morrido. Foi totalmente por acaso. Quando Carlisle a viu quase morta entrou em desespero. Não podia encontrar a sua predestinada e vê-la a beira da morte. Tirou-a do necrotério, não tinham nem se preocupado em saber se ainda estava viva, e levou-a para nossa casa. Eu estava voltando de uma caçada quando o vi, sentado próximo ao seu corpo deitado e segurando sua mão.

– Carlisle o que você fez? Por que a transformou? – perguntei confuso e agoniado, não queria que a maldição que tínhamos fosse para outras pessoas.

– Ela é minha predestinada, Edward, e estava morrendo. Não podia deixá-la morrer. – falou ele, desesperado, me mostrando em sua mente toda a verdade que estava me contando.

Acalmei-me e fui em direção a ele. – Tudo bem, agora eu entendo. – suspirei, eu sabia que mais cedo ou mais tarde Carlisle encontraria sua predestinada.

Três dias depois a transformação de Esme acabou. No início era estranho ter mais uma pessoa compartilhando nossos segredos, mas com o tempo nos acostumamos e eu comecei a gostar verdadeiramente de Esme, como se ela fosse minha mãe de verdade. Dois anos depois da transformação ela e Carlisle se casaram e um ano depois tiveram um filho, o que provava que definitivamente ela a predestinada de Carlisle, pois vampiros só podem ter filhos com suas predestinadas. Nasceu um garoto, que chamaram de Emmett.

A gestação de um vampiro é completamente diferente da humana. Ao invés de nove meses esperando, na gravidez de vampiros era apenas um mês e o desenvolvimento da criança também era muito mais rápido, em cerca de seis anos o vampiro já atingira a maturidade. Esme ficou com medo que eu me sentisse excluído com o nascimento de Emmett, o que não aconteceu porque, vendo toda a alegria deles em seus rostos e em suas mentes, era impossível ficar triste. Fiquei ainda mais feliz quando nasceu o garoto. Imaginei que rapidamente ele teria mais ou menos a aparência de mesma idade que eu e poderíamos nos divertir juntos, fora que teria a experiência de ter um irmão mais novo, o que eu sempre quis.

Emmett foi crescendo como meu melhor amigo. Quando atingiu a maturidade em 1931, ninguém dizia que ele era mais novo que eu de tão alto que era. Tinha imensos músculos como se praticasse esportes como rúgbi, cabelos meio ondulados castanhos iguais ao de Esme, expressões e feições faciais idênticas as de Carlisle. Quem via teria medo, mas na verdade não passava de uma criança gigante e com músculos. Tinha um sorriso fácil e brincalhão.

Foi nessa época que comecei a praticar meu passatempo favorito: a conquista.

Recebemos notícias que um clã amigo de Carlisle nos iria visitar: um homem e quatro mulheres, sendo três delas solteiras. O homem se chamava Eleazar, sua mulher Carmen e as outras três, que eram irmãs, se chamavam Tanya, Irina e Kate. Carlisle tinha nos contado a história das três irmãs. Elas tinham sido transformadas há mais de mil anos e, depois de transformadas, usavam a beleza delas para se alimentar dos homens humanos, levando-os pra cama e depois matando. Foram delas que surgiu a lenda de succubus; que eram falados que demônios em forma de mulher invadiam os sonhos dos homens para seduzi-los e roubar sua força vital. Com o tempo elas começaram a se sentir mal matando os homens daquela forma, começaram a se apegar a eles e pararam de se alimentar de pessoas e começaram a se alimentar de animais, tendo os homens apenas para prazer sexual.

Emmett ficou meio empolgado com a visita, achou que poderíamos nos divertir bastante com as três mulheres solteiras do clã, o que acabou me empolgando também.

Os cinco chegaram e foi exatamente o que eu esperava: todos eram extremamente bonitos, como os vampiros em geral.

Eleazar era um homem alto e de cabelos pretos, apesar da pele pálida tinha uma matiz azeitonada e claro, os olhos dourados. Carmen era mais ou menos do tamanho de Esme, tinha longos cabelos castanhos escuros, o mesmo tom de pele de Eleazar com feições hispânicas. Já as irmãs tinham feições mais delicadas, eram todas loiras, mas com tons diferentes. Tanya, quem que eu supus ser, tinha os cabelos loiros avermelhados presos em um coque apertado e um sorriso sedutor. Irina tinha os cabelos soltos e extremamente lisos na altura dos ombros, eram loiros platinados. Já Kate tinha um loiro mais dourado, também tinha cabelos extremamente lisos só que mais compridos, mais ou menos abaixo dos seios. Logo percebi que minhas décadas de tédio tinham ido para longe.

Recebemos nossas visitas e Esme, como uma boa anfitriã, faz sala para que elas se sentissem mais confortáveis. Tanya e Irina não tiravam os olhos de mim, o que correspondi sem nenhum pudor. Já Kate parecia mais atenta a Emmett.

Depois de uns dois dias de visitas, Carlisle, Esme, Emmett, Carmen, Eleazar, Kate e Irina resolveram fazer uma viagem de caça por três dias no nordeste do estado de Minnesota, na Superior National Forest, próximo ao lago Superior na região dos Grandes Lagos, na fronteira com o Canadá.

Com segundas intenções, falei que preferia ficar em casa, morávamos no interior do Estado de Nova York, numa cidade chamada Rochester. Tanya, percebendo minhas intenções, também preferiu ficar.

Assim que saíram e ficaram numa distância que não poderiam nos ouvir, Tanya entrou em meu quarto, onde eu fingia ler um livro. Ela vestia um imenso sobretudo negro e, pelos seus pensamentos, soube que não vestia nada por baixo.

– Sabe, Edward, me disseram que você era o único talentoso desta família... – falou ela se aproximando sedutoramente.

– Sim, é verdade. – falei entrando em seu jogo, colocando o livro de lado e olhando para seu corpo.

– Então você deve saber o que eu estou pensando neste momento... – sussurrou, deslizando as mãos insuportavelmente lentas até o laço que amarrava sua roupa.

– Com certeza. – falei, me levantando e me aproximando dela, que já tinha desfeito o laço. Terminei de tirar sua roupa e peguei seus cabelos pela nuca, esmagando seus lábios contra os meus. Suas mãos foram rapidamente para a minha roupa e as rasgou em questão de milésimos de segundo. Peguei suas coxas e coloquei-a em meu colo, fazendo com que ela envolvesse meu quadril com as pernas. Imprensei-a na parede e, desesperadamente, entrei nela com força.

Movimentávamo-nos selvagemente, minhas mãos pareciam que estavam em todo o seu corpo, assim como as suas no meu. Ficamos os três dias da viagem do outros em meu quarto, sem sair nem para caçar. Não precisávamos descansar, estávamos alimentados, se pudéssemos teríamos ficado mais uma semana só naquele ato de puro prazer.

Logo eles voltaram da viagem de caça. Recompomo-nos a tempo e esperamos eles chegarem. Todos estavam felizes com a caçada, tinham variado bastante as opções e caçar alguns ursos, presa favorita de Emmett. Ficaram mais dois dias conosco e voltaram para o Alasca, com a promessa de voltarem.

Tanya e eu não tínhamos estabelecido nenhum tipo compromisso, era apenas diversão, por isso depois que ela foi embora continuei me divertindo com outras mulheres.

Alguns meses depois de nossos visitantes terem voltado para o Alasca, Esme, Carlisle e eu saímos para caçar e quando voltamos encontramos Emmett com uma mulher do mesmo jeito que eu tinha encontrado Carlisle quando ele trouxe Esme. Ele agia com aquela mulher do mesmo jeito que Carlisle agia. Mais um tinha encontrado sua predestinada, mas tinha que ser Rosalie Hale?!

Emmett nunca tinha saído em público, sua educação nós tínhamos dado em casa mesmo e como um vampiro aprende muito mais rápido que um humano não ficou difícil. Eu ainda tinha que manter as aparências e frequentar a escola, Carlisle e Esme decidiram que só colocariam Emmett na próxima cidade que fôssemos nos estabelecer. Eu fazia o ensino médio durante o dia e, à noite, fazia faculdade de medicina em Syracuse, mais ou menos duas horas de viagem de carro, mas eu não me importava, não dormia mesmo.

Não estava conseguindo acreditar que Emmett tinha como predestinada Rosalie Hale. Ela era simplesmente a garota mais fútil que eu já tinha visto. Não podia negar que ela extremamente bonita para uma humana, mas como era uma moça de família nunca tentei nada. Nas poucas vezes que a vi as únicas coisas que se passavam em sua cabeça era ficar bonita e seu noivado recente com o “príncipe” da cidade Royce King II.

– O que você fez Emmett? – perguntou Carlisle, meio confuso, mas sem alterar a voz. Era uma característica dele, nunca levantar a voz para ninguém.

– Eu encontrei minha predestinada, pai! É ela! Eu senti cheiro de sangue por perto e fui ver o que tinha acontecido e foi quando me deparei com ela. Não sei seu nome nem nada, mas eu senti que precisava dela pra sempre comigo. – explicou Emmett.

Carlisle e Esme olharam pra mim, para confirmar tudo que Emmett dizia. Por mais que não gostasse de Rosalie eu queria a felicidade de meu irmão. – É verdade tudo que ele diz. E, a propósito Emm, o nome dessa garota é Rosalie Hale, ela foi estuprada pelo monstro do noivo dela. – falei tudo que eu sabia, apesar da dor da transformação Rosalie não conseguia esquecer o que os monstros do seu noivo e seus amigos fizeram.

– Obrigado irmão. – agradeceu Emmett sinceramente. – Agora eu vou acabar com a vida do desgraçado que fez isso com ela.

– Não Emmett! – falou firmemente meu pai. – Essa decisão cabe a Rosalie quando ela acordar e não a você. Vamos esperar a transformação e ver o que vamos fazer, mas parece que vamos ter mais um integrante à família. – disse conformado.

Três dias depois a transformação parou. Rosalie Hale era uma vampira. Ao contrário de quando Esme foi transformada, não tive muita paciência com Rosalie e me mantive distante, preferi deixar que Emmett, Carlisle e Esme explicassem tudo a ela e me deixassem de fora. Logo depois ela disse que se vingaria de seus agressores e que iria embora daquela cidade conosco. Esme e Carlisle explicaram que não poderiam ir embora naquele momento para não despertar suspeitas, teriam que esperar alguns meses e ela teria que ficar escondida durante esse tempo. Para minha surpresa ela concordou sem reclamar.

Um mês depois estava quase tudo acertado. Os cinco demônios já tinham sido mortos por Rosalie e Emmett, que fizera questão de ajudá-la em sua vingança. Não faziam ideia de quem teria matado eles, os dois tinham realmente feito um trabalho muito bem feito. Carlisle decidiu que esperaria pelo menos mais dois meses até nossa mudança de cidade. Pedi que mudássemos para perto de uma cidade com uma universidade, para que eu pudesse continuar cursando meu curso de medicina.

Era domingo e eu tinha decidido limpar o meu carro. Ele era simplesmente lindo, um presente que Carlisle me dera quando chegamos em Rochester. Não era tão rápido quanto correr, mas a sensação de poder dirigir era ótima e fora que uma família rica tinha que ter a aparência de uma.

De repente Rosalie e Emmett aparecem na garagem. Eles ainda não tinham nada amoroso, mas pelo que percebia na mente deles era apenas uma questão de tempo.

– É seu carro, Edward? – perguntou Rosalie, com os olhos brilhando.

– Sim, foi um presente de Carlisle. Não é tão rápido quanto correr, mas é ótimo dirigir e ajuda manter as aparências. – falei polidamente.

– Vou confessar uma coisa a vocês... – ela já tinha pensado no que iria falar, mas preferi ficar quieto para não ofendê-la. – Sempre tive vontade de aprender sobre carros. Eu acho tão fascinante como eles funcionam, mas como mulher a sociedade sempre tem preconceito. Toda mulher tem que ser professora ou dona-de-casa. Eu acho tão injusto!

– Eu tive uma ideia Rose! – disse Emm, empolgado. Gargalhei com sua ideia, era realmente boa, mas ele estava parecendo um idiota com aquele mel todo pela garota. – Ah, fica quieto sabichão! – rosnou ele, meio rindo meio irritado. – Que tal se, na próxima cidade em que formos morar, eu cursasse Engenharia Mecânica e quando chegasse em casa te passasse tudo que aprendi? Meu pai poderia comprar um carro para ajudar na prática, aposto que não negaria.

– Adorei! Vai ser ótimo e assim vou poder aprender o que eu gosto! Muito obrigada Emm! – falou Rose, se jogando em seu pescoço. Emmett ficou meio desnorteado com a atitude da garota, mas logo retribuiu o abraço.

Movi os lábios, mas sem sair som, na frente de Emmett para que Rosalie não ouvisse. – Conte o que sente a ela. Ela vai reagir bem.

Tem certeza? , pensou ele, inseguro.

Acenei com a cabeça, confirmando. Ele sorriu e guiou-a para um lugar com mais privacidade, para que pudessem conversar sem interferências e intromissões involuntárias, nesse caso eu.

Dois anos depois se casaram e resolveram sair em lua-de-mel por alguns meses. Foi meio complicado conviver com esses dois apaixonados no início, todas as vezes que eles iam praticar para quando forem ter os filhos deles eles quebravam alguma coisa.

Mas essa coisa não eram coisas pequenas como abajures ou coisas do tipo, na primeira vez eles simplesmente destruíram a casa! Por sorte depois que eles começaram a ter relações Esme resolveu dar uma casa próxima a nossa de presente para eles. No dia seguinte eles apareceram na nossa casa, Rosalie extremamente envergonhada e Emmett com um sorriso sacana no rosto.

Os anos se passaram e, apesar do tempo não importar muito para quem tem a eternidade pela frente, às vezes surgem surpresas. Eu continuava como sempre, a cada cidade que passávamos eu fingia que estudava. Não deixei minhas aventuras de lado, no casamento de Emmett e Rosalie os Denali compareceram e pude me divertir bastante com as irmãs, principalmente com Tanya. Não que eu não tivesse tido outras mulheres além dela, mas era bom e não iria desperdiçar a chance de ter uma boa noite de sexo sem pudores.

Quando chegou 1942 eu recebi um belo presente de 30 anos de transformação: mais dois irmãos. E nenhum deles veio por gravidez de Esme, eles meio que caíram de paraquedas em nossa humilde residência. Seus nomes eram Alice e Jasper, eram um casal que viviam como nós, caçando animais em vez de pessoas. Simpatizei com Jasper logo de cara, parecia ser um cara tranquilo, mas lendo sua mente pude ver que a única coisa que poderia tirar sua paciência era se mexesse com Alice. O amor dos dois era tão grande que ultrapassava a barreira do corpo, era como se até a alma deles fossem feitas uma para outra, caso tivessem alma.

Alice era diferente, por assim dizer. Elétrica, não parava quieta um segundo sequer, tinha mania de se meter na vida dos outros e era completamente viciada em roupas. Seu dom ajudava seu jeitinho intrometido, ela podia ver o futuro, mas de forma subjetiva, não era permanente. Apesar de irritante e intrometida, Alice se tornou uma irmã incrível, fazia com que qualquer um ficasse feliz.

Mais alguns anos se passaram. Eu já tinha trinta e cinco anos de transformação e, apesar de todas as minhas distrações, em certos momentos eu me sentia frustrado. Carlisle tinha Esme para amar, Emmett tinha a Rosalie e o Jasper tinha a Alice. E eu? Eu tinha uma família, mas eu queria alguém para beijar, para fazer planos, fazer amor sem ninguém te recriminando achando que está agindo errado. Era por isso que eu fazia tudo aquilo, eu queria alguém para beijar, me fazer companhia. Os únicos que me entendiam eram Emmett e Alice. Emmett porque ele agia da mesma forma antes de conhecer Rosalie e também por ser meu melhor amigo desde que nasceu; Alice por entender meus sentimentos. Apesar de não aprovar que eu deite com diversas mulheres ela acreditava que eu fizesse aquilo por carência.

Estávamos em casa quando os Denali ligam para dizer que finalmente viriam conhecer os novos integrantes da família. Quando chegaram foi tudo como sempre: Esme fazendo sala para eles e apresentando Alice e Jasper como os novos filhos dela. Depois de todas as apresentações eles resolveram caçar, mas como sempre também Tanya e eu resolvemos ficar.

Já estávamos no clímax de tudo quando Alice invade meu quarto.

– Edward! Eu tenho boas notícias pra você! – gritou feliz.

– Alice! Não dá para ser em outra hora? – perguntei irritado. Tanya também não tinha ficado com a melhor das expressões.

– Eu a vi, Edward, eu a vi! – gritou Alice, tão feliz que pulava. Ela deixou que se passasse as imagens de sua visão.

No início era apenas um casal humano desconhecido, mas visivelmente feliz. A mulher estava grávida, os dois acariciavam a volumosa barriga e conversavam com o bebê. Depois a visão mudou, era Carlisle fazendo o parto da mulher, que deu à luz a uma menininha, a menininha mais linda que eu já tinha visto.

Eu tinha entendido tudo. Finalmente tinha acontecido comigo, ou iria acontecer.

Alice tinha encontrado minha predestinada e, pelo que pude perceber, não demoraria muito para nascer. Eu iria ficar completo.

– Quem você viu, Alice? – perguntou Tanya, irritada. A voz dela não me parecia tão irritante antes.

– A predestinada de Edward. – falou Alice convencidamente. Eu percebi pela mente das duas que elas não tinham ido com a cara de uma com a outra.

– Não é possível! – falou Tanya, desesperada. Ela olhou pra mim, esperando que eu negasse. – Edward, eu sou sua predestinada!

– Não é não Tanya. – falei com um sorriso no rosto. - A minha predestinada é a menina que Alice viu nascer.

– Como pode ter tanta certeza que é ela se ainda nem nasceu? – falou histericamente.

– Você nunca me verá apostando contra Alice. – falei abrindo meu melhor sorriso para minha linda e amada irmã. – Alice, você pode me dar licença para que eu possa colocar minha roupa?

– Claro irmãozinho. Estou te esperando lá embaixo. – falou acenando.

Rapidamente corri para meu closet e coloquei a primeira roupa que vi.

– Você não pode estar acreditando naquilo que aquela aprendiz de cigana disse! – gritou Tanya, entrando nua no meu closet.

– Primeiro: nunca ofenda a minha irmã! Você nunca chegará aos pés dela. Segundo: sim, eu acredito em Alice. Por anos procurei minha predestinada e finalmente Alice a encontrou pra mim.

– Edward, eu sou sua predestinada! É comigo que você tem que ficar. – falou ela, me abraçando pela cintura.

– Eu sinto muito, Tanya, mas você nunca foi minha predestinada. Eu nunca senti nada por você além de atração e pensei que soubesse disso. Desculpe-me se eu a iludi, nunca foi minha intenção. Se você realmente fosse minha predestinada você já teria engravidado depois de todas essas vezes que transamos sem nos preocupar. – afastei-a e a segurei pelos ombros delicadamente. Há alguns minutos atrás aquele corpo nu teria me enchido de tesão, mas naquele momento não tinha nenhum efeito sobre mim. – Eu espero que você encontre alguém que possa te amar, assim como em breve encontrarei a minha.

Saí do closet e fui até a sala, onde Alice me esperava. Sem rodeios, comecei a perguntar sobre a visão.

– Como você a viu? – perguntei ansioso.

– Eu nem procurei nem nada, eu estava caçando quando a visão surgiu. Jasper percebeu que tinha acontecido alguma coisa e perguntou o que. Expliquei rapidamente que eu tinha que falar contigo e vim correndo contar para você. Eu percebi que você estava ocupado, mas achei que isso era um bom motivo para interromper. – explicou, sem se arrepender.

– Não, tudo bem. Ou melhor, tudo perfeito! Você sabe mais alguma coisa sobre ela? O nome dos pais dela? Ou a cidade em que eles moram?

– Os nomes eu não sei, mas o lugar eu conheço, não sei ao exato, mas parece a Península de Olympic, no estado de Washington. Não deve ser difícil de encontrar um sete vampiros procurando, não? Ainda mais sendo que um deles lê mentes e outra prevê o futuro.

– Pode ser, mas vamos ter que nos mudar e Rosalie não vai gostar nada disso. – pontuei.

– Que se dane a Rosalie, você tem que pensar em si mesmo de vez em quando e ela tem que aprender a ser altruísta também. Tenho certeza que Carlisle e Esme vão nos apoiar.

– Pelo visto vocês esqueceram que tinha mais alguém em casa. – falou Tanya entrando na sala.

– O que você quer Tanya? – perguntou Alice com a cara fechada.

– Eu creio que você me deve explicações! Por sua culpa Edward acredita que encontrou a predestinada dele, o que eu duvido. – falou ela raivosamente.

– Isso não é da sua conta, Tanya, e sim de Edward e eu. Desde que cheguei Edward pede para ver quando ele vai encontrar a predestinada dele e eu me comprometi a contar se eu visse. Eu a tenho procurando por mais de cinco anos, tempo pequeno em comparação ao que Edward esperou, mas felizmente pude fazer meu irmão feliz, ver algum brilho de felicidade em seus olhos, coisa que eu nunca vi.

– Edward era feliz comigo! Não era, Edward? – Tanya virou-se para mim.

– Desculpe Tanya, mas eu não era. Com o passar dos anos minha solidão foi aumentando e tudo que eu fazia era para me esquecer da tristeza e da solidão que tinha em mim.

– E todas as vezes que você se jogou nos meus braços? Todas as vezes que nos amamos como se não houvesse amanhã?

– Eu nunca me joguei em seus braços, Tanya, você que se jogou em mim e eu nunca fiz amor com você, era apenas sexo e você sempre soube disso, nunca fiz questão de esconder nada.

– Eu vou embora daqui agora! Você nunca mais vai me ver Edward, e nem adianta ir a minha casa pedindo perdão quando sua busca frustrada der errado. – falou histérica, pegando sua mala que nem foi desfeita e saindo.

– Já vai tarde! – gritou Alice, sem remorso algum. Edward a olhou censurando, mas divertido.

– O que aconteceu com Tanya? Por que ela saiu daquele jeito? – perguntou Irina, entrando na sala, confusa. Eu já não tinha mais nada com Irina e Kate, as duas já tinham encontrado seus parceiros, Laurent e Garrett respectivamente.

– Parece que ela não gosta de ouvir a verdade. – falou Alice sem pena.

– O que aconteceu? – perguntou Carlisle.

– Alice encontrou minha predestinada! – falei, não contendo minha felicidade. Um brilho de felicidade surgiu nos olhos de toda a minha família. Esme veio correndo me abraçar, me parabenizando. O restante dos Denali me parabenizaram, mas saíram para encontrar Tanya, não sabiam se voltavam para nossa casa ou não.

Sentamo-nos e explicamos cada momento da visão de Alice, dissemos que teríamos que nos mudar e que teríamos que ter um plano para conhecer os pais da menina que será minha predestinada. Por sorte Rosalie não reclamou muito por termos que nos mudar, segundo ela já estava enjoada da cidade mesmo.

Minha felicidade estava completa. Eu ia encontrar minha predestinada e era isso que importava. Finalmente minha existência tinha um sentido e um objetivo: fazer daquela garota a mulher mais feliz do mundo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar! Beijos! Até semana que vem!