Predestined escrita por Clarissa Cullen Potter Mellark, thayanecullen


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Como os comentários aumentaram, resolvi postar um pouco mais cedo. Se aumentarem ainda mais, no domingo eu posto outro. Mas tem que comentar! Apareçam fantasmas, não tenho medo de vocês! Nos vemos nas notas finais...



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Capítulo 2

PDV 3ª Pessoa

Rapidamente, assim que souberam aproximadamente a região que a predestinada de Edward nasceria, os Cullen fizeram as malas e empacotaram o essencial. Não iriam morar na cidade da menina, iriam para uma relativamente próxima, distante o suficiente para que o povo da cidade não os conhecerem, mas perto o bastante para ver a menina sempre que necessário.

Já tinham feito um plano completo e, com a ajuda do dom de Alice, souberam que ia dar tudo certo. Conheceriam os pais da garota “por acaso”, se aproximariam e, quando tivessem certeza que era seguro contar-lhes a verdade, contariam e a deixariam já prometida a Edward.

Compraram uma casa no subúrbio de Seattle, a maior cidade do estado, e diariamente saíam à procura do casal, sempre atentos a Edward ou Alice, que poderiam ouvir a mente deles ou ver seu futuro. Seguiram para o Sul, fazendo o contorno do estado de Washington. Passaram por Kent, Tacoma, Olympia, Montesano, Aberdeen até chegarem a uma pequena cidade chamada Forks, onde Edward ouviu o pensamento de um homem.

Espero que Renée já tenha feito o jantar, estou faminto. Pensou o homem. Imediatamente surgiu na mente dele o rosto da tal mulher chamada Renée. Era a mãe da sua amada.

– Pessoal eu achei o homem, vão para o sul. – falou em um tom de voz normal, sabendo que mesmo o resto da família no outro carro ouviria. Eles estavam em dois carros: um com Emmett, Rosalie, Alice e Jasper; e outro com Carlisle, Edward e Esme.

– Como vamos saber se é mesmo o homem? – perguntou Emmett.

– Eu li seus pensamentos, ele pensou na esposa e eu a reconheci. Ele está de carro, ele é chefe de polícia, será fácil encontrar seu carro.

– Ok. – falou, fazendo o retorno para o sul. Eles facilmente encontraram o carro de polícia do marido de Renée, futura mãe da predestinada de Edward. Pararam a uma distância que não despertasse suspeitas, por sorte a casa em que moravam era em um lugar isolado e próximo a florestas. Esconderam os carros e se embrenharam para próximo da casa por entre as árvores.

– Boa noite querido. – saudou Renée quando seu marido chegou. Ela amava tanto aquele homem e era feliz, para completar a felicidade só faltava um bebê. Ainda não tinham conseguido ter e estavam perdendo as esperanças, foram anos tentando sem sucesso.

– Boa noite querida. – falou dando um leve beijo em sua esposa. – Estou faminto, meu amor, o que você fez de jantar? – perguntou, sentindo o cheiro bom saindo da cozinha.

– Bife com batatas gratinadas, seu prato favorito. – falou sorrindo.

– Você é um anjo, Renée. – falou beijando a esposa mais uma vez. Tirou as botas e a arma nunca usada e pendurou no apoio próximo a porta. – Vou tomar um banho e desço para o jantar, ok?

– Tudo bem, meu amor, enquanto isso eu ponho a mesa e faço os pratos.

Pelo que observaram não passavam de um casal comum que tentavam ter um bebê. Por isso, pensaram, seria mais fácil eles aceitarem o compromisso de sua filha com Edward, os Cullen poderiam protegê-la melhor que qualquer um. Ouviram o jantar comum da família e guardaram qualquer detalhe que poderia ajudá-los. Descobriram que o nome do homem era Charlie Swan e ambos eram filhos únicos, os pais de Renée moravam em Phoenix, no Arizona, e os de Charlie em La Push, no litoral do estado.

Quando eles foram dormir decidiram que era suficiente, já sabiam onde se encontravam os pais da predestinada de Edward, o que já era grande coisa.

Quando chegaram em casa começaram a formular um plano para se aproximar dos Swan. Decidiram manter residência fixa em Seattle, não iriam morar em Forks para que não chamassem atenção para si mesmos, mas freqüentariam a cidade pelo menos até conquistar a confiança de Renée e Charlie Swan.

Decidiram que quem iria se aproximar primeiramente eram Esme e Alice. O plano consistia em ir ao mercado de Forks, Alice supostamente se confundir no que estivesse comprando e pedisse ajuda a Renée e logo depois Esme apareceria para “saber o que estava acontecendo”, começariam a conversar e construir uma amizade primeiramente com Renée. Com uma ajudinha de Alice, que previra que o plano daria certo.

Alice previra a ida no mercado de Renée e, sozinhas mesmo, foram até o pequeno, porém abastecido mercado de Forks. Avistaram Renée próxima aos legumes e verduras. Alice se aproximou e começou a ver as cebolas.

– Senhora? Será que poderia me ajudar? – pediu Alice docemente.

– Sim querida, no que precisa de ajuda? – falou Renée amavelmente.

– Minha mãe pediu para eu escolher umas cebolas, mas eu não tenho ideia de como saber se estão boas ou não. – falou Alice, com uma expressão frustrada.

– É fácil, querida, é só dar uma leve pressionada nas pontas, se estiver macio que dizer que está ruim, se estiver firme está bom. – explicou pacientemente.

– Muito obrigada senhora... – agradeceu Alice, esperando que ela dissesse seu nome, embora ela já soubesse.

– Swan, Renée Swan. Não foi nada querida. – respondeu.

– Mas mesmo assim obrigada. Eu me chamo Mary Alice Cullen, mas pode me chamar só de Alice.

– Alice! E as cebolas que eu lhe pedi minha filha? – chegou Esme, fingindo repreender a filha.

– Eu não estava sabendo saber escolher as cebolas, mas a senhora Swan me ajudou. – explicou Alice.

– Oh, obrigada senhora Swan por ajudar minha filha. Eu me chamo Esme Cullen, é um prazer conhecê-la. – falou Esme, esticando a mão protegida pela luva para cumprimentar Renée.

– Não foi problema algum, senhora Cullen. Podem me chamar de Renée.

– Então me chame de Esme.

– São novas na cidade? – perguntou Renée, acompanhando-as até o caixa.

– Não, moramos em Beaver, mas como hoje é aniversário da cidade todo o comércio está fechado e teremos visitas da família tivemos que vir a Forks comprar o necessário para o jantar.

– Ah, entendo.

E continuaram a conversa, combinaram de se encontrar mais vezes e quem sabe marcar um jantar.

E assim se passaram os meses e, marcaram um jantar na “casa” dos Cullen em Beaver, que não se passava de uma casa de aparências. Graças a previsão de Alice, assim que Esme colocou o jantar à mesa, Renée se levantou e perguntou onde era o toillete. Esme apontou e a seguiu. Edward quase não conteve o sorriso. Ela já estava grávida. Grávida de sua amada.

– Renée, querida, está acontecendo alguma coisa? – perguntou Esme, batendo na porta do toillete, ao lado de Charlie que esperava a esposa, preocupado.

– Não deve ser nada demais, eu tenho enjoado nessa última semana, deve ter sido algo que não me caiu bem.

– Quer que Carlisle a examine? – ofereceu Esme, solícita.

– Não precisa, Esme, já deve passar.

– Aproveite que meu marido está em casa, Renée! Modéstia a parte vai ser difícil você encontrar um médico tão bom quanto meu Carlisle.

– Acho que Esme está certa, meu amor. Deixe Carlisle te examinar. – concordou Charlie.

– Tudo bem. – cedeu Renée.

Voltaram para a sala de jantar, que já estava sem a comida que tinha feito Renée enjoar.

– Carlisle, querido, será que você pode examinar Renée? Ela está enjoando há mais de uma semana...

– Claro que sim, podem me acompanhar até meu escritório onde tenho meus equipamentos.

– Quer que eu a acompanhe, querida? – perguntou Esme a Renée.

– Claro, minha amiga.

E foram os três para o escritório de Carlisle.

– Já faz uma semana que tem enjoado, não é Renée? – começou o médico.

– Sim. – confirmou Renée.

– Tem sentido algo fora do normal? Sono? Fome?

– Agora que você falou, eu tenho sentido bastante sono este mês e meu apetite aumentou bastante.

– Perdoe-me se eu estiver sendo indiscreto, mas é meu dever de médico perguntar: como está seu ciclo menstrual?

Renée estacou. Já estava duas semanas atrasada. Sua menstruação NUNCA atrasava, sempre vinha nos dias certos.

– Está duas semanas atrasado.

Carlisle deu um meio sorriso e pediu que deitasse no sofá do escritório. Verificou sua pulsação e sua respiração. Depois apalpou a região do útero, sentindo-o levemente levantado.

– Tenho quase cem por cento de certeza que você está grávida, Renée. – falou Carlisle sorrindo.

– Sério Carlisle? – perguntou Charlie, pasmo.

– Seriíssimo. Eu não costumo falhar nesses casos. Aconselho vocês a procurarem um hospital para fazer mais exames, mas eu estou certo de que você está grávida. Se quiser eu posso ser o seu médico para o pré-natal, já tenho certa experiência em partos, inclusive o parto de Emmett fui eu quem fez.

– Ah, Carlisle, eu quero sim que acompanhe minha gravidez! Nós esperamos tanto por esse bebê, prometo que farei tudo que você mandar, tomar todos os remédios sem reclamar.

– Bom, primeiro quero que vá ao hospital para fazer os exames necessários para eu poder saber de quanto tempo mais ou menos é a gravidez, como anda a sua saúde para poder ver se precisarei receitar algum remédio. Mas desde já recomendo que se alimente o mais saudável possível, com frutas, legumes e verduras, sem esquecer as proteínas. Quase sempre uma gravidez saudável depende da alimentação da mãe. Nada de vinho, o álcool aumenta a pressão podendo causar uma eclampsia. – falou, entregando um papel com os exames a serem feitos.

[N∕A: Eclampsia é uma séria complicação da gravidez e é caracterizada por convulsões. É um acidente agudo paroxístico da toxemia gravídica. Consiste em acessos repetidos de convulsões seguidas de um estado comatoso. As convulsões podem aparecer antes (3 últimos meses), durante ou depois do parto, embora já tenham sido registrados casos de eclampsia com somente 20 semanas de gravidez. É precedido pelo cortejo de sintomas que constituem o eclampismo: aumento da albuminúria, cefaléias persistentes, hipertensão arterial, edemas, oligúria, vertigens, zumbidos, fadiga, sonolência e vômitos.]

– Pode deixar, Carlisle, eu mesmo vou cuidar de Renée. Amanhã mesmo vamos ao mercado comprar frutas e legumes, sem deixar de ir ao hospital para fazer os exames. – falou Charlie. – Amanhã vamos tirar o dia para cuidar desse bebezinho e de você, minha querida.

– Muito bom, assim que esses exames ficarem prontos traga para eu possa ver.

– Tudo bem.

Com todo o acontecimento daquela noite Charlie e Renée esqueceram-se até do jantar. Acabou que ficou muito tarde e eles tiveram que ir, para o alívio dos Cullen que não teriam que fingir que comem. Eles esperavam que, com Carlisle acompanhando a gravidez de Renée, pudessem contar logo a verdadeira natureza.

Na semana seguinte, confirmada a gravidez de Renée, a felicidade foi geral. Tornaram-se constantes as idas a Seattle das mulheres para comprar coisas para o bebê, que Renée ainda não sabia o sexo. Esme, Renée, Alice e Rosalie saíam constantemente comprar roupinhas e coisinhas de bebê. Quando Renée completou sete meses de gravidez, Carlisle e Esme decidiram que já era hora que contar a verdade para Charlie e Renée.

No dia da consulta mensal de Renée, assim que terminou a rotina médica da consulta Carlisle começou a introduzir o assunto.

– Charlie, Renée, eu gostaria de conversar um assunto muito sério com vocês.

– O que foi? Tem alguma coisa errada com nosso bebê? – perguntou Renée, aflita.

– Não tem nada de errado com seu bebê, Renée, muito pelo contrário, poucas vezes vi uma mãe e um bebê tão saudáveis, mas é um assunto que envolve a minha família, vocês e principalmente o bebê. Primeiro vou chamar meus filhos Edward e Alice que estão esperando lá fora. – ele foi até a porta e a abriu, deixando que os filhos passassem.

– Primeiro – continuou Carlisle – eu quero que entendam que nunca machucaremos vocês e muito menos a esse bebê que você carrega, Renée.

– Você está me deixando com medo, Carlisle. – falou Charlie.

– Não precisam ter medo, só queremos o bem de vocês e esclarecer algumas coisas. – Carlisle respirou fundo, mesmo que desnecessariamente. – Eu e minha família não somos pessoas normais como vocês pensam. Eu sei que pode parecer loucura, mas com certeza vocês reparam certas diferenças entre nós e as outras pessoas que conhecem, como a pele muito branca e fria, o fato de não ter visto nos alimentarmos, etc.

– Nós reparamos, mas não é de nosso feitio ficar falando disso. – disse Renée.

– Nós sabemos e agradecemos por isso. Eu gostaria de dizer que nós somos vampiros. – disse Carlisle, observando o rosto em choque do casal. – Mas nós não somos vampiros normais, nós nos alimentamos de animais e não de pessoas, por isso estão seguros conosco, não lhes faremos mal algum, vocês acreditam em mim?

Charlie e Renée se olharam e perceberam que, mesmo com aquela revelação, confiavam nos Cullen com a própria vida.

– Sim. – falaram juntos.

– Fico muito feliz que acreditem em mim, mas não é só isso que eu tenho para contar. A gravidez de vocês foi prevista com mais ou menos um mês de antecedência.

– Como assim prevista? – perguntou Renée, confusa.

– Minha filha Alice tem o dom de prever o futuro. Mas é tudo muito subjetivo, pode mudar de um segundo para outro. Entre nós, vampiros, há o que chamamos de predestinada. É quando um vampiro encontra a pessoa com quem vai viver pelo resto da eternidade. Esme é minha predestinada, assim como Alice é a predestinada de Jasper e Rosalie é de Emmett. Na nossa família o único que não tinha uma predestinada era Edward, fato que sempre o deixou frustrado. Quando Alice entrou para nossa família que nos contou sobre seu dom, Edward pediu que ela tentasse prever se ele encontraria a predestinada dele. Ela passou cinco anos procurando por ela, até que ela previu uma menina nascendo, a sua gestação e também eu fazendo o parto. Para ela só tinha uma razão: era a predestinada de Edward nascendo.

“Edward também tem um dom, mas o de ler mentes. Assim que Alice teve a visão foi mostrar para ele, que reconheceu no seu bebê a predestinada dele. Entendam que Edward ama esse bebê antes mesmo dele nascer, mas não é no sentido de homem e mulher, pelo menos por enquanto. No momento ele a ama como um protetor, como alguém que quer protegê-la de tudo e de todos.”

– E o que você quer dizer com isso, Carlisle? – questionou Charlie.

– Eu quero que desde já haja um compromisso entre meu filho e a sua filha que vai nascer.

– Ela vai ter que virar uma vampira? – perguntou Renée.

– Só se ela quiser. – respondeu Edward. – Eu jamais a obrigaria a nada, se ela quando for maior não quiser ficar comigo eu vou entender, por mais que me doa. O que mais quero é que sua filha seja feliz, mas se há uma possibilidade que ela seja feliz comigo eu vou agarrá-la com toda a minha força. Podem ter certeza de que eu daria a minha vida por ela, antes mesmo dela ser concebida eu já a amava mais que tudo.

Emocionados com as palavras de Edward, Charlie e Renée não tiveram dúvidas do que tinham que fazer.

– Eu aceito o compromisso da minha filha com você, Edward. Renée e eu não duraremos para sempre e ninguém melhor do que você para cuidar dela como se deve. – disse Charlie.

– Obrigado Charlie e Renée. Saibam que vocês estão fazendo uma família inteira feliz.

– É bom saber que a minha filha será bem cuidada independente de qualquer coisa.

– Com certeza. Temos que acertar algumas coisas: como já foi decidido eu irei fazer o parto, certo? – o casal confirmou com a cabeça. – Ok. Nós achamos melhor que apenas eu da família acompanhe o crescimento de sua filha de perto. Depois que ela nascer Esme ficará em sua casa durante o resguardo para ajudá-la, ela mesma se ofereceu junto com Rosalie e Alice. Ela só conhecerá o resto da minha família quando completar quinze anos, que nós já teremos nos mudado para Forks oficialmente. Edward, Alice, Jasper, Rosalie e Emmett serão matriculados na mesma escola que ela, Alice com a mesma idade (quinze anos), Rosalie com dezesseis, Edward e Jasper com dezessete e Emmett com dezoito, apesar dele ser o mais novo é o que aparenta ser mais velho. Peço a vocês que quando ela começar a ter entendimento comecem a introduzir esse assunto a ela, que ela já é compromissada, será mais fácil dela aceitar se já crescer sabendo.

– Tem razão. – concordou Charlie. – Carlisle, Renée e eu já estávamos planejando fazer isso e nesse momento vejo que não poderíamos ter feito escolha melhor. Nós gostaríamos de convidar você para ser o padrinho da nossa filha, você aceita?

– Será uma honra ser padrinho da sua filha. – falou Carlisle. – Agora que estão com a gestação bastante avançada, já decidiram o nome?

– Nós tínhamos escolhidos dois nomes: Ethan se fosse um menino e Isabella se fosse menina, mas pelo visto vai ser Isabella. – falou Renée contente. Seu tratamento para com os Cullen não se alterou em nada, continuava sendo amável com qualquer um deles.

E assim se seguiu a gravidez de Renée, que agora sabia que era uma menina. Estava empolgada, pois não estava às cegas, poderia decorar o quartinho de sua menina todo de rosa, comprar vestidinhos e lacinhos. Esme, Alice e Rosalie estavam igualmente empolgadas; Esme por poder ajudar a cuidar de um bebê mais uma vez, Alice e Rosalie por poderem cuidar de um pela primeira vez, tendo vontade de ter os próprios bebês.

Quando Renée chegou aos nove meses decidiu que era melhor eles ficarem na casa dos Cullen em Seattle, assim ninguém precisaria ver Carlisle quando fosse fazer seu parto, facilitando a vinda deles anos depois. Charlie tirou o mês de folga para ajudar Renée e ficar ao seu lado quando a pequena Isabella nascesse.

Cerca de duas semanas depois que se hospedaram na casa dos Cullen Renée entrou em trabalho de parto. Estavam Renée, Charlie, Esme e Alice em casa; Edward, Rosalie, Emmett e Jasper tinham saído para caçar e Carlisle estava no hospital. Quando estavam quase chegando em casa Edward ouve a mente de Alice.

Edward, se puder me ouvir, corre para o hospital! Isabella está nascendo!

Ouvindo a mente de Alice, Edward imediatamente comunicou aos outros, que o acompanharam até o hospital. Foram quase dez horas de espera até Renée estar pronta para trazer Isabella ao mundo. Finalmente, às 3:00 a.m do dia 13 de setembro de 1947 nasceu Isabella Marie Swan. Tinha a pele extremamente branca como a mãe e também era bastante abastada de cabelos, mas tinha os olhos chocolate e o tom castanho do cabelo do pai. Era uma linda menina.

Assim que ela foi para o berçário todos os Cullen foram para a grande janela para vê-la. Edward tinha esperado tanto tempo por ela e, quando a viu, tão pequenininha e frágil, sentiu como se seu mundo finalmente fizesse sentido. Pela primeira vez na vida se sentira completo. Não tinha ninguém da família que não estivesse emocionado com o amor que Edward demonstrava principalmente pelo fato de inconscientemente Jasper espalhar essa emoção que sentia de Edward.

Assim que Renée foi para o quarto junto com Isabella, Esme e Edward foram visitá-la. Ela estava sentada na cama, segurando o bebê delicadamente, e Charlie acariciando a cabecinha de sua filha.

– Olá Renée. – falou Esme.

– Esme! Edward! – falou Renée alegremente. – Olha como é linda minha menina! Minha Bella!

– Bella? – perguntou Charlie.

– É o apelido que eu coloquei nela. Combina perfeitamente!

– Concordo com a senhora, Renée. – disse Edward.

– Viu! – riu Renée. – Quer segurá-la, Edward? Você parece bastante ansioso por isso...

– Mas e Charlie? – perguntou Edward, querendo segurá-la, mas ao mesmo tempo não querendo tirar o direito de Charlie de pegar sua filha antes.

– Ele já a segurou antes de vocês entrarem, ela já está até amamentada. Pode segurá-la. – disse ela, esticando seu bebê para Edward.

Ele pegou a menina com extremo cuidado e, no momento que ela se encaixou em seus braços, sentiu que era lá que ela ficaria para sempre. Como se soubesse disso, Bella se aconchegou no colo de Edward e bocejou, formando um perfeito “O” com a boquinha. Edward nunca pensou que fosse sentir amor tão grande quanto o que estava sentindo naquele instante. Acariciou seu delicado rostinho e sentiu sua pequena mãozinha pegar seu dedo indicador.

– Oi pequenina! Saiba que eu te amo muito e que vou fazer o possível e até o impossível para que seja a garota mais feliz do mundo! Antes de nascer você já era meu mundo inteiro. – sussurrou ele para a pequena. Enquanto ele falava Bella o observava, como se prestasse atenção no que ele estava falando.

Edward ficou um bom tempo com ela no colo, ninando e acariciando-a. Ele estava completamente encantado. Só a tirou do colo quando Alice entrou no quarto exigindo segurar a menina um pouco, o que ele fez muito a contra gosto. Dois dias depois do nascimento de Bella, ela e Renée voltaram para a casa dos Cullen. Ficaram lá até acabarem as férias de Charlie. Quando voltaram para Forks Esme fez questão de ficar com Renée por pelo menos um mês, para ajudá-la a cuidar da menina e da casa durante o resguardo.

Carlisle, Edward e os outros Cullen visitavam os Swan toda semana, Edward até mais de uma vez por semana. Essas visitas em sua maioria eram feitas à noite, quando eles podiam passar mais despercebidos. Renée fazia questão de deixar Bella com Edward o tempo que ele quisesse, ela sabia que mais cedo ou mais tarde ele teria que se afastar e queria que Edward aproveitasse cada momento com a menina.

E ela demonstrava que o colo de Edward era o seu preferido. Às vezes ela chorava sem razão alguma, só parava quando Edward a pegava no colo. Esme dizia que era saudade. Seu primeiro sorriso foi para Edward quando tinha acabado de completar dois meses de vida. Ele não podia se sentir mais lisonjeado disso, cada avanço no desenvolvimento de Bella era comemorado por todos. Infelizmente sua primeira palavra foi “mama”, afinal Edward era muito difícil de pronunciar. Mas seus primeiros passinhos foi indo em direção a ele, indo do seu pai que a segurava em pé até Edward.

Quando Bella completou um ano e meio Carlisle achou melhor que Edward começasse a se afastar de Bella, para não correr risco dela se lembrar dele quando fosse mais velha. Relutante, ele aceitou, mas prometeu mentalmente que acompanharia seu crescimento de longe e que velaria seus sonhos todos os dias. O dia da despedida foi extremamente triste para todos, pois só Carlisle continuaria acompanhando Bella, todos incluindo Edward e Esme teriam que se afastar. Todos tinham se apegado de uma forma única aquela princesinha. Ela foi passando pelo colo de cada um, ficando por último com Edward.

– Ewad! – exclamou Bella quando chegou ao colo de seu preferido. Desde que nasceu ela tinha um carinho especial pelo seu Ewad, ninguém tirava essa preferência que ela tinha por ele.

– Oi meu amorzinho! – falou Edward com a voz embargada, embora não pudesse chorar. Parecia que tinha se formado um bolo em sua garganta que o impedia de falar. – Olha só, eu vou ter que me afastar de você. Eu não quero, mas infelizmente vou ter que fazer isso. Eu te amo mais que tudo, ouviu? Vou ver você crescer de longe, mas saiba que sempre vou estar aqui pra você, – falou encostando a mão no peito na menina. – sempre estarei ao seu lado onde quer que vá. Quando você for maiorzinha vamos nos encontrar de novo. Eu te amo muito! – falou, abraçando a menina, apertando contra seu peito. Renée e Charlie tinham lágrimas escorrendo pelo rosto, o resto se pudesse chorar estariam naquele momento.

Na hora de ir embora parecia que Bella sabia que não veria mais seu Ewad e começou a chorar incessantemente. Edward começou a voltar para a menina, mas foi impedido por Carlisle.

Eu sei que dói, meu filho, mas infelizmente é necessário. Pensou Carlisle.

Edward entrou no carro, deixando seu coração com aquela menininha que nem se lembraria dele dali algum tempo. Parecia que tinha um imã puxando-o em direção aquela casa onde morava a doce menina dona de seu coração e ele fazia força contra esse imã.

A partir daquele dia Edward passou a velar o sono de Bella todos os dias. Quando os Swan iam dormir, ele saia com a desculpa de espairecer ou caçar e ia até a casa de Bella em Forks. Ficava olhando-a até o nascer do dia, quando Charlie acordava para ir para o trabalho, e se seguiu essa rotina durante quase quatorze anos.

Todo aniversário de Bella, Natal e dia das crianças a menina recebia um presente sem remetente. Quando Charlie ou Renée pegavam sabiam que era de Edward, por mais que ele não colocasse o nome no remetente. E, como se soubesse, todos os presentes que Edward mandava acabaram sendo os preferidos de Bella. Eram bonecas delicadas, vestidos floridos e até uma pequena bicicleta quando a menina completou cinco anos.

Além dos pais, Bella também tinha o tio Carl, seu padrinho amado. Toda semana Carlisle aparecia para ver sua doce afilhada. Ela estava cada dia mais doce e inteligente. Era graciosa e meiga, cativava qualquer um que se aproximasse.

Quando Bella completou oito anos, Renée e Charlie acharam que era melhor começar a falar para Bella que tinha uma pessoa esperando por ela para quando ela fosse maior. Decidiram falar quando Carlisle a viesse visitar, seria mais fácil ele explicar do que qualquer um.

– Tio Carl! – exclamou Bella quando viu seu padrinho saindo do carro. Correu para ele que estava saindo do carro e o abraçou.

– Oi minha princesa! Como você está? – perguntou Carlisle sorrindo.

– Eu estou bem. Mamãe e papai falaram que tem que falar um assunto sério comigo e queria que você estivesse junto. – falou Bella curiosa. – Eu juro que não fiz nada de errado!

Carlisle riu, já suspeitava que Charlie e Renée fossem começar a falar de seu prometido para Bella.

– Então vamos entrar e ver se você não fez nada de errado mesmo! – falou fazendo cócegas na menina, que deu gostosas gargalhadas. Quando ele parou a abraçou pelos ombros e foram para dentro da casa.

– Mamãe! Papai! Tio Carl chegou! – gritou Bella.

– Olá Carlisle! – falou Charlie descendo as escadas. – Precisamos de sua ajuda para começar aquele assunto.

– Que assunto? – perguntou Bella, ainda mais curiosa.

– Deixa de ser enxerida, menina, que logo você vai saber. Vai à cozinha e chama sua mãe. – repreendeu Charlie.

– Está bem. – disse Bella, emburrada. Enquanto ela ia chamar a mãe na cozinha Charlie encaminhou Carlisle para a sala de estar.

Quando Renée e Bella chegaram à sala-de-estar eles a sentaram em uma poltrona e se acomodaram agachados ao redor dela. Carlisle resolveu começar, achou que seria mais fácil de Charlie e Renée falarem com o assunto já iniciado.

– Bella; o tio e seus pais tem um assunto muito sério para falar com você. Não se preocupe que você não fez nada de errado. – ele deu uma pausa. – Você reparou que eu sou diferente de seus pais?

– Mais ou menos. – respondeu Bella. – Eu percebi que o senhor tem a pele muito fria e lisa, e seus olhos mudam de cor, tem hora que eles estão pretos e tem hora que eles são dourados como agora. Fora isso, eu não vi diferença nenhuma.

– Bem, essas pequenas diferenças que você reparou me faz muito diferente de seus pais. Eu, por exemplo, nunca vou ficar velho, terei essa mesma aparência para sempre. Já seus pais vão envelhecer, ter cabelos brancos e pele enrugada, ficar velhinhos. Eu já te contei que tenho uma esposa e cinco filhos, não contei?

– Contou. O nome da sua esposa é Esme e dos seus filhos são Edward, Alice, Jasper, Rosalie e Emmett. – falou os nomes de todos os familiares de Carlisle, mas sempre que ela falava o nome de Edward, ela não sabia por que, seu coração se aquecia, parecia que ela já o conhecia mesmo sem saber de onde.

– Minha esposa e meus filhos são iguais a mim, tem a pele fria e lisa e olhos que mudam de cor. E também não vão envelhecer.

“O único dos meus filhos que nasceu de Esme é Emmett. Todos os outros foram adotados, são meus filhos do coração, não tem nenhum laço familiar entre eles, por isso eles casaram entre si. Emmett é casado com a Rosalie e Jasper é casado com a Alice. Só Edward que ainda não tem uma esposa.”

– Por que o senhor está me contando isso? – perguntou Bella, confusa.

– Porque, minha filha, quando você crescer e for maiorzinha o Edward quer casar com você. – falou Charlie.

– O Edward quer casar comigo? Por quê? – perguntou ainda mais confusa.

– Porque existe entre pessoas como eu e minha família uma coisa chamada de predestinada. Esme é minha predestinada, assim como Alice é de Jasper e Rosalie de Emmett. Edward descobriu que você é a predestinada dele antes de você nascer, quando a Alice viu você nascendo antes mesmo de acontecer. Quando ele te viu quando nasceu teve certeza que era a escolhida dele. Predestinada é aquela que nasceu para ficar com uma pessoa, no caso você nasceu para ficar com Edward, mas só vai conhecer ele quando for maior, assim vai poder ver como ele é bom pra você e o quanto ele te ama. – falou Carlisle.

– Por que eu não posso conhecer ele agora? – questionou Bella.

– Porque aí as pessoas daqui de Forks vão perceber que nós não envelhecemos. E como vai ser quando tiver idade para casar com ele? As pessoas vão perceber que ele não fica velho, entende?

– Entendo, mas quando eu vou conhecer ele?

– Quando você tiver quinze anos nós vamos nos mudar para Forks, assim você vai poder vê-lo, assim como meus outros filhos e minha esposa. Você concorda em casar com Edward quando foi mais velha?

– Eu acho que sim. Eu não sei, mas toda vez que falo o nome dele parece que meu coração fica quentinho, como se ele estivesse comigo o tempo todo. Eu acho que gosto dele mesmo sem conhecer.

– Que bom, minha querida! Não sabe como isso vai fazê-lo feliz. – aliviou-se Carlisle.

– Posso desenhar agora? – perguntou Bella.

– Pode, meu anjo. – falou Renée, aliviada. Tinha saído melhor do que esperava, a ideia de esperar Carlisle foi mesmo a melhor coisa a ser feita.

Bella foi até a pequena mesa de centro e sentou-se no tapete, com várias folhas em branco e desenhadas espalhadas e um imenso estojo de lápis de cor importados que Edward tinha lhe enviado anonimamente no seu último aniversário.

– Tio Carl, como o Edward é? A cor do cabelo dele, essas coisas... – perguntou Bella.

– Ele é alto, tem cabelo cor de cobre e pele branca. Como ele se alimenta todos os dias os olhos dele são sempre dourados.

– Ok. – disse a menina.

Charlie, Renée e Carlisle conversaram mais algum tempo. Falaram sobre a conversa que tiveram com Bella, de como andava o desenvolvimento dela, de como ela estava na escola. Quando chegou a hora de Carlisle ir embora, Bella o abraçou e lhe entregou um desenho.

– Tio, você entrega para o Edward pra mim? Diz para ele que fui eu que fiz. – pediu Bella. Era um desenho muito bem feito para uma menina de oito anos, era um jardim com duas pessoas, uma era uma garota de cabelos castanhos e compridos e a outra era um rapaz alto de mãos dadas à garota. – Esse aqui é ele e essa aqui sou eu.

– Claro, minha princesa, pode deixar que vou entregar nas mãos dele, tenho certeza que ele vai gostar muito. Agora me dê meu beijo para eu poder ir embora.

Bella beijou o rosto de Carlisle e o abraçou de novo. Terminaram de se despedir e ele foi para casa. Tinha saído exatamente como Alice tinha previsto, mesmo sem conhecê-lo Bella já amava Edward.

Quando chegou em casa foi direto falar com Edward.

– Edward, meu filho, eu tenho um presente de alguém para você. – falou tentando conter sua mente para que ele não descobrisse.

– O que é pai? – falou Edward, levantando-se do sofá onde lia um livro.

– Aqui. – lhe deu o desenho de Isabella. – Foi Bella quem fez. Segundo ela esse aqui é você e essa garota é ela. Charlie, Renée e eu contamos a verdade pra ela hoje e ela aceitou muito bem, me arrisco a dizer que ela te ama antes mesmo de te conhecer. Ela mesma mandou dizer que foi ela quem fez e que é pra você.

Edward abriu um sorriso imenso. Sua Bella já o amava, mesmo sem se lembrar dele ela já o amava. Apesar da distância imposta durante o dia não tinha como estar mais feliz.

– Obrigado pai. Vou emoldurar esse desenho e pendurar em meu quarto.

– A vida está tomando um rumo feliz, não é?

– Está sim, pai, graças a Deus está.

Edward colocou o desenho em cima de sua escrivaninha, no dia seguinte iria comprar uma moldura para ele.

– Vou caçar, não sei que horas eu volto. Devo ir um pouco mais longe e caçar uns leões para comemorar as boas notícias. – comunicou Edward.

– Sem problemas, meu filho. – falaram Carlisle e Esme.

Edward correu até Forks, passando pela Olympic National Forest, aproveitando para caçar uns cervos antes de chegar à casa de Bella. Vendo que estavam todos dormindo, subiu silenciosamente a trepadeira florida que dominava o lado de fora da casa e entrou no quarto da menina. Poderia ser mal visto aquele hábito, mas Edward o fazia sem nenhuma maldade. Sentou-se na beirada da cama, com cuidado para não acordá-la, e acariciou suavemente seus cabelos.

– Eu também te amo, minha Bella! Eu te amo mais que qualquer coisa no mundo. Você foi e sempre será a razão para que eu continue existindo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar e me fazer muito feliz! Será que já dá para aparecer uma recomendação? Aguardo a opinião de vocês! Beijos e até a próxima! Clarissa Cullen Potter Mellark.