Some Memories... escrita por Walker Sophia


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpe-me a demora, descobri que essa fanfic será incrivelmente pequena



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Capitulo 1

Terça-feira, 23 horas e 28 minutos, 13 de outubro de 2005

Localização: Arredores da mansão Vongola

Nota: Não, meu coração não é maior que o mundo, nele não cabe nem as minhas dores.

O barulho de seus passos ecoava dentre o silencio, na qual abrangia o enorme corredor longínquo, juntamente a uma densa escuridão, a mesma abraçava seu corpo inteiro, até mesmo o seu amago não deixara de ser embriagado pelo negrito.

Chegara a uma enorme porta de madeira, no centro da enorme sala de recepção do local, guiou-se em direção a mesma, com passos calmos, mesmo que o sapato, um pouco alto, ainda fizesse certo barulho ao encontrar-se com o chão de madeira vernizada.

Calmamente chegara ao lugar que tanto ansiara, antes de colocar uma de suas mãos sobre a porta de madeira, diretamente na maçaneta férrica da mesma. Não tardou para que logo sua mão girasse a peça cilíndrica entre seus dedos, abrindo passagem para o mundo exterior.

O vento frio chocara-se contra seu corpo, e mesmo com a mudança súbita de temperatura, não se deixara fraquejar. Seguiu em frente, vendo a paisagem coberta pela neve, que caía em finos flocos brancos do céu, pintando o chão cada vez mais de branco, sobre as folhas avermelhadas do outono.

Não podia deixar de pensar, como dessa vez o inverno chegara mais cedo, por alguns dias, jogando sua camada esbranquiçada por cima das folhas, pintadas em cores quentes, como amarelo, vermelho e laranja. Talvez fosse por isso, que ainda não estava fazendo um frio quase insuportável para muitos seres vivos.

Andara, em passos pesarosos, sentindo a neve caindo por cima da fina camada de roupa que estava a usar, pouco ligando se os flocos estavam gélidos de mais, e que assim, poderia até mesmo pegar uma doença, na qual, poderia vir a causar sua morte. No momento, pouco ligava para qualquer coisa ao seu redor, a não ser caminhar para seu lugar ansiado.

Quando seus passos finalmente cessaram, estava em frente a uma enorme árvore, despida por suas folhas caídas pelo chão, e com alguns flocos esbranquiçados cobrindo-a sobre a parte superior. Suspirou, antes de, sem dificuldades nenhuma, começar a escalar em direção aos galhos mais altos de seu tronco.

Quando finalmente chegara lá, sentara-se, pouco importando se havia neve abaixo de si, colocando seu corpo completamente sobre um galho. Esticara sua perna sobre o mesmo, cruzando-as um pouco, e colocara seus braços atrás de sua cabeça, enquanto seus olhos negros, por de baixo da fenda de sua cartola, fixavam-se em um só lugar. Um lugar, na qual já fora deveras anedótico.

A sala dava de frente com o segundo andar da mansão Vongola, entretanto, não era posicionada para qualquer cômodo de tal mansão. Essa árvore ficava em frente a um cômodo em especial, também conhecido como o escritório da mansão Vongola, e há pouco tempo, o escritório de seu aluno, Sawada Tsunayoshi.

Ainda podia se lembrar de quando seu aluno estava vivo, e vez o outra, por dia, quando não estava em missão, vinha para esse mesmo lugar, observa-lo trabalhar, ou estressar-se com as pilhas de papeis, que sempre iam se acumulando sobre sua mesa do escritório. Ou assim que um de seus guardiões acabava de fazer um relatório, e junto a eles, uma pilha de gastos sobre os concertos dos lugares na qual sempre brigavam.

No entanto, hoje em dia, aquele local não passava de uma sala monótona, trancafiada, sem ser aberta há meses, e que provável, já estava com cheiro de mofo.

E mesmo assim, a maioria de suas lembranças estava, ou nessa sala, ou no quarto de seu aluno. Quarto na qual tinha o mesmo destino que o escritório do mesmo. Mofar.

Com a morte de seu aluno, era provável que a Vongola caísse. Afinal, Tsuna não havia deixado nenhum herdeiro, ou coisa do gênero, com o sangue do primo, para que fosse aceito pelos anéis Vongolas.

Suspirou, antes de olhar para seu pulso coberto pelo paletó, e com a outra mão, descobrir tal região, destampando juntamente, um pequeno relógio de pulso. Focara seus olhos negritos dos ponteiros do mesmo, visualizando as horas, e percebendo o quanto tinha divagado enquanto repousava sobre o galho de tal árvore.

Quarta-feira, meia noite, 14 de outubro de 2005

Localização: Arredores da mansão Vongola

Nota: Só damos valor às pessoas que nos rodeiam, quando as perdermos.

As lágrimas queriam escorrer por seu rosto, e talvez, sobre a lua cheia do local, e o céu rodeado de seus pontinhos celestes, pudesse deixa-las cair, em um choro silencioso, tanto quanto a madrugada do dia de hoje.

No entanto, agora não. Ainda poderia ter o dia inteiro para derrama-las, por agora, seu momento fora interrompido, ao som dos gritos dos vigilantes, que guardavam essa noite, o portão da frente da mansão.

Em um pulo, com elegância e graça, pulara sobre o chão do jardim, como se a gravidade não exercesse sobre si, querendo entender, por que justo hoje, há àquela hora da madrugada, os vigilantes estavam gritando algumas coisas, uns para os outros, como se uma terceira guerra mundial fosse começar.

E talvez até fosse. No entanto, poderia implorar aos céus, para que não fosse naquele dia. Se a Vongola fosse atacada hoje, era bem provável que a mesma sucumbisse sobre seus pilares, que antes rachados, hoje deveriam estar ainda mais, e consequentemente, desmoronando aquele império inteiro, construído através dos séculos.

Em passos rápidos, andara em direção à saída da mansão Vongola, tentando entender o que poderia estar vindo a ocorrer naquele lugar. Seus passos eram rápidos e calculados, enquanto seus olhos rodavam por todo o lugar ao seu âmbito, não deixando nenhuma brecha passar por entre o negrito intenso dos mesmos. Quando chegara a frente ao portão do local, não tardou para que logo visse guardas correndo para lá e para cá, com alguns detectores em mãos.

– Reborn-san, já iriamos te chamar – ouvira um guarda comentar, contendo uma caixinha retangular em suas mãos, de estatura não muito grande, era pequena, e parecia ser deveras leve, já que o guarda nem preocupava-se em segurar a mesma – Isso chegou para você agora há pouco. Não há nada de perigoso aí, já verificamos – e sorrindo, um pouco nervoso, entregou a caixinha para Reborn.

Aquilo explicava muita coisa. Era provável que a baderna estava a ocorrer porque os guardas aos poucos estavam verificando se aquela caixa tinha algum risco, já que pelo o que Reborn percebera, não tinha remetente, e ninguém esperava por aquela encomenda. Muito menos ele, que não sabia de nada sobre aquela misteriosa caixinha, com o destinatário dirigido para si.

– Obrigado – agradeceu ao outro, vendo o acenar com a cabeça e não tardar em sair dali, enquanto dava algumas ordens aos seus subordinarias para que os mesmos ajeitassem-se e parassem de gritar, os equipamentos também tinham de ser guardados. Reborn voltara novamente seus olhos para a caixinha, antes de balança-la. Ouviu um leve barulho vindo da mesma, e suspirou. Se aquele negocio tinha de fazer algo, já teria feito.

***

Tinha parado na cozinha de sua casa e feito um café expresso rapidamente, não sem antes, em uma velocidade deveras alta, escolher os melhores grãos para que pudesse vir a saborear um café digno de sua dor de cabeça no momento. Também tinha de aguentar a insônia, já que tinha certeza que naquela madrugada, não iria dormir.

Logo se dirigiu para o seu quarto, pegando a caixinha em cima da mesa, ansioso para abrir e ver o conteúdo que a mesma abrangia. Não faria aquilo sem estar em um lugar reservado, afinal, aquilo dirigia para somente si, e não poderia deixar que qualquer outro alguém visualizasse seus conteúdos restritos.

Quando chegara ao seu leito, trancara a porta do mesmo e fechara todas as cortinas das janelas, não sem antes trancafiar a mesma. Colocou a caixinha sobre sua cama, antes de pegar o controle do ar condicionado e liga-lo, deixando o dia frio, mais frio ainda.

Retirou a cocha da cama, e jogara um cobertor sobre a mesma, juntamente a três travesseiros macios, ajeitara-os brevemente, antes de virar-se para uma outra porta em seu quarto, que dava para o banheiro.

Começara a despir-se, enquanto ia em direção ao seu guarda roupa, pegando uma box e um pijama destinado para tempos de calor, mesmo que devesse utilizar um pijama de frio para aquele tempo que somente ficava mais negativo com o ar condicionado ligado.

***

Quarta-feira, 1 hora e 26 minutos, 14 de outubro de 2005

Localização: Arredores da mansão Vongola

Nota: Se meu desejo pudesse se tornar real, você estaria aqui comigo, agora.

Saiu do banheiro com um short de pijama não muito grande em seu corpo, de cor negrita, e com uma blusa sem manga alguma da mesma cor que a peça inferior que usava a roupa. Seu cabelo estava molhado e somente fizera questão de joga-lo para trás, deixando as gotas escorrerem por seu corpo.

Logo assim que fechara a porta do banheiro sentiu o gélido ar contra seu corpo. Mas aquilo não fazia muita diferença, mesmo que o ar tenha ficado ligado o tempo todo em que estivesse no banho, deixando o quarto deveras frio, e tinha acabado de deixar a água quente escorrer por seu corpo. Não se importava.

Foi em direção à pequena caixinha jogada em sua cama, viu a embalagem alaranjada, com somente seu nome escrito na mesma e sequer mais nada. Não tardou para que logo abrisse a mesma, vendo alguns papeis cortados preenchendo-a. Revirou aqueles papeis, antes de encontrar uma pequena capinha plastificada.

Olhou o objeto plástico em suas mãos, era azulado claro e continha um DVD dentro do mesmo. Olhou curioso para aquilo, querendo descobrir o que poderia haver naquele DVD. Não tardou muito para que pegasse a caixinha e pusesse em cima de qualquer móvel, antes de abrir o plastificado do DVD, e coloca-lo dentro de um aparelho, que ficava logo em frente a sua cama, embutido a televisão enorme do local. Colocara o DVD, e pegara o controle da TV e do aparelho, jogando-os em cima da cama, perto do travesseiro.

Andou em direção a uma mesinha de seu quarto, vendo uma bandeja sobre a mesma, onde seu café que havia preparado há pouco tempo, ainda estava lá. O mesmo deveria estar frio, mas não estava, junto porque havia algo embaixo da xícara, mantendo o líquido amarronzado borbulhante.

Viu do lado de sua xicara mais alguns grãos moídos de café, e jogou-o sobre a xicara que já borbulhava, e logo em seguida, pegara uma colher sobre a bandeja, mexendo o líquido que se encontrava dentro a xicara. Não tardou muito para que logo desligasse o aparelhinho, deveras útil, de baixo da xicara, e como a mesma não era feita de um material que conduz calor, não teve problemas em pensar em queimar seu tato.

Guiou-se para sua cama, sentando sobre a mesma, e colocara dois travesseiros encostado na cabeceira da mesma, antes de enrolar-se com a coberta, deixando somente um de seus braços de fora, onde ligou a TV e o aparelho DVD, que já continha seu CD dentro para fazer a leitura. Endireitou-se enquanto o DVD ainda lia seu CD, deixando a xicara de café perto de sues lábios, enquanto se mantinha quente dentre ao coberto grosso.

Assim que o aparelho DVD anunciara que a leitura de disco estava completa, Reborn levou sua xicara de café aos seus lábios, sorvendo líquido, entretanto, não pode engolir o líquido sem se engasgar quando visualizara a imagem que sua TV acabava de repassar para si. Aquilo era alguma palhaçada de muito mau gosto, só podia ser.

Forçou o líquido a adentrar sua garganta, sentindo-o rasgar a mesma, enquanto seus olhos negritos arregalavam-se. Seu corpo tremeu um pouco, e não era frio. Era a adrenalina drenada em suas veias, proporcionando uma ansiedade em si, juntamente ao descompassar demasiado acelerado de seu coração.

A sua frente, estava uma gravação. Mas não era qualquer gravação, era a gravação de uma pessoa, uma pessoa em especial. Alguém que não deveria está comunicando-se com si através de um vídeo junto naquele dia. Afinal, estava morto!

O que poderia levar alguém a lhe entregar uma gravação de Sawada Tsunayoshi justo no dia do aniversario do mesmo?!


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Notas finais do capítulo

Shishishi...
O que poderá vir a ocorrer?
Espero que tenham gostado =3
As coisas vão esquentar.
Bye, bye~~



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