My Dream escrita por Susan Salvatore


Capítulo 16
Cartas na manga


Notas iniciais do capítulo

Me desculpe pela imensa demora! :(
As ideias simplesmente não surgiam... Mas espero que gostem!



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Uma batida na porta tirou-o de seus pensamentos.

– Entre – disse Klaus, tomando o último gole de whisky.

– Oi – disse Hayley, sentando-se ao seu lado. Sentia-se desolada; queria fazer algo por Elijah, mas não sabia o que.

– Como vai meu filho? – perguntou ele, que desconhecia o sexo do bebê.

A relação dela com Klaus não era das melhores, mas tinha esperança. Ele era o único que poderia ajudá-la – se quisesse. E, além disso, havia uma parte minúscula dela que acreditava que, no fundo, ele se importava com o irmão.

– Está bem. Escute, Klaus, o que vamos fazer sobre o Elijah?

– Nós vamos fazer algo?

– Seu irmão está preso há três semanas! Não é possível que não esteja fazendo alguma coisa!

– Meu irmão é um assassino – disse Klaus, mal contendo um sorriso.

– Você não está falando sério. Nós dois sabemos que foi uma armação.

– Isso é o que você diz, mas não há provas.

Hayley mal podia acreditar. Como ele podia estar sendo tão cretino? Tudo bem, ele não morria de amores pelo irmão... Mas mesmo assim. Então a semente brotou na cabeça dela. A razão de Klaus estar sendo tão evasivo de repente ficou evidente.

– Foi você, não foi?

– O quê?

– Você armou para ele! Seu cretino! Como pode? Como pode ser tão invejoso?!

– Pare de falar asneiras.

– Eu vou acabar com você – gritou ela, com um ódio mortal – Vou te denunciar.

– Eu disse para parar de falar! – rugiu ele, empurrando a moça. Ela quase caiu no chão, ficando tonta por um momento. Deus do céu, ela poderia perder o bebê assim.

– Isso não vai ficar assim – murmurou ela.

Então ele fez o mais inesperado. Agarrou-a e a beijou. Hayley ficou em estado de choque por uns dez segundos, até que finalmente viu o que estava acontecendo. Com toda a força que pode reunir, deu uma joelhada na virilha dele.

– Sua vagabunda! – berrou ele, entre gemidos.

– Não me chame assim – disse ela e por fim deu um soco na cara dele. Com prazer, ela ouviu o som do nariz dele quebrando.

Assim que recuperou o fôlego, tratou logo de sair dali.

...

Enquanto dirigia irresponsavelmente, o celular de Hayley tocou.

– Onde você está? – perguntou a voz preocupada de Rebekah.

– Na Rua Bourbon. Pode me encontrar daqui a cinco minutos?

– É claro.

Não sabia o que iria fazer, mas não seria nada fácil. Tinha que se esconder de Klaus até que Elijah fosse solto. Se ele fosse solto. Por um momento lágrimas encheram seus olhos, mas ela as proibiu de sair. Tinha de ser forte. Tinha.

Exatos cinco minutos depois, Rebekah a encontrou. Mas, para a surpresa de Hayley, ela não estava sozinha. Um homem moreno e alto a acompanhava e mantinha um pequeno sorriso no rosto enquanto a olhava andar.

– O que diabos ele faz aqui? – perguntou a morena, um pouco mais alto do que devia.

– Shh – disse a outra – Não faça um escândalo. Vai parecer bem suspeito se eles te virem aqui com ele.

– Evidente que vai! É o Marcel! Você ficou louca.

– Pare de falar e só escute – resmungou a voz imponente de Marcel.

Então Rebekah contou toda a história que vinha mantendo em segredo desde seus 16 anos de idade. Ela fizera o impensável: se apaixonara por um rapaz sem futuro, mas que tinha um coração bondoso. Marcel então se formou e tornou-se alguém influente e, justo quando ia revelar o segredo à sua família, Klaus fizera aquilo com Celeste e Elijah. A partir daquele dia, ela não confiou mais no irmão. A partir daquele dia, ela começou a investigá-lo.

– Klaus nunca iria suspeitar – disse ela, com um sorriso – Ele é muito egocêntrico para achar que alguém que vivia de baixo do seu nariz pudesse traí-lo.

– E isso só facilitou seu trabalho, não é?

– Exatamente. Bem, é meu trabalho mesmo. Tornei-me uma investigadora da polícia, de outro estado, é claro. Quando apresentei aos meus colegas o esquema de corrupção que achava que Klaus estava envolvido, eles me deram as bênçãos imediatamente.

– Uau – exclamou Hayley – Eu nunca ia imaginar.

– Essa é a intenção – respondeu Rebekah, sorrindo. Mas, de repente, aquele sorriso começou a murchar – Mas estou te contando isso agora porque tenho razões para acreditar que... Bem, que Klaus incriminou meu irmão... Por aquilo.

Marcel se retraiu na cadeira e uma dor quase insuportável atingiu seu peito. Ah, a pobre e doce Davina... Como podia imaginar seguir com a vida sem sua adorável, e mentalmente perturbada, filha? A única coisa que ainda o mantinha firme era a loira ao seu lado. Bem, isso e vingança.

– E você precisa da minha ajuda? – perguntou a morena, sentindo que bater em Klaus fora uma péssima, mas deliciosa, ideia.

– Sim. Preciso que você o vigie. Cada ligação, cada passo. E, principalmente, cada encontro com Celeste.

– Ela? Por quê?

– Achamos o DNA dela no corpo de Davina, junto com o de Elijah. Existem duas possibilidades. Ou Celeste foi a cúmplice de meu irmão... Ou ela foi usada para incriminá-lo.

Era muita coisa para absorver. E para ter esperança. Se elas conseguissem que Celeste confessasse... Elijah seria livre e, sendo muito esperançosa, quem sabe até Klaus pudesse ser pego. Mas então a realidade caiu sobre ela.

– Só tem um problema nisso tudo. Eu e Klaus brigamos... Até quebrei o nariz dele... Então acho que ele não vai me receber muito bem. Desculpe.

– Isso fode um pouco as coisas – resmungou Marcel.

Rebekah mordia os lábios.

– Tudo bem, ainda temos uma chance. Se conseguirmos convencer Celeste a nos ajudar...

– Sua frase já começou mal – disse Hayley.

–... Então vai dar na mesma. Talvez seja até melhor, tê-la diretamente contra Klaus.

– E como é que acha que vai convencê-la?

– Tenho meus métodos – disse a loira, com um sorriso misterioso.

...

Os três caminhavam pela rua algumas horas depois, discutindo os detalhes finais de seu plano. Era algo incerto e arriscado, mas era única chance de Elijah. Então uma súbita dúvida passou pela cabeça de Hayley.

– Por que está nos ajudando? – perguntou para Marcel – Tudo bem, você está apaixonado por ela. Mas não é muito arriscado fazer isso tudo? Pode estar acabando com suas chances de vencê-lo nas eleições.

– Vale a pena. Apesar da vontade de ajudar as pessoas dessa cidade, ver alguém como ele atrás das grades é muito mais importante. Mesmo que eu não vença, pelo menos ele também não vai vencer. E tudo isso que ele está fazendo com o próprio irmão... Não é certo.

Hayley estava começando a simpatizar com ele.

Então uma voz chamou-os a atenção. Estavam em frente àquelas típicas lojas de eletrodomésticos, em que as televisões ficam expostas nas vitrines. Um jornalista estava comentando uma matéria, quando foi interrompido por um assunto mais urgente.

– Foi presa há algumas horas uma mulher acusada de ser cúmplice do assassinato de Davina St. James. A polícia não nos deu muitas informações, mas parece que a denúncia veio do próprio irmão do acusado, Klaus Mikaelson. Nossa equipe está agora conversando com ele.

– Senhor, por que suspeita dela?

– Celeste era muito ligada a meu irmão. Se tiver alguém capaz de ajudá-lo a fazer uma atrocidade dessas, essa é Celeste.

– Não está preocupado que isso possa prejudicá-lo?

– A verdade deve prevalecer, minha cara.

– Merda! – gritou Rebekah – Como é que ele previu isso?

– Mas... Nós ainda temos uma chance, não é? Quer dizer, já que ele a entregou, ela pode dizer a verdade e acabar ajudando. Não é possível que ainda assim ela ficasse do algo dele – disse Hayley, esperançosa.

– É, quem sabe... Tomara que Klaus não tenha oferecido algo pelo silêncio dela.

Só que a ideia da liberdade de Elijah depender da integridade de Celeste não era agradável para nenhum deles.


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Notas finais do capítulo

Oe! E aí, gostaram? Já dá pra ver que sou uma fã da Rebekah né? :D