Just Friends - 2ª Temporada escrita por Laia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu devia ta dormindo. É serio, tenho curso amanha e aula cedo, então o que raios eu to fazendo acordada?
Sim, eu estava escrevendo. Um dia ainda morro com isso... Enfim, pelo menos é algo bom né?
Ah, quase esqueci: obrigada por todos os parabéns *-*



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Opa! O que essa doida ia fazer?

“O que ta pensando?”.

Ela não me respondeu. Acabei deixando quieto. Até que ouvi minha porta abrir. No quarto não tinha TV, e a luz já estava apagada. Ai meu deus, eu não acredito...

Ela iluminou o caminho com o celular e sentou no canto da cama devagar para não fazer barulho.

–Você é...?

–Shiu – ela colocou um dedo na minha boca, e eu ameacei morder. Ela arregalou os olhos – Não me faz rir... Se minha mãe me pega...

Se a mãe dela pegasse a gente lá, ferrou!

Ela dobrou as pernas sobre a cama e arrancou o celular da minha mão, ligando os flashes das câmeras para servir de iluminação.

Tinha um sorriso travesso no rosto.

–Eu não queria conversar pelo celular.

A voz saía como um sussurro, e me fazia ter mais vontade de me aproximar, me chamava cada vez mais.

Só via o que o celular iluminava. Os fios caiam pelo rosto, a blusa era folgada, mas o short era pequeno. Esboçava um sorriso, brincando comigo.

–Manu, não faz isso que a carne é fraca... E desse jeito eu não aguento e peco.

–Não fazer o que Edu?

Ela mordia a boca, afastou o cabelo do rosto, agora estava sobre os ombros, volumoso, sexy.

–Uma vez eu ouvi falar – ela jogou o cabelo sem usar as mãos, e vinha engatinhando pra mais perto – que de noite, ou a gente fica carente ou fica safado. E ai?

Ela nem se esforçava pra ser assim, simplesmente era. E ai ficava mordendo a boca, sorrindo e mexendo o cabelo, como se não soubesse o que tava fazendo comigo.

–Não judia Manu...

–Larga de frescura... – ela fazia biquinho.

–Sua mãe...

–A mãe é minha!

–Mas se ela aparecer aqui, quem se ferra sou eu!

Ela sabia que aquilo era verdade. Ela era a garotinha indefesa e eu o cara que desviou ela. Mas de indefesa, a Manu não tinha nada!

–Você é malvada.

–Mas tu adora.

Ela já estava colada em mim, e eu já não tava aguentando mais. Só que... Porra, era o quarto do irmão dela, e a sua mãe tava bem ali do lado. Mas eu queria tanto...

Ela revirou os olhos, mas não estava nervosa nem nada parecido.

–Posso ir embora então?

–Não, fica... Posso só fazer uma pergunta?

Ela bufou e se afastou.

–Tu acabou com meu clima... Mas diga!

–O que nós somos?

–Não sei, namorados, amigos... Uma confusão.

–Confusão – um sorriso fugiu quando repeti a palavra - Gostei disso!

Continuei a só observar ela. E eu adorava o que via.

–O que ta olhando?

–To admirando, é diferente.

Ela tampou o rosto com as mãos, mas pude ver seu sorriso.

–Argh eu te odeio, vem cá!

Mas antes do beijo, ouvimos um barulho. Droga droga droga.

A geladeira abriu, ela fez sinal de silencio pra mim – como se eu pensasse mesmo em fazer algum barulho agora – alguém arrastou os pés.

Uma porta fechou.

–Minha mãe sempre levantava pra beber água, esqueci isso...

–Mas alguma coisa que seja importante pra lembrar?

Ela fechou os olhos.

–Não pergunta nada – se aproximou da minha orelha.

“Kiss me hard before I go!”.

Eu não terminei o curso de inglês, mas sabia o que queria dizer. Não precisou pedir duas vezes.

***

Antes que a minha própria mente maliciosa imaginasse outra coisa, repeti pra mim mesma que estava no meu quarto, que não tinha acontecido nada alem do beijo e que eu estava indo dormir, sozinha!

Deuses, eu tenho que quietar o facho.

Há vinte e quatro horas, eu era uma menina deitada no sofá chorando no colo da amiga. E agora vejam só! Eu estava atentando meu namorado que estava quietinho no canto dele.

Caraca, meu namorado! Nunca vou me acostumar com isso...

Acabei rindo ao lembrar da expressão dele sob as luzes dos celulares. Ele queria me agarrar ali mesmo, mas ao mesmo tempo ele tinha medo. Mas não era só medo, era respeito também. Respeito por mim, pela casa, o quarto do Sam, minha mãe... Mas admito que foi sacanagem da minha parte ir lá.

Porque uma coisa é malicia, outra coisa bem diferente é maldade. Mas como ele mesmo disse, eu sou malvada.

Ai que ridícula você Manuela!

Antes de sair na ponta dos pés, ele sussurrou sentado na cama:

–Você é maluca!

Me diz algo que eu não sei! Mas não respondi, só mandei um beijo de longe e corri – ou andei o mais rápido que consegui sem fazer barulho – até o meu quarto.

Continuei por mais um tempo deitada só observando o teto até o sono me vencer.


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Notas finais do capítulo

Manu safadinha - ou não o.O
Enfim, me digam: gostaram ou nem? Tenho que contar: quando recebo email de notificação de comentário no meio da aula, eu começo a sorrir e fico prendendo o grito dentro da sala, tipo, com uma cara de criança assassina no parque de diversões u.u deu pra entender?
Enfim, me ignorem quando eu falar esse tipo de coisa :)
Um beijo e abraço pra vocês o/ - to carente mesmo, e dai?????